Dom Casmurro

Dom Casmurro Machado de Assis...




Resenhas - Dom Casmurro


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cmvies 15/08/2024

Capitu era mais mulher do que eu era homem
Eu já tinha iniciado a leitura desse livro umas 3 vezes e nunca consegui finalizar. Finalmente veio aí e posso dizer com toda tranquilidade do mundo que eu amei e me diverti muito durante a leitura!! Acreditava que o livro seria difícil e chato já que na minha cabeça eu sabia tudo da história por ter recebido os spoilers mais comuns da obra que todo mundo sabe quais são, né? Ledo engano. Esse livro é de uma profundidade, uma maestria, uma genialidade. São inúmeras camadas e o final é pra deixar qualquer um de queixo caído.

A ambientação desse livro e contexto histórico também são incríveis, é muito interessante como essa obra permanece atual. Um clássico de respeito!

Preciso deixar aqui a menção honrosa a essa edição perfeita da antofagica!!! Os textos do posfácio aprofundam ainda mais tudo que o livro apresenta e eu amei! Além das ilustrações belíssimas.


Spoiler ??


Ai, gente, que o Bentinho era completamente surtado a gente já sabe mas fiquei admirada do QUANTO. Ele desde pequeno tinha traços completamente questionáveis e conforme foi ficando mais velho isso tomou toda a personalidade dele. Ou melhor, a falta dela! Acho que no fundo ele queria ser a Capitu. Queria ter a força, a espontaneidade, a graça e o jeito encantador que ela tinha. Esse ciúme doentio que se amplificou depois do acontecimento fatídico com o Escobar me mostrou que ele amava o amigo de um jeito diferente, se é que vocês me entendem, e não soube viver o luto da forma ?correta?. Claro que isso contribuiu para que ele se tornasse mais paranoico ainda. Não sei se era era gay (ou bi hahah), mas me passou isso pela cabeça, sim.

Claro que eu também não confio na narrativa do Bento, mas o Machado consegue se infiltrar na nossa cabeça de uma maneira ÚNICA. Depois que terminei o livro eu fui voltando os capítulos e relendo algumas partes, quando ele volta da faculdade a mãe dele comenta que ele estava a cara do pai: ?o filho é a cara do pai?. Claro que isso também tem muito a ver com o que ele projetou no Ezequiel no futuro.
Capitu nunca negou a semelhança da criança com o Escobar, mas tenho certeza que os exageros foram obra da mente perturbada do nosso narrador. Bentinho era doente e quase matou uma criança por isso.
Enfim, pra finalizar só tenho a dizer que eu não acho que a Capitu tenha traído, mas vai saber. Se ela errou com certeza foi tentando acertar!!! hahahahahahha
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luucasgirardi 15/08/2024minha estante
Que legal que você gostou! Eu amo esse livro ?


Olyke 15/08/2024minha estante
Se a Capitu não traiu queria que tivesse traído e se traiu que traisse mais. Meu Deus Bento é um macho surtado e enchendo o saco da pobre da Capitu a mulher só existindo e ele com as paranóias dele


Darlley Brito 15/08/2024minha estante
Imagino a Capitu na mesma fala do Tyrion de Game Of Thrones:

Eu não o matei!
Eu não matei Joffrey...
mas bem que eu queria ter matado!!

Capitu:

Eu não o trai, mas bem que eu queria ter traido!!!


biancavidinha 15/08/2024minha estante
Amei a sua resenha... o Bentinho meteu foi é louco, isso sim.. foi escrever um livro sobre uma pessoa que nem está aqui para se defender..assim fica fácil criar histórias da nossa cabeça quando o outro já está morto..


cmvies 15/08/2024minha estante
Estou com vocês!! Se traiu: loba. Se não traiu: pois deveria




Talita Pilati 15/08/2024

O clássico dos clássicos!

De tempo em tempo é bom reler Dom Casmurro.
Essa foi a terceira vez que reli, e confesso que dei muitas risadas com as ironias de Machado.
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Jeni 15/08/2024

Dom Casmurro
É uma obra incrível de Machado de Assis, e sua principal característica é a dúvida sobre fatos ocorridos na história.
É um livro clássico que mostra costumes e jeitos da época, como por exemplo o preconceito sobre as classes sociais.
Esse livro é muito utilizado em concursos e no meu ver é importante que todos tenham algum contato com ele durante sua vida.
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Malu.Welerson 14/08/2024

Tão chato quanto a vida de bentinho
Entedo que a narrativa de Machado serve, para nós, como um releitura com o passado, passado neste caso sendo o objeto da história. Foi por isso que li. A forma como ele retrada o Rio de Janeiro e as dinâmicas da cidade são incríveis. e só. Me desculpem seus amantes, mas eu achei uma narrariva bem das chatas, sem contar q o final e totalemnte desestimulante. :)
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leticiafwrreira 13/08/2024

Dom Casmurro
?Traiu ou não traiu??
Uma simples frase que praticamente todos os brasileiros sabem do que se trata mesmo sem nunca ter tocado nessa obra.

