Resenhas - Éramos Seis

antobusch 25/09/2024

Leve
Esse livro não é o melhor livro do mundo, e está meio longe de ser, mas é muito bom! Ele não tem tantas reviravoltas surpreendentes e inesperadas, mas foi bem emocionante, achei algumas partes( principalmente os primeiros 30% do livro) parecidas com Mulherzinhas, quando fala que ela cuida dos filhos e tals, tbm por causa da tia rica...

Eu gostei, um livro bem levinho que não prende tanto, pq ele passou um pouco rápido demais, por exemplo, um ano em uma página. Isso é bom e ruim, mas gostei

?
4,5

Aline221 22/09/2024

Uma história atemporal
Me lembro de pequena ver a novela Éramos seis no SBT e gostar muito.Porém não sabia que a novela havia sido inspirada nesse livro.E que livro espetacular meu caros leitores.
A autora escreveu uma história sensacional sobre a força de uma mulher,esposa e mãe Brasileira.Acho que a autora quis homenagear a todas mães Brasileiras quando escreveu a personagem Dona Lola.
A história se passa nos anos 20 e temos a danilia da Dona Lola,formada por alem dela o seu marido super severo Júlio e seus filhos,o doce Carlos,o Rebelde e espírito livro Alberto,o Julinho aquele que parece ser legal,mas é um egoísta e a frente do seu tempo e a única filha mulher,chamada Isabel.
A autora vai descrevendo a vida dessa família pobre,que passa por muitas dificuldades financeiras e de como a Dona Lola vai se definhando tentando cuidar da casa enorme,dos filhos e do marido dela que é um personagem asqueroso.
A coitada da Dona Lola passa por tantas coisas pra dar conta de tudo e deixa de viver a própria vida pra vida a vida da família e no final ela ainda acaba no asilo.
Durante muitos momentos eu me peguei pensando em como essa personagem lembra a minha mãe e muitas mulheres da minha família.De como essas mulheres foram criadas simplesmente pra servirem as suas famílias e cuidarem de suas casas e nada a mais.
Esse é um livro muito profundo,com uma história muito Brasileira e que com certeza se você ler,você vai se emocionar
Dona Lola é uma personagem muito querida por mim,parece até que eu a conheço tamanha a intimidade com a que a autora a descreve na história.
Ese foi um dos poucos livros que terminei chorando horrores.

Leiliane R. Falcão 21/09/2024

Um dos livros mais bonitos da nossa literatura
Ouvi a vida toda um ditado que diz que ser mãe é padecer no paraíso. Eu que não tenho filhos, nunca pude entender com profundidade o que significa isso, mas lendo a história da Dona Lola e de sua família, ficou mais fácil entender exatamente o que essa frase significa.

Acho que é inútil comentar o enredo, já que a história é muito popular, não só por fazer parte da Coleção Vaga-lume, mas também por conta das suas adaptações pra TV. Prefiro aqui comentar sobre a montanha russa de sentimentos que este livro me proporcionou.

Sem dúvida, a personagem que eu mais me conectei foi a Dona Lola. Enquanto lia sobre os sacrifícios que ela ia fazendo em benefício da família, foi impossível não me lembrar da minha mãe, avó e tias. Quantos sacrifícios silenciosos não são feitos diariamente para criar um ser humano? Me tocou particularmente a parte onde ela dá o dinheiro que estava guardando para arrumar os dentes e entrega para o seu filho mais rebelde. Filho esse que certamente não merecia os sacrifícios feitos pela mãe, mas ainda assim ela fazia de bom grado.

O final do livro acabou comigo. Ainda fiquei pensando como pode uma mãe ter quatro filhos, fazer tudo por eles e ainda assim ter uma velhice tão triste e solitária.

Que este livro, além de fornecer entretenimento, possa também nos fazer refletir sobre a forma como nos fazemos presentes na vida dos nossos entes queridos, especialmente na velhice.

cerejinha. 20/09/2024

Todos deveriam ler
Já faz alguns dias que terminei essa obra prima, mas acredito que não vou esquecer tão cedo dessa história.
O livro basicamente narra o dia-a-dia de uma família pela visão da mãe, Dona Lola. Ela conta sobre seus 4 filhos e o marido. Apesar de ser antigo, ele é muito atual, em muitas partes me identifiquei muito com ela, por também já ser mãe me senti muito tocada, principalmente nas partes tristes. Enfim quero reler em breve e irei indicar essa livro pra muitas pessoas de olhos fechados. O melhor que li esse ano e um dos melhores da minha vida!

tinetine 17/09/2024

Não tem como não chorar
Éramos seis é um livro que se passa em meados da década de 20 e narra a história de dona Lola, dona de casa que se esforça diariamente para o bem estar de toda a sua família, seu marido, Júlio, e seus quatro filho, Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel, uma vida muitas vezes frustrante e triste.
Os personagens são tão bons e completos, assim como toda narrativa, que viaja de lembranças em lembranças em uma sequência no tempo.
Enfim, é um livro impecável, que proporciona a quem o lê uma imersão incrível, que mesmo não sendo uma realidade igual a sua, te faz entendê-la.

