Resenhas - O Grande Mentecapto

Danilo.Claudino 02/03/2017

Que prazer ler essa obra!!
Livro bom pra mim é quando faz-se arte com as letras sem prejudicar o enredo/conteúdo da história e vice-versa. É exatamente como exímio eloquente que Fernando Sabino coloca as palavras para contar essa história! E como eu ri!!
Não tem como não fazer um paralelo com a história de Dom Quixote. Se eu puder fazer uma recomendação, leia primeiro a obra original de Cervantes e depois venha ler O Grande Mentecapto. Fiz o contrário e meio que me arrependi.

eneida 09/01/2017

Viramundo é meio tonto meio esperto, meio burro meio gênio, e o livro trata de suas peripécias por toda as Minas Gerais, numa prosa que a gente lê com um sorriso no rosto e de vez em quando solta umas gargalhadas. É o "Forrest Gump" das Minas Gerais!

Shirley Fernandes 07/11/2016

O livro esclarece a luta de um homem na sociedade difícil. Onde poucos tem acesso a muito. Enquanto vários nacionais não tem nada somente pra sobreviver. Geraldo Viramundo é o espelho do povo brasileiro. Esclarece também como esta a condição das pessoas que necessitam de ajuda da psiquiatria brasileira. Condições, chamamos assim, sub-humanas. É uma aclamação de socorro, um grito solitário. Fernando Sabino, inteligentíssimo, retratou a luta dessas pessoas.

Bruno Mancini 29/08/2016

Um bom livro
Para se ler durante a escola. Mesmo que naquela época a literatura brasileira tenha sido forçada para os alunos do ensino médio. O seu valor no crescimento de novos leitores era importante.

Jéssica Santos 11/06/2016

O mais extraordinário mentecapto
Aqui acompanhamos desde a infância até a fase adulta do Geraldo Viramundo, por toda a Minas Gerais e suas mais extraordinárias histórias. Um livro engraçado e tocante ao mesmo tempo, de doido parece que todos temos um pouco, não é mesmo. hehehehe

Pâmela. 19/05/2016

Depois de ler esse livro, tenho a impressão de que vou passar o resto da vida procurando Viramundo nos rostos desconhecidos de Belo Horizonte. E, em algum momento, poderei abraçá-lo por Pingolinha, pela Peidolina, por Batatinhas, pelo cego Elias, pelo Barbeca. Não é só porque todos temos um mundo meio virado cá dentro. É também por esse mundo oculto que abriga tantos outros Viramundos e outras histórias de andanças sem rumo, a procura de si mesmo.

Essa não é uma história para se guardar na estante, é uma história para deixar fresca na memória, disponível, viva. Para que, quando a tropa dos listradinhos e dos macacões alcançar a cidade, a gente possa aderir à batalha. Ou para permitir que, dada a derrota que parece ter chegado antes mesmo da batalha acontecer, a gente possa prestar as devidas homenagens.

Aos Viramundos que caminham pelas estradas de Minas.

Lucas.Tavares 16/05/2016

Mais do que uma estória.
O livro narra a história [ao menos os episódios que o narrador consegue compilar] de Geraldo Boaventura, mais conhecido como Geraldo Viramundo, mas que recebe várias alcunhas no decorrer da sua vida. O personagem, Viramundo, recebe tal apelido por não ser sedentário. A sua residência é Minas Gerais. Várias histórias, de cômicas a trágicas, são descritas neste romance de Fernando Sabino. Desde pequeno aventureiro, destemido, não perde para a razão. Quiçá por isso ele seja o grande mentecapto. Não dá voz ao juízo. Desordenado nas suas ideias, nos seus propósitos. Um livro que traz as peregrinações evidenciando conceitos culturais e ideológicos de uma confraria tradicional, religiosa, um tanto retrógrada, com discrepância suntuosa entre os extratos sociais e que necessita de alguém para desordená-la para que esta possa ser posta na ordem correta. Quem seria tal transeunte senão o grande mentecapto, possuidor de um juízo tão escasso que o permite desafiar as ordens postas como naturais?

Sanche 12/03/2016

Fascinante
Meu pai biológico deixou esse livro para minha mãe na época em que namoravam, com algumas anotações, e ela nunca leu. É a única coisa que tenho dele.

Túlio 09/12/2015

Porque todos somos Viramundos...
Mais uma vez, é posto em questionamento aquele tema cujos bons escritores não se cansam de indagar: "Onde está o limite entre a loucura e a lucidez?", "Afinal, o que é a loucura?". Já que, deve-se dizer, o querido Geraldo Viramundo despertou mais uma vez esse tema. E, atrevo-me a dizer, de uma maneira com um humor inteligente e bem construído pelo Fernando Sabino.
Durante suas peregrinações, Viramundo percorrerá os quatro cantos de Minas Gerais, e é com sutileza que o autor fará algumas de suas críticas socias, sem aquele tom panfletário que muitos outros romances utilizam (não que isso seja ruim). No desenvolver da trama, a afeição que criamos pelo protagonista é aumentada intensamente, de modo que chegaremos a perguntar: " será que Viramundo está realmente no auge de sua sandice?". É partir desse ponto que se constituirá uma das graças do livro: Geraldo Viramundo parecerá tão sóbrio quando comparado a outros personagens futuramente apresentados, que também seremos levados a questionar o conceito da loucura e da lucidez.
Primeira obra que leio desse explêndido autor, e me arrependo de não ter lido outras. Adorei o livro e, principalmente, o fato de descobrir que, afinal, de Viramundo todos temos um pouco!

