Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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Sol 62 06/01/2024

Mário de Andrade - escritor, poeta, crítico literário e grande conhecedor das lendas e folclore brasileiro. Foi um dos pioneiros do Modernismo no Brasil e da Semana da Arte Moderna de 1922.

Mário de Andrade constrói sua obra denominada Macunaíma com o intento de apreender e difundir a diversidade cultural brasileira, desvelando o surgimento de uma identidade própria do povo brasileiro, que se diferencia, principalmente da identidade cultural européia.

Enquanto o Romantismo - escola literária anterior - idealiza o indígena como puro, ingênuo e angelical, Mario de Andrade rompe com esse esteriótipo e cria Macunaíma, o Herói sem caráter.

O personagem criado por Mário de Andrade é um indígena sincrético que não se vincula a nenhuma crença específica e ao mesmo tempo participa de diferentes crenças e rituais utilizando símbolos e elementos sagrados diversos.

Ele e seus dois irmãos sofrem transformação na cor da pele em um momento no decorrer da narrativa, simbolizando as três etnias que formam nosso povo: índio, negro e branco.

Macunaíma é movido por dois sentimentos o medo e o prazer. São esses dois sentimentos que fazem o herói sair de seu estado de ?natural de preguiça? para se movimentar e sofrer transformações constantes.

A história se desenvolve em torno da busca de Macunaíma por um objeto sagrado - o Muiraquitã. Nessa busca o tempo avança/retrocede e o espaço muda constantemente - as distâncias físicas praticamente inexistem.

É uma narrativa mítica, com ações ilusórias e oníricas, onde mescla mitos indígenas, lendas e crendices narradas oralmente pelo protagonista.

É uma leitura não muito fácil, com palavras já em desuso que podem dificultar o entendimento, mas se o leitor se entregar à saga do Herói sem caráter e ler sem julgamento aprenderá e apreenderá muito da cultura brasileira e poderá dar boas risadas com as peripécias de Macunaíma.
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Tábata Kotowiski 04/01/2024

Então.
Que livro chaaato, meubomjesusdeguape!
Entendo que Macunaíma tenha influenciado significativamente a literatura brasileira, que tenha deixado um legado, que tem uma abordagem inovadora e temas provocativos, que explora a identidade nacional, a diversidade cultural e a crítica social, que oferece uma visão única e multifacetada do Brasil em sua busca por uma expressão cultural autêntica, que Mário de Andrade tece uma crítica social aguda por meio da sátira e do humor.. Sim, sim, eu entendo tudo isso, mas a verdade é que Macunaíma é um personagem preguiçoso, mentiroso, desonesto e egoísta. Não tem escrúpulos em roubar ou enganar para conseguir o que quer. Esses adjetivos não pesariam tanto se Macunaíma fosse dotado de carisma (porque, cá entre nós, quem nunca se apaixonou por um anti-herói cheio de charme e sagacidade ainda que ele tivesse muito das características de Macunaíma?). Se não há conexão ou empatia pelo personagem principal, o que sobra de um livro? Enredo? Personagens secundários? Ambos não foram capazes de tornar a leitura menos enfadonha.
Uma pena.
Mathete12 09/01/2024minha estante
Tem gente com um mau gosto extremo nesse app.


Tábata Kotowiski 09/01/2024minha estante
Concordo!




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Marcela115 03/01/2024

Macunaíma
Oi
Esse livro é meu pesadelo

Quer dizer, não é exatamente meu pesadelo.

Mas, sinceramente, que livro sinistro, né?
A mistura de alguns contos com a imaginação fértil, até demais, do autor fez com que cenas um tanto assustadoras se formassem.

Como eu já disse, é preferível ler um resumo que algum desconhecido postou na internet. Pelo bem da sua saúde mental.
Mas, assim, caso queiram arriscar, desejo-lhes boa sorte!

