Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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omarceloleu 21/01/2021

A ilusão do amor romântico
por @1001_livros

Terminei de ler “Madame Bovary”, esse que acredito ter sido meu primeiro romance clássico, um livro de Gustave Flaubert, publicado em 1857. Aqui, acompanhamos a vida da família Bovary, iniciando a narrativa com um foco em Charles Bovary, logo conhecemos nossa protagonista, Emma, que, ao se casar com Charles, se torna a Sra. Bovary.

Essa é uma leitura que se inicia muito gostosa, fluída, você nem percebe o tempo passar. Em alguns trechos, a narrativa se torna bem arrastada, talvez com um excesso de detalhes e diálogos desnecessários. Ainda assim, o enredo, para mim, é o ponto alto da obra, a história é muito boa, bem desenvolvida e muito original, principalmente, num contexto dos anos 1850.

Trazendo a história para o presente, temos uma obra capaz de quebrar com a idealização do amor romântico. Emma é uma moça que sonha com grandes amores, que acredita na existência de um romance arrebatador capaz de mudar toda a trajetória de sua vida. Na busca por esse ideal, ela se envolve em alguns casos de adultério, se vê em depressões profundas e uma aversão ao seu marido.

Longe de valores morais, temos uma obra que apresenta uma suposta liberdade feminina até então negada pela sociedade da época (e até hoje contestada). Uma mulher jamais poderia estar envolvida em amores extraconjugais, afinal, sua única missão era servir ao seu marido. Tal choque rendeu a Flaubert um processo por “ofensa à moral pública e religiosa e aos bons costumes”.

No geral, acredito que “Madame Bovary” é uma ótima obra, e indico fortemente até mesmo para aqueles que nunca se aventuraram nos romances clássicos, assim como eu.

site: https://www.instagram.com/p/CKT9sxUjU6q/
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Ize 18/01/2021

Narrativa minuciosa e realista. Entendo seu mérito, mas o livro não me conquistou. Achei enfadonho.
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Iara 18/01/2021

Madame Bovary
Gostei bastante da história, foi o primeiro romance de época clássico que li. Acompanhamos a história de Ema desde o seu casamento com Charles.
É um livro bem interessante para a época em que foi escrito.
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Snow 16/01/2021

Amor de que
Sofri com ela tá, conseguia sertir as dores da coitada. Dava raiva e dó ao mesmo tempo. Que livro bem descrito, o narrador se doeu no final.
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Jéssica Mamede 13/01/2021

Clássico sendo clássico!
No começo, confesso, demorei a engatar na história. Achei que seria uma narrativa monótona, parada, sem grandes atrativos. Mas, quando consegui me envolver com a história (lá pelo quarto ou quinto capítulo da primeira parte), compreendi por que Madame Bovary é uma obra de grande valor à Literatura.

Para quem gosta de finais felizes, leia preparado, sabendo que não é nenhuma história para agradar e nem romantizar nada. Muito pelo contrário! O tom irônico e crítico do autor chega até a ser desconfortável, mas é algo bom (não sei se deu para entender). É uma grande crítica à burguesia e à Igreja, algo que deu umas dores de cabeça ao autor, na época.

Hoje, essas críticas não são mais polêmicas para nós. Sempre achei que Madame Bovary fosse um tipo de Cinquenta Tons de Cinza do século XIX; mas em nenhum momento foi descrito cenas de sexo. O adultério é revelado de uma forma muito bem trabalhada, sem a necessidade de cenas +18.

Aliás, as descrições e a narrativa de Gustave Flaubert são impecáveis, um primor. Seus personagens são tão reais, tão humanizados, que pareciam estar à minha frente. Consegui imaginar cada um, materializar cada cena e cada cenário.

Quanto à Madame Bovary, irei passar uns bons panos para ela. Por ter seus mais íntimos pensamentos descritos nos mínimos detalhes, eu a compreendi em muitos momentos. Ser uma mulher em séculos passados era muito limitador; a vida de Emma resumia-se em um tédio que a sufocava; ela se casou com um homem medíocre e fraco (tive pena de Charles em muitos momentos, mas é um personagem que só se resume a isso: pena. Não há nada de sublime neste pobre ser).

Então, ela vê no adultério algo que pudesse libertá-la daquela limitada vida. Ela queria uma aventura, queria ter algo que lhe desse vida.

Óbvio que ela errou e, em muitos momentos, reconhecemos sua personalidade defeituosa. Porém, isso que é incrível nela, porque a torna muito real!

