Resenhas - Noite na Taverna

Erialmir 28/05/2024

Romantismo da 3ª geração: sangue, sêmen e lágrimas
Álvares de Azevedo morre aos vinte anos. Como ele mesmo havia dito, todo ano algum aluno do quinto ano de direito morre e, estando tuberculoso e cursando o quinto ano de direito, chegou a vez dele.
Como presente, o maior expoente da literatura gótica brasileira, nos deixa Noite na Taverna.

Essa reunião de contos narrados pelos mais infames componentes da sociedade te deixará estático. Álvares não conhece trégua e te bombardeia com uma cadeia de acontecimentos que te roubará até mesmo o ar.

A obra conta com um tom típico da terceira geração romântica, extrapolando a dor e o escapismo seja pela morte, seja pela devassidão. O autor sintetiza esse pensamento autodestrutivo- que no caminho acaba por destruir também o outro.

É uma reunião de ébrias confissões, todos estão bêbados demais para se lembrar de terem aberto seus corações e derramado toda a sua amarga podridão no chão daquela taverna suja.

No todo, é um livro que, se apertado, verterá todos os humores: sangue, sêmen e lágrimas.

Gabriel.Abech 21/05/2024

Entendo que o autor estava seguindo a estética romântica e que, na época, era ainda inédita no Brasil de certa forma. Mas todos os nomes serem estrangeiros, todas as histórias se passarem fora do Brasil me desinteressa um pouco. Além disso, não gostei da associação entre riso e loucura, sempre que um personagem ri é um sinônimo de perda da razão, algo evitável. Sei que é pela estética e tal, mas não me agrada.

Isa.hodniuk 20/05/2024

Noite na taverna
Um clássico da literatura brasileira.
Incrível como esse texto se desenvolve e vamos entendendo todas as histórias (loucas na grande maioria das vezes). Dos personagens que se tornam narradores para contar essa história.
Quem diria que homens na mesa de um bar contando suas histórias resultaria nessa obra prima da literatura, simplesmente perfeito.

livia1294 15/05/2024

Foi uma experiência..
Li como parte de um trabalho de português, então foi uma leitura obrigatória, apesar disso, gostei bastante.
No começo não estava entendendo muito, mas no conto do Solfieri entendi a pegada do livro.
Foi uma leitura que provocou muito desconforto, que acredito ser o objetivo do livro.

joaovictor 13/05/2024

É noite porque da vontade de dormir lendo
O livro é chato e os personagens são ruins
O Álvares parece um adolescente que se acha culto e não basta ele ser ele quer te mostrar que é culto e fica fazendo referências de grandes obras a todo momento para se provar.
Simplesmente um livro merda escrito por um escritor bosta
A única trufa que eu consigo achar é que a escrita na maioria das partes é muito bonita(a não ser nos contos sobre alguem fazendo coito com um cadaver ou mulher casada,que no caso são quase todos)

Yuri 12/05/2024

Gostei do pov do Gennaro, o resto é meio ok. Um ou outro eu achei interessante. O do Claudius chega ser engraçado do tão surreal, o bofe maluco

Sofia136 12/05/2024

Galera que livro maravilhoso! É um clássico! Amei o fato das histórias serem narradas de forma que te deixa maluco pra saber mais, pra tentar entender oq passava na cabeça desses caras!
Tem necrofilia? Tem!
Tem traição? Tem tambem!
Morte? É oq nao falta!
Mas relaxa, eles te explicam tudo rsrsrs (eles explicam, mas não muda o fato de que cada um cometeu uma atrocidade maior que o outro) De todos, a Taverna no geral é a mais perigosa. Lê e vc vai entender o porquê.

CarolaM 09/05/2024

Leiam! Simplesmente leiam.
Eu tô chocada hahaha! Esse livro mostra tudo de ruim que o homem pode fazer. Sério, a cabeça de Álvares de Azevedo deveria ser uma loucuraaa.

Mas ao mesmo tempo dá para visualizar bem os fatos narrados. Parecia que eu andava pelas ruas da Europa e assistia os acontecidos. Muito bom.

Yasmin1290 05/05/2024

Noite na Taverna 
Foi uma leitura interessante.

A princípio, pensei que não conseguiria ler devido à linguagem, mas depois peguei o ritmo. A história de cada homem é bem macabra, e suas atitudes questionáveis. Em geral, foi uma boa experiência (acrescento aqui também novos traumas KKKKK).

CinMeireles 04/05/2024

Enquanto relia, meu único pensamento era "eu não lembrava de isso ser tão bizarro quando li na adolescência".

