spoiler visualizarViPacchiarotti 13/06/2024
Um verdadeiro Clássico.
Foi um livro que me trouxe muitos sentimentos, desde raiva e indignação até tristeza. Não é uma obra fácil e leve, mas mostra muito bem a natureza humana, as vezes de forma um pouco agressiva, sem suavizar ou esconder aspectos que podem ser desagradáveis quando expostos.
Personagens como Claude Frollo, Quasimodo e a própria Esmeralda apresentaram um desenvolvimento muito bom, tendo suas historias contadas de forma que nos fez entender suas motivações e suas reações, destaque especial o arquidiácono, que apesar de não concordarmos com suas ações, conseguimos entender o que o motivava.
Isso já não acontece com Jehan Frollo, irmão de Claude e que, para mim, era completamente raso e sua participação pouco acrescentava a obra, ao ponto de torná-lo totalmente dispensável. Assim como o Capitão Phoebus, que funcionava exclusivamente como interesse romântico (sem muita explicação) de Esmeralda, teve sua presença justificada devido a sua participação na ruína da cigana, fora isso também era um personagem bastante raso e desinteressante.
Já Pierre Gringore foi uma grata surpresa, o personagem que, sem dúvida, mais me cativou e em alguns momentos senti que dividia o protagonismo com outros mais conhecidos. Um personagem com muitas camadas e uma participação bastante interessante.
Outro ponto muito positivo foram as descrições de Paris e da própria Notre Dame, fazendo-a participar como um personagem da historia.
No geral, foi uma ótima leitura, com muitos momentos emocionantes, com destaque para o seu final, que ao meu ver foi surpreendentemente trágico, mas ao mesmo tempo, se levarmos em conta as ações e escolhas de cada personagem, já poderia ser imaginado.
Faz jus ao título de Clássico Literário.