Poema Sujo

Poema Sujo Ferreira Gullar




Resenhas - Poema Sujo


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malu517 21/02/2024

Outro livro que tive que ler para o vestibular, se eu não passar no curso que eu quero eu me mato (tomara que a ufpr veja meu esforço e me de a vaga por pena)
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Giovanna1242 01/02/2024

A leitura desse livro foi uma experiência bem diferente. Em alguns momentos, não entendi nada mas de alguma forma fazia sentido. Achei muito bom!
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renacentist 24/01/2024

Inovou revolucionou emocionou eh definitivamente um livro??????????????????????????????????????????.
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Lia.Datovo 05/01/2024

Clássicos
Em meio a uma coleção da Folha na casa da minha vó, fiz uma coletânea de livros como esse para ler pois achei a estrutura em proza interessante, e vou dizer q este apenas me atraiu pelo nome rsrs, mas q até me impressionou. É engraçado como em certos momentos vc não entende nada, e em outro vc SENTE tudo
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gabriel.a.brumatto 03/01/2024

Poema Sujo - Ferreira Gullar
Este é o primeiro livro que leio do poeta brasileiro Ferreira Gullar, que também é considerado seu livro mais famoso. Publicado em 1975, durante o exílio do autor na Argentina, intermediado pela Ditadura Militar, o livro ganhou muitos leitores, mesmo sem a presença de seu autor.
Eu gostei bastante da forma como Gullar abordou a poesia neste livro, desconstruindo-a de uma forma invejável, por meio de um fluxo de consciência que o próprio autor define como "vômito", e é o que realmente parece. São várias coisas juntas que dão liga, e se torna um grande trabalho de poesia neoconcretista.
Recomendo a leitura, pois achei um livro sensacional.
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Sérgio 30/08/2023

?Muitos muitos dias há num dia só porque as coisas mesmas os compõem com sua carne ( ou ferro que nome tenha essa matéria-tempo suja ou não )??
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João Pedro 20/08/2023

A obra prima de Ferreira Gullar????
Muitos consideram Poema Sujo como a máxima de Ferreira Gullar, mas para mim que li 4 livros dele e diversos outros textos não é bem assim, como digo de antemão essa é a minha opinião kkkkkkk. Sei bem o contexto ditatorial que o livro foi feito e a angústia que o autor estava ao escrevê-lo, sendo Poema Sujo como possivelmente seu último escrito (para ele que achava que ia morrer pelo governo), colocando tudo que ele nunca teve coragem de dizer nesse livro. Como se fosse um desabafo final, mas no final esse livro não me agradou muito, algo que eu gosto da escrita de Ferreira Gullar é justamente ele não ter ?papas na língua? e fazer algo que eu muito raramente vejo em textos poeticos: palavrões, palavras que remetem a algo fétido (lembro apenas de Augusto dos Anjos) e falta de pudor. Mas tudo tem um limite e nesse texto PARA MIM ele extrapola, não pelo fato de ser agoniante (o princípio de seus poemas é incomodar), mas nesse eu achei desnecessário, a ponto de inicialmente a história não fazer sentido e só falar de coisas nojentas e obscenas. Em suma, não é um livro que eu recomendaria a alguém, prefiro infinitamente Dentro de uma noite veloz, livro que possui muito mais crítica, além de ter obscenidade e ??nojentisse????? na medida certa. Fico muito triste por um livro tão bom não ser devidamente valorizado, não que eu esteja falando que poema sujo é ruim, só acho que ele é superestimado em relação às demais obras do autor.
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caspaeletrica 10/08/2023

9/10: Ferreira CULLar
Vários artistas tentam retratar a ditadura militar no Brasil, e falham miseravelmente, como o Chico. Entretanto, nesse livro, Ferreira traz uma escrita fantástica, feia (nos melhores sentidos) que retratam bem o tema junto de outras reflexões psicológicas interessantes. Gullar, embora escatológico demais durante o livrokkkk, traz uma poesia revolucionária. Ele me lembrou às vezes à Sylvia Plath na sua maneira de escrever, os poemas não muito na sua cara, o que eu particularmente gosto muito.

Uma poesia única, definidora, incisiva, enigmática e digna de mudar a sua maneira de visualizar a vida!
mpettrus 11/08/2023minha estante
Resenha maravilhosa de se ler. Ferreira Gullar é um escritor sensacional ????


caspaeletrica 14/09/2023minha estante
@mpettrus a minha demora mds. mas demais, eu amei demaaais esse livro. fico feliz de ter dado uma nova chance para ele, porque não tive uma experiência boa com uma coletânea de crônicas que li dele. mesma coisa ocorreu com a clarice. esse livro é fantástico demais


mpettrus 14/09/2023minha estante
Kkkkkkk realmente fiquei surpreso e contente com seu feedback.

