Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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Ana 10/09/2024

A tragédia de Emma foi buscar a liberdade.
Gustave Flaubert foi um escritor francês que nasceu em 1821 e morreu em 1880. É considerado o pai do realismo embora tenha renegado esse título durante sua vida.
Sua obra prima é Madame Bovary, publicado em 1856 em folhetins numa revista e em formato de livro em 1857. Esse livro foi processado por atentado aos bons costumes e à moral pública, além de ser acusado de ser perigoso e de ser má influência para as mulheres da França do século XIX. Ele foi absolvido e o livro foi um sucesso devido à curiosidade que esse processo provocou nas pessoas.
Flaubert levou quase 5 anos na confecção desse romance. Esse foi seu primeiro livro publicado.
Aqui temos uma jovem camponesa que passou grande parte de sua vida lendo romances românticos e desejando vivenciar essas mesmas aventuras e sensações intensas que lia nesses livros. É sonhadora e passou a ter uma visão idealizada de amor e casamento devido a essas leituras.
Ao se casar com um oficial da saúde acredita que viverá esse amor intenso e onírico, mas logo percebe que a realidade é muito diferente da ficção e então busca saciar e realizar seus desejos.
O que mais me agradou nesse livro foi a ruptura com os romances anteriores onde o ápice da vida de uma mulher era o casamento e a maternidade. O que Flaubert faz aqui é quebrar essa expectativa. Se a vida perfeita começa depois da mocinha se casar, cuidar da casa e ser uma boa esposa, principalmente numa sociedade de meados do século XIX, em Madame Bovary, Emma se percebe numa prisão e se sente sufocada numa realidade que detesta e numa sociedade patriarcal que a tolhe de todas as formas.
Ao buscar experimentar sensações novas e vibrantes no adultério, Emma subverte a pretensa docilidade, conformismo e submissão da mulher nessa sociedade. Ela mostra que a mulher é um ser desejante, com sede de conhecimentos, novas experiências, paixão e vida.
Ao perceber a mediocridade do marido Charles, que não ambiciona nada e se contenta com um cotidiano enfadonho, passa a desprezar o marido. Ele não quer nada, na sabe nada, não deseja nada.
A ambiguidade da Emma é humana e por isso tão interessante. Ela tem qualidades e defeitos. Ela é corajosa e ao mesmo tempo egoísta, busca liberdade e ao mesmo tempo age de forma irresponsável, é apaixonada e ao mesmo tempo dominadora. Tenta preencher seu vazio com amores e coisas. Nunca consegue. A tragédia de Emma é buscar a liberdade.
A escrita de Flaubert é imagética e poética. Ele teve um cuidado obsessivo com a escolha das palavras para esse romance, não à toa levou quase 5 anos para terminá-lo. Ele colocou poesia e ritmo na prosa, inaugurando um novo estilo de escrita. Esse livro é considerado o primeiro romance moderno por isso.
Eu amei esse livro e se tornou uma das minhas leituras favoritas da vida.
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Raquel Marina 09/09/2024

Eu não esperava gostar tanto dessa leitura. A escrita de Flaubert é detalhada - o que para alguns pode transformar em uma leitura maçante e exageradamente descritiva - isso para mim é justamente a qualidade. As imagens que ele constroi para narrar sentimentos e eventos são quase cinematográficas. Acho que a leitura funcionou muito para mim porque fiz com calma, aproveitando cada momento, mesmo que ela tenha se arrastado por quase dois meses. Achei que iria rejeitar a personagem da Emma, mas ela é tão complexa e demonstra tantos sentimentos tão crus que não pude deixar de sentir uma certa empatia por ela. É uma leitura para deixar o leitor refletindo. Temos aqui o bovarismo em sua perfeita definição: uma personagem completamente insatisfeita com sua realidade e imaginando e romantizando uma vida que lhe é inalcançável. Seja do aspecto financeiro, já que a vida burguesa não é suficiente e ela deseja luxos e um estilo de vida que seu pai e seu marido nunca poderiam lhe dar. Seja pelo aspecto da necessidade de sentir o “êxtase da vida”, viver amores e experiências, impossível para uma mulher em seu tempo. Me surpreendi com as reflexões sobre a condição da mulher levantadas pela Emma. Ela não é uma vilã ou ardilosa, uma “mulher maluca”, ela é um produto de seu tempo.
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Gabriela Gonçalves 08/09/2024

