mariabeldt 18/12/2023
E o próprio sangue de Simeon Lee que se ergue contra ele...
Espetacular.
Não tenho nem palavras para descrever esse desenrolar metódico que a Rainha do Crime me proporcionou. Sem dúvidas a minha melhor leitura do ano, e meu segundo livro favorito da autora, sendo o primeiro ?A morte no Nilo?.
A história foi extremamente magnética, mergulhei por completo no livro, participei das investigações, das confissões, do estudo psicológico dos suspeitos, e melhor, dos não suspeitos! Acredito que de tanto ler romances policiais, desenvolvi uma aptidão incrível para desvendar enigmas literários, e nesse livro, para não perder o costume, eu adivinhei o assassino, e de maneira surpreendente, foi o mesmo suspeito desde as primeiras páginas. Comprei o ?Natal de Poirot? para ser um livro temático desse natal, e inesperadamente foi um dos livros que mais me envolvi mentalmente, repleto de enigmas, pistas falsas, situações, assassinatos, roubo e a minha parte favorita são as suposições ao decorrer da leitura, por que ele faria isso? Motivações? Ele possui álibi? É verídico? Enfim, eu amo romances policiais, poderia passar horas falando disso.
Em ?O natal de Poirot?, acompanhamos a história do patriarca Simeon Lee, que em uma noite de natal resolveu reunir toda a sua família para uma ceia e a celebração do amor, podemos afirmar que os familiares não se davam bem, entretanto faziam para satisfazer o idoso. A preparação natalina que deveria ser um momento de reconciliação e paz torna-se algo sádico e obscuro, como se fosse um jogo para vingativo e amargurado Simeon Lee.
Portanto, um cenário propício para um crime está montado. Porém, não contavam que encontrariam o senhor assassinado brutalmente na manhã seguinte, um crime metodicamente calculado e com muito muito sangue.
Hércules Poirot protagonizou sendo o detetive do enigma regente, sempre tendo calculado que a personalidade da vítima sempre tem a ver com a sua morte, o caráter do morto rege, afinal Simeon Lee era perverso, ardiloso, e não se importava em ser cruel com as pessoas, logo, todos no jantar teriam motivos suficientes para matá-lo. ?E ele era orgulhoso, também, orgulhoso como Lúcifer.?
No entanto, eu tenho o forte sentimento de que não há nada de absurdo a respeito desse crime, que ele é, ao contrário, um crime muito bem-planejado e executado de maneira admirável. Que ele, na realidade, foi bem-sucedido. Como poderia a Hilda Lee ter ouvido cenas de lutas e gritos no quarto do crime, e quando ela e as demais pessoas arrombaram a porta não havia ninguém dentro? Apenas o corpo de Simmeon Lee jazia no chão do quarto. Como isso poderia acontecer? Todos os outros familiares estavam do lado de fora, viram o corpo no mesmo momento, como isso poderia acontecer? Quem foi o assassino?
O desenrolar desse mistério é surpreendente, não é à toa que a Agatha Christie é a minha literata preferida, essa mulher é engenhosa, inteligente, e metódica, indico muito!