Vamos lá. Noite na Taverna é um graaande clássico do ultra romantismo brasileiro, e não é à toa. Apesar da linguagem cheia das frescuras típica do período, a história é tão boa que é capaz de agradar mesmo os leitores que enfrentem alguma dificuldade com o vocabulário. Nosso menino Álvares (Maneco para os íntimos) podia ser surtado das ideias, mas era um gênio literário.

MAS.

Como eu disse lá em cima, bizarrices permeiam toda a obra. Com um estilo de terror gótico que tem vários paralelos com autores como Edgar Allan Poe, não há limites para o macabro e o imoral na obra de Álvares de Azevedo; e, diferente de outros autores do período, não há hesitação alguma do autor em usar de descrições bem diretas para falar das imoralidades de seus personagens. Temos aqui situações de estupro, assassinato, sequestro, roubo, vício e outras mais que, embora reconhecidas como criminosas e repugnantes por seus autores, são ao mesmo tempo celebradas, em uma bizarra disputa de quem é o mais degenerado.

Não é uma leitura fácil. Na era em que vivemos, em que tais coisas são vistas como inaceitáveis (AINDA BEM NÉ), é preciso ter estômago para ler certas descrições. Na minha época de adolescente (e envelheci 50 anos só com essa frase) não lembro de ter grandes incômodos lendo isso; me pergunto se era por não ter a real noção do que significavam essas coisas, ou se porque os anos 2000 eram estranhos mesmo. Me pergunto também como seria a reação de um adolescente de hoje lendo esse tipo de obra. Me pergunto mais ainda como seria a reação dos pais do adolescente ao saber que o filho leu esse tipo de obra.

Se recomendo? Hummm. Depende. É um livro ótimo, eu gosto da história, e tem uma importância histórico-literária inegável. Mas se você não aguenta uma história pesada e sem finais felizes, não chegue nem perto.

Nay Nay 03/05/2024

Um retrato da bohemia e ultrarromantismo
Depois de tantos movimentos literários focados em passar uma boa imagem do ser humano, o ultrarromantismo vem e joga tudo pros ares. Mostra - mesmo que em uma visão romantizada - a verdadeira sociedade da época.

Todos os contos são chocantes e competem entre si pra gabaritar o código penal. Mesmo que alguns sejam incoerentes e exagerados, ainda transmitem uma mensagem de como o ser humano pode ser podre e desprezível e ainda gabar-se disso em uma noite de bebedeira em uma taverna qualquer.

johannbsf 30/04/2024

A parte do "noite na taverna" achei relativamente fraca no livro, porém "macário" consegue ser primoroso no seu desenvolvimento.

Macário é um romântico, no pior sentido da palavra, que se encontra com o diabo em pessoa, servindo de.... bússola moral para Macário. O mais engraçado é a insatisfação de Macário com a vida, pois por mais que seu amigo de chifres lhe ofereça tudo, seu tédio é maior que as ambições.

Macário é o exemplo do "mal do século" aquela onda do romantismo literário do século XIX.

Lorrayne20 29/04/2024

Taverna
Apesar de começar "bem", a história começa a ficar lenta e perde toda a sua fluidez. Parece mais que queria só assustar, os fanfics do que achava que assombraria. (assombra).
Não conseguiu me prender muito, e eu me vi forçada a ler... E o final, é...

Amanda2417 29/04/2024

POV: homem
Esse livro reforça o quanto o homem pode ser podre, insalubre, cruel e tudo de ruim que há.

A narrativa nos traz um grupo de amigos em uma taverna (bar), no qual todos vivem uma vida boêmia, conversando sobre as aventuras que viveram durante sua vida e bebendo como se não houvesse amanhã. Os temas abordados nas mesmas são muitos como por exemplo adultério, violência, m0rtes, amor, luto, bebida, entre outros.

O livro é um clássico da Segunda Geração do Romantismo, trazendo consigo as características do mesmo, um ar sombrio, mórbido, depressivo, tedioso, triste e egocêntrico.

Gostei do livro, recomendo para quem gostaria de conhecer essa era ?Ultrarromântica? e mais sobre a literatura brasileira.

Ilkiu 25/04/2024

Alguns amigos estão na mesa de um bar (taverna), contando seus demônios mais profundos, suas dores, arrependimentos e amores.
Leitura densa, complexa, com um vocabulário antigo e de compreensão um tanto quanto complicada, mas vale a pena.
O final me trás sensações impressionantes.

"Há aí dentro muita vida ainda: muito amor por amor, muito fogo por viver!"