A Mulher de Vermelho e Branco

A Mulher de Vermelho e Branco Contardo Calligaris




Resenhas - A Mulher de Vermelho e Branco


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Lorena329 03/02/2022

Carloantonini@uol.com.br
A história é intrigante e se desenvolve de maneira fácil e clara, nos captura. O mistério em volta da vida de Woody Luz nos faz criar teorias mesmo após o fim do livro assim como Jeff, amigo de Carlo, criou. É um livro que me fará continuar pensando sobre a história e o mistério impressionante em volta do fim. Excelente livro!!!!
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Leticiametal 11/11/2022

Divertido. Alguns insights interessantes, mistério e investigação. Achei um livro interessante, que proporciona um bom entretenimento, mas não muito além disso.
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Ladyce 13/11/2011

A ambiguidade que nos rodeia
Depois da leitura do excelente romance A MULHER DE VERMELHO E BRANCO, de Contardo Calligaris, [ Cia das Letras: 2011] eu gostaria de poder rever meu primeiro professor em teoria da percepção, Antônio Gomes Penna (1917-2010), para dizer, “valeu mestre”, o senhor me preparou para a boa interpretação de texto e das artes visuais. A realidade é plural. É a soma do que vemos e do que não vemos. Mas através desses anos, como historiadora da arte, o conhecimento da gestalt raramente se fez óbvio, pelo menos ostensivamente. A razão é simples: a ênfase tem sido na historiadora e não no teórico das artes visuais. A história da cultura ocidental através das artes plásticas e da literatura prevaleceu sobre as teorias da percepção, se isso pode de fato acontecer, porque a história também está sujeita às interpretações diversas não sendo fixa nem sedimentada. Como tudo mais é a soma do que vemos e do que não vemos. O romance de Contardo Calligaris é uma fascinante e deliciosa aventura, contagiante e sedutora, no mundo das nossas percepções daquilo que nos rodeia, daquilo que nos afeta e até mesmo da interpretação dos nossos sonhos.

Mas não se enganem, A MULHER DE VERMELHO E BRANCO é antes de tudo uma ótima história, contada de maneira simples, direta, sem muitos rodeios literários. É um quase-thriller. Digo um quase-thriller porque as aventuras que se desenrolam ao longo do caminho são mais de ordem intelectual. Até mesmo o perigo é mais potencial do que factual, se bem que tão importante quanto. Mas há um fio condutor de suspense até a última página, quando temos que reconsiderar tudo o que poderíamos ter imaginado e somá-lo ao que já considerávamos como certo.

A trama se passa em seis meses de 2003 com duas atualizações em 2010 e 2011 e retrata a vida do psicanalista Carlo Antonini, dentro e fora de seu consultório: vida profissional e particular. São os dois aspectos de sua vida que se entrelaçam: ora o psicanalista, ora o homem comum nos ajudam a construir o enredo. Seguindo seus passos e suas divagações, considerando os amigos, as conversas e, em particular, uma paciente entramos com ele na difícil arte de interpretar a realidade que se apresenta aos seus olhos. A MULHER DE VERMELHO E BRANCO não deixa de ser um envolvente ensaio prático sobre a ambigüidade, um documento lúdico que demonstra como as condições do observador modificam a importância do que é percebido.

Nessa narrativa tudo tem muitas faces. Tudo é a soma de todos os seus componentes tanto os percebidos quanto os que estão distantes do nosso conhecimento: as pessoas têm diferentes nacionalidades, vão e vêm de diferentes países, falam pelo menos duas diferentes línguas com familiaridade. São famílias com mais de uma identidade, vindas de diversos lugares do mundo. Duas mulheres, que a princípio parecem diametralmente opostas, ambas com singular dualidade entre seus nomes de batismo e os nomes pelos quais vêm a ser conhecidas, apresentam comportamentos que, por base em um evento, parecem se modificar no inesperado oposto do que haviam sido até então. Ambas podem ou não ser suspeitas de atos de violência, mas ambas também podem demonstrar fragilidade e doçura. Até mesmo o psicanalista Carlo Antonini que narra o romance, que trafega com familiaridade entre São Paulo, Nova York e Paris, que muda de língua como se muda de roupa, considera a ambivalência do dentro e do fora de seu consultório, de seus motivos e até do que a vida poderia ter sido. E ainda é confrontado com a ambivalente leitura que faz daqueles que o rodeiam, dos amigos e conhecidos. Não é que a realidade esteja sempre em questionamento na narrativa, é ela que se apresenta camaleonesca, múltipla, facetada e precisa ser ajustada à medida que os personagens dão vazão à fluidez de suas vidas.

