Gabriel Dayan 14/04/2015
O que significa ser homem.
Existe uma categoria inferior de livros que são chamados de auto-ajuda e reclamam para si as “tais chaves”, “tantos passos”, para atingir um determinado objetivo ou sucesso. Porém existe uma categoria superior de livros que devolvem para o leitor a responsabilidade de protagonizar sua própria vida, não com a audácia de alertar e racionalizar todo pormenor, mas para estimular aquilo que toca a essência.
A Grande Aventura Masculina é um livros dessa categoria superior (como também seu antecessor: “Coração Selvagem”). Nele, John Eldredge aborda assuntos que passam desde a tenra infância até a conclusão da existência terrena. Cada fase é exposta com riqueza de detalhes, cheia de confrontos emocionais, tiradas extremamente práticas que demonstram um relacionamento pessoal com Cristo, não aqueles pré-programados que são propagados nos púlpitos por aí, mas aquele que é mais parecido com uma amizade desenvolvida no meio de um campo de batalha.
É um livro capaz de fazer alguém começar de um modo e terminar de outro; seja odiando (principalmente aqueles homens emasculados, sem padrão objetivo moral, desarmamentistas, que acham que não existe diferença entre os gêneros) ou amando, pela sua sinceridade ao abrir seu coração e revelar o que descobriu sobre o verdadeiro significado de ser homem. Seja filho amado, o cowboy aventureiro, o guerreiro valente, o amante gracioso, rei honrado ou sábio Ancião, Eldredge surpreende ao explicar cada fase com seu linguajar que qualquer homem é capaz de compreender com poucas palavras.
Precisa ser lido mais de uma vez para trazer a memória aquilo que foi perdido em Adão: Que o homem é a imagem de um Deus Guerreiro e foi criado para viver intensamente aventuras e batalhas, seja pelo coração de uma donzela, curar uma ferida, crescer no emprego ou ensinar filhos. Que no final a sabedoria e segurança sejam destiladas através de seus poros e cicatrizes para alegrar e proteger todos aqueles que estejam perto, não porque se "auto-ajudam", mas porque aprenderam a ser parecidos ao Deus-Homem, Cristo Jesus.