Que leitura! Emma Bovary é uma das personagens mais complexas que já li. Emma é uma leitora de romances, imagina e sonha em ser uma heroína como as dos livros. Porém, quando se casa, descobre que "os delírios excitantes descritos nos livros não são encontrados no casamento". Um grande choque para ela que tinha decidido buscar em vida o significado exato das palavras felicidade, paixão e embriaguez. Emma reconhece a desigualdade de gênero da sociedade que vive, mesmo assim não deixa de sonhar uma vida diferente, parece saber "haver no mundo um lugar para ela". Mas Emma não é apenas esse ser belo e sensível. Ela também é imprudente, soberba, ingênua. Esse contraste, ao mesmo tempo que aproxima, também faz com que tenhamos um olhar crítico para ela. Acompanhamos o tédio de Emma com o amor domesticado do matrimônio e da pequena vila onde vive. Ela sonha com mais, ela quer mais. E, como canta Elis Regina, "viver é melhor que sonhar", então ela ousa viver! É o desejo de Emma que move a história. Flaubert, com sua extraordinária descrição imagética, nos faz adentrar no mundo interno de Emma e de suas novas aventuras e descobertas. Dessa forma, Emma, que tanto sonhou em ser uma heroína romântica, realiza seu grande ato heroico: "Ela se sacrifica pelo leitor para que nós, por meio da literatura, possamos viver esse amor que na vida real não podemos viver". Assim como Flaubert, eu também digo: "Emma Bovary c'est moi".

"Tudo seria paixão, êxtase, delírio"
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Paola520 07/09/2024

Denso
Temos que reconhecer a importância da evolução que é uma obra como Madame Bovary no tempo em que foi escrita.
Apesar disso, confesso que a leitura não me prendeu muito, por ser densa e demorada. Mas isso certamente é consequência do mundo acelerado que vivemos. A descrição detalhada rapidamente nos cansa e aquilo que é sem muitas surpresas e estímulos já não nos satisfaz mais. Essa é nossa geração, e tal fato reflete no nosso gosto.

A trama é de fácil entendimento, o que amei. Apesar de ser um clássico, a escrita é tranquila. Nesse quesito, vale a pena começar a leitura de clássicos por Madame Bovary. Mas tenha paciência. As coisas demoram a acontecer e o livro começa a ficar empolgante a partir dos 50%.

Por tudo que essa obra representa, vale a leitura.
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Mateus.Silva 06/09/2024

Madame Bovary
Achei chato e arrastado. Em vários momentos me animava achando que algo de interessante finalmente ia acontecer, mas acabava voltando pro mais do mesmo. Quando aconteceu o final chocante eu já nem estava mais me importando com a Madame Bovary.
Quando li que era um romance sobre traição, minha expectativa era ver nuances de Ana Karênina, e acho que por essa expectativa acabei me frustrando.
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Allison 05/09/2024

Muito interessante ver como o livro vai se desenvolvendo até se tornar uma grande e inevitável tragédia, sempre que Emma esta em cena, ou nos arredores da ação, nota-se um deleite do autor em escrever os atos, o mesmo não pode ser dito quando a Emma não participa de um momento, o texto passa a ser maçante, modorrento, interminável, o que ajuda, com ou sem intenção, a reforçar os grandes momentos de quando a nossa protagonista esta em cena.
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Ana Bia 02/09/2024