Terminei de ler com uma sensação de tristeza e desconforto pelo final; mas, ao mesmo tempo, com uma sensação de ter realizado uma excelente leitura.

Recomendo muito, é uma obra que deve ser lida!
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Geórgia 16/07/2023minha estante
Amei essa resenha e concordo com cada palavra




Senhor Pagliai 06/01/2021

Não é só Madame Bovary que ficou no tédio...
A leitura, deriva-se do fato ontológico que se vocifera na dualidade autor/personagem, o impacto de uma obra destas nem uma Odebrecht é capaz de fazer, a personagem Madame Bovary nas primeiras páginas já demonstra um carisma de causar inveja até ao Fausto Silva.
Gustave Flaubert(ovic), escritor francês que acredito ter nascido na Macedônia, já aviso de antemão que não possuo quaisquer provas de veracidade, sejam elas em certidão de nascimento ou documento de identidade, ainda que eu tenha investigado a vida deste de cabo e rabo, e alguns familiares distantes confirmam a minha tese. No momento era casado, viciado em Patchouli e Queijos de Provence, entediado com os livros de crochê e de corte e costura tão populares nos cantos de Paris, decide, por sua conta própria e pela falta de pacientes enfermos, escrever uma obra tão profunda como uma piscina de bolinhas, explico: como sou grande admirador do idioma francês, resolvi ler a versão original, e percebo que as frases não só são construídas de forma deteriorada assim como me lembram os grandes projetos de Palace 2 de Sérgio Naya, no caso, o médico macedônio Flaubert, provavelmente exercia a função de anestesista como Geraldo Alckmin, dado que a leitura parece curar os notívagos e os insones, e se escrevesse de forma coesa e tranquila não veríamos tanto rodeio na história, e olhem que sou grande frequentador da cidade de Barretos. Outro fato que gostaria de comentar é que no final, este romance acaba sendo mais arrastado que pneus em enchente e vamos lá, a Madame Bovary não tem roupa pra lavar não? coitada da criançada, sem tomar banho e sem roupa limpa, ai não dá, fica muito difícil! Mas convenhamos, ter um marido tão pamonha que nem aqueles, ela fez foi pouco, no final confesso que fiquei emocionado, eu não imaginava que ia aguentar tanto tempo lendo tanta lorota num texto só.
Por fim, quero agradecer ao meu amigo Venâncio do Cais que me disponibilizou o livro na versão capa dura, que no final serviu muito bem como peso de porta, vivo num morro tão íngreme onde os ventos levam até Heathcliff, diria até que são mais uivantes que lobos.
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vit_rodriguesp 05/01/2021

Hino aclamado
Livro maravilhoso, o início foi meio arrastado com coisas que pareciam supérfluas, mas essenciais para a obra. Muito bem construído, nada ali está por acaso.
Achei incrível a abordagem onde uma pessoa passa de um extremo à outro, deixando-se sucumbir pela soberba.
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Silvio 31/12/2020

Considerada a obra fundadora do Realismo. Um clássico essencial para quem deseja estudar Literatura.
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Tha 31/12/2020

O final vale o livro.
Eu acho que o grande paradoxo desse livro é que em diversos momentos o Flaubert resume as passagens de tempo, só que a coisa fica tão corrida e confusa que na prática o livro fica muito moroso.

Ainda assim, os capítulos finais possuem uma graficidade nas descrições, beirando o gênero terror com pitadas de um humor sarcástico. Fez o livro todo valer a pena, em retrospecto.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/12/2020

Considerado o romance dos romances, esta clássica obra, datada de 1857, é uma ferrenha crítica ao Romantismo, ainda tão fortemente vigente na época.

Primando por captar a realidade nua e crua, Flaubert nos apresenta Emma, uma mulher de família abastada, que cresceu lendo histórias românticas, idealizando uma felicidade fantasiosa. Ela, contudo, casa-se com Charles Bovary, um médico provinciano, medíocre, bem distante de tudo aquilo que um dia ela sonhara. A rotina conjugal a martiriza e ela mergulha numa vida de luxúria e vaidade para tentar suprir os desejos ardentes de sua alma.

Entendo o valor e o peso desta obra, entretanto, é impossível ter empatia por uma personagem tão fútil, frívola, egocêntrica e inconsequente. O seu lado passional descomedido e essa busca incessante por uma realidade que não existe me irritou profundamente. Não tenho paciência com quem projeta a própria felicidade em outrem ou em sonhos inalcançáveis. Mas uma coisa é certa: Emma é a anti-heroína com falhas em demasia que nasceu para escandalizar, para chocar e para incomodar.

