O engenhoso fidalgo D. Quixote de La Mancha

O engenhoso fidalgo D. Quixote de La Mancha Miguel de Cervantes




Resenhas - Dom Quixote


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Fernanda 02/08/2023

"? Que me retrate quem quiser
? disse dom Quixote ?, mas não me maltrate, porque muitas vezes a paciência costuma acabar quando a sobrecarregam de injúrias."

Talvez o mais interessante para mim ao pensar nessa história seja o fato desse clássico estar tão presente na cultura pop - seja no homônimo balé de repertório ou na música do Engenheiros do Hawaii, a qual, acredito que não tenha maltratado nosso nobre fidalgo ao começar com: "Muito prazer, meu nome é otário" - e, ainda sim, consegui me surpreender e rir em cada página dessa obra.

A narração, sobretudo, na segunda parte nos provoca as mais diversas reflexões acerca das proposições do autor em escrever essa história - principalmente, ao pensar que está metade foi escrita enquanto resposta as impressões e repercussões do público frente às desventuras dos famosos cavaleiro e escudeiro -, pois nota-se que a sátira não se restringe apenas às histórias de cavalaria ou à loucura por estas despertadas, mas, também, a todos nós, sociedade.

"Não vi nenhum livro de cavalaria com uma história de corpo inteiro, com todos os seus membros, de maneira que o meio encaixe com o começo, o fim com o começo e com o meio; pelo contrário, são escritos com tantos membros que mais parece que tinham a intenção de formar uma quimera ou um monstro do que fazer uma figura bem-proporcionada. Além disso, no estilo são duros; nas façanhas, inacreditáveis; nos amores, lascivos; nas cortesias, grosseiros; prolixos nas batalhas, estúpidos na argumentação, delirantes nas viagens e, por fim, alheios a todo artifício inteligente. Por isso, são dignos de desterro da república cristã, como gente inútil.?
13marcioricardo 02/08/2023minha estante
Muito bem ???


rfalessandra 02/08/2023minha estante
Agora sim ????????




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EddyBrown 26/07/2023

Quer rir bastante?
_?surigo que leia pq...
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Jéssica (@simboraler) 23/07/2023

Divertido
Dom Quixote é literalmente uma loucura. Esse livro conta a história de um fidalgo que, após ler muitos livros de cavalaria, acredita ser um cavaleiro andante e decide chamar um de seus empregados, Sancho Pança, para ser seu escudeiro, prometendo para ele o governo de uma ilha que ele conquistar.
O livro é dividido em duas partes e confesso que o primeiro volume eu me arrastei um pouco. Para mim, a história entre Dom Quixote e Sancho Pança não estava me segurando tanto, mas do meio para o final começaram a aparecer diversos personagens andarilhos e as história que eles contavam de si mesmos se tornava muito interessante e foi difícil largar.
Já o segundo volume foi onde ganhou meu coração, toda a história foi bem amarrada, se tornando interessante do início ao fim, onde de fato o enredo é focado na dupla de cavaleiro andante e escudeiro.
Esses dois personagens são únicos. Chamam Dom Quixote de louco, porém, é notório que a loucura dele é seletiva apenas na veracidade da existência da cavalaria andante, mas a razão e sensatez é nítida em relação a outros assuntos como filosofia, ciências, religião, guerra e sociedade. Já o Sancho Pança sabe que seu amo não bate bem da cabeça e é um pouco louco, muitas vezes se tornando a voz da consciência em relação às suas fantasias, porém ao mesmo tempo é muito inocente em acreditar que ganhará uma ilha de verdade.
Bom, esse é um livro divertido, mas ao mesmo tempo trás muitas reflexões, dando valor ao poder da amizade entre esses dois rapazes muito companheiros.
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Paulo 17/07/2023