A grandiosidade de Machado de Assis é notória. Que clássico!
Reler esse livro com uma certa maturidade é uma experiência muito doida. É sobre ter novos pontos de vista da história, absorver coisas que você nunca notou, que leitura encantadora.

Capitu, sou apaixonada por você. Você merecia muito mais!

?Tudo acaba, leitor.?
Menos o amor de todos por Capitu.?
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andy_pendiuk 13/08/2024

Dom Casmurro
Quero começar a resenha falando de Capitu, de sua inteligência, sua astúcia e vivacidade. O livro é extraordinário e acho que existem nele questões muito mais interessantes para serem debatidas do que questionar a índole de uma mulher. 

Gosto de pensar que com o passar do tempo, mais pessoas tomam o partido de Capitu, não por confiar cegamente no que ela faria ou não faria, mas por saber que Bentinho não era um narrador confiável e que claramente estava cegado pelo ciúme e pela sua obsessão, a qual estava presente desde o início, assim como seu egoísmo (desejando com frequência a morte dos outros, principalmente de Capitu em diversos pontos da narrativa e até mesmo de sua própria mãe, para conseguir o que queria). 

"Pois até os defuntos! Nem os mortos escapam aos seus ciúmes!" 

Deixo aqui meu pedido (ou sugestão apenas) para que troquemos o "Traiu ou não traiu?" para "Era Bentinho louco ou não?". Se bem que já sabemos a resposta, mas eu gostaria que fosse o homem o alvo do questionamento pelo menos uma vez. 

Não obstante, "Casmurro" tem várias definições: tanto teimoso, obstinado, quanto insociável ou até desonesto. O que reflete muito bem a divergência de opiniões à respeito do protagonista e por consequência, à respeito da obra.

Ademais, o livro é um retrato muito interessante do Brasil no século XIX, gerando bastante reflexões principalmente em torno do período escravocrata.
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ellenkchaves 13/08/2024

Só há uma opinião possível
Gay maluca senhorrrrrr ???????????????????????????????????????
Cintia 13/08/2024minha estante
Traiu ou não traiu? ?




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Hév 12/08/2024

Na vida há dessas semelhanças esquisitas
Essa é minha terceira leitura de Dom Casmurro e é impressionante o quanto minha percepção muda por pegar detalhes mais escondidos a cada releitura. Li aos 14, aos 19 e agora aos 24, a diferença de 5 anos a cada leitura não foi proposital, mas definitivamente fez uma diferença notável.

A obra é muito mais do que apenas a questão central do ?ela traiu ou não traiu??, embora esse tópico seja tão incrivelmente interessante quanto todo o resto, se não mais. É aquele tipo de livro que deveria estar nas exemplificações de ?perfeição? no dicionário, extremamente bem construído, completo e complexo. Mostra toda a genialidade de Machado em seu esplendor. Dos personagens secundários aos principais, todos tem papel importante aqui e corroboram pra uma das duas vertentes principais da obra.

Tirando o elefante da sala: fui das que acha que Capitu não traiu em todas as minhas leituras. Pra mim há mil razões para tal. Bento não é um narrador confiável e deixa isso claro literalmente já nos primeiros capítulos quando tenta convencer o leitor que ele nem precisa olhar no dicionário a definição de ?Casmurro?, que ele faria esse favor explicando por si só. Mas além de alguém autocentrado (que ele, de fato, é completamente), casmurro significa teimoso, turrão, cabeça dura. Ainda moço, Bentinho cresceu sendo mimado e com uma proteção exagerada de sua mãe, é alguém extremamente influenciável (só considerou a ideia de gostar de Capitu pela primeira vez quando José Dias levantou a hipótese; menciona como Capitu e Escobar eram bem mais obstinados que ele) e tenta pintar a ideia de alguém de bom coração que não conseguia enxergar maldade nas pessoas por ser muito menino, muito bobo, muito puro.

