spoiler visualizarThiago Barbosa Santos 28/01/2024
DOM QUIXOTE
O amante da boa literatura não pode viver sem ter lido Dom Quixote ao menos uma vez. É o que sempre ouvimos. Já tinha o livro há alguns anos, mas sempre fui adiando a leitura, outras vieram na frente. Mas finalmente cheguei ao grande clássico de Miguel de Cervantes Saavedra.
Posso dizer que apreciei bastante a leitura. Há uma partes mais maçantes, em que a narrativa fica um tanto arrastada, mas no todo é um livro muito bom, com uma história empolgante e às vezes tocante, sobre Alonso Quijano, ou Dom Quixote, que perdeu o juízo de tanto ler romances de cavalaria e saiu pelo mundo para viver suas próprias aventuras, crendo ser um cavaleiro andante. Montado no seu Roçinante e tendo como fiel escudeiro Sancho Pança, vai atrás de seus feitos, mas quase sempre se dá mal e é motivo de chacota.
Sancho rouba a cena em muitos momentos por ser engraçado, espirituoso, falastrão e carismático. Tem tem uma inocência que chega a ser comovente ao mesmo tempo.
Dom Quixote conhece muitos lugares, tem contato com muitas pessoas, que às vezes o insulta, ou trata com desdém pela loucura, fazendo chacota ou mesmo reagindo de forma violenta por conta de seus arroubos de destemido cavaleiro andante, que busca prezar pela honra e não foge a um desafio.
Ela passa quase toda a narrativa em busca do grande amor, Dulcinéia del Toboso, que é pintada como perfeita em seus devaneios. Depois de muitas aventuras, quase todas fracassadas, um vizinho propõe um desafio para que, se ele fosse derrotado, tivesse que voltar para casa e esquecer, ao menos por um tempo, a vida de cavaleiro andante.
Obviamente ele perdeu, voltou amargurado para casa para voltar a viver uma vida corriqueira, sem aventuras. Com o tempo, foi recobrando o juízo de o livro encerra com ele elaborando o próprio testamento. Deixou uma parte do pouco que tinha para Sancho, que embarcou em suas loucuras.