Os da minha rua

Os da minha rua Ondjaki




Resenhas - Os Da Minha Rua


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Mag 30/05/2010

Um saco!
O livro reúne pequenas histórias que retratam a infância do autor angolano Ondjaki. Infelizmente nenhuma delas me tocou. Achei a narrativa muito pobre, às vezes parece uma criança escrevendo, e se ele fez isso de propósito pra nos remeter ainda mais à infância, pra mim não funcionou...Ele ainda abusa de uma fórmula pra finalizar os textos que achei muito chata tmb, quase repetindo o título da história, ele subestima a capacidade do leitor...

Foi um leitura desprazerosa e travada, muitas vezes sem sentido nenhum (e não é culpa do vocabulário não). Em muitos momentos senti falta de uma contextualização mais efetiva.

Se quiserem ler algo brilhante sobre infância, recomendo Fernando Sabino.

Lima Neto 21/05/2010minha estante
gostei da crítica e da forma como você a escreveu, de forma direta e clara, justificando os reais motivos por não ter "aprovado" o livro.


Rafael 20/03/2011minha estante
Se quando você diz "algo brilhante sobre infância" você está se referindo a "O Menino no espelho" do Fernando Sabino...
Eu achei o livro péssimo. : )
Eu copiaria a sua resenha e colaria lá, porque foi exatamente o que eu senti lendo o livro do F.S. kkk.
Mas tudo é uma questão de gosto, claro!
Abraço.


Aline 13/12/2013minha estante
Achei esse livro bobinho, bobinho. Talvez tivesse gostado mais se tivesse lido quando EU era criança. Já que você gostou tanto de "Verão", eu indico "Infância" do Coetzee.


Mag 13/12/2013minha estante
POis é Aline, bobinho e ruim mesmo. Eu tenho "Infância" mas ainda não li, mesmo assim agradeço pela dica. Um abraço!




Carlos Nunes 01/08/2023

Esse livrinho despretensioso foi uma grata surpresa, é um livro delicioso de ler, muito bem escrito, e que deixa na gente aquela sensação de aconchego. É um livro de memórias da infância do autor, passadas em Luanda, capital de Angola, na década de 80. São contos curtinhos, narrando episódios e observações do autor sobre o que ele vivia e como via o mundo à sua volta, com aquele olhar de criança, muito mais focado nas brincadeiras e experiências infantis do que na miséria à sua volta, em um país que acabara de sair de uma guerra civil, com forte presença de tropas soviéticas, lutando para se desenvolver e criar uma identidade própria. Todos esses temas estão presentes, mas de forma muito difusa, porque o que o autor e seus amiguinhos estavam preocupados era com as brincadeiras, as confusões, os passeios, o último capítulo das novelas brasileiras, as primeiras experiências amorosas, ou seja, assuntos que já ocuparam todos nós, mesmo que de gerações e realidades diferentes. Além disso, a escrita do autor é muito bonita e poética, dá pra perceber que o autor tem um grande conhecimento e sabe usar com maestria a língua portuguesa, é um texto que dá gosto de ler, ainda mais pontuado aqui e ali com palavras e expressões exclusivas de Angola, o que dá todo um tempero a mais no texto.
Dávila 01/08/2023minha estante
Até adicionei na minha lista por causa da sua resenha. Não conhecia


Carlos Nunes 01/08/2023minha estante
Oi, Dávila, que legal! Espero que goste tanto quanto eu. É umivrinho singelo, rápido de ler, que nos dá aquele saudosismo gostoso...




GilbertoOrtegaJr 19/01/2016

Os da minha rua – Ondjaki
Um dos grandes perigos que se tem ao escrever memórias ou crônicas sobre a infância é que elas podem vir a se tornar um texto que reflete um lugar comum, e isso se deve pelo fato de que em muitos aspectos a infância tem seus pontos iguais, como aquela rua em que morou, ou as primeiras paqueras, a escola, ou até mesmo situações que se percebem de uma forma quando somos criança, mas quando nós tornamos adultos entendemos de outra forma, pois antes não tínhamos ainda uma bagagem para compreender algo.

E é aí que peca o escritor angolano Ondjaki, as suas vinte e duas crônicas sobre sua infância não têm grande originalidade, nem conseguiram despertar meu interesse, aquilo que ele escreve ali em geral é marcado por lugares comuns, desde a escolha de narrar todas as histórias sobre a ótica de uma criança, que é um recurso batido, até tentar fechar suas crônicas com frases ou momentos de efeitos, armados simplesmente para que a história tenha um peso, seja ela de lição ou de humor, ao menos isso ajuda a dar um pequeno toque de qualidade na obra, já que em matéria daquilo que é narrado fica muito a desejar.

