Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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Leofininho 27/07/2019

Clássico obrigatório!
É sem dúvida um dos melhores que eu já li.
Ao lado de Laranja Mecânica, O Velho e o Mar , Cem anos de solidão e Lobo da Estepe entrou pros meus melhores.
Esse expõe a alma brasileira por metáforas com seu folclore.
Aprendi muito com ele.
Desde rios, figuras mitológicas indígenas e animais silvestres tipicamente brasileiros.
O fumo goiano, a cachaça catarinense tudo está nesse livro incrível!
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Rhuan Maciel 12/07/2019

Macunaíma, o herói de nossa gente.
É simplesmente incrível o que Mário de Andrade, Oswald de Andrade e toda aquela turma de 22 fizeram na literatura brasileira. O modernismo chegou para quebrar com paradigmas da nossa sociedade, e obteve seu êxito. A linguagem de Macunaíma é bastante incômoda no começo, com muitas gírias, oralidades e dialetos, mas com o tempo o leitor começa a se acostumar. O capítulo em que o escritor ironiza a escrita correta e perfeita do português é sensacional. Em um aspecto geral, considerando seu período de criação e seu objetivo, o livro é perfeito.
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Eduardo Kaliniewicz 11/07/2019

O Herói sem nenhum caráter
Macunaíma é uma obra brilhante, compreendendo seu contexto e potencial inovador. Mário de Andrade faz uma sagaz sátira ao romantismo brasileiro, invocando diversas imagens que são "lugar-comum" ao ler ou pensar em tal gênero. O autor presta um mastodôntico serviço à cultura nacional, enriquecendo o livro com as mais diversas referências de todos os cantos do país.

O personagem principal, o herói anti-herói que dá nome ao livro, é irreverente, genial, maldoso, engraçado, preguiçoso, obstinado, criativo, inescrupuloso e popular, entregue às paixões terrenas ao mesmo tempo que faz de seu objetivo a recuperação de um objeto que o lembra da amada. A perfeita síntese do brasileiro?

Os capítulos estão muito bem divididos e a leitura flui bem, às vezes o leitor pode se perder com a grande quantidade de palavras de origem indígena. Todavia, para um leitor interessado no conteúdo, isso apenas suscita maior curiosidade, além de exaltar a genialidade do autor. Em "Macunaíma", é possível divertir-se com as aventuras e estórias dos irmãos, se irritar com as maldades do personagem e se encantar com as diversas referências à cultura nacional ali contidas.

Com certeza é uma obra fundamental para aquele interessado na literatura e história nacional.
Igorsiecz 12/07/2019minha estante
Minha noite se torna mais agradável ao ler essa magnífica resenha. Obrigado, amigo.




Fernando Lafaiete 11/07/2019

Macunaíma: O retrato cultural de uma nação
******************************NÃO contém spoiler******************************

Considerado um dos grandes nomes do movimento modernista no Brasil, Mário de Andrade juntamente com Oswald de Andrade e Manuel Bandeira formam a Tríade modernista responsável por consolidar novas formas de expressão artística em nosso país. Com "Macunaíma", o clássico satírico e de cunho político e social, o autor causa uma ruptura cultural, se distanciando do que era feito anteriormente; apresentando uma obra que tem por objetivo construir e reafirmar todo o significado nacional de ser. Ressignificando nossa forma de enxergar os pilares nacionalistas e os movimentos artísticos e linguísticos. A obra apresenta um personagem imperfeito que caracteriza de forma verossímil as características do povo brasileiro. Macunaíma, o personagem título, índio, proveniente de uma tribo amazônica e preguiçoso, se vê desesperado ao perder um importante amuleto (muiraquitã) dado por sua amada. Ao descobrir que o valioso objeto se encontra em São Paulo, embarca com seus dois irmãos em uma viagem fantástica para readquiri-lo. Seus comportamentos desde o início da narrativa são questionáveis, o que o diferencia e muito de Guarani, outro importante personagem indígena de nossa literatura, criado por José de Alencar.

A obra de Andrade causa estranheza e dificuldade por apresentar distorções de espaço e tempo, não respeitando uma certa linearidade quanto a narração, reforçado por movimentações inverossímeis e surreais dos personagens, mistura de termos indígenas, termos regionalistas, neologismos e linguagem coloquial. Além de diálogos com personagens folclóricos e diversos simbolismos. O que torna "Macunaíma" em um retrato cultural rapsódico, que nos possibilita embarcarmos em uma leitura única, cheia de particularidades e mágica; apesar de toda a dificuldade que deste processo provém. Pertencente da "Semana de Arte Moderna" de 1922, a obra só foi de fato publicada em 1928. O autor mergulha nos aspectos literários europeus, absorve suas características, as remodela e cria um novo quadro artístico, que enriquece e dá origem a um novo e mais significativo modelo literário nacional.