Mais do que um romance, uma aventura ou um thriller, A MULHER DE VERMELHO E BRANCO é um exemplo do trabalho da psicologia cognitiva. Ele demonstra a realidade é ambígua, que cada pessoa, fato ou evento pode mudar de acordo com a interpretação que deles fazemos. E, no final, quase somos surpreendidos, não necessariamente pela trama. Mas quando consideramos o efeito da ambiguidade em tudo que nos cerca. Como conseguimos navegar ao longo de nossas vidas sem maiores embates, sem grandes desentendimentos, quando não podemos compreender tudo o que nos cerca? Parece fantástico, miraculoso até: se cada um de nós percebe o mundo de maneira tão diferente, tudo deveria contribuir para um caos ainda maior do que o que enfrentamos, para o oposto da ordem. Vale a leitura. Recomendo.
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Thaina308 27/08/2024

Como diria LeeLee: Number one
Muito diferente das leituras que costumo fazer e isso me surpreendeu.
Tem uns toques de fatos históricos, bastante psicologia e coisas relacionadas a psique de trauma, que me fizeram pensar em diversas outras coisas. Então, pra mim foi mais que surpreendente o desenrolar da história.
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Pat 13/05/2023

A mulher de vermelho e branco
Eu não sei se leituras como essa me interessam.
De qualquer forma, fiquei me perguntando por que Calligaris escreveu histórias que abordavam tantas coincidencias? Há um diálogo nesse mesmo livro que fala sobre policiais e psicanalistas não acreditarem em coincidências.
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Karina 21/06/2011

vale a pena
ele mistura fatos com ficção de maneira primorosa. Um thriller de suspense com histórias paralelas que vão se cruzando! Livro fácil de ler que prende a atenção do leitor. Vale a pena!
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/06/2018

Aparências enganosas, pistas deixadas para confundir, verdades construídas pelos mecanismos frágeis da memória, tudo se soma para tornar ainda mais complexa uma investigação que une elementos da psicanálise e a ação dos melhores thrillers.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535918434
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Waleska2 28/12/2018

Muito mistério pra nada
Gosto muito do jeito de escrever de autor, porém nessa obra especificamente achei chata e cansativa, não conseguiu me prender a história e mesmo assim li até o final. Não curti.
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Júlia 06/04/2022

O livro pra mim
Não tenho lido muitos romances, e talvez por isso adquiri esse livro esperando que sua história me prendesse e envolvesse mais do que realmente aconteceu. Por algum motivo, LeeLee e Woody Luz não me deixaram com a curiosidade que eu gostaria para encontrar as peças que faltavam em suas histórias. E Carlo Antonini, agora percebo, me passou a mesma impressão que na série Psi: embora muito envolvido com a Vida, circulando pelos porões da mente e da vida, conforme “recomenda” aos analistas na página 149, me parece que falta um quê de emoção em sua forma de viver. Fico com a impressão de que o fato de ser um profissional Psi lhe confere um certo distanciamento das experiências, às quais ele não parece viver com a intensidade que gosto de ver nos meus protagonistas preferidos.
A vontade de conhecer um pouco mais do pensamento de Calligaris e da psicanálise também me atraiu ao livro. Acho que esse primeiro objetivo é alcançado facilmente, cristalizando mais para mim algumas características de Calligaris, como sua forma sem preconceitos de retratar qualquer experiência humana; seu gosto por temas que refletem o fato de ter morado em vários lugares do mundo (como os desafios gerados pelas diferenças culturais); e sua franqueza ao retratar o universo de um terapeuta, que inclui as inseguranças e dúvidas quanto a condução de um processo terapêutico e quanto a da própria história, que não fica automaticamente resolvida ao se exercer essa profissão.
Quanto ao contato com a psicanálise, acho que Calligaris apresenta seus conhecimentos na medida certa, trazendo algumas frases e pensamentos interessantes ao longo da obra, com a leveza necessária a esse tipo de literatura. Desse modo, diria que minhas expectativas ficaram parcialmente atendidas, mas que talvez elas não digam muito sobre o livro, mas sobre o que o livro foi pra mim. Foi também um contato com um autor cuja obra conheço pouco, que me repele e atrai pela crueza com que lê a experiência humana e pela coragem com que faz isso.
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Karina.Tito 13/11/2022

Humanidade
Me fez refletir sobre a humanidade do psicanalista. Sobre o quanto eles não sabem sobre o que de verídico tem em nossas falas. E como talvez não precisem mesmo saber. Como foi dito no livro, a verdade é o que sentimos e lembramos, consciente ou inconscientemente, e acho que esse deve ser o material de trabalho do analista. Quando o analista não está com as suas questões elaboradas, pode acabar se apegando a uma ou outra história e a possibilidade de ter um papel importante nelas, de salvador.
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Bi Bueno 22/12/2023

A Mulher de Vermelho e Branco
O mesmo psicanalista de O Conto do Amor envolto em interpretações de situações que, aparentemente, não tinham nada a ver uma com a outra, mas que estavam entrelaçadas. E até onde ele poderia ter ido como terapeuta e como amigo?!
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Lilian 02/07/2024

Coincidências
O livro tem um texto rápido, uma história meio investigativa que pega, mas no final não é um livro memorável
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