Outros dois fatores que me incomodaram e muito é o tom que ele narra; faz parecer que ele já tem uns 60 anos, pelo estilo nostálgico e tom forçado de sabedoria, isso somado a higienização que o livro sofre, que beira o patético, não existe momento de confronto contra a realidade, não existe sentimentos maus, enfim, lembra mais os filmes da Barbie com seu mundo rosa perfeito do que uma infância real.

Em tudo isso o que me preocupa mais ainda é que se algum adulto pegar este livro para ler pode achar que é um ótimo livro para estar nas escolas e estimular as leituras dos jovens, e sinceramente ele não é, não sei que tipo de adolescente foi você que está lendo esta resenha, mas eu quando fui adolescente queria ler histórias diferentes daquilo que eu estava vivendo, afinal se eu já ia na escola, tinha minhas pequenas aventuras com meus primos, e meus pequenos aprendizados porque eu iria ler um livro que fala daquilo que estou vivendo? Ao contrário, este livro serve muito mais à quem já tem mais de 35 ou 40 anos, ao menos penso desta forma, que quer relembrar sua infância.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/01/19/os-da-minha-rua-ondjaki/
Ilmara 01/08/2016minha estante
Não concordo, pois os contos de "Os da minha rua" revelam traços da sociedade angolana, numa prosa apenas aparentemente inocente. A opção pelo retrato da infância revela, em Ondjaki, o intenso diálogo do autor com a tradição literária de seu país. Acredito também que as escola podem e devem usar esse livro em sala de aula, porque ele trás a tona uma realidade, que nós como criança brasileira não passamos que é o terror da guerra.
E Ondjaki trabalha esse assunto com maestria. Você deve lembrar que no percurso para a casa do Lima, o narrador informa que é preciso cuidado para não pisar nas poças de água nem na dibinga (fezes) dos cães, pois a rua era bem escura. O menino diz para tia Rosa tomar cuidado com as ?minas? e, depois, nos informa de que ?minas era o código para o cocó quando estava assim na rua pronto a ser pisado?.
Esta linguagem da criança nos faz vislumbrar um contexto em que a guerra tornou-se já um fato do cotidiano, contaminando, inclusive, a linguagem mais corriqueira.


GilbertoOrtegaJr 22/08/2016minha estante
Oi Ilmara, muito obrigado por seu comentário e pelas suas colocações, são pontos interessantes a se pensar, em uma abordagem diferente da minha.
Só ressaltando que minhas ressenhas são de tom pessoal.




Ilson José 09/10/2019

Contos da minha infância.
A cada conto do autor eu era tragado a pensar na minha própria infância, rua, amigos, árvores e amores. Despedida tem um cheiro cinza, mas as vezes é tão bom sentir esse aroma.
A leitura demorou mais do que imaginei, um livro pequeno mas cheio de sentimento e reflexão.
Mih 09/10/2019minha estante
Fiquei instigada


Sarah 05/10/2020minha estante
Te deixei um recado ;)




Paula 22/03/2010

Para não esquecer da infância
Hoje depois de terminar um livro do Coetzee (que é maravilhoso, mas de um texto pesado, seco e forte), senti vontade de algo mais leve. E este livro foi a escolha perfeita. Só que não podia imaginar que ele fosse me emocionar tanto.

O escritor angolano Ondjaki nos presenteia com 22 pequenas histórias cheias de ternura, de esperança, que nos remetem à nossa própria infância. Por meio dessas histórias mergulhamos em nossas lembranças e somos capazes de sentir os cheiros, de lembrar do nosso olhar inocente, sensível ao mundo ao nosso redor, de quando éramos crianças.

Terminei o livro com lágrimas nos olhos e a história "palavras para o velho abacateiro" me marcou de forma especial, pois aprendi com ela que "uma casa está em muitos lugares; é uma coisa que se encontra".

É um livro que recomendo para leitores de todas as idades. Porque vale a pena relembrar e reviver essa época de olhos miúdos que brilhavam de esperança, mesmo que seja por alguns instantes.