Todo o desenvolvimento  é extremamente imersivo e toda a mágica da escrita transborda das páginas. Momentos lúdicos atrelados a ingenuidade do personagem com momentos ambíguos faz de "Macunaíma" uma preciosidade. Uma obra fantástica, esquisita, mas que me fez feliz do início ao fim. Em vários momentos cheguei a me emocionar com as descrições apresentadas e com a forma singular do personagem central de enxergar o mundo. Uma história rítmica, semelhante a poesia e a fábulas, capaz de encantar os leitores que se permitirem se encantar pela estranheza da obra. Macunaíma é uma narrativa crítica, cômica, fantástica e que ocupa um importante espaço em nossa literatura. Uma obra de arte que trouxe a identidade cultural que o nosso país precisava.

Se você deve ou não ler "Macunaíma"? Inegável que a resposta não poderia ser outra senão que uma positiva. Devo parafrasear Monteiro Lobato e um trecho retirado da edição da Câmera para o clássico aqui resenhado.

"Um país se faz com homens e livros". "Podemos extrapolar e dizer que os sonhos de uma nação se tecem em sua literatura. A cada nova leitura dessas obras (as clássicas), os sentidos ali registrados se renovam, iluminando  o passado, contrastando-se com o presente e enriquecendo as aspirações para o futuro. Assim, mais que a história, a literatura é o testemunho palpitante de um povo."
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Adriano Schiessl 13/05/2019

Linguagem tanto quanto difícil
Macunaíma é uma narrativa multifacetada composta com materiais retirados de uma grande variedade de fontes. O seu eixo inicial foi um mito envolvendo um herói chamado Macunaíma que existia nas tradições indígenas do norte da Amazônia, recolhido e divulgado entre os ocidentais pelo etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg em sua obra Vom Roraïma zum Orinoco (1924). Na narrativa o mítico e o mágico fluem livremente ao lado da realidade concreta e muitas vezes a transfiguram, impregnando-a de novos significados embora seja uma obra prima é bom ter um dicionário ao lado.
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BrunaSoares 26/04/2019

“Ai que preguiça”
fiquei que nem o herói, com uma preguiça enorme de concluir a leitura.
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Wagner 12/04/2019

Macunaíma... entre ALENCAR e MACHADO

(...) Seu mérito maior foi o de fundir a sabedoria oriunda da cultura popular a composição erudita, vinda do gênio dos maiores romancistas brasileiros e também do surrealismo. É isso foi realizado de forma admirável , numa linguagem nova, que se afastou da escrita de Alencar como da análise de Machado (...)

In: LOPES. Telê Porto Ancona. São Paulo: Secretaria daCultua, Ciência e Tecnologia, 1978. pg 379.
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pribt 31/03/2019

Personagem genial, porém...
Lógico que a narrativa é genial, isso não se discute, porém é um leitura cansativa e massante.
Macunaíma, herói brasileiro, embora seja um personagem muito rico, é uma mistura de lendas. Quando vc conhece um pouco sobre lendas, a história tem mais sentido, contudo muito fantasiosa, sei que para época isso foi fantástico, não tiro nenhum dos méritos da obra. Mas para minha pessoa confesso que foi uma leitura bastante desgastante.
pribt 24/07/2019minha estante
Ao ler novamente a resenha, vejo o quanto o corretor ortográfico tem me prejudicado. Massante ao invés de maçante, um leitura no lugar de uma... E por aí vai.... Difícil confiar em um corretor.




mari 22/03/2019

o anti-herói brasileiro
É extremamente difícil reduz Macunaíma a apenas uma estrela, principalmente tendo em mente as dificuldades do autor para publicar uma obra tão excêntrica e inovado em um país ainda sob domínio cultural estrangeiro. Digo para mim mesma que reconheço a importância desse livro para a literatura nacional, e que se não fosse os modernistas, famintos por conteúdos inovadores, essa obra, assim como diversas outras ao redor do país, poderia ter caído no esquecimento. Acontece que, mesmo tendo tudo isso em mente, essa foi uma das piores leituras da minha vida. Talvez eu não esteja madura o suficiente para apreciar Mario de Andrade ou talvez o fato de ter sido uma leitura obrigatória tenha piorada toda a situação, mas essa experiência não agregou muita coisa na minha vida. A parte folclore e algumas tradições indígenas foram os pontos altos do livro. Em relação a estrutura, diálogo e cenas, é meio confuso e na maioria das vezes, eu não fiz a mínima ideia do que estava acontecendo.
Essa obra me faz pensar que, nem tudo que os intelectuais brasileiros ditam como excelente, de fato é.
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Biblioteca Álvaro Guerra 29/01/2019

Livros que valem a pena ter em casa: reedição de Macunaíma
"Agora, exatos noventa anos depois, a editora Ubu publicou uma versão com texto de Telê Ancona Lopez e Tatiana Longo Figueiredo, oferecendo uma nova chave de leitura, com foco especial para as fontes indígenas.
Para ilustrar as aventuras, gostos e desgostos de Macunaíma pelas paisagens tropicais, Luiz Zerbini fez uma série de belíssimas monotipias: não são “representações” da vegetação, mas a impressão de texturas das próprias plantas, objetos ou até corpos humanos, cujas superfícies são pintadas e carimbadas no papel."