Bjs
Amanda 03/01/2024minha estante
tenho mt receio de ler esse livro, sério msm


zxsaturno 03/01/2024minha estante
Só por que eu queria tanto ler... ?


ephemelis 03/01/2024minha estante
amigo(a), eu li em leitura conjunta com Tati do Vá Ler Um Livro e gostei até


Marcela115 03/01/2024minha estante
Pse, eu msm achei umas cenas mto grotescas. O autor só teve o cuidado de colocar palavras pra suavizar, mas fica explícito o que a cena representa, o livro todo é assim, um eufemismo.


Marcela115 03/01/2024minha estante
Se vc gostou da sinopse, tenta ler uai. Eu não gostei, mas talvez você goste! Acho que comigo a questão que mais influenciou foi a maturidade, que eu não tinha, pra ler


Marcela115 03/01/2024minha estante
Sério? Que legal!! Vou procurar dps. Eu também lia com uma aba na internet aberta num site que a pessoa interpretava cada capítulo, me ajudava bastante




Lavs_nf 31/12/2023

Legal
Não tive vontade de ler o livro em si p escola, mas em quadrinhos vai. Bem mais legal ler os clássicos em formato de quadrinhos. A história é meio doida né, a linguagem no início é meio difícil de entender pq é a mistura de vários dialetos, mas ao longo da história vai ficando mais fácil. Interessante pensar que todo lugar que Macunaima passa ele transforma em caos. Talvez um dia eu leia o livro. :)
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Agnes.Overa 31/12/2023

Um sentimento indefinido
O livro acabou não sendo tudo que eu imaginei.
Acho que por ver e ler muitas resenhas com pessoas recomendando e falando muito bem eu acabei criando expectativas muito altas com a leitura.
E no fim, apesar da linguagem diferente, a história em si, foi bem mais simples e menos impactante do que esperava.
É um bom livro, mas essa quebra de expectativa me deixou com um sentimento indefinido, sem conseguir definir plenamente se gostei ou não.
Mas no geral foi uma experiência interessante
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Sofia Dionísio 31/12/2023

Uma leitura incompleta
Querendo ou não, essa é uma edição para estudo. Estou marcando como lido e fazendo uma resenha porque senão não vai contar como algo que li esse ano, mas eu não cheguei a ler todo o material extra que essa edição trás, que é bastante. Foi uma jornada interessante, que eu precisei para fazer um trabalho longo de faculdade, mas que ao longo da leitura descobri que eu estava cada vez menos interessada nessa jornada. Macunaíma é um livro denso e erudito, bem hermético, o que é até uma falha se você para para pensar que a proposta modernista era justamente romper com o hermetismo acadêmico da literatura que o precede. E bem, é profundamente distinto desse hermetismo ao qual ele se opõe, mas termina sendo tão hermético quanto. Não é uma análise incomum que a vanguarda de 22 abriu as portas para uma nova literatura, mas não soube executá-la, cabendo assim aos romances de 30 a cultivar esse novo "solo fértil". Em resumo... eu não entendi. Não por falta de conhecimento de mundo ou por falta de uma leitura dedicada. Essa é a edição mais completa de qualquer forma, então eu tive mais recursos para me aprofundar, mas ainda sinto que não foram suficientes. Eu cheguei a me divertir, sim, e a entender a importância desse livro (e mais ainda do filme) na cultura brasileira, mas sinto que preciso ler mais algumas teses de mestrado para "entender" de verdade tudo que há aqui. Inclusive, essa é até uma certa decepção minha com essa edição. Sim, ela é mega completa no quesito de versões que Macunaíma já teve, traz todas as variações possíveis em notas e constrói uma "versão definitiva" a partir delas, muito bem elaborada. Mas senti falta de notas de rodapé explicando as referências, as figuras históricas, as interpretações mais comuns de cada trecho. Não posso condenar essa edição crítica por não ser o que não é, mas lamento que não seja, pois seria a melhor forma de aproveitar esse livro.
P.S.: O Mário chamar o Manuel Bandeira, nas cartas que eles trocavam, de "Manu" é a coisa mais fofinha do mundo, iti malia, quero pôr num potinho.
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JosA225 29/12/2023