"Grossas gotas de chuva caem do céu sobre a terra, sobre as folhas das árvores e sobre os telhados. Cor de cinza. Solidão".

Clara T 14/09/2024

Saudades e Nostalgia
Dona Lola tem a história de sua vida despertada na visão de sua casa na Avenida Angélica que foi tão sofrido pagar. O resultado desta conquista já não está na família e faz parecer que a família também se perdeu. Aos olhos de Lola, sua família que era de seis pessoas, hoje vive solitária numa pensão de Irmãs. Seus filhos estão no mundo, construindo suas próprias famílias. O marido Júlio não sobreviveu para compartilhar a velhice.
A história é um drama familiar que representa muito das famílias dos dias de hoje. A pobreza e a luta diária, crianças brincando na rua, a mãe fazendo bicos com as encomendas de tricô, doces e salgados para as famílias ricas, poderia ser a vida de muitas famílias. A saudade da mãe e das irmãs no interior também é outra marca característica.
A postura bruta do pai autoritário e seus sermões ao mesmo tempo que a mãe tenta fazer todas as vontades dos filhos, de forma altruísta é o símbolo maior do amor familiar na época. Felizmente as coisas mudaram e a moral já não aceita determinados comportamentos. A facilidade com que Lola perdoa Alfredo por seus desvios de caráter mas não é capaz de fazer o mesmo por Isabel é outro símbolo do machismo do período que hoje não seria bem visto.
As doenças ainda são motivos de grandes preocupações. Sem plano de saúde, opções de ver um médico e realizar tratamento é algo a ser evitado.
Como a história se passa na capital de São Paulo, conseguimos ver a revolução e o movimento comunista como mais do que o pano de fundo da história.

Reler Éramos Seis foi especial para poder ler sua continuação: Dona Lola. Esperamos ver a redenção de sua personagem e o sucesso familiar de seus filhos como resultado da boa criação e os sacrifícios da infância.

Thaty Santos 16/08/2024

Uma leitura atemporal
Um clássico da literatura brasileira! Ler esse livro nos tempos atuais me fez enxergar o quanto evoluímos enquanto sociedade em questão de direitos, mas ao mesmo tempo, continuamos perpetuando alguns pensamentos e comportamentos absurdos nos dias de hoje.

Ficou muito claro durante a leitura o quanto é difícil ser mãe. Ter que abdicar da própria vida, da individualidade, do corpo, do sono, dos luxos e da própria comida para que seu filho tenha as mínimas condições de viver. Ser mãe é pra quem tem vocação, para aquelas que estão dispostas a abrir mão de tudo. Não é para qualquer uma. E ainda assim, depois de toda uma vida de lutas e privações, ainda ter que lidar com uma possível ingratidão daqueles pelos quais ela abriu mão da vida.

É um livro triste, sensível e atemporal, todos deveriam lê-lo, para enxergar além da beleza e entender a fundo o peso do título: MÃE.



PS: Um detalhe que não posso deixar de mencionar, é o fato de o Alfredo ser tão ligado em política, direitos dos pobres e igualdade e ao mesmo tempo ter falas tão racistas. São pouquíssimas falas, mas que me incomodaram bastante. Sei que a escrita do livro remete há outra época, outra sociedade, mas ainda assim, dói ver pessoas negras sendo tratadas como objetos de posse.

AndrA.Pieroni 10/08/2024

Reflexões profundas
Que linda história de Dona Lola. Sempre fui fã da novela e hoje vejo que o livro é uma inspiração. É dramático e visceral, apesar de lento. A história da mãe que abre mão de si mesma pelos filhos. A história de filhos que muitas vezes queremos entrar no livro e socar a cara rs.
Um livro que me retrata a vida.

Tem falas que são desconfortáveis nos dias de hoje, mas é preciso lembrar que o livro foi escrito na década de 40.

Vale muito a pena.