Leia a resenha completa acessando este link: https://casavogue.globo.com/Colunas/Gemada/noticia/2018/06/livros-que-valem-pena-ter-em-casa-reedicao-de-macunaima.html

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!



site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85- 92886-51-6
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Fabio Shiva 26/01/2019

sem caráter e genial!
Que livro genial! Certamente uma obra-prima da Literatura mundial, que dá orgulho de ser brasileiro! Ainda que a genialidade maior da obra seja justamente retratar o brasileiro, através do herói Macunaíma, como um ser “sem nenhum caráter”...

A tese da ausência de caráter do brasileiro é apresentada em dois níveis. O primeiro é o caráter como uma espécie de personalidade, uma “entidade psíquica permanente, se manifestando por tudo, nos costumes na ação exterior no sentimento na língua na História na andadura, tanto no bem como no mal”, como define o próprio Mário de Andrade. E ele continua: “O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional”.

E então surge a sacação verdadeiramente genial: “Dessa falta de caráter psicológico, creio otimistamente, deriva a nossa falta de caráter moral. Daí nossa gatunagem sem esperteza (a honradez elástica/a elasticidade da nossa honradez), o desapreço à cultura verdadeira, o improviso, a falta de senso étnico nas famílias.”

É por isso que “Macunaíma” continua extremamente atual: embora tenha sido escrito em 1926 e publicado em 1928, continua botando o dedo na ferida de nossa identidade nacional, tão confusa e sujeita às apropriações mais nefastas. E não é à toa que esse seja um dos livros brasileiros mais estudados de todos os tempos, e que ainda hoje gere polêmica.

Em 1969 o livro ganhou uma versão cinematográfica igualmente genial:
https://youtu.be/DsMm3uG5iRU

A obra de Mário de Andrade já se encontra em domínio público e “Macunaíma” é facilmente encontrado em PDF:
http://bd.centro.iff.edu.br/bitstream/123456789/1031/1/Macuna%C3%ADma.pdf


Eu tive a sorte de ler uma esmerada edição da Agir, que traz ao final um “Dossiê Macunaíma”, contendo vários rascunhos do autor sobre sua obra, de onde extraí as seguintes pérolas:

“Quanto a algum escândalo possível que o trabalho possa causar, sem sacudir a poeira das sandálias, que não uso sandálias dessas, sempre tive uma paciência (muito) piedosa com a imbecilidade”.

“Quanto a estilo, empreguei essa fala simples tão sonorizada, música mesmo, por causa das repetições, que é costume dos livros religiosos e dos contos estagnados do rapsodismo popular. Foi pra fastarem de minha estrada essas gentes que compram livros pornográficos por causa da pornografia.”

“Não sei ter humildades falsas não e se publico um livro é porque acredito no valor dele. (...) Principalmente disso vem o orgulho tamanho que possuo e me impede completamente qualquer manifestação de vaidade.”

“Outro problema que careço explicar é da imoralidade. Palavra que seria falso concluir pela imoralidade e pela porcariada mesmo que está aqui dentro, que me comprazo com isso. Quando muito admito que concluam que me comprazo... com o brasileiro.”

E viva Macunaíma! Viva Mário de Andrade! Viva a Literatura Brasileira!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/01/macunaima-mario-de-andrade.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Heros Pena 09/01/2019

Não gostei.
Talvez esse seja uma daqueles livros que você ama ou odeia. Eu odiei. O livro é chato, repetitivo e cheio de palavras complicadas ou sem sentido. Ademais traça um perfil do brasileiro típico com o qual não concordo. O povo brasileiro é alegre, generoso,, carismático, e mesmo ante o preconceito com que é tratado sempre consegue manter essas qualidades. Enfim, pra mim o brasileiro não tem nada do "herói", velhaco, vingativo e mau caráter retratado no livro.
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Jopa 26/12/2018

Brilhante
Ao tempo em que fortalece uma brasilidade incipiente incentivada pela Semana da Arte Moderna de 1922, Macunaíma retrata também, além de histórias e mitos, o próprio caráter de de uma parte dos brasileiros, de uma inconsequência irreverente e prosaica.
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Mel Bee 04/12/2018

Clássico
Macunaíma, o típico brasileiro que se diz um cidadão de bem. Impressionante como a história é cíclica e nunca nada muda. Ao menos não aqui. O modernista Mário de Andrade nunca esteve tão atual.
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