Mas, mais contente fiquei em saber que você deu uma nova chance a narrativa do Gullar. Acho válido dar uma nova chance pra um escritor cujo o primeiro contato não resultou favorável. Uma segunda tentativa sempre é válida, Arthur!!!
????




liv melo 07/07/2023

Poema sujo
"ríamos, sim,
mas
era como se nenhum afeto valesse
como se não tivesse sentido rir
numa cidade tão pequena."

Minha primeira leitura desse autor maranhense, foi uma experiência diferente.
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Italo145 23/06/2023

Magnum opus
Falar do Poema Sujo é falar de um magnum opus. Depois desse livro, Ferreira Gullar não poderia fazer nada tão tocante, incisivo, crítico e grandioso. É o tipo de livro que marca não apenas a arte de um autor, mas a arte de um país. Nesta pequena resenha, devo dizer de suas dimensões ontológicas, epistemológicas, éticas e estéticas, já colocando em xeque minha capacidade de fazê-lo, tendo em vista que um bom livro não se esgota em suas questões.

Quando tratamos de ontologia, tratamos da dimensão do Ser. O Ser, em Poema Sujo, é um Ser em falta. O autor, já o sabemos, escreveu o poema em seu período de exílio. Isso dá a significar que a falta do eu poético é uma falta geográfica. Mas essa falta geográfica, de um lugar a que se pertença, é também a falta de um sujeito que não se encontra e, para encontrar-se, revisita seu passado. O problema do eu poético é, nesse sentido, um problema de Ulisses: está obrigado a navegar, de porto em porto, através de seus pensamentos, através de seus vestígios de memória, mas sem encontrar o seu lugar. Nas primeiras partes do livro, uma frase que julgo ser significativa e que se repetirá em outros trabalhos de Gullar: "Que faço entre coisas? De que me defendo?" Um Ser sem lugar é um ser sem compreender. Não se possui razão de existir, e as coisas perdem-lhe o sentido.

A segunda dimensão é epistemológica, da apreensão do conhecimento. O eu lírico de Gullar sabe pelo que está passando? Sabe do que sabe? Não se pode responder a essa indagação. A citação colocada no parágrafo anterior já propõe o movimento de autoindagação que o eu poético faz. E, em um segundo movimento, quando revisita seu passado, dá a conhecer o que, para ele, resume, de sua infância, toda a conquista humana: "Só tijuco e água salgada". O conhecer de Gullar se faz, portanto, nas coisas simples e concretas. Pouco importam as grandes conquistas da humanidade se, na Baixinha, se sofre apodrecendo junto com a lama e se, na vida, vale mais viver o mangue que pensar o mundo inteiro.

A terceira questão é ética, já que pressupõe o compromisso do autor com as classes menos favorecidas. Lapsos do período da escravidão são relembrados. A proposição de racismo por parte do autor, em que o urubu fosse um "crioulo de fraque" não se sustenta quando pensamos que ele relembra um universo de mucamas, escravos e pessoas que eram tratadas com desumanização no período da guerra (resquícios ainda da escravidão). O eu poético se coloca na posição de algoz para representar o desumano, aquilo que não se poderia representar de forma racionalizada sob pena de se perder o valor poético (como, aliás, se faz hoje; as poesias mais parecem um manifesto que uma proposta de representação). Também o faz quando compara a noite na Baixinha a uma noite de apodrecimento. Não é um movimento taxativo, mas de constatação do óbvio: há pessoas que são tratadas de modo desumano e, portanto, a representação é desumana. Não para reproduzir, é claro; mas para fazer pensar através da linguagem poética.

Por fim, a dimensão estética sugere uma escrita de passagem: ao mesmo tempo que há referências às artes poética e musical clássicas (Olavo Bilac, Raimundo Correia, Villa-Lobos...), diz-se que "Nem tuba nem lira grega [...] fala humana, voz de gente, barulho do corpo". Por ser um poema "sujo", a linguagem popular está tão presente que revisita o baixo calão: "língua 🤬 #$%!& na boceta", "azul teu 🤬 #$%!& ". Uma escrita de passagem: revisitação dos antigos, rompimento, escrita do sujo sob um vocabulário poético.