@fabio_entre.livros 06/08/2024

Anticoncepcional em forma de livro
Há alguns anos eu vi um meme que dizia que "o melhor anticoncepcional do mundo é ver os filhos dos outros fazendo escândalo em público". Pois bem: "Éramos seis" é um complemento à altura do meme. O que a mãe e protagonista deste livro sofre de desgostos e aflições por causa dos filhos é mais que o suficiente para repensarmos a necessidade de perpetuar a espécie.
Esta é a obra de maior sucesso da autora e, francamente, a fama é justificável: não apenas é um dos livros mais amados da literatura brasileira como também é um recordista em adaptações televisivas. Afinal, não é qualquer livro que tem força e conteúdo para render cinco novelas.
A trama acompanha o cotidiano da família Lemos desde o início dos anos 1900 até a década de 1940. A família vive em São Paulo e, como o título evidencia, é formada por seis membros: mãe, pai e quatro filhos. Quem narra a história é D. Lola, a matriarca, e em seu relato somos apresentados às batalhas diárias travadas por ela e seu marido (mas especialmente por ela) para manter o bem-estar e a dignidade da família. A tarefa não é simples: além de serem muito pobres e sempre ameaçados por apertos financeiros, os filhos são uma fonte constante de preocupação para D. Lola, que carece de pulso firme para lidar com eles. Mais que isso, ela sempre os coloca como prioridades acima de si mesma, o que frequentemente culmina em situações de autossacrifício para ela.
Creio que a beleza maior do livro está na sensibilidade com que a Sra. Dupré conta a história, transpirando maternidade em cada página. A propósito, o único outro livro que consigo imaginar para comparar com o grau emocional e a abordagem temática dos sacrifícios da maternidade é "A thousand splendid suns", do Khaled Hosseini. É certo que o de Hosseini representa outra realidade e cultura, mas a verdade que liga ambos é universal: não há nada que uma mãe não faça por seus filhos.

Agata32 05/08/2024

Chorei lendo no meio do onibus ??
obs: um cara esquisito me parou no meio do onibus falando que ja viu a novela de eramos seis KAKAKAAK muito eu

camilazjm 21/07/2024

éramos seis
Primeiro de tudo, dedico essa leitura ao meu professor de português do 2°ano do ensino médio, silvio, por ter me instigado a ler esse livro, mas só tendo a oportunidade de ler 4 anos depois.

posterguei muito essa leitura, o que acho terrível, pois amei essa história ao assistir a novela, e não poderia imaginar o meu prazer de ter lido esse livro agora.

que leitura! maria josé dupré conseguiu escrever em palavras tamanha tristeza, solidão, medo, angústia, em tão poucas páginas. essa história é tão boa e tão real, que a todo momento me vi ali com eles na sala de jantar vivendo como tal. foi de uma familiaridade tão grande ler esse livro.

a dona lola! a grande dona lola! que mulher fascinante! uma mãe tão querida, bondosa, lutadora e educada. me parte o coração ela ter sofrido tanto na vida.
me pego pensando na parte em que ela diz após a morte do carlos, sobre o que ela estava pagando tanto nessa vida por sofrer tanto. o que ela havia feito de errado pra ter merecido uma vida dessa? e nem eu sei responder.

esse livro ganhou um lugar no meu coração, que no fundo eu já sabia que ia alugar.

uma leitura que todos deveriam ter a oportunidade de ler um dia! recomendo muito!

Maria Regina 17/07/2024

Já tinha lido na adolescência, para a escola, mas devo confessar que lembrava mais da versão das novelas (assisti 3 adaptações), em que acontecem coisas que não existem no livro e os personagens são diferentes. Enfim, de qualquer forma, é um livro emocionante, a luta / força de uma mãe para manter a família unida, fazendo tudo para a felicidade dos filhos, sossego do marido.....
Assiste a morte do marido, de um filho, o afastamento (por diversos motivos) dos outros, fez tanto sacrifício pela casa da Avenida Angélica para terminar seus dias num quartinho de pensão das freiras.
Devemos, realmente, nos sacrificar pelos outros? Uma mãe responderá que sim, que um filho sempre tem a prioridade.

yara.dias.7927 17/07/2024

D. Lola é uma mulher comum, sua vida carrega semelhanças com a vida de alguma mulher que conhecemos (ou que somos).

Os rumos que o destino vai tomando, a forma com que ela vai levando e tentando sobreviver aos acontecimentos nos deixa interessados. O que será que a vida tem reservado para D. Lola?

Bruna 13/07/2024

Éramos seis
?Éramos Seis? é um romance de Maria José Dupré, publicado em 1943, que narra a história de Dona Lola e sua família ao longo de várias décadas. Ambientada em São Paulo, a trama acompanha os desafios e as mudanças na vida de Dona Lola, seu marido Júlio, e seus quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel.

A narrativa explora temas como amor, sacrifício, perda e resiliência, mostrando as dificuldades enfrentadas pela família para manter-se unida em meio às adversidades econômicas e pessoais. A história é contada com sensibilidade e realismo, retratando o cotidiano e os valores da classe média brasileira da primeira metade do século XX.

È um retrato comovente das relações familiares e da luta pela sobrevivência e dignidade, destacando a força e a determinação de uma mãe em tempos de crise.

Murile 04/07/2024

Erámos Seis
É um livro de muita reflexão, e penso ser impossível ler sem nos emocionar. Retrata a história de uma mãe, que vê de repente seus filhos crescerem e virarem adultos. Terem as suas próprias responsabilidades e partirem mundo afora. Em estalar de dedos, D. Lola se vê sozinha, com todos os seus filhos criados e bem distantes. Recomendo para todos, mas é bom já se preparar para se emocionar. Finalizado com sucesso!