"Antigamente as pessoas eram pessoas de chegar. Não sabíamos fazer despedidas". [pág. 137]

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Texto da capa do livro (comentário de Ana Paula Tavares):

"O teu livro dá conta de como crescem em segredo as crianças. É o milagre das flores do embondeiro: habitam o mundo em concha por breves momentos e vêem através da luz o milagre das pequenas coisas".
Luiz 04/08/2014minha estante
você conseguiu sintetizar exatamente o que eu senti durante a leitura do livro :)




Jurubeba Leão do Norte 14/03/2024

SARTRE VC ME PAGA
Um dos piores livros q o sartre ja me obrigou a ler. Primeiro q a linguagem é completamente diferente e o glossário não tinham as palavras q realmente se repetiam no livro. Enfim, vai me dar uma ressaca de mil anos
Lulu Villas 14/03/2024minha estante
SIM, me identifiquei muito com a parte do glossário porque as palavras que eu realmente precisava saber não tinhaaaaaaaa




Barbie 22/03/2009

Um angolano cheio de determinações e sonhos, esse é meu amigo particular, Ondjaki, nesse livro, nos faz relembrar tempos de infância, onde o tempo, na verdade, não existia. É lindo!
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Ladyce 03/01/2010

A mágica de Luanda pelos olhos de Ondjaki
Agora que as férias de julho estão aí e que talvez haja um ou dois fins de semana de inverno, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, com um pouquinho de frio pedindo para uma tarde dentro de casa, nada melhor do que um livro que pode e deve ser lido por toda família, dos avós, aos pais, aos adolescentes. Recomendo para isto, o maravilhoso Os da minha rua, do autor angolano Ondjaki, publicado no Brasil pela editora Língua Geral. Eu já estava familiarizada com a sua escrita, através do seu livro Bom dia, camaradas, que também é um livro para ser lido por todos da casa. Para esta tarefa de alegrar a todos, recomendo, no entanto, o volume Os da minha rua, porque é composto de pequenas e deliciosas histórias que podem ser lidas rapidamente e que trazem um prazer instantâneo, um sentimento de leveza e a esperança de que as coisas podem melhorar, qualquer que seja o futuro.
Foi gratificante ver que gostei tanto deste livro quanto do anterior. Ás vezes é difícil lermos a segunda obra de um escritor de que gostamos muito. Sempre corremos o risco de ficarmos um pouquinho desapontados. Mas este volume de vinte e duas historietas está carregado da mesma linguagem encantadora que havia me seduzido no primeiro trabalho de Ondjaki que li. Como no livro anterior, vemos a realidade de Luanda, pós-guerra, através dos olhos de uma criança. Suas observações são simultaneamente líricas, engraçadas, inteligentes e surpresas. Há uma grande inocência no questionamento do narrador que nos remonta à nossa própria infância ou à infância que gostaríamos de ter tido. Suas observações sobre o mundo à sua volta fazem com que tenhamos sempre um sorriso nos lábios, e enquanto acompanhamos as peripécias dos vizinhos do nosso pequeno herói, assim como reações de alguns dos integrantes de sua família, compartilhamos com ele o prazer das descobertas. Voltamos por momentos a relembrar, a redescobrir a mágica da vida a nosso redor. Este livro faz a gente sorrir e sonhar enquanto conhece um pouco da vida e da cultura de Angola. Os da minha rua tem a dose certa de encantamento e esperança que todos nós podemos usar de vez em quando.

09/07/2008

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Larissa 05/01/2010

Lembranças
Bem infantil.. O legal é perceber como qualquer coisa vira festa pra uma criança.
O autor reúne lembranças da sua infância, vai desde bobagens na casa de tios até consequências da guerra no país.
Livro bonito
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Olivia137 24/08/2024

Muito bom para conhecer um pouco mais da cultura de um país que também fala português, mostrando como não somos tão diferentes.
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Lia 24/06/2010

leve
Achei o livro bonito e despretencioso. Vale muito a pena. Faz rir e emociona. O narrador é apaixonante.

'...porque os dias mágicos passam depressa deixando marcas fundas na nossa memória, que alguns chamam também de coração.' (p. 60)

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Pauliane 26/01/2012

Tocante
Por influência de um amigo da faculdade resolvi ler "Os da minha rua" e me apaixonei. De um jeito diferente aquelas histórias me fizeram lembrar da minha infância. Não só adultos deveriam ler, mas crianças também.
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Suzanie 09/07/2013

Singelo
Difícil encontrar palavras quando o que mais nos mobiliza são as emoções. Acompanhar a infância de Ondjaki foi como ver passar um filme de minha infância, tantas as identificações. Será assim com todo leitor? ou com o leitor de uma certa faixa etária? Acredito que o sentimento seja universal.

Nãõ despreguei do livro, da primeira à última página. O autor tem uma forma singela de contar suas estórias, recuperando a comunicação do mundo infantil, com grande força oral.

Deixei para um segundo momento uma leitura mais "racional", digamos assim, buscando contextualizar o relato às condições históricas de Luanda.
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