Bentinho mostra o quanto é autocentrado, egoísta e que só pensa no seu próprio umbigo quando até dando esmola para alguém que não tinha nada, ainda pede para o rapaz rezar por ele (e pra frisar na oração que era Bento Santiago, vai que Deus confunde!!), para que seus planos de não se ordenar pós seminário se concretizem. Porque obviamente isso é mais importante do que um homem aleatório das ruas que mal tem como viver.

Também há lapsos da memória explícitos do narrador mais velho relembrando sua juventude. Bentinho se engana e coloca datas erradas historicamente em seus escritos (por exemplo no capítulo 103). Até onde o egoísmo, os devaneios frequentes e os lapsos de memória afetam a percepção do narrador do que aconteceu? Afinal, só temos a visão dele o livro inteiro de tudo e todos.

Bento já demonstra seus traços de ciúme exagerado e possessivo bem antes do casamento e até de ter algo sério com Capitu. Sempre duvidando dela e de seu caráter. Mesmo no seminário quando pergunta sobre ela para José Dias e ele responde que Capitu anda alegre como sempre, o rapaz SURTA. God forbid a woman lives her life without crying 24/7. O mesmo quando se queixa dos ombros expostos de Capitu em bailes, ao que ela acata sem muita discussão.

Mas pra mim uma das maiores hipocrisias é que Bentinho se centrifuga no ciúmes do que poderia ter acontecido entre Capitu e Escobar quando ele mesmo teve pensamentos impróprios em relação a Sancha!! E antes de entrar em espiral inclusive. Afasta a ideia em seguida após certo esforço, mas o quanto desse episódio não poderia ter acrescentado na desconfiança de que sua mulher poderia estar fazendo o mesmo, para aliviar a culpa eminente que sentiu? Quando vai fazer as acusações com mais seriedade e firmeza Bentinho inclusive dedica um capítulo inteiro a pedir que Sancha feche o livro. Por que? Pra poupar ela da desilusão ou porque sabe que há a possibilidade de Sancha negar veementemente e dizer que isso não passou de coisas da cabeça dele?

Sobre a semelhança entre o filho e Escobar, pra mim o argumento fica pendurado quando há uma passagem anterior em que comentam a semelhança gigante entre a mãe de Sancha e Capitu, mesmo não tendo laços de sangue envolvidos. ?Na vida há dessas semelhanças esquisitas?, diz o personagem. Pra mim trata-se de um prenúncio na sutileza que só Machado de Assis tem. Vale lembrar que quando o filho volta adulto e, segundo Bentinho, a aparência escrita do defunto Escobar, ele não deixa o menino ver nenhum dos familiares, mesmo com um deles na cama da morte. Pelo medo de mais ninguém notar a semelhança ou medo de notarem e ser ridicularizado? Mas será mesmo que em todos esses anos, personagens tão opinativos como os do núcleo da família de Bentinho não teriam comentado sobre se a semelhança fosse assim tão absurda?

E podemos confiar TANTO assim na visão de um homem que ofereceu uma xícara de café envenenado pra uma criança?

Pra mim essas e outras questões embasam que Bentinho era cego não somente pelo ciúme possessivo, mas também pelo egoísmo e orgulho, se mostrando verdadeiramente um Dom Casmurro.
leiturasdeana 12/08/2024minha estante
Resenha perfeita ?


Hév 12/08/2024minha estante
Ahhh, obrigada ??


Lud 19/08/2024minha estante
No final eu entendi que ele e o filho vão a um velorio, de quem seria? Pra mim seria o de Capitu mas não tenho certeza pois me enrolei no final




fleurdeliz 11/08/2024

Uma leitura demorada e complexa inicialmente, porém incrível! A obra que me introduziu ao universo das maravilhas de Machado de Assis! Capitu não traiu, Bentinho por outro lado, sim, além de estar enlouquecendo. Uma prova que a paixão e ciúme doentio conduzem à alienação.
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CamilA 10/08/2024

Muito bem escrito!
Esse livro é uma obra prima!
Escrita muito boa, inteligente, enigmática e atemporal.

Ao longo do livro acompanhamos a história de amor entre Bentinho e Capitu.
Começando com a aflição de ambos ante a iminente ida de Bentinho ao seminário, depois de uma promessa de sua mãe de tornar padre seu único filho vivo, nascido com saúde.
(Desse fato já fica meu questionamento sobre a baixa fertilidade da família, que pode ser passada à próxima geração).

Depois de reflexões e estratégias para encontrar alternativas e deixá-lo livre da ordenação eclesiástica, eles encontram uma solução e Bentinho é dispensado do fardo, mas o seminário é importante, porque é onde ele conhece seu grande amigo Ezequiel de Sousa Escobar.