Eis, portanto, um livro que me deixou com sentimentos ambíguos: gostei da qualidade da escrita, das descrições primorosas, mas detestei a personagem e seus conflitos indefensáveis.

Ademais, a exemplo de Emma Bovary (e de pessoas como ela), fica claro: a estupidez humana não tem limites.
Flávia 28/12/2020minha estante
amei sua resenha. me deu até uma visão diferente da obra (acho que dei nota mínima). realmente não dá pra negar a impecabilidade da escrita. mas... que ranço de ema! tb tive ranço do tom moralista.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/12/2020minha estante
Olha, me deu uma raiva dela. Dizem que ela era livre, pra mim ela precisava era de ajuda psicológica, isso sim. Mas mesmo assim, não posso desconsiderar o valor da obra. A Emma é insuportável, mas gostei da narrativa em si.


Flávia 28/12/2020minha estante
emma livre? zulivre!


Gustavo.Romero 29/12/2020minha estante
Pra mim a Emma é a própria encarnação do que Flaubert imaginava sobre o Romantismo. Compôs uma personagem e uma obra num nível absurdo de excelência pra dizer... nada. Ou seja, o Romantismo atingira um nível cuja precisão construtiva deixou de lado o seu próprio propósito de existir. Observe-se que o Flaubert não sofreu por acaso pra compor o texto: ele fez se impôs a tarefa de escrever um livro, do ponto de vista temático e estilístico, impecavelmente romântico no firme propósito de destituir a legitimidade artística e estética romântica (!!!) Graças à "sujidade " de seus próprios pressupostos. Parece que ele fez descer ao solo as "angelicais" figuras do amor romântico.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 29/12/2020minha estante
Sim, foi esse mesmo o objetivo dele e não a toa o livro é um clássico supremo até hoje. Veio para irritar, intrigar, incomodar e derrubar os paradigmas sociais e literários da época.


Flávia 29/12/2020minha estante
?vejo pra irritar? kkkkk
eu sei que não era a intenção, mas morri. pq irritação foi o que mais senti.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 29/12/2020minha estante
Te entendo perfeitamente, Flávia. Era cada virada de olho que eu dava. Kkkkk


Flávia 30/12/2020minha estante
imagino rsrs. uma ?personagem forte?, ?de espírito livre?, que me fez revirar os olhos mais que a regan em o exorcista é scarlet o?hara. mas, diferente de madame, e o vento levou me é um dos livros da vida.




Mary 25/12/2020

Clássico maravilhoso...
O livro é bem descritivo no início, quase desisti de ler kkk confesso que foi o livro mais difícil de acabar desse ano, mas com o passar dos capítulos a leitura se torna mais fluida e a narrativa chama atenção do leitor.

O livro faz uma crítica ao romantismo exagerado que era bem presente, creio que também tem críticas ao código de conduta da socidade daquela época.

A protagonista vive com seu marido que é médico,mas não é tão conhecido quanto Emma gostaria, a personagem anseia por uma vida mais "animada", é ambiciosa e quer viver uma vida de aventuras, com isso não mede esforços para tentar conseguir satisfazer suas vontades que muitas vezes eu achei que eram egoístas,mas também tentei ter empatia por ela, pois na época a situação das mulheres não era a melhor e muitas devem ter sido iguais a Emma.

Fiquei bem chocada com o final, por mais que as atitudes de Emma tenham sido imprudentes,não achei que terminaria assim. Recomendo, mesmo que no começo eu tenha achado difícil manter a leitura kkk
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heyjcf 22/12/2020

Rico e impecável.
A fama que persegue este livro está de fato muito merecida. Um dos melhores livros que já li.

Gustave Flaubert é incrível ao zombar do romantismo exagerado da época, onde as mulheres procuram amor romântico nos homens muitas vezes cegando-se para a realidade, perdendo o controle das próprias vidas e até, da realidade.

Madame Bovary fala sobre os riscos que a paixão cega pode trazer, junto com as suas consequências, mas o livro não passa a mensagem de que viver um romance é errado, mas sim a sua falta de equilíbrio e dependência. Amei o melodrama e as incalculáveis melancolias da personagem principal, pra mim isso que caracteriza um romance clássico, com todas as emoções bem mastigadas.
Emma, Charles, e os personagens secundários são maravilhosos, e adorei a leitura.
Recomendo para quem gosta do gênero e já está habituado com literaturas clássicas.
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