A Rebelião das Massas

A Rebelião das Massas José Ortega y Gasset




Resenhas - A rebelião das massas


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Henry 20/12/2020

Intemporal.
Existem muitos livros que, embora tenham sido escritos em outras épocas, funcionem perfeitamente em épocas atuais. É o caso desse livro, sua intemporalidade faz parecer que ele acabou de escrever o livro. A inteligência e precisão de José Ortega é fantástica! Depois da leitura dessa obra, nunca mais você verá as "massas" do mesmo jeito, nem a política ou mesmo "quem manda no mundo, até mesmo o nascimento de uma nação. "A paz não" está aí, simplesmente, pronta para que o homem goze dela. A paz não é um fruto espontâneo de uma árvore. Nada importante é dado ao homem de presente; e sim, ele tem que fazê-lo, que construí-lo. Por isso, o título mais claro para a nossa espécie é Homo Faber."
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felipe.demattos.94 04/09/2021

Um grande livro
Leitura obrigatória para quem gosta de filosofia.
Gasset é um grande escritor, e fundamenta com maestria seus argumentos.
Livro atemporal.
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Ayla.Candido 27/08/2022

Um livro que eu não lerei novamente, e se recomendasse a leitura seria com ressalvas, pois a opinião que o autor tem sobre as mulheres e os homens ?efeminados? (usando a expressão que o autor utiliza), é preconceituosa, misógina e homofóbica. Fiquei indignada ao ler os últimos capítulos do livro.
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renatocaldas 14/01/2022

O melhor livro que já li na vida (até aqui)
Demorei muito para escrever esta resenha, pois também demorei demasiado para completar a leitura desta obra. Me dediquei à ela em torno de 6 semanas, por uma série de fatores.

Posso ressaltar a complexidade da obra, em suas reflexões bem como o próprio vocabulário. Escrita bastante antiga na forma como se põem os pensamentos e se traçam os caminhos até determinada conclusão. Construções que poderiam ser mais curtas aparentemente diriam a mesma coisa, mas o leitor atento vai perceber que José Ortega Y Gasset não é prolixo. Ao contrário: se usasse menos retórica certamente diria menos do que foi dito.

Uma obra como essa, se destacou para mim em um outro aspecto: o livro consiste numa reunião de artigos e ensaios escritos pelo próprio autor em diversos jornais e revistas da Europa, e são aqui concatenados em uma ordem coerente, para conduzir o leitor em raciocínios que, no fim, nos pretendem dizer que (a) o mundo perdeu sua elegância (b) a Europa na época em que se escrevem os textos está sem direção e liderança (c) não existe vácuo de poder, e onde não há liderança, alguma outra ascenderá (d) a paz não é um direito, mas uma escolha que se constrói - e não é com a supressão da guerra (e) as classes que estão no "poder" - ou ascendendo a ele - não possuem a qualificação para tal.

Tudo isso pode fazer o texto parecer "arcaico", mas não é verdade. E este é o fato que me surpreendeu. Trata-se de uma obra traduzida a partir da primeira edição de Madrid, original de 1948. Por ser uma compilação, reúne portanto textos de muito antes. Conforme o prefácio, acredita-se que de anos entre 1916 - 1931. Portanto, o material que dá origem a este texto foi inicialmente escrito ao fim da Primeira Grande Guerra, tendo sido concluído aos sons das trombetas que anunciavam o início da Segunda Guerra Mundial.

O fato mais surpreendente, e aqui não exagero quando digo: parece, entretanto, que o livro teve seu início nos dias de hoje. Quando, na verdade, trata-se de uma obra cujo trabalho de composição se iniciou a mais de 100 anos.

Com uma capacidade quase mediúnica, José Ortega Y Gasset, para muitos o maior filósofo do Século XX, conseguiu compor o complexo raciocínio de descrever as causas do comportamento social e político daquele e dos nossos tempos, afastados em quase 100 anos no tempo.

Uma obra brilhante!!!
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Thiago.Silva 20/01/2022

Bem atual!
Sabe aquele conhecido que tem solução para todos os problemas da atualidade, que fala com autoridade como resolveria tudo? Ele está retratado nesse livro rs. O homem massa que se considera melhor que os demais. De uma chance a essa obra. Foi escrito há décadas,mas,em vários momentos,parecer ter sido escrito na atualidade.
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FabiBraga 14/03/2022

Tão atual que chega a dar medo.
Sai de uma zona de conforto muito grande na leitura esse ano. E está sendo muito gratificante e edificante! Esse livro já entrou para minha lista de favoritos da vida.uma análise importantíssima da humanidade que nos ajuda a entender o que acontece com os homens nos dias atuais. Recomendo muito!
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allanzanetti 05/05/2023

