Aribra 18/09/2009
A Teogonia enumera três gerações de deuses: a do Céu, a de Cronos e a de Zeus (esta geração é a dos olímpicos). Primeiro teve origem o Caos, em seguida a Terra e o Amor (Eros). De Caos surge a sombra, constituída em um par: Érebo e Noite. Da sombra também surge outro par: o Éter e a Luz (do dia). Terra dará nascimento ao Céu, às montanhas e ao mar. Em seguida, é apresentado o nascimento dos filhos da luz, dos filhos da sombra e da descendência da Terra e Céu até o momento do nascimento de Zeus e de seu triunfo sobre seu pai, Cronos.
Teofanias : é um conceito de cunho teológico que significa a manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem sua etimologia enraizada na língua grega: "theopháneia" ou "theophanía". É uma revelação ou manifestação sensível da glória de Deus, ou através de um anjo, ou através de fenômenos impressionantes da natureza.
Tártaro: Assim como Gaia era a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro era a personificação do Inferno. Nele estavam as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo eram enviados e onde eram castigados por seus crimes. Lá os Titãs foram aprisionados por Zeus (Júpiter), Hades (Plutão) e Poseidon (Neptuno) após a Titanomaquia. Na Ilíada, de Homero, representa-se este mitológico Tártaro como prisão subterrânea 'tão abaixo do Hades quanto a terra é do céu'. Segundo a mitologia, nele eram aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros espíritos titãs (criaturas sobre-humanas), enquanto que os seres humanos, eram lançados no submundo, chamado de Inferno. O Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos. Suas relações com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.
Télos : A teleologia (do grego , fin, y -logía) é o estudo dos fins últimos da sociedade, humanidade e natureza. Suas origens remontam a Aristóteles com a sua noção de que as coisas servem a um propósito. A teleologia contempla também o onde pára tudo isto? A questão que busca responder o para-quê de todas as coisas. Aristóteles situa a ciência da praxis em uma perspectiva de estrutura teleológica para a investigação e determinação de seu fim, seu objetivo, o aspecto formal como fim em si mesmo. O Bem em si mesmo é o fim a que todo ser aspira, resultando na perfeição, na excelência, na arte ou na virtude. Todo ser dotado de razão aspira o Bem como fim que possa ser justificado pela razão.
Aedo: Um aedo (em grego clássico / aoidos, do verbo / aidô, "cantar") era, na Grécia antiga, um artista que cantava as epopeias acompanhando-se de um instrumento de música, o forminx. Distingue-se do rapsodo, mais tardio, por compor as próprias obras. Por esse facto, será o equivalente a um bardo celta. O mais célebre dos aedos é Homero. A Odisseia apresenta-nos também dois aedos: o mais conhecido, Demodocos, que canta na corte de Alcínoo, e também Femios, aedo da corte de Ítaca. Estas duas personagens dão-nos informações sobre o trabalho do aedo: o poeta canta perante uma assembleia de aristocratas reunidos num banquete. Desfila uma vasta colecção de temas bem conhecidos, como a guerra de Tróia. Ele próprio escolhe um episódio, mas muitas vezes é o público que pede um tema favorito. Começa frequentemente o seu canto por um poema, isto é, um curto canto que serve de prelúdio à epopeia principal. Os Hinos homéricos constituem uma colecção desses poemas. Os Aedos eram poetas-cantadores que percorriam a Grécia cantando um repertório composto de lendas e tradições populares.