Francisco 12/02/2021
Uma história dos tempos da Revolução Francesa
A história desse romance se passa em meados de 1793, durante a Revolução Francesa logo após a morte de Luís XVI na guilhotina, com Paris sitiada e constantes combates entre os "sans-culottes" (republicanos) e os girondinos, tidos por todos como traidores da nação.
Estando Paris sitiada, cidadãos não poderiam circular pela cidade após as dez horas da noite sem um "salvo-conduto" que lhe permitisse a circulação. Nessa ocasião, uma jovem misteriosa é salva de um grupo de guardas nacionais pelo jovem Maurício Lindey, tenente da Guarda Republicana e por seu amigo Maximiliano Lorin, sargento da Guarda Nacional. A partir de então, Maurício apaixona-se pela jovem misteriosa que até nega-se a revelar seu próprio nome, afim de não comprometer-se politicamente, o que lhe destinaria à morte.
Nessa época, após a morte de Luís XVI, a rainha Maria Antonieta, sua cunhada Elisabeth e seu filho pequeno o delfim Luís eram mantidos em cárcere por ordem de autoridades governamentais. Para liberta-la do cárcere há um fidalgo destemido conhecido como o Cavaleiro da Casa Vermelho, que é constantemente procurado pelas autoridades e é um personagem relevante nessa obra.
Posteriormente, Maurício descobre que a jovem misteriosa é Genoveva du Treilly e é casada Dixmer com um proprietário de um curtume, ambos fingindo-se republicanos enquanto são súditos da monarquia. Além disso, o sócio de Dixmer, um jovem chamado Morand provoca ciúmes em Maurício. Tudo isso em conjunto com os distúrbios políticos da Revolução e seu envolvimento com devotos da monarquia tornam a vida do protagonista um martírio.
Nessa obra, assim como em "Os Três Mosqueteiros" e "O Conde de Monte Cristo", Dumas nos traz uma história com "background" histórico sólido e uma trama construída com maestria. Consequentemente, é uma leitura mais que recomendada.