Luciana Lima 08/10/2015

Uma obra para sorrir

Se estiveres precisando se descontrair um pouco, com este livro terá uma ótima oportunidade de esquecer dos seus problemas e entrar numa estória ilariante.

Silvio 06/10/2015

Através de uma narrativa leve e muito bem redigida, o autor faz uma sátira a diversos segmentos da sociedade, tais como: clérigo, exército, pessoas "santas", políticos, o sistema social em geral. Coloca um excelente toque de humor - ri bastante - inteligente.
O personagem central, o "Viramundo", é bem típico o brasileiro comum, que se adapta fácil e rapidamente a qualquer situação, mesmo as mais difíceis, tenta ser amigo de todos; tem suas dúvidas, faz suas reflexões.
O problema desse livro é o vocabulário: muitos termos totalmente incomuns; recomendo a quem vai ler ter um dicionário à mão.

Sebastian 23/09/2015

Uma homenagem a Minas....
A história de Viramundo é um livro que transita entre o cômico e o trágico, e por isso mesmo é um livro comovente. As idiossincrasias de Viramundo passando pelas cidades do interior de Minas enternecem pela pureza do protagonista, e pelas duas desventuras pelo interior de Minas. Fernando Sabino brinca com a própria arte de escrever, fazendo diversas justificativas de estilo, parafraseando e inspirando-se em outros autores, e contando a história a partir da ótica de um pesquisador. Várias cidades do interior de Minas Gerais são homenageadas em cada passagem daquele que busca seu destino.

Milena @albumdeleitura 10/09/2015

O Grande Mentecapto
O romance narra as aventuras e desventuras de Geraldo Viramundo, uma espécie de Dom Quixote brasileiro, e suas andanças pelo estado de Minas Gerais.

Nascido em Rio Acima, Geraldo fora um menino como outro qualquer, com suas traquinagens e maluquices. Sua vida, porém, começa a mudar quando aposta que conseguiria fazer o trem parar. Dito e feito; torna-se o herói da cidade.
As consequências, no entanto, não foram apenas positivas: admirando esse feito, outro menino tentou fazer o mesmo e acabou morrendo. Revoltada, a população considerou-o como o grande culpado. Passou um tempo isolado até conhecer o Padre Limeira e manifestar seu desejo de ser seminarista. É quando sai de casa rumo a peregrinações, grandes trapalhadas e confusões.

É expulso do seminário, se apaixona pela filha do Governador, leva uma surra, é internado num hospício, torna-se candidato a prefeito, entra para o quartel, vai preso e participa de uma revolução ao lado de prostitutas e sem-teto em busca de melhores condições de vida. Ufa! Que loucura, não é mesmo?!

O fim do livro (que eu não vou contar!) é surpreendente, comovente e triste também. Fernando Sabino expõe sua capacidade descritiva, (parece que você está vivendo a cena) e faz o leitor rir, se emocionar e refletir sobre suas conclusões a respeito da vida, do homem e das coisas.

Simplesmente amei a maneira cômica e ao mesmo tempo crítica que Sabino escreve e, posso dizer que me tornei fã deste cara!

Recomendo, com toda a certeza!

site: http://albumdeleitura.blogspot.com.br/2014/06/dica-de-leitura-08.html

João 26/08/2015

vida difícil, porém vivida
Nesse livro, Fernando Sabino retrata como é ter uma infância fora da capital..aquela infância que da vontade de viver.. sem smartphones, sem internet, sem nada disso. A cada página, a história me fez pensar em como a vida pode ser tão bem vívida "offline". Para quem já leu alguns outros livros do autor, pode perceber que ele descreve sempre as fases da vida de uma criança do interior até se tornar um adulto. Se você procura um engrandecimento de vida, esse é o livro certo para você. Um conselho, aproveite cada página, pois, quando terminar, você vai sentir muita falta dessa leitura. Definitivamente um dos meus livros favoritos.

Jansen 23/05/2015

Uma obra prima
Um belo livro. Bem escrito, divertido, e repleto de mineiridade e com o espírito do brasileiro, folgazão, acostumado a se virar com pouco, companheiro e solidário. Sinto não ter lido anos atrás, pois perdi uma diversão certa. Lembra-me as aventuras de Gil Blás de Santillana, escrito por volta de 1740 por Alain-René Lesage, de quem só conheço este excelente livro. Recomendo!