Macunaíma
Um dos livros mais deliciosos que já li. O folclore brasileiro passeando na nossa frente. A estória do menino preto que na cidade fica branco e enfrenta mil aventuras fantásticas.
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Lala 29/12/2023

Loucura, loucura, loucura!
Eu sei que esse livro não é muito popular. Eu li pra faculdade e fui a única pessoa que gostou (até a professora é hater de Macunaíma) e a galera me zoa por isso até hoje kkkk. Eu entendo o porquê disso: o livro é difícil, esquisito, as coisas não fazem sentido, os personagens são tudo sequelados e é confuso. Mas eu gosto justamente disso, fazer o que kkkk.
Nos primeiros capítulos eu não estava entendendo nada e tava odiando tudo, mas depois fui me acostumando com a linguagem e isso começou a mudar. Aos poucos o livro foi me pegando. Eu sou entusiasta de folclore, então não foi muito difícil, porque esse livro é um ode a cultura popular: lendas, músicas, costumes, de tudo um pouco...tudo muito rico e muito brasileiro.
A história também é muito legal. Basicamente vemos uma jornada épica pelo Brasil atrás da lendária Muiraquitã enfrentando gigantes canibais e figuras mitológicas. O que eu mais gostei foi o maravilhoso, o non sense e o louco explorados nesse livro. Os personagens viram coisas, coisas viram pessoas, cabeças sem corpo falam, mortos são revividos com fumaça, uma amazona triste sobe até o céu escalando uma corda de estrelas, etc.
As coisas não fazem sentido e NÃO PRECISAM fazer sentido. Isso é revigorante de ler em um mundo em que até o fantástico necessita ser racionalizando, é um tipo de literatura na qual o céu é o limite e os absurdos são fascinantes. Minha cena favorita é a do Macunaíma fugindo da velha Ciuci pelo Brasil e cada vez que ele troca de cavalo, recita um versinho popular: aqui não importa a lógica de tempo e espaço, eles percorrem Amazonas-Rio Grande do Sul em passos e isso é legal demais, o livro abraça o louco sem ter vergonha disso.
A linguagem popular também é um destaque (apesar de que eu acho ela bem complicadinha) e os capítulos rapsodicos trazendo cada um uma pequena aventura. O livro, porém, tem grandes problemas de representação (em especial, da comunidade indígena) e em alguns momentos é bem datado e traz estereótipos problemáticos, o que não pode ser ignorado.
Em suma, apesar dos problemas e dificuldades, eu me diverti muito com essa leitura (que usa muito do humor na sua construção) e foi uma ótima experiência. É uma história de fantasia e aventura pra quem gosta de narrativas experimentais e excêntricas.
Sheila Pires 14/03/2024minha estante
Que resenha maravilhosa, fiquei curiosa pra ler.




Rauta 28/12/2023

Extremamente difícil e impactante
Macunaima não é para qualquer um... é difícil de se ler, interpretar e entender toda a história no geral!
Para os estudiosos, recomendo a leitura com um resumo de cada capítulo acompanhado, sendo antes ou depois de lê-lo.
A leitura é engraçada e crítica ao mesmo tempo, com uma diversidade em palavras e lendas nacionais gostosas de se acompanhar.
É compreensível seu sucesso e valor para o Brasil. Sem sombra de dúvidas uma obra louvável!

No entanto, quer começar na literatura clássica brasileira? Esquece que esse livro existe, vá para O Alienista, por exemplo. Quero que você ame ler nossos nacionais renomados, não que desista deles! Assim que tiver uma bagagem melhor e muita, MUITA paciência, vem para esse que você irá amar (mesmo odiando o herói um pouco rs).
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Samira_santos 25/12/2023

Herói?
Macunaíma é uma loucura de livro, em todos os sentidos que você possa imaginar. Me refiro a linguagem, a organização das sentenças, a construção da narrativa e ao conteúdo em si.
Nem por isso deixa de ser uma história cheia de humor e interessante de quebrar a cabeça lendo, tentando entendê-la o melhor possível.
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Maria18219 13/12/2023

