Andresa Dias 05/04/2012Under the Never Sky por Andresa Dias Esta resenha está no Blog Leituras & Fofuras:
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É PROIBIDA A CÓPIA TOTAL OU PARCIAL DESTA RESENHA.
Quando fiquei sabendo desse livro fiquei louca para ler, vi comentários positivos e sou louca por distopia e essa parecia ser ótima! Devo dizer que no inicio da leitura tive dificuldade de entender muita coisa, mas com o passar das páginas as coisas foram sendo explicadas.
O mundo criado por Veronica, é algo que nunca imaginei, algo realmente novo pra mim! Conforme a leitura nos deparamos com várias invenções criadas pela autora e aos poucos vamos descobrindo suas funções. Para que possam entender melhor o mundo criado por ela, vou especificar algumas coisas que podem ser importantes para que não fique sem entendimento.
Reverie é uma cidade cercada, com grande avanço tecnológico onde as pessoas usam um aparelho, Smarteye, que é utilizado para se comunicar e entrar nos Realms, que são mundos virtuais onde eles podem explorar sem estar realmente lá. Eles não conhecem o mundo lá fora, que é completamente diferente do que eles vivem.
Death Shop é como eles chamam o mundo lá fora, local de grandes perigos, com tempestades de energia que destoem tudo (Tempestade Aether), um local primitivo onde vive boa parte da população. Lá vivem os Outsiders. Alguns deles são marcados e recebem dons. Eles podem ser Seers, Scires ou Audiles. Os seers são “videntes” e enxergam melhor que a maioria das pessoas. Os Scires têm os sentidos apurados e podem sentir as emoções das pessoas. E os Auds ouvem de uma distância muito longa. Além deles temos os Blood Lords, que são os comandantes das tribos.
Isso foi surreal. Havia pessoas que podiam sentir emoção e ouvir os pensamentos. O que seria o próximo? [Pág. 184]
Há mais de uma semana Aria não consegue contato com sua mãe Lumina, uma cientista que trabalha para o governo de Reverie, onde moram, e resolve ir atrás da mãe para descobrir o que aconteceu. Ela vai com sua melhor amiga e três colegas, mas a jornada acaba mal e Aria é atacada, sendo quase morta. Ela é salva por Perry, um outsider, que conseguiu entrar em seu mundo. Ele a deixa em um local seguro, pega seu smarteye (que contém 2 importantes arquivos) e volta para sua terra. Aria sem saber o motivo é banida de Reverie e jogada no Death Shop, onde terá que fazer de tudo para sobreviver.
Aria sabia que ela não poderia sobreviver neste mundo contaminado. Ela não tinha sido projetada para ela. A morte era só uma questão de tempo. [Pág. 69]
Conhecemos o mundo de Peregrine (Perry). Ele tem um sobrinho, Talon, que perdeu a mãe faz pouco tempo por uma doença e também já possui os sintomas que sua mãe tinha. Vale, irmão mais velho de Perry e pai de Talon, é o Blood Lord da tribo deles. Algo que Perry sonha ser desde sempre e a tensão entre eles só piora a cada dia. Ao ter seu sobrinho sequestrado pelo pessoal de Reverie, ele fará de tudo para salvá-lo.
E é assim que Perry e Aria se encontram de novo e a tensão criada por esse encontro é ótima. Ambos querem a mesma coisa, encontrar um ente querido. E assim, com relutância viram aliados. Ele para conseguir Talon de volta e Aria para voltar a Reverie e encontrar sua mãe.
- Como você magoa alguém que você ama assim?- As pessoas podem ser mais cruéis com aqueles que amam. [Pág. 281]
Os dois personagens são muito bem construídos pela autora. Aria depois de sair de seu mundo virtual cresce muito e se torna mais humana a cada dia que passa no mundo real. Perry é corajoso e faria de tudo para salvar aqueles que ama. Com o passar do tempo vão conhecendo melhor um ao outro e seus mundos tão diferentes.
- Ele está quieto porque ele está pressentindo as emoções. Perry não confia em palavras. Ele já me disse o quão frequente as pessoas mentem. Por que ele iria se incomodar em ouvir palavras falsas quando ele pode respirar e obter o direito à verdade?- Porque as pessoas são mais do que emoções. As pessoas têm pensamentos e razões para fazer as coisas. [Pág. 184]
Eu amei tudo nesse livro! O fato de não existir aquele romance no estilo: “Ei, acabei de te conhecer e me apaixonei por você” foi ótimo porque os sentimentos foram crescendo aos poucos, até porque não tinha como ser de outra forma. O livro é em 3ª pessoa e os capítulos divididos entre Aria e Perry o que amei, pois vemos a perspectiva de cada um deles ao decorrer do livro.
- Há outras coisas que eu prefiro fazer quando eu estou sozinho com você.- Então faça. [Pág. 296]
Até o final descobrimos muito sobre os personagens e alguns segredos são revelados, mas não é explicado muito dessa sociedade que governa Reverie, pois o livro ficou mais focado no Death Shop, mas acho que nos próximos livros isso poderá ser abordado. Afinal é uma trilogia =)
Recomendo e estou louca pela continuação "Through The Night Ever" que ainda não tem data de lançamento!
PS: Quotes traduzidos livremente por mim. Não sou muito boa para traduzir o que leio em inglês, mas fiz o melhor que pude pensando naqueles que não entendem inglês para que pudessem ter uma noção.
Lembrando que o livro teve os direitos comprados pela Editora Prumo, ainda sem data de lançamento por aqui.
Quem quiser conhecer mais da autora, confiram a entrevista que fiz com ela no blog:
http://www.leiturasefofuras.com.br/2012/02/conhecendo-autora-veronica-rossi.html
--- Andresa Dias ----
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