Loucura com dignidade; tolice com sabedoria
Um clássico absoluto. Considerado o primeiro romance moderno, continua sendo o melhor livro que já li, embora a primeira leitura tenha me maravilhado mais.
Nessa releitura utilizei a edição da Penguin, que é traduzida por Ernani Só, tem poucas notas de rodapé e linguagem mais moderna. Isso não tira o encanto da obra, mas eu preferi a da L&PM, traduzida por Viscondes de Castilho e Azevedo, por achá-la mais adequada ao texto original e produzir um efeito cômico mais intenso.
A história é conhecida universalmente.
Um fidalgo de 50 anos de idade, viciado em livros de cavalaria, cisma em sair pelo mundo como “cavaleiro andante” em busca de aventuras. Seu cavalo é um pangaré chamado Rocinante; sua armadura e armas são todas decrépitas, improvisadas. Resolve se intitular “Dom Quixote de La Mancha” e tem como amor platônico a famigerada Dulcinéia Del Toboso.
Seu escudeiro é Sancho Pança, camponês gordinho casado com Teresa Pança e amante da boa mesa, pai de dois filhos que fala por provérbios e o acompanha na esperança de ser governador de uma ilha.
Na primeira aventura juntos, Quixote se debate contra moinhos de vento, acreditando se tratar de gigantes. Embora alertado por Sancho, Quixote toma um baita tombo e sai todo estropiado.
Diversas outras situações inusitadas são enfrentadas por Quixote, que se intitulou o “Cavaleiro da Triste Figura”: ele acredita que uma bacia de barbeiro era um elmo lendário; pensa que dois rebanhos - um de carneiros, outro de ovelhas - eram dois exércitos se confrontando; ataca odres de vinho pensando serem inimigos; acredita voar pelos ares montado em um cavalo de madeira.
Com efeito, Dom Quixote é tido como completamente louco no que se refere aos assuntos da “cavalaria andante” e possui uma visão ambígua sobre a realidade, acreditando que os mais banais atos do cotidiano são grandes e extraordinárias aventuras. Para ele, estalagem são castelos; prostitutas, donzelas; prisioneiros condenados às galés, injustiçados; uma simples camponesa, a mulher mais bonita do mundo; e por aí vai.
Em contraponto, Sancho Pança busca, em vão, abrir seus olhos à realidade, mas sempre pisando em ovos para não contrariar seu senhor e esperando receber suas recompensas, em especial o governo da ilha.
Esse contraste de personalidades rende momentos cômicos e filosóficos por toda a obra, que é dividida em duas partes.
Na primeira, Cervantes insere alguns contos extensos que quebram um pouco a narrativa principal e desviam a trama de seus protagonistas. Embora as histórias sejam excelentes, não se comparam à delícia de acompanhar Quixote e Panço.
Na segunda parte, Cervantes não se utiliza desse artifício e Sancho Pança vive momentos impagáveis como “governador” de sua tão sonhada ilha. Centrada nos protagonistas, a segunda parte ganha em densidade filosófica e, ao se aproximar do desfecho, a comédia deslavada vai se transformando em tragédia.
Muitas interpretações da obra são possíveis.
Eu particularmente admiro a coerência de Dom Quixote com seus ideais cavalereiscos. Suas virtudes são incontestes: coragem, lealdade, fidelidade, bravura, caridade, perseverança, esperança, empenho da palavra. Quantas vezes ele literalmente caiu e levantou do cavalo? Jamais reclamou dos percalços de seu ofício; jamais pensou em desistir.
Quixote representa o espírito, a consciência individual, o livre arbítrio, em voga na cosmovisão medieval que dava os últimos suspiros. Embora também fosse um intelectual, leitor de vários livros e sabedor de vários assuntos, Cervantes deixa clara sua opinião de que os que pegam em armas têm mais valor do que os que se dedicam às letras. Mas o cavaleiro também representava o coração, a coragem, tanto que Quixote busca acima de tudo a honra e a fama por seus feitos e atos.
Sancho simboliza o “baixo ventre”, os prazeres da gula, a ambição pela riqueza e pelos cargos. Mas que fique claro: embora tolo, ele vai se tornando sábio, é uma personagem muito complexa.
Sendo o ser humano composto de corpo, alma e espírito, Sancho e Quixote se complementam.
Quixote ao final é derrotado em um duelo por Sansão Carrasco, bacharel que representa o racionalismo e o materialismo que começava a despontar na época. Como combinado antes da luta, Quixote deu sua palavra e concordou em ficar pelo menos um ano afastado de suas atividades de cavaleiro andante.
Privado de sua loucura e de seus ideais, Quixote recobre finalmente a razão, mas, adoentado, morre. É como se ele não pudesse mais existir sem viver o seu sonho.
A sociedade moderna parece ter matado completamente o espírito e a alma do homem, simbolizados pelo cavaleiro andante. Com efeito, o homem moderno é guiado pelos prazeres do baixo ventre à procura de experiências efêmeras, do corpo perfeito e de “qualidade de vida”. Consegue olhar, mas não ver a vida.
Há ainda muitas questões que poderiam ser pontuadas nesse breve resumo, como a genial metalinguagem usada na obra, a influência dela em outros romances “em movimento”, como “On the Road” e “Meridiano de Sangue”, e também a correlação da visão de mundo de Quixote com a vida atribulada do próprio Cervantes.
Deixarei o desenvolvimento desses temas, contudo, nas próximas releituras que farei. A próxima será da tradução de Ferreira Gullar e, na sequência, o original em espanhol.
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Dearibeiro 08/07/2023

