Dom Casmurro

Dom Casmurro Machado de Assis...




Resenhas - Dom Casmurro


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Marcus 30/07/2024

Surubão do Engenho Novo
Uma das discussões mais antigas da literatura brasileira. Traiu ou não? Minha opinião sincera, tendo lido pela primeira vez, adulto já