O epítome do romance e do Realismo
Madame Bovary é uma daquelas leituras que antes mesmo de terminar você sabe que irá reler, por conta da sua profundidade, da escrita rebuscada mas também por puro prazer.
Emma é, a princípio, uma jovem que aspira viver as emoções de um romance como os que ela lê em seus livros. Porém, a realidade não é tão benevolente com ela e vamos aprendendo junto com a personagem que toda paixão só é uma paixão pois acaba, e aquelas emoções e sentimentos do início não perduram para sempre. Emma também aprende que não devemos confiar cegamente nas palavras de homens que juram amor eterno, e, sinceramente, o autor descreve tão bem a mediocridade masculina e como ela afeta uma mulher, especificamente as mulheres do século XIX, que fiquei me perguntando se Gustave Flaubert não teria sido uma na vida passada. Mas ao mesmo tempo, somente um homem saberia escrever tão bem sobre a psique de um outro.
Nessa busca incessante por emoções efêmeras, Emma também acaba por se meter em dívidas das quais nunca se vê livre e que também contribuem para o destino da personagem.
Um livro divertido, com personagens carismáticos e descrições extremamente realistas da vida provinciana, Madame Bovary mostra o porquê é considerado o romance dos romances.
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loh.miquelanti 01/09/2024

A sensação de ler um livro clássico é única, você viaja pro tempo em que foi escrito, imagina como a sociedade aceitou essa história. E este é o livro que mais me causou esse tipo de pensamento, primeiramente pela sua importância histórica, e segundo pela sua narrativa tão cheia de detalhes.

Emma Bovary se tornou um dos meus personagens favoritos da literatura, é uma personagem humana, que navega entre o bem e o mal, com uma construção extremamente sensacional e com certeza por esse motivo se tornou um movimento político, moldou o pensamento no período de lançamento do livro. Bovarismo é algo que está entranhado em nós mulheres.

Emma é uma mulher que se perde em seus devaneios, mas imagine viver em uma época onde pra nós mulheres só restava sonhar? Sonhar viver os contos que lemos, acho que toda sua infelicidade e infidelidade conjugal se deve a isso, pois ela conheceu em sua trajetória homens que a levaram a viver seus devaneios, e nós seres humanos sempre estamos precisando disso, fora que Charles era um homem extremamente limitado.
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Mariana 28/08/2024

Não é um livro ruim, a leitura não flui. Porém deve levar em conta a época em que ele foi escrito.
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thainacreditavel 25/08/2024

"Mas quem a tornava tão infeliz?"
Um dos livros mais bem escritos que já li. A narrativa em si é bem simples: uma mulher insatisfeita com o casamento acaba tendo alguns casos extra conjugais. No entanto, a descrição das ações e dos aspectos psicológicos dos personagens é incrível, o que torna todo o enredo muito interessante.

Emma, a Madame Bovary, é uma mulher que se percebe infeliz e atribui a causa de sua infelicidade ao casamento com Charles Bovary, um médico pacato e sem grandes ambições.

Esse trecho me chamou bastante atenção para esse aspecto: "Mas quem a tornava tão infeliz? Onde estaria a catástrofe extraordinária que a transformara? E ela levantou a cabeça, olhando ao redor, como se procurasse a causa do que a fazia sofrer."

A meu ver, foi menos o casamento e mais um conjunto de características da própria personalidade de Emma que a fizeram tornar-se infeliz. Até porque nada nunca era o suficiente para ela; não havia dinheiro, amor ou prazer que a satisfizesse. O casamento foi apenas a primeira grande frustração que ela sofreu. Depois veio a frustração com a cidade em que morava, com a maternidade e com os casos extra conjugais.

Acredito que o que contribuiu para sua infelicidade foi, em primeiro lugar, uma idealização da vida - fomentada pela influência dos tantos livros de romance que ela consumia -, a não aceitação da própria realidade, uma aversão pelo ordinário e pela vida comum, o desejo pela euforia. Tudo isso foi somado a uma baixa tolerância à frustração (eis a receita pra desgraça). E, nesse caso, a frustração era inevitável, uma vez que a idealização de algo, a expectativa de que aconteça da forma como foi imaginado, não corresponde exatamente ao que acontece de fato. A realidade nunca acompanha a idealização.
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Vania.Cristina 18/08/2024

Todos nós somos Madame Bovary
Esse é um daqueles livros que possui inúmeras formas de se comunicar com o leitor, e é bem mais complexo do que pode parecer num primeiro momento. Sua escrita é fluida mas exigiu do autor um projeto intenso e árduo.

