Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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isabelladoslivro 10/01/2024

Classico lacrador
ELA TRAÍ, ELA DEVANEIA TRAINDO MARIDO, ELA NÃO É PERFEITA, ELA FOI ILUDIDA, ELA ODEIA O POBRE COITADO DO MARIDO DELA E SÓ ACONTECE DESGRAÇA NA VIDA DELA!
YES QUEEN.
Esse livro é polêmico, e eu adoro ele
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mylena97 08/01/2024

Madame Bovary
Seria uma pena se eu dissesse que li em um momento em que me sentisse tão mergulhada na mesma insatisfação mundana tal qual a personagem, que me impediu a conexão com a maioria dos elementos da história?
Bom, se é uma pena ou não, foi o que aconteceu. Além disso, enquanto lia só consegui obter duas emoções principais: achar essa mulher intrigante e depois achá-la vazia. Sua ambição ilusória não só fez com que ela se perdesse em si mesma, como também fez suas presas intelectuais e artísticas fazerem o mesmo.
Porém, é de conhecimento público ? ou deveria ? a qualidade da obra, e por isso, deve ser lida assim que possível.
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Nazha 07/01/2024

Um clássico
Um dos melhores romances que eu já li, com toda a certeza
A riqueza de detalhes da narrativa te envolve na trama por completo. É impossível não tomar as dores e os amores dos personagens, e é normal amar e odiar qualquer um deles dentro de menos de 10 páginas.
Além da história em si, o livro carrega uma reflexão sobre amores, caráter e até mesmo sociedade. Enfim, uma obra completa e uma leitura obrigatória!
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Debs 07/01/2024

Um Ode à Insatisfação
Se me pedissem para descrever Emma Bovary, diria que é um empreitada um tanto difícil, mas tentando, acredito que isso aqui resolveria: durante a leitura, a imaginei bela como um lírio. Uma mulher de elegâncias e sutilezas, como aquelas bonecas de porcelana que são intocáveis por fora, mas vazias por dentro. Além da beleza, tem apreço por romances, desses que mostram cavalheiros melodramáticos que proclamam versos às suas mulheres amadas. Desses homens que não possuem defeitos e consequentemente, não existem. Por baixo dos panos, Emma me pareceu extremamente caprichosa e sedenta de algo que não conseguiu identificar. Percebi que tinha muito, poderia construir palácios com seu esposo, mas preferiu o conforto momentâneo que o luxo do quarto de hotel lhe proporcionou. Entregou-se totalmente aos seus amantes, planejou encontros engenhosamente para suprir aquilo que, aparentemente, não encontrou em seu matrimônio. Emma fugia do tédio dos dias ordinários, da calmaria do casamento, da mediocridade do seu esposo, para viver a intensidade dos amores proibidos. E ainda assim, depois de sugar e ser sugada até a última gota, retornava em seu espírito aquela sensação de vazio. Infelizmente, Emma não conseguiu enxergar o extraordinário no ordinário. E pobre Charles! Ele (seu marido)foi o único que me cativou a ponto de me comover com sua fidelidade. De modo geral, é um livro excelente. Me fez pensar nas inúmeras vezes que me peguei insatisfeita com a minha vida, com tédio e me sentindo perdida. Pois foram esses os sentimentos que mais enxerguei ali, em Madame Bovary.
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Nágela Soares 05/01/2024

Não sei nem qual palavra usar pra resumir esse livro. Eu iniciei a leitura com uma expectativa irreal da Madame Bovary (mesmo atualmente e mesmo sabendo da fama do livro) kkk. A Emma é uma personagem maravilhosa e uma pessoa detestável (sorry). Eu esperava o estereótipo da mulher meiga, submissa, fofinha, que estava infeliz e se depararia com um amante incrível em um destino ideal. óbvio que eu ia me frustrar. Porém, eu não esperava que ela seria tão mesquinha e desprezível. Mass isso é bom e é por isso que o livro saiu da curva! A personagem é completamente humana, na verdade, todos os personagens! Eles não têm nem aquele quê de idealização. A escrita do autor é perfeita? porém chegou, pra mim, a se tornar cansativa, pelo excesso de descrições, no início eu até gostei, mas depois eu só queria saber o que aconteceria com a Emma. No final da história o meu sentimento de desprezo pela Madame Bovary se transformou no mesmo sentimento que senti o livro inteiro pelo Charles, dó!
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Lili 03/01/2024

