Livro dos Sonetos

Livro dos Sonetos Sergio Faraco




Resenhas - Livro dos Sonetos 1500-1900


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Ana Bernhard 05/04/2024

Nós e os antigos somos os mesmos
Amo ler livros como este, onde os escritores já descansam a muito tempo. Gosto disso principalmente pela possibilidade de encarar a realidade de que o ser-humano sempre foi o mesmo.

Cada um, de acordo com sua época e sua cultura, buscava as mesmas coisas e sofria pelas mesmas coisas. A dor, o vício, a tristeza, mas também o amor, a gratidão, a alegria: sentimentos fortes que foram eternizados nos poemas de cada um destes escritores.
Assim como quando li a Ilíada, senti esse sentimento de pertencimento ao ler os escritos de destes distantes poetas.

"E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa, essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua, podes partir de novo, ó nômade formosa! Já não serei tão só, nem irás tão sozinha. Há de ficar comigo uma saudade tua... Hás de levar contigo uma saudade minha... Duas Almas Alceu Wamosy, 1923"
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lucasfrk 06/01/2024

Livro dos Sonetos - comentário
Esta antologia até que é uma boa porta de entrada para se conhecer mais dessa forma poética milenar que é o soneto. Já li outros livros do tipo e o livro não me parece algo muito especial, contendo uma introdução razoável a respeito da história e forma do soneto, e as compilações, em si, selecionadas evidentemente de forma arbitrária (como em toda antologia) trazem produções até que variadas dentro do eixo luxo-brasileiro.
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Rafael1548 09/07/2023

Gostei
A simetria de um soneto sempre me chamou a atenção, desde o primeiro que tive contato.

A exigência da escrita é elevada e os limites exigidos ao escrever mostram que se adequar é necessário.

Liberdade linguística, nos moldes de hoje, leva a bizarrices como "dialetos não binários."

Em inúmeras situações o clássico sempre surpreenderá e superará aquilo que é moderno.
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biaelivros 07/04/2023

Reunião dos clássicos | Livro dos sonetos
?E a causa desta horrível agonia,
é ter amado, quando amar se pode,
sem ter amado, quando amar devia.?

Meu primeiro livro de sonetos, e confesso que fiquei bastante confusa em várias partes. Como não é um gênero que eu tenho familiaridade, a leitura se tornou um pouco difícil e cansativa (ainda mais quando se fala de sonetos).

Recomendo essa leitura para as pessoas que já tem mais facilidade/ familiaridade com o gênero, ou que já conhece os clássicos autores.
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J. Silva 13/04/2022

O livro dos sonetos é composto por quase cem poesias escritas entre 1500 e 1900, de autoria de 84 poetas brasileiros e portugueses. Dos quais se destacam: Camões, Fernando Pessoa, Castro Alves, Machado, Alvarenga Peixoto e Florbela Espanca.

Não há como se fazer uma resenha de poesias, ainda mais quando estamos frente a sonetos, que são ?uma das formas mais sublimes e difíceis de expressões artísticas?.

Recomendo a leitura para aqueles que querem conhecer os maiores nomes desse gênero de poesia. E o principal, sentir; sentir o amor, a saudade, a fé, a revolta, a tristeza, o medo e, sobretudo a vida e morte.
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Lilo 25/11/2021

Esse livro contém sonetos tão bonitos. Os meus favoritos são os do Luiz de Camões. Recomendo muito.
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delicadas.leituras 30/10/2020

Sonetos em 'MI' maior
Esta singela obra reúne poemas de vários autores da língua portuguesa, alguns conhecidos do público, outros nem tanto. Há nos longos versos a idealização do feminino e do amor platônico numa linguagem que pode ser considerada cansativa e obsoleta, mas que é muito significativa.
Os poemas lusitanos algumas vezes podem causar estranhamento e necessidade de consulta ao dicionário, (por que não?). A escrita de sonetos exige uma técnica complicada, ainda bem que a nós leitores cabe apenas desfrutar, então desfrutemos!
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Karina Paidosz 16/09/2020

"Quero ouvir o coração falar e não os homens a falar por ele
Não tenho apego a um gênero, estilo de livro, escrita; Gosto de variar, lendo um pouco de cada coisa.