Para ajudar na compreensão dos contextos, fiz a leitura nessa edição da Martin Claret, com o apoio das notas do tradutor, Herculano Villas-Boas e li o prefácio de Adalberto Luis Vicente. No youtube, assisti, antes mesmo de ler o livro, a primeira video-aula que a editora Antofágica disponibilizou. Depois de terminada a leitura, assisti a segunda video-aula e li os textos de apoio da edição da Antofágica, de Vivian Villanova, Maria Rita Kehl, Claudia Amigo Pino e Norma Telles.

E tudo isso valeu muito à pena.

A história começa com o casamento do jovem médico viúvo, Charles Bovary, com a bela Emma, que rapidamente lhe rouba o protagonismo.

Emma era uma leitora voraz do que era chamado, na época, de livros para moças: histórias cheias de aventuras, paixões desenfreadas, casamentos e finais felizes. Quando se casa, Emma se frustra porque a realidade não é como nos livros. E a única saída que encontra é o adultério.

A premissa é super simples e a riqueza do livro está no estilo do autor e na forma como ele nos leva a nos envolver com a personagem, e nas inúmeras reflexões que podem ser feitas a partir daí.

O contexto é o da revolução industrial e o de ascensão da burguesia. Com o surgimento da classe média, surge também um novo tipo de família e uma nova condição para a mulher. Os casamentos deixam de ser por conveniência e passam a ser "por amor", e também uma exigência social.

À mulher cabe ser companheira, recatada e do lar, administrando os empregados mas sendo submissa ao marido e um ornamento da casa. Vejam bem, isso não existia antes do século XVIII. A mulher aristocrata e a do povo tinham maior liberdade quanto a sua sexualidade. Esse isolamento doméstico começa a ser imposto às mulheres conforme foi sendo construída a sociedade burguesa. Controlar a sexualidade da mulher passou a ser, então, uma questão pública, para que fossem preservadas as linhagens e as heranças do patriarcado.

O curioso é que essas mesmas mulheres se tornaram as leitoras mais assíduas, mesmo sem nunca terem frequentado a escola. Aqui temos uma das questões ambíguas da obra: Emma Bovary lê, e isso a empodera. No entanto, ao mesmo tempo, o que ela lê são histórias românticas, ilusórias, fantasiosas que a instigam a querer o que não pode alcançar.

Com nossos olhos contemporâneos é possível ver, na obra de Flaubert, crítica social quanto a questões de desigualdade de gênero. Mas em muitos momentos parece que o autor só tentava fazer ironia sobre o pensamento romântico, já que Emma é sempre exageradamente ingênua, em alguns momentos dissimulada, em outros cruel.

Ora torcemos por ela, ora queremos que ela pare de tanta besteira. Ora a entendemos , ora a achamos muito fria e tola. É difícil amar Madame Bovary mas é super fácil se identificar com ela. Ela é absurdamente humana, real e intensa. Suas paixões são sinceras, sua entrega é completa.

Sabe como Flaubert fez isso? Trabalhando minuciosamente o estilo literário, de forma obsessiva e inovadora. Ficou anos revisando o texto, eliminando palavras repetidas, aprimorando a conexão entre as frases. Ele não queria descrever, queria mostrar. Dessa forma, criou cenas totalmente imagéticas. A ponto do cinema surgir já bebendo em Flaubert. Quer começar a aprender a escrever roteiro? Leia Madame Bovary.

Flaubert se esforça para eliminar o narrador em terceira pessoa, com isso inova quando usa o discurso indireto livre. Não acompanhamos apenas os pensamentos de Emma, ouvimos através dos ouvidos dela, sentimos através de sua pele, acompanhamos sua respiração, o sangue em suas veias... Estamos no corpo dela nos momentos de prazer. O desejo dela move o romance e nos move.

E quando nada a satisfaz, estamos ao lado dela com una sensação enorme de vazio. Se ela é ingênua, irritante, imprudente, antipática, dissimulada, cruel... nós também somos. Não é a toa que Flaubert disse no tribunal, quando respondia a um processo por atentado à moral e à religião: "Madame Bovary sou eu"

Emma Bovary tem "traços masculinos" como a imprudência e a ousadia, e contesta, como afirma Claudia Pino, "um dos alicerces do mundo burguês: a pretensa felicidade do casamento."