Eu amei
Me lembro da sensação de ler esse livro, do quanto me envolvi e aproveitei cada parágrafo. Me cativou de verdade e sempre vai ficar guardado na minha memória como uma das melhores leituras que já fiz.
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Pablo 07/07/2023

Sancha
OS BURROS CAVALGAM

Enredo:

O livro é uma sátira e realmente é engraçado quando brinca com os elementos desse mundo, onde sãos e loucos se contrapõem várias vezes, juntamente com as diferentes interpretações dos personagens.

Edição:

Gosto bastante dessa edição da FTD, com os desenhos e a capa estilizada, só me desagrada a folha branca.

Escrita:

É clara, e rápida, não abre muita margem para divagação. Boa.

Personagem Marcante:

Sancha, o burro montado no burro.

Consideração Final:

O livro realmente diverte mas não parece ter algum momento de ápice específico. Então para uma leitura ocasional e rotineira é interessante.
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Fuzue 30/06/2023

O Cavaleiro dos Jovens Leitores
O Cavaleiro da Triste Figura encontra novas palavras que contam a sua história. Muito determinado em seu objetivo de se tornar um cavaleiro honrado, Dom Quixote se aproxima mais dessa realização ao se tornar uma Cavaleiro dos Jovens Leitores através desta adaptação de Michael Harrison.
Essa grande narrativa de aventura é uma marco literário, bastante conhecida por pessoas em todo o mundo. A novidade aqui, porém, é a nova roupagem que Michael traz para a história, a fim de torná-la mais acessível para um novo público desse enredo.
A adaptação cumpre a função de agradar quem lê - Miguel de Cervantes, autor do texto original, ajuda nesse quesito, afinal a história é boa. A leitura da adaptação não extingue o desejo de conhecer Dom Quixote e Sancho Pança pelas palavras do autor espanhol, pelo contrário, impulsiona ainda mais este querer.
A versão aqui presente se destaca pelas informações acerca do contexto histórico-social da época de escrita e publicação do texto. Bem como dos impactos no mundo e de sua repercussão primária.
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Master 29/06/2023