Soneto é uma delícia de ler e imaginar;

" Doce prelúdio! Que ermo e doloroso desengano.
fala, através do seu vago perfume de passado?
Sobre Chopin noite abre o amplo manto constelado:
Um delírio de amor anda por tudo, insone, insano!
Em cada nota solta há como uma lânguido lamento.
- ó, a doçura de sentir que o teu olhar, perdido, sonha, recorda e sofre, ao doce ritmo vago e lento!".
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Edna 02/02/2020

Extremamentes nostálgicos
Livros dos Sonetos ? Poetas Portugueses e Brasileiros ? Sérgio Faraco, org.

Cada um mais delirante que o outro, traduzindo queixas, amor, despedida, infortúnios, dor e saudade, escolhi 03 versos pra dividir tamanha intensidade:

EU
"Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o Ser...
Sou a que chora sem saber por quê..."
Florbela Espanca

QUANDO OLHO PARA MIM....
"Quando olho para mim ñ me percebo.
Tenho tanto a mania às vezes ao sair
das próprias sensações que eu recebo."
Fernando Pessoa

AMOR É UM FOGO QUE ARDE SEM SE VER
"É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é um não contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
Luis de Camões

Gostaram? Comente e diz o que a poesia faz em vocês!

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Wanderreis 16/11/2016

Estranha estrofe
Em todos os livros e quaisquer demais fontes, sempre vi o famoso soneto de Camões sobre o amor publicado com a última estrofe assim:

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Este livro, estranhamente a publica assim:

Mas como causar pode o seu favor
nos mortais corações conformidade,
sendo a si tão contrário o mesmo amor?

Fica a dúvida se os outros sonetos não foram todos alterados também...
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Arsenio Meira 12/02/2013

Este livro contem, dentre mais de 100 sonetos:

"Formoso Tejo meu


Formoso Tejo meu, quão diferente
Te vejo e vi, me vês agora e viste
Turvo te vejo eu, tu a mim triste
Claro te vi eu já, tu a mim contente.

A ti turvou-te o grosso da enchente
A que o teu largo campo não resiste
A mim mudou-me a vista em que consiste
Este meu ser contente ou descontente.

Já que fomos no mal participantes
Sejamo-lo no bem, oh quem me dera
Que fôssemos em tudo semelhantes

Mas logo vem a fresca primavera
Tu voltarás a ser o que eras dantes
Eu não sei se serei que dantes era."

Francisco Rodrigues Lobo



"Meu ser evaporei na lida insana


Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.

De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua orgia dana.

Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos.

Deus, oh Deus!... Quando a morte à luz me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube."


Manuel Maria Barbosa Du Bocage



"Eu não lastimo o próximo perigo,
Uma escura prisão, estreita e forte;
Lastimo os caros filhos, a consorte,
A perda irreparável de um amigo.

A prisão não lastimo, outra vez digo,
nem o ver iminente o duro corte,
que é ventura também achar a morte
quando a vida só serve de castigo.

Ah, quão depressa então acabar vira
este enredo, este sonho, esta quimera,
que passa por verdade e é mentira!

Se filhos, se consorte não tivera
e do amigo as virtudes possuíra,
um momento de vida eu não quisera. "

Alvarenga Peixoto


"Duas Almas


Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e, sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!

Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha..."

Alceu Wamosy


"Eu ...


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!"

Florbela Espanca


"Unidade

Deitando os olhos sobre a perspectiva
Das coisas, surpreendo em cada qual
Uma simples imagem fugitiva
Da infinita harmonia universal
Uma revelação vaga e parcial
De tudo existe em cada coisa viva:
Na corrente do Bem ou na do Mal
Tudo tem uma vida evocativa.
Nada é inútil; dos homens aos insetos
Vão-se estendendo todos os aspectos
Que a idéia da existência pode ter;
E o que deslumbra o olhar é perceber
Em todos esses seres incompletos
A completa noção de um mesmo ser..."

Raul de Leôni


E MUITO MAIS. CINCO ESTRELAS É POUCO.
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Leandro 04/08/2010

Fonte de inspiração
Uma coletânea com diversos sonetos de autores em lingua portuguesa, com variadas temáticas e uma imensidão de rimas. Para quem escreve, é uma fonte de inspiração: basta ler uns 10 sonetos para começar a pensar em forma de sonetos e transformar em poesia o que estava tropeçando na vasta, mas limitada, lingua portuguesa.
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