Mas não espere que Flaubert seja piedoso com Emma, ele não é. Da mesma forma não é generoso com o leitor. Afinal, ele estava inaugurando um novo gênero literário, o realismo, e se recusou a idealizar personagens e história. Trata-se de uma tragédia, mas uma totalmente diferente da grega ou do drama shakespereano. A tragédia aqui está no isolamento social imposto à mulher, na repressão sexual explosiva (e Freud ainda não tinha publicado nada), no vazio da existência, e, acima de tudo, na hipocrisia da nova classe social burguesa, com seus mecanismos de poder voltados à acumulação de riquezas e à exploração humana.

Fiquem atentos a detalhes na obra. O uso dos espelhos, os movimentos corporais de Emma, a dança, os nomes de personagens... E sim, tem ironia, muita ironia. Mas Flaubert consegue fazer a tragédia superar a ironia. E isso cria intensidade.
Elton.Oliveira 18/08/2024minha estante
Caramba !!????????...

Vc se dedicou mesmo em entender toda a obra ! Tenho vontade de ler , ela está em uma das minhas listas .... Mas agora fiquei com medo de tantos detalhes importantes .... ???... Parabéns pela ótima e esclarecedora resenha Vânia , foi ótima! ??????


Vania.Cristina 18/08/2024minha estante
Ah!... Não tenha medo não, Elton! Só se joga. Não precisa seguir o caminho que eu segui, só expus para mostrar minha experiência, mas me diverti aprendendo. Foi sem sofrimento. Só se jogue e tenha a sua experiência do seu jeito. Não é uma obra difícil, só não é boba, e foi isso que eu quis passar na resenha. E obrigada pelo retorno positivo, fiquei feliz. Mas vou ficar mais ainda se você ler o livro. ?


Elton.Oliveira 18/08/2024minha estante
Lerei Vânia.... Eu, como um leitor cheio de manias ... Tenho algumas listas !! ???

Essa está na dos 100 clássicos que todos deveríamos ler antes de morrer!!! ???... É fúnebre , mas assim que tomei conhecimento, encarei o desafio!


Ellen Seokjin 19/08/2024minha estante
Foi um dos primeiros clássicos que li. Não conhecia o contexto, nem as circunstâncias em que foi escrito, mas gostei da história e dos personagens. Ainda quero ler mais do Flaubert.


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Correto, Ellen. Acho que eu forcei a barra na resenha, ficou parecendo que só dá para gostar do livro conhecendo o contexto. Realmente não é isso. Também quero ler mais do Flaubert.


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Vou fazer algumas adequações no texto da resenha para ver se passa menos essa sensação de que "tem que ser assim ou ser assado".


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Pronto! Acho que ficou bem melhor, mas leva um tempinho para as alterações aparecerem aqui.


Jeff_Rodrigo 20/08/2024minha estante
Que incrível, Vânia! Não imaginava o tamanho da complexidade e da profundidade dessa obra, ainda que muitos conhecidos tenham me sugerido ler ela.
Esse contexto, essas nuances e estilo de escrita devem mexer muito com o leitor, mesmo ele não tendo a a ideia exata da dimensão do problema.
Espero ler ela em breve e descobrir os sentimentos que posso tirar dela.
Obrigado pela maravilhosa resenha!


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Obrigada, Jeff! Fico feliz que gostou da resenha. ? Espero que tenha uma excelente experiência com o livro.


debora-leao 20/08/2024minha estante
Você foi uma das primeiras que fez esse livro parecer verdadeiramente interessante. Ele já estava na minha lista, mas eu ficava protelando pq sempre achava que seria algo que eu leria só pela importância histórica mesmo, e não por prazer. Mas a maneira que você conectou o livro com um contexto geral, histórico, artístico... Me fez perceber que ele pode ser bem mais do que imaginei de primeira. Foi uma das melhores resenhas que já li. Obrigada e parabéns!!!