O império da mediocridade
O homem-massa tem um poder absurdo nas mãos, mas não sabe o que fazer com ele. Reclama direitos e ignora deveres. Desprezando o refinamento cultural, quer continuar vulgar. O indivíduo comum é a massa. Esse livro é brilhante.
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Aline CS 28/02/2022

Massa é o homem médio.
Ortega descreve o homem massa como fruto do século 19. Não se trata de uma classe social, mas um comportamento, uma maneira de ser. Um livro publicado em 1930 apresenta muitas semelhanças com nossa realidade atual. Uma leitura muito útil e esclarecedora.
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Fidel 05/08/2015

m "A Rebelião das Massas" Ortega y Gasset analisa um tipo social chamado homem-massa, que é o homem moderno que independente da sua origem, condição social e formação, caracteriza-se por ser um indivíduo que, sem ideias originais, se lança no mar comum. Assim define Ortega y Gasset o homem-massa.

"É a qualidade comum, é o mostrengo social, é o homem na medida em que não se diferencia de outros homens, mas que repeti em si um tipo genérico."

"Massa é todo aquele que não valoriza a si mesmo - como bem ou como mal - por razões especiais, mas que se sente à vontade ao sentir-se idêntico aos outros."

José Ortega y Gasset nasceu em Madrid em 1883, foi filósofo, ativista político e jornalista. Filho da aristocracia espanhola, foi autor de diversas obras de profunda reflexão sobre a sociedade europeia no início do século XX, sobretudo o homem e um tempo que viriam transformar a Europa numa nação de "zumbis sociais".

"Por toda a parte surgiu o homem-massa de que este volume se ocupa, um tipo de homem feito à pressa, montado apenas sobre umas e quantas pobres abstrações e que, por isso mesmo, é idêntico de uma ponta à outra da Europa. A ele se deve o triste aspecto da monotonia asfixiante que a vida vai tomando em todo o continente. Este homem massa é o homem previamente esvaziado da sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas internacionais. "

Para Ortega y Gasset o homem-massa estava em todos os lugares na sociedade, independente da sua classe social, por isso era um problema geral, visto que ele entendia que poucos homens restavam na Europa da sua época capazes de refletir sobre aqueles tempos nebulosos.

"Não se entenda, pois, por massas só, nem principalmente, as massas operárias. Massas é o homem médio. Deste modo se converte o que era meramente quantidade - a multidão - numa determinação social, é o homem na medida em que não se diferencia dos outros homens, mas que repete em si um tipo genérico."

O Gasset não poderia ser tão atual. Há diferença do homem de hoje para o homem de Gasset? Como não reconhecer e lamentar nos dias atuais o homem-massa europeu, americano, africano, asiático, árabe e muitos outros com as características abaixo descritas por Gasset?

"E é indubitável que a divisão mais radical que cabe fazer da humanidade é esta de dividi-la em duas classes de criaturas: as que exigem de si e acumulam sobre si mesmos dificuldades e deveres, e as que não exigem de si nada de especial, pois para elas viver é ser em cada instante o que já são, sem esforço de perfeição em si mesmas, boias que andam à deriva."

Vivemos assim hoje. Sentimo-nos seguros porque temos carro, casa, emprego, filhos estudando, poupamos para as férias e para o novo iphone. No final de semana tem o futebol, praia e a cervejinha gelada. Entendemos de política tão bem como entendemos de futebol e carnaval. Mas homem-massa que isso impossível. Sabemos de tudo um pouco, até sabemos escolher presidente.

- Realmente esse tal de Ortega y Gasset não está com nada. Coisa de intelectual que não tem o que fazer. Será?

Se hoje vivo, Gasset talvez tivesse que reescrever o livro, sobre uma ótica global e muito pior que a da sua época, pois hoje lançam a mão de um estratagema formidável e infalível para formar o homem-massa: educação.

Somos educados para uma vez "escolarizados", pensarmos que sabemos o que somos e o que queremos. A educação que recebemos é a mesma que o boi recebe no matadouro. Somos preparados para o abate social em que a maior perda é a liberdade individual, a perda do espírito livre e ousado.

A sociedade global da atualidade é formada por um sistema educacional que visa criar o homem-massa em um processo auto reprodutivo. É o que revela Pascal Bernardini no seu livro "Maquiavel Pedagogo":

"Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por especialista em Ciências da Educação que, formados todos nos mesmos meios revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e OCDE. Na França, o Ministério da educação e os IUFMS estão igualmente submetidos a suas influências. Essa revolução pedagógica visa a impor uma ética voltada para a criação de uma nova sociedade e a estabelecer uma sociedade intercultural."