Emma c?est moi
Acho que por ser uma história tão famosa e tão repetida em outras obras, a narrativa não foi tão surpreendente pra mim. O que me fez gostar tanto desse livro foi o quanto a escrita me surpreendeu. De primeira, não gostei do excesso de descrições. Com um olhar superficial sobre o o livro, as partes de descrição parecem chatas e desnecessárias mas, com um esforço e dedicação, é possível compreender a genialidade da escrita de Flaubert. A forma que o autor encontrou de descrever os sentimentos de Emma por meio de descrições do ambiente nos leva a sentir empatia por ela ao evocar os mesmos sentimentos em nós mesmos, ao irmos de encontro com os ambientes e situações narradas. O livro me ganhou pela escrita!
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th th 01/01/2024

Desde a adolescência
Desde a adolescência eu queria ler esse livro, mas eu achava que não tinha maturidade pra ler ele ainda? esse ano, com 26 anos eu finalmente consegui ler, mas a famosa maturidade eu ainda não sei se tenho. foi o livro que eu mais demorei pra ler esse ano, não só por ser uma leitura mais difícil - romance de época, com vários rodapés, mas também porque é um livro que me sugou de forma que eu não queria ler mas também não queria largar ele. não me arrependi nenhum momento de ter lido e ainda bem que esperei a idade certa pra ler
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Milla.Castro 31/12/2023

A infiel
Uma história com grande parcela de atualidade que trata desilusão, infidelidade e a eterna busca pela felicidade.
A história critica incisivamente a burguesia, atacando e satirizando sua futilidade. A personagem principal é Emma Bovary, que encontra nos romances literários o antídoto para o tédio presente no casamento e inaugura uma galeria de famosas esposas adúlteras atormentadas na literatura.
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Isabella1159 31/12/2023

Não é uma história de amor, mas de ambição
Muitas pessoas ficam tentadas a definir a Madame Bovary com algum xingamento de baixo calão, mas, pra mim, não é por aí, e a palavra perfeita é ?delusional?. Vivia perdida nos delírios de uma vida melhor vivida. Acredito que em nenhum momento do livro ela sentiu amor, não importa quantos ?eu te amo? ela tenha distribuído aos amantes. O que ela buscava, de verdade, era saciar o seu desejo por novidade, por aventura, e principalmente por uma liberdade que ela, como mulher, não se via capaz de alcançar sozinha naquela época.

?Um homem, ao menos, é livre; (?) Mas uma mulher, é impedida continuamente?

Com uma idealização inatingível, pautada na irrealidade dos livros que lia, seria incapaz de encontrar na sua vida alguém que atendesse de verdade as suas ambições.

?Emma reencontrava no adultério todas as banalidades do casamento?

No fim, acredito que o verdadeiro sonho de Emma era morar em Paris. Mais do que morar, viver. Infelizmente, perdida e sem compreender direito suas próprias pretenções, se afastou cada vez mais da felicidade e também fez sofrer seu marido, que a amara, apesar de tudo.

Que tamanha genialidade esse livro ter sido escrito em 1856, com uma perspectiva feminina inacreditável pra época, não atoa o autor chegou a ser processado por ferir a moral. Extremamente a frente do seu tempo! Excelente simplesmente.
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Aurélio 31/12/2023

A madame Ema Bovary era uma mulher astuta, mas que se deixou levar pelo seu ego: achava que era a mais inteligente do pedaço, porque estudou em um convento e se aventurou em alguns romances. Seu ego a arrastou a uma angústia existencial: não queria ficar presa com seu marido ordinário, Carlos, mas sim viver em palácios e grandes amores. No final, Ema se afunda com sua tentativa delusional (que se repete várias vezes) de tentar fugir da realidade e é jogada de volta à terra, com um baque mais forte que Ícaro depois de tentar tocar o sol, mas pelo mesmo motivo: inebriada pelo sol se esqueceu do que suas asas são feitas, e ultrapassou seu limite.
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LetAcia280 30/12/2023

Madame Bovary
Não é o tipo de leitura que me agrada, penei pra conseguir terminar pois, sinceramente? achei muitas passagens chatas! Quando ia engatando na trama, eu me perdia no assunto e voltava à estaca zero. Mas entendo a importância da obra.
Marta163 03/01/2024minha estante
Meu amigo descreveu como: cansativo. Mesmo assim, pretendendo ler.




