Sabrina 01/01/2014
Contos que refletem o cotidiano
É o segundo livro, em sequencia, que leio e que tem 'mortos' no título (antes foi Mundos Mortos). Assim como o anterior, não tem nada de terror na história, nem o título faz, necessariamente, jus ao conteúdo das histórias.
Dia dos mortos trata-se de um conjunto de contos, neste livro de estreia do autor, que se utilizam de linguagem simples, fatos corriqueiros e humor ácido para descrever várias faces da sociedade.
É o trânsito, o adultério, relações familiares, romances, tudo serve de pano de fundo para histórias simples e rápidas, mas que prendem a atenção.
É difícil descrever, de forma mais extensa, sobre o conteúdo das histórias. Lendo o livro, me parece que tudo que fizemos em nosso dia-a-dia pode ser transformado em um texto interessante. O título do livro remete apenas ao título de um dos contos listados na obra. De forma simples, assim como a escrita do livro: 3 de 5 estrelas
Segue um trecho, com o objetivo de ilustrar o que digo:
“Continuo o meu trajeto, passo ao lado de mesas unidas, trintões e quarentonas comemoram o aniversário de alguém. Não dá pra saber de quem; cantam parabéns, todos batem palma. Aniversariante que bate palma para si mesmo e sorri, isso me irrita. Muita gente me irrita. Taxista, atendente de telemarketing, modelo. A cidade está condenada. Não me esqueço do que meu avô disse uma vez: por ele, soltava uma bomba de nêutrons em São Paulo. Eu topo dizimar todo mundo pra andar de carro em paz”.
(trecho do conto Os últimos dias de Pompéia, p. 20, primeiro constante no livro)