Divertidíssimo!
Dom Quixote, é uma figura inesquecível que nos faz rir e nos comove ao mesmo tempo. Sua loucura é o ingrediente perfeito para uma série interminável de aventuras cômicas. Suas ilusões e delírios proporcionam momentos de pura diversão, e é impossível não se deixar envolver por suas desventuras. O que falar de Sancho Pança? cuja personalidade pragmática e senso de humor afiado fazem dele o contraponto perfeito para as extravagâncias de Quixote. Suas interações são uma fonte constante de risadas e a química entre os dois personagens é simplesmente brilhante.
Um dos pontos fortes da obra é a sua habilidade em satirizar a sociedade e as convenções da época. Cervantes aproveita a jornada de Quixote para expor a hipocrisia e a decadência da nobreza espanhola, e suas críticas sociais ainda ressoam nos dias de hoje. A maneira como ele subverte as expectativas e brinca com os clichês dos romances de cavalaria é genial, revelando seu talento como mestre da sátira.
Don Quixote é uma leitura leve, alegre e que proporciona um prazer genuíno. O estilo cativante de Cervantes, combinado com sua habilidade em criar personagens inesquecíveis, faz deste romance uma aventura divertidíssima do começo ao fim. A cada página, somos envolvidos por um humor inteligente e por situações absurdas que nos arrancam risadas e nos deixam ansiosos para descobrir o que acontecerá em seguida.
Se você está em busca de uma leitura que irá te entreter do início ao fim, Don Quixote é a escolha perfeita. Prepare-se para embarcar em uma jornada repleta de risadas, surpresas e reflexões sobre a natureza humana. Esta obra-prima da literatura clássica é garantia de diversão e prazer literário.
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Lucas 27/06/2023

Releitura muito interessante
A história de Dom Quixote em si é bem extensa e esse livro consegue minimizar a história em pouquíssimas páginas!

Trazendo a essência do texto e do propósito do livro Dom Quixote.
Vale a pena a leitura!
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Jonathan153 25/06/2023

O pai do Romance Moderno. Uma das mais expressivas obras do chamado modo irônico de narrar e daquilo que Lukács chama de Idealismo Abstrato.
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Nikien7 22/06/2023

D Quixote
"À força de tanto ler e imaginar, fui me distanciando da realidade ao ponto de já não poder distinguir em que dimenção vivo"
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Charlinho07 21/06/2023

Uma vida de aventuras
Quem é o mais louco: a pessoa acometida pela loucura ou o são que embarca na ilusão?

Dom Quixote é um livro divertido sobre um homem que se apega ao mundo fantasioso da cavalaria andante. Muitos de nós, apaixonados pela leitura, vez ou outra, também queremos fazer dos mundos literários nossos mundos reais, já que a realidade, muitas vezes, ou melhor, quase sempre, não é muito agradável.

Para o contexto da época em que foi escrito, o livro é uma sátira, uma crítica talvez, aos costumes literários (ou crenças) da época.

Me senti como se estivesse lendo algum conto de fadas ou assistindo a um filme da sessão da tarde, de temática medieval com toque de comédia. A leitura te prende e te faz imaginar as maluquices em que Dom Quixote e Sancho Pança se aventuram. Muitas vezes, o louco parecia mais são que os bem ajuizados.

Recomendo a leitura.
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islbeisa 17/06/2023

Nota do Leitor
Dom Quixote é uma leitura ótima, descontraída e engraçada que leva nossa imaginação longe.
No início da história, se fica questionando a Loucura do nosso protagonista, mas ao decorrer de suas aventuras se acaba entrando na loucura junto com ele, pelo menos foi assim comigo.
Me questionei sobre a existência da Dulcinéia, mas entendi que era um amor de sua juventude que ele idealizou pois era um fator importante para um cavaleiro andante.
Percebe- se também que Sancho, só acompanha Dom Quixote por interesse de ter uma ilha e se tornar governador, o que no decorrer da trama vemos que acontece, mas ele entende que poder e dinheiro não é tudo e deseja voltar para sua esposa e família.
A amizade entre os dois viajantes vai se tornando muito linda de se ver, tanto que no final, Sancho aceita uma nova aventura com seu amo apenas para a sua melhora.
Tem muita coisa que pode se retirar desse livro, Dom Quixote realmente estava louco? Ou apenas idealizou o mundo que queria viver e assim o fez? Mostrando coragem, além de não se importar com os pensamentos alheios.
Terminei o livro e ainda estou me questionando muita coisa, vale muito a pena a leitura!
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