Larissagris 30/12/2023

MADAME BOVARY (GUSTAVE FLAUBERT)
Pois, calmamente, um dia depois do outro, uma primavera atrás de um inverno, um outono em cima de um verão, a coisa foi-se passando, pouco a pouco, gota a gota; tudo sumiu, tudo fugiu, tudo desceu, como se diz porque no fundo sempre resta alguma coisa, assim... um peso aqui, no peito! Mas, visto que é a sorte que nos espera, a gente não deve desanimar e, porque outros morram, querer morrer também. (Pág. 27)

E, na estrada principal, que estendia sem fim a sua extensa fita de pó, nos caminhos estreitos onde as árvores se entrelaçavam formando caramanchão, com o sol nas costas e o ar da manhã nas narinas, o coração transbordando dos prazeres da noite, o espírito tranquilo, a carne satisfeita, ia ele ruminando a sua felicidade, como quem fica ainda mastigando, depois do jantar, o gosto das trufas que está digerindo. (Pág. 39)

Entretanto, agora, possuía, para toda a vida, aquela mulher bonita, a quem adorava. Para ele o mundo não ia além da sedosa circunferência das suas saias; achava que não a amava o suficiente e sentia saudades dela. (Pág. 39)

Antes de se casar, julgara sentir amor; mas, como a ventura resultante desse amor não aparecia, com certeza se enganara, pensava ela. E procurava saber qual era, afinal, o significado certo, nesta vida, das palavras "felicidade", "paixão" e "embriaguez", que nos livros pareciam tão belas. (Pág. 40)

Acaso não necessita o amor, como certas plantas, de terreno preparado, temperatura especial? (Pág. 63)

- Eu tenho uma religião, a minha religião, e mesmo até mais do que todos eles, com as suas momices e charlatanices. Eu creio em Deus! Creio no Ente Supremo, num Criador, qualquer que seja, pouco importa, que nos pôs neste mundo para desempenharmos os nossos deveres de cidadão e de pais de família; mas do que não preciso é ir a uma igreja beijar salvas de prata, engordar com a minha algibeira uma súcia de farsantes que vivem muito melhor do que nós! (Pág. 80)

Realmente, não há melhor coisa do que passar a noite ao pé da lareira, com um livro, enquanto o vento bate nas vidraças e a luz brilha. [...] É que não se pensa em nada [...] e as horas passam. Sem se sair do lugar, passeia-se por países imaginários, e o pensamento, enlaçando-se com a ficção, demora-se em detalhes, segue o contorno das aventuras. A gente roça pelas personagens e até parece que se palpita sob os seus trajes. (Pág. 85)

[...] as obras que não nos abalam o coração afastam-se, segundo me parece, da verdadeira finalidade da arte. (Pág. 86)

Um homem, ao menos, é livre; pode percorrer as paixões e os países, saltar obstáculos e gozar dos prazeres mais raros. Uma mulher anda continuamente rodeada de empecilhos. Inerte e ao mesmo tempo flexível, tem contra si as fraquezas da carne e as dependências da lei. A sua vontade, como o véu de um chapéu preso pelo cordão, flutua a todos os ventos; e há sempre algum desejo que arrasta e alguma conveniência que detém. (Pág. 90)

Não teriam eles outra coisa a dizer? Os seus olhos, no entanto, transbordavam de palavras mais sérias; e, ao passo que se esforçavam por achar frases banais, sentiam-se ambos invadidos pelo mesmo encantamento; era como que um murmúrio da alma, profundo, contínuo, que dominava o das vozes. Surpreendidos e admirados por aquela nova suavidade, não pensavam em descrever a sensação ou descobrir-lhe a causa. As felicidades futuras, como as praias dos trópicos, projetam, na imensidade que as precede, as suas molezas nativas, brisas perfumadas; e nós nos entorpecemos na sua languidez, sem mesmo nos importarmos com o horizonte que não avistamos ainda. (Pág. 96)

O amor, no seu entender, devia surgir de repente, com ruídos e fulgurações, tempestades dos céus que cai sobre a vida e a revolve, arranca as vontades como folhas e arrebata para o abismo o coração inteiro. (Pág. 101)

A própria doçura do marido lhe causava revolta. A mediocridade doméstica arrojava-a a fantasias custosas, a ternura matrimonial a desejos adúlteros. Teria querido que Charles a espancasse para poder com mais justiça detestá-lo, vingar-se dele. Às vezes, espantava-se das conjeturas cruéis que lhe ocorriam; e era preciso continuar a sorrir, ouvir repetir que ela era feliz, simular que o era, deixá-lo crer! (Pág. 109)

A senhora não sabe então que há almas constantemente atormentadas? Precisam alternadamente de sonho e de ação, das paixões mais puras e dos gozos mais intensos, balançando-se assim a toda espécie de fantasias, de loucuras. (Pág. 139)