Macunaíma: O herói sem nenhum caráter
(li para uma prova da faculdade da disciplina ?educação patrimonial?)

macunaíma é sim muito inovador e revolucionário para época em que foi publicado, Mário de Andrade foi um dos primeiros a tentar criar uma obra que representasse a população brasileira utilizando da cultura colonial e decolonial.
ele fica o livro inteiro fazendo educação patrimonial, quando cita todos os tipos de animais e frutas, por exemplo!
essa edição em específico acredito ser a melhor de macunaíma (inclusive, recomendo DEMAIS!!) não só pelos desenhos mais também os boxs que tem em todas as paginas que situam o leitor, eles são essenciais pra compreensão da obra principalmente pra quem é mais novo.
também gostei dos comentários finais onde temos críticas extremamente construtivas sobre a obra!
macunaíma ainda é uma obra que contribuiu com o racismo e preconceito sobre os povos originários já que criou um esteriótipo em cima dos indígenas, por isso não darei 5 estrelas!
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Samuel788 11/12/2023

Pouca saúde e muita saúva
No início é difícil se acostumar com o texto, cheio de regionalismos, palavras indígenas e linguagem do século passado, mas conforme você vai lendo, vai se acostumando. Recomendo também pesquisar as palavras que não entendeu, assim uma uma nova compreensão do texto acaba surgindo. Enfim, eu ia escrever mais coisas, mas?ah! Que preguiça!
Gabriel1994 22/01/2024minha estante
Tenho feito isso, mas, sinceramente, se fosse parar pra ver cada palavra em "Carta pras Icamiabas" acho que eu nunca terminaria de ler.




crowsfell 09/12/2023

Macunaíma: realmente não há caráter.
Um livro que beira o ridículo e a genialidade, muito bom para quem deseja um dia conhecer mais sobre o movimento modernista no Brasil.
Macunaíma tem uma linguagem difícil, as vezes muito difícil de compreender, pois, ao contrário de outros clássicos, ele se utiliza do uso precário de sinais de pontuação e pouca coesão textual.

O personagem principal, em si, é mesmo um herói sem caráter. Macunaíma está entre os personagens mais malandros, maldosos e brincalhões que eu já conheci; suas aventuras ao longo da história são ridiculamente engraçadas e tolas.

Em geral, o livro possui um contexto e história bastante interessantes, mas não é qualquer um que consegue se adaptar a esse lado da escrita de Mário de Andrade.
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Biblioteca Álvaro Guerra 08/12/2023

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça! site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/titulo.jsf?codigo=525992&fonte=

Mário de Andrade, um dos ícones do modernismo brasileiro, brilhou ao lançar Macunaíma, o Herói sem Nenhum Caráter em 1938.

A tiragem inicial foi modesta, com apenas oitocentos exemplares, mas o livro imediatamente cativou a crítica modernista devido à sua inovação narrativa e linguística.

Mário de Andrade, poeta, contista, romancista e crítico de arte, traçou uma carreira literária notável, iniciando com Há uma Gota de Sangue em Cada Poema em 1917. Sua segunda obra, Paulicéia Desvairada, publicada em 1922, marcou sua participação na Semana de Arte Moderna de São Paulo.

Macunaíma é uma obra inovadora, celebrada por seu estilo narrativo único e sua linguagem criativa. Uma verdadeira joia do modernismo.

Mário de Andrade é uma figura central na literatura brasileira, e este livro é essencial para compreender a evolução literária do país no último século.

As reflexões e inovações de Mário de Andrade continuam a influenciar a literatura brasileira atual. Esta obra é um elo essencial entre o passado e o presente da literatura nacional.

Não perca a oportunidade de descobrir ou redescobrir esta obra-prima literária e o legado duradouro de Mário de Andrade. Macunaíma é mais do que um livro; é uma experiência literária que transcende o tempo.
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