"Trata-s de técnicas psicopedagógicas que se valem de métodos ativos destinados a inculcar nos estudantes os valores, as atitudes e os comportamentos definidos de antemão."

Enfim, ler Ortega y Gasset leva-nos a olhar de fora da nossa ignorância mirando fundo nossas entranhas carcomidas por um sistema que como um câncer nos mata lentamente. Mas por sorte os pensamentos geniais se eternizam em livros e estes tem um papel importante de nos fazer pensar, e pensar bem.

site: http://fideldicasdelivros.blogspot.com.br/
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léo mariano 09/08/2010

por que ler , com parcimonia
Livro Bacana.

Interessante ler sua análise do homem massa quando essa é deslocada do tempo, há momentos que, apesar do livro ter sido escrito na década de 30, ele parece escrever sobre nós. No entanto, quando o autor tenta por sua teoria em prática ao analisar sua sociedade em especial a sociedade européia, muitas vezes o seu pensamento me pareceu o de um homem pedante e preconceituoso com o pequeno "resto" do mundo. Ou seja, um bom pensador do seu tempo com reflexões teóricas legais, mas que podem ser perder na prática.

Por isso, a leitura é recomendada, mas com cuidado do filtro temporal e dos avanços sociais do nosso tempo e mundo.
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Vinícius 28/02/2021

As Massas Humanas
O livro nos leva a análise que o autor faz do aumento populacional e suas consequências nos mais variados campos: político, economia, relações pessoais, hábitos sociais, etc. Levando ao fim a análises sobre dinheiro, juventude, senilidade, o homem e a mulher em constante mudança na sociedade dos anos 20 ldo século passado, chegando a ser leitura bem atual para os dias de hoje, onde certas dicomias nos levaram e nos levam a mudanças ainda maiores em todas as relações que nos deparamos no dia a dia.
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tati.oliveira.58 06/04/2023

Atual
Embora escrito em 1930, esse ensaio traz temas que parecem terem sido escritos ontem. Fala sobre a decadência moral do ocidente, em especial na Europa. Não é um livro político, mas sim, filosófico. O autor traz temas super atuais sobre como a liberdade dos jovens os deixa fracos e sem rumo, fala sobre a relação de homens e mulheres e sua falta de gentilezas e cortejos, discursa sobre a massa ter perdido a noção de religião e de conhecimento, não conhecendo sua própria cultura, não honrando as bases de suas origens cristãs. Também discursa sobre a Europa se unir e virar uma grande nação.
Achei bem interessante e sua atualidade me deixou espantada. Recomendo.
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Giulian.Mendes 19/12/2023

Da Europa de 1930 para o mundo atual.
Me encontro ainda antes do meio do livro e até aqui me sinto maravilhosamente espantado, e ainda tentando entender: como esse tal homem massa se dirige ao povo europeu de 1930? Tenho lido com uma calma e atenção redobrada para conseguir acompanha o fluxo de informações transmitida pelo autor, que por muitas vezes, é de difícil absorção, mas quando entramos em sintonia com sua linha de raciocínio se torna impossível deixar esse livro de lado ou intercalar com outra leitura. Absorver toda informação presente na obra se torna nosso objetivo.
O mais difícil dessa leitura é, após "abrir a caixa de pandora", reconhecer que, pelo menos eu (e acredito que muitos leitores também que tenha ou esteja lendo) fizermos parte dessa massa em alguma parte de nossa vida. E é libertador ter ciência dessa triste condição humana, que hoje, muito mais que em 1930, vem se tornando uma massa a nível global, que vem destruindo culturas, assolando a moral, limitando o intelecto do ser humano e transformando qualquer sonho de uma sociedade justa e prospera em uma mera utopia.
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Paulo Silas 16/09/2018

“Nem este livro nem eu somos políticos” – assim inicia Ortega Y Gasset um de seus apontamentos prévios no seu “prólogo aos franceses”. É um esclarecimento que faz necessário ao considerar muitas das reflexões constantes no livro, mesmo porque, conforme o autor, “a missão do chamado “intelectual” é, em certo sentido, oposta à do político”. “A Rebelião das Massas” é uma obra filosófica – que fique claro – que trata da cultura e do desenvolvimento histórico da civilização. Assim, é sobre tal perspectiva que deve ser lida, devendo ter isso em conta durante toda a leitura a fim de que se evitem tropeços ou incompreensões acerca de seu profundo e complexo conteúdo.