- Mas por acaso consegue a gente achar a felicidade? [...]
- Há lá um dia em que topamos com ela, [...] um dia, assim de repente, quando já desesperávamos de encontrá-la. Abrem-se então os horizontes, e é como se uma voz bradasse: "Ei-la!" Sente-se a necessidade de fazer-se a essa pessoa confidência da própria vida, de se lhe oferecer tudo, de tudo sacrificar por ela. Não a explicamos, adivinhamo-la. Entrevemo-la em nossos sonhos. [...] Enfim, aí está o tesouro que tanto procurávamos, aí, diante de nós, brilhando, resplendente. Mas duvidamos ainda, não nos atrevemos a acreditar, fazendo-nos ofuscados, como se viéssemos das trevas para a luz. (Pág. 139)

- Ora, lá vêm os deveres! - disse Rodolphe. - Estou farto dessa palavra! Um bando de velhos papalvos, de colete de flanela, e beatas de aquecedor nos pés e rosário nas mãos, cantando eternamente ao nosso ouvido: o dever! o dever! Ora! O dever é sentir o que é grande, querer o que é belo, e não aceitar todas as convenções da sociedade, com as ignomínias que ela nos impõe. (Pág. 140)

- Não! Por que bradar contra as paixões? Não são a única coisa bela que há sobre a terra, a origem do heroísmo, do entusiasmo, da poesia, da música, das artes, de tudo, enfim? (Pág. 140)

- [...] A senhora está na minha alma como uma madona sobre um pedestal: num lugar alto, sólido e imaculado. Mas eu preciso da senhora para viver; preciso dos seus olhos, de sua voz, de seu pensamento. Seja minha amiga, minha irmã, meu anjo! (Pág. 155)

Nunca a Sra. Bovary fora tão bela como então; tinha essa inexprimível beleza que resulta da alegria, do estusiasmo, do êxito, e que nada mais é que a harmonia do temperamento com as circunstâncias. (Pág. 185)

Também Emma quisera, fugindo à vida, voar num abraço. (Pág. 211)

Ah! Se ainda na frescura de sua beleza, antes das poluições do casamento e da desilusão do adultério, tivesse podido entregar sua vida a algum grande e sólido coração, num misto de virtude, ternura, voluptuosidade e dever, nunca teria chegado ao que chegara. Essa ventura, porém, era uma mentira, sem dúvida, imaginada para o desespero de todo desejo. Conhecia já a pequenez das paixões, exageradas pela arte. (Pág. 213)

O aprumo depende do meio em que estamos: não falamos na sobreloja da mesma forma que no quarto andar, e a mulher rica parece ter em torno dela, protegendo-lhe a virtude, todas as suas notas de banco, à maneira de couraça, no forro do espartilho. (Pág. 221)

Não nos devemos acostumar a prazeres impossíveis, tendo à nossa volta mil exigências... (Pág. 222)

- Haverá coisa mais lamentável que arrastar, como eu, uma existência inútil? Se nossas dores pudessem servir a alguém, consolar-nos-íamos com o pensamento do sacrifício! (Pág. 223)

Não era a primeira vez que viam árvores, céu azul e relva, que ouviam a água corrente e a brisa ramalhando a folhagem; mas nunca decerto tinham admirado tudo isso, como se anteriormente a natureza não existisse, ou como se não tivesse começado a ser bela senão depois de eles terem saciado os seus desejos. (Pág. 243)

- Não te mexas! Não fales! Olha para mim! Dos teus olhos sai alguma coisa de muito doce que me faz um bem imenso! (Pág. 252)

Mas o denegrirmos os que amamos sempre nos desliga deles um pouco. Não é bom tocar nos ídolos; o dourado pode sair nas nossas mãos. (Pág. 267)

Apesar disso, não era feliz, nunca o fora. De onde vinha, pois, aquela insuficiência da vida, aquele apodrecimento instantâneo das coisas em que se apoiava? ... Mas se existia, fosse onde fosse, um belo e forte, uma natureza valorosa, cheia ao mesmo tempo de exaltação e de requinte, um coração de poeta com forma de anjo, lira como cordas de bronze, desferindo para o céu epitalâmios elegíacos, por que acaso não o encontraria ela? Que impossibilidade! Nada, afinal, valia a pena procurar-se; tudo mentia! Cada sorriso ocultava um bocejo de enfado, cada alegria uma maldição, todo prazer o seu desgosto, e os melhores de todos os beijos não deixavam nos lábios senão uma irrealizável ânsia de voluptuosidades mais intensas. (Pág. 269)

Mas é que um infinito de paixões pode caber num minuto, como uma multidão num pequeno espaço. (Pág. 269)
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