Diante de tudo isso, afirmo que vale muito a pena a leitura. Sou suspeito a falar, porque meu amor por Gullar e pelo Poema Sujo nasce na adolescência. Desde lá, constantemente o revisito e retiro dele novos sentidos, novas cores, novas interpretações e novas possibilidades de saber. A quem lê, sugiro que leia devagar, se quiser em voz baixinha, sentindo cada palavra, cada sonoridade e pensando nas imagens que o autor coloca no texto. Se há o interesse, podem-se encontrar partes do poema recitadas pelo próprio autor. Desde já, desejo, a quem assim o fizer, uma ótima imersão no texto.
Erika Sá 23/06/2023minha estante
???




Yuri.Selaro 23/06/2023

Bárbaro
Fiquei um bom tempo longe dos livros de poesia, e voltar a esse gênero com Poema Sujo, de 1975, foi a escolha perfeita. Além dessa edição da Companhia das Letras ser belíssima, também traz um prefácio escrito pelo Antonio Cícero (deus) que contextualiza toda a trajetória do Gullar até a escrita do livro.

O conteúdo do poema muito me interessa: o passar do tempo, a repetição dos dias, a reprodução dos assuntos, os vários dias dentro de um só - tudo isso visto sob a lente observadora e crítica do Gullar, cuja a escrita por si só é acessível e fonética; enquanto lia senti vontade de ler em voz alta.

Uma coisa que senti falta na minha interpretação foi perceber mais o caráter político do poema - embora sabendo do contexto em que o livro foi escrito. Impossível absorver tudo de uma vez só, e em futuras releituras tentarei olhar mais por esse lado.

Dos trechos que mais me tocaram dou uma pincelada:

1.
[?]
Como se o tempo
durante a noite
ficasse parado junto
com a escuridão e o cisco
debaixo dos móveis e
nos cantos da casa
(mesmo dentro
do guarda-roupa,
o tempo,
pendurado nos cabides)
[?]

2.

[?]
A noite nos faz crer
(dada a pouca luz)
que o tempo é um troço auditivo.
Concluímos os afazeres noturnos
(que encheram a casa de rumores,
inclusive as últimas conversas no quarto)
quando enfim a família inteira dorme -
o tempo se torna um fenômeno
meramente químico
que não perturba
(antes propicia)
o sono.
[?]


3.
[?]
o tempo
não escorre nem grita,
antes
se afunda em seu próprio abismo,
se perde
em sua própria vertigem,
mas tão sem velocidade
que em lugar de virar luz vira
escuridão;
o apodrecer de uma coisa
de fato é a fabricação
de uma noite:
seja essa coisa
uma pera num prato seja
um rio num bairro operário
[?]

Obs: proibido considerar esse relato como spoiler, pois as poucas palavras dessas 109 páginas dizem muito mais do que qualquer mera explicação.

Nota mil.
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Lu 03/06/2023

Excelente
Uma viagem riquíssima por memórias saudosas de um poeta cheio de sensibilidade e apaixonado por sua terra
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Max 23/05/2023

Sujo...
Uma das importâncias desta obra está no contexto de sua escrita. Feita no exílio, em Buenos Aires, o autor sob risco iminente de ser assassinado pela ditadura brasileira e argentina, precisava escrever um libelo de angústia, de liberdade, ante a possibilidade da morte.
O que queria o poeta?
Voltar pro seu querido Maranhão, para os seus, exilado que estava de sua pátria amada, tomada pela ditadura arbitrária, sadista e sangrenta.
Débora 23/05/2023minha estante
Sempre perfeito!??


Max 24/05/2023minha estante
Obrigado, Débora! ?


Regis2020 24/05/2023minha estante
Parabéns por essas palavras cirúrgicas, Max. ?????


Max 24/05/2023minha estante
Obrigado, Regis! ?




Vitorialof 22/05/2023

Sensacional
?Meu corpo feito de carne e de osso.
Esse isso que não vejo,
maxilares, costelas,
flexível armação que me sustenta no espaço
que não me deixa desabar como um saco vazio? [?]
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Raphael 23/04/2023

Poderoso
Como sou bastante cru em matéria de poesia, certamente eu devo ter apenas arranhado a superfície desse poema, reputado como a obra-prima do Gullar. Mas gostei bastante. Para mim, que tive a oportunidade de conhecer São Luís do Maranhão, a leitura me trouxe uma gostosa e evocação da cidade, com os nomes de ruas e praças pelas quais perambulei, com a descrição dos sobrados, do Cais da Praia Grande, com a alusão ao silêncio de Alcântara. Um poema sobre a impermanência das coisas, sobre a deterioração do mundo, sobre a memória de coisas que se perderam no tempo. Um inventário de coisas perdidas, porém resgatadas com a força criadora da imaginação poética, ao longo de um extenso poema que ora se apresenta de maneira comportadinha, metrificada; e ora subverte completamente esse tipo de convenções. Um texto que vou querer reler, com toda certeza.
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