Tainateixeira92 20/08/2024minha estante
Amei a resenha Vania, o título faz muito sentido!!


isabelhias 20/08/2024minha estante
Ótima resenha! Acabei de terminar A educação sentimental. Gosto muito de Flaubert


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Obrigada Debora!!! Fiquei muito feliz que você gostou da resenha. ? E leia Madame Bovary sim. Você vai perceber que Flaubert influenciou vários autores, dentre eles Machado, Julia Lopes de Almeida etc etc


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Obrigada, Tainá!! Fico feliz!! ? Tive dúvidas quanto a escolher esse título, por isso fico contente também em saber que ele fez sentido pra voce.


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Obrigada Isabela! ? Vou colocar A Educação Sentimental na minnha lista, quero conhecer mais do autor.


ivy! 20/08/2024minha estante
Minha amiga, que resenha de primeira qualidade!!!! ??????????


Vania.Cristina 20/08/2024minha estante
Muito obrigada, Ivy!!! Que bom que gostou! ?


Otávio 21/08/2024minha estante
Estou lendo ele no momento, confesso que a personalidade da Emma me irrita, é muito impulsiva e muito autocentrada nos próprios sentimentos, mas algo que eu sempre gosto de pensar é como essas mulheres se casavam jovens ( e como todo jovem são tolas ) e que nem mesmo ela poderia obter conselhos de alguém que a compreende ela pois ela não poderia falar com ninguém como ela se sentia realmente. O Sr. Bovary até agora me parece um homem bom mas que enxerga a esposa da forma que a cabeça sem imaginação dele inventou e não faz ideia do que ela passa. É difícil gostar dela mas dá para entender como ela se torna desta forma. Ela não tem a possibilidade de ser sincera a não ser em seus momentos de crise


Vania.Cristina 21/08/2024minha estante
Sim Otávio. Eu às vezes queria abraçar Emma, às vezes queria lhe dar uns tabefes. Mas também não consegui gostar totalmente do Charles. Ele também é ingênuo demais e muito centrado nele mesmo. A questão acho que é olhar para ambos como se fossem peças de uma engrenagem social. Tenha uma excelente leitura!


Leti.Zanini 22/08/2024minha estante
Vânia, me obrigaste a pular uns quantos da lista para logo chegar nesse. Hahaha
Excelentes diálogos com a leitura e, caso ainda não faça, acredito que seria incrível conduzindo um grupo de leitura. Adoro teu envolvimento e curiosidade quando da elaboração da resenha. Grata pelo compartilhar.


Vania.Cristina 23/08/2024minha estante
Obrigada Leti!!! ?? Nunca pensei seriamente em conduzir um grupo de leitura... Quem sabe... Obrigada pela força e pela confiança. E que você tenha uma excelente leitura!


thainacreditavel 25/08/2024minha estante
Vania sua resenha foi tão incrível quanto o livro! Adorei




samarafurtado 16/08/2024

Madame Bovary foi um livro que eu sabia que ia gostar, mas acabou se tornando um dos meus favoritos, além da escrita ser sensacional, o livro mexeu muito comigo e me fez refletir sobre muitos pontos. Não odiei nem amei a Emma, em alguns momentos eu sentia pena dela porque me parecia uma menina que idealizava uma vida como as das mulheres dos livros, mas que não compreendia que podia não ser daquela forma e em outros momentos eu achava que ela era apenas egoísta porque só pensava nela e nas coisas que ela queria. Ela era uma menina/mulher muito a frente do tempo dela e acho incrível que ela quisesse uma vida melhor, que quisesse encontrar o amor e a felicidade, mas o caminho que ela buscou eu achei errado, a forma que ela tratava as pessoas, principalmente a filha e o marido quando estava frustrada era detestável, mas entendi que ela é uma personagem intensa e que tudo nela seria intenso. O Charles, achei um homem muito calmo e que não idealizava muitas coisas pra vida, mas que procurava dar o melhor para a esposa e a filha, no fim achei que ele se esforçou pra não acreditar que ela o traía, porque amava muito ela e esse amor avassalador dele por ela ficou evidente pra mim após o desfecho da Emma.

Preciso falar que senti muitas coisas nesse livro, mas quando começou o final da Emma, a emoção tomou conta de mim e daí até o final da pequena Berthe eu só derramei lagrimas.
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