A história toda é narrada por Bentinho, então tudo o que vemos é através de seu ponto de vista, mas ainda assim podemos ler o que ele não diz diretamente, interpretando as cenas.
O próprio narrador nos permite isso quando fala: ?É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.?

Como por exemplo, muitas vezes ele se mostrou influenciável, precisava que outros pensassem por ele, sempre a pedir conselhos e a usar as falas de outros para suas ideias.
É o caso da famosa descrição de Capitu: ?olhos de cigana oblíqua e dissimulada?, dita pelo agregado José Dias e depois posta à prova por Bentinho, que se esforçou para ver na amada o que ouviu do outro.
Ou seja, muito de sua insegurança com relação ao amor de Capitu veio de falas de José Dias, mesmo quando ela era amorosa e carinhosa com ele e sua mãe.

O romance juvenil é muito bonito de acompanhar, ao ponto que fica difícil imaginar uma traição futura.
O fim dele é triste.

Talvez o ciúme exagerado de Bentinho, que ele mesmo admite, junto com seu temperamento possessivo para com sua amada, poderiam ser um gatilho, mas não sabemos os pensamentos de Capitu.
Uma das justificativas que Bentinho usa em sua cabeça para ?provar? a traição da esposa é a de que por mais que tentassem, eles só tiveram um único filho e este possuía a aparência e a cor dos olhos do amigo, mas vale lembrar que assim como Escobar, Capitu também tem os olhos claros, como descrito no trecho: ?Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo.?
O autor também ressalta no início a semelhança entre pessoas que não possuem qualquer parentesco, comparando a aparência da mãe de Sancha com Capitu.
?Gurgel (pai de Sancha), voltando-se para a parede da sala, onde pendia um retrato de moça, perguntou-me se Capitu era parecida com o retrato. Um dos costumes da minha vida foi sempre concordar com a opinião provável do meu interlocutor, desde que a matéria não me agrava, aborrece ou impõe. Antes de examinar se efetivamente Capitu era parecida com o retrato, fui respondendo que sim. Então ele disse que era o retrato da mulher dele, e que as pessoas que a conheceram diziam a mesma coisa. Também achava que as feições eram semelhantes, a testa principalmente e os olhos. Quanto ao gênio, era um; pareciam irmãs.?

Como conclusão tendo a achar que Capitu não traiu, que Bentinho viu o que quis ver e o autor nos deixa ser influenciados pelas inseguranças do narrador, que é teimoso (?Dom Casmurro?) e não confiável, dando margem à dúvidas e questionamentos, quando também nos deixa a cargo da interpretação.

Genial
??????????
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Hév 12/08/2024minha estante
Sobre suas últimas perguntas, Bentinho manda Capitu e o filho pra morarem na Suíça (meio que exilando eles como castigo), mas não anuncia exatamente a separação porque ficaria feio aos olhos da sociedade, tanto que por isso Bentinho continua indo a Europa mesmo sem ir visitar os dois, só pra manter as aparências. Pelo menos foi isso que entendi


Lud 19/08/2024minha estante
No final do livro eles vão a um velorio eu entender q é de Capitu,




Jéssica Maria 10/08/2024

Machadinho é sensacional
Comecei a ler esse livro em um domingo em que estava com tédio de todas as minhas outras leituras. Era pra ser só uma espiadinha, mas, quando vi, já tinha lido 10%!

Bom, o Bentinho é chato. Pode-se dizer que é o ancestral do "macho véi cearense"; o filhinho da mamãe, que deixa qualquer psicanalista atento. É um adolescente que não conheceu o pai, mas que tem um agregado que, sem que ele perceba, influencia sua visão de mundo.

Ele se apaixona pela Capitu, sua vizinha. Machado capricha nessas linhas, a descrição desses dois enamorados é belíssima.

A questão é que o narrador (advogado, estudado, homem, branco e burguês do século XIX) não é confiável. Sempre foi muito ciumento e se achava melhor que os outros devido ao seu status social, logo, como acreditar na sua narrativa?

Como aceitar, de goela abaixo, um cara que assume o desejo pela mulher do amigo (mas não assume o desejo pelo próprio amigo ?) e teme que sua mulher sinta o mesmo, ao ponto de virar uma obsessão, e simplesmente afasta a criança a qual desejou e rezou tanto por sua vinda por conta de uma insegurança.

Por fim, me magoa muito o jeito que ele trata a mulher a quem jurou amor e lealdade. Capitu não traiu, mas deveria.

Obrigada Machado, por ser tão incrível e escrever algo que é tão gostoso de ler mesmo quase 200 anos depois.
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