A crise que se instaurou com “o advento das massas ao pleno poderio social” é o que é enseja na rebelião das massas. As multidões passam a ser vistas por toda a parte. “Já não há protagonistas: só coro”. Não há espaço para o diferente, uma vez que, quando surge algo assim, a massa sufoca, elimina. A alma vulgar é a característica do ambiente em que as massas se rebelam. Essa rebelião, frise-se, não constitui necessariamente um caráter político, principalmente quando se leva em conta que “a vida pública não é comente política, mas, também e primeiro, intelectual, moral, econômica, religiosa”. Ela se estabelece a partir do ideal da soberania do “indivíduo não qualificado”. Esse ímpeto da virada da servidão para a proclamação da consciência de senhorio, por mais que já conquistada pelo indivíduo, permanece latente no “homem médio, na massa”. A capacidade de realização passa a ser um sentimento comum aos indivíduos, por mais que não se saiba o que realizar em concreto. É algo perene e árido ao mesmo tempo – “com mais meios, mais saber, mais técnicas que nunca, o mundo atual acaba sendo o mais miserável que já houve: à deriva, nada mais”. É que o mundo deu ao indivíduo um grande repertório de possibilidades, porém, nenhuma dessa conquistadas pela sociedade, pois tratam-se de uma herança de conquistas passadas. Eis onde reside talvez o principal dos problemas do estado de coisas denunciado na obra: “herdeiro de um passado imenso e genial – genial de inspirações e de esforços -, o novo vulgo foi mimado pelo mundo ao seu redor. Mimar é não limitar os desejos, é dar a um ser a impressão de que tudo lhe é permitido e a nada está obrigado. A criatura submetida a esse regime não tem a experiência de seus próprios limites”. A grande consequência disso seria o fato de que as massas “não se preocupam com nada além de seu bem-estar e, ao mesmo tempo, são insolidárias às causas desse bem-estar”. A massa, portanto, seria constituída por aquele indivíduo que como como modo de ser uma vida vulgar, uma vida inerte, que compele a si própria a uma imanência perpétua. E “o homem-massa se sente perfeito”, em que pese sua alma seja medíocre e “incapaz de transmigrações”, pois, como já pontuado, a massa se comporta como herdeira cuja herança é a civilização, ensejando, em muito, num trilhar irrefletido da vida, do agir, do se manifestar, do pensar, estando aí caracterizado o “homem que veio à vida para fazer o que lhe dê na telha”, ou seja, o “filhinho de papai” que “acredita poder se comportar, fora de casa, da mesma forma que em casa”. Enfim, é sobre as massas e sua forma peculiar de rebelião (exercício de “pensar” dominante em toda a sociedade que impede o verdadeiro pensar) que a atenção de Ortega Y Gasset se volta na obra, demonstrado, denunciando e criticando a forma com a qual se estabelecem na sociedade contemporânea.

O livro foi escrito/publicado na década de 20/30 do século passado, de modo que sua leitura merece ser contextualizada – tanto pelo aspecto temporal como pelo situacional. Diz-se no sentido da perspectiva eurocêntrica do autor – que deixa claro em seu prólogo qual o público visado ao escrever a obra. Curiosamente, reafirmando tal ponto, o seu prólogo é voltado para os franceses, enquanto o epílogo é destinado aos ingleses. Há apostas com base em seu pensamento, acertadas ou não. A título de exemplo, a crítica do autor à Sociedade das Nações que revelaria o fracasso de toda e qualquer tentativa de constituição de um corpo internacional a fim de dirimir conflitos entre as nações. Ainda assim, o livro é, e muito, atual, além de romper diversas barreiras geográficas, ainda mais ao considerar que se trata de uma obra filosófica. Sua importância merece ser destacada.

Em dado momento, o autor declara crer que “um livro só seja bom na medida em que nos traga um diálogo latente, em que sintamos que o autor sabe imaginar se leitor concretamente, e que esse sinta como se saísse, de entre as linhas, uma mão ectoplásmica que apalpa sua pessoa, que queira acaricia-la – ou então, muito cortesmente, dar-lhe uma porrada”. Se assim é – e também creio que assim seja-, “A Rebelião das Massas” preenche os requisitos daquilo que se constitui um bom livro. É ótimo. Os ensaios que o constituem exigem um pensar profundo, requerendo atenção e releituras para que o seu conteúdo seja realmente refletido e compreendido, seja para concordar ou discordar de algo do muito que é trazido pelo autor em seus textos. Uma obra de peso que merece ser lida, refletida e debatida.
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Ademont 07/06/2019

Um livro obrigatório para quem quer estudar política
O livro tem a visão mais individual do cidadão europeu. A visão do autor sobre as pessoas e sobre o estado está dividida em períodos históricos e ele faz uma análise conceitual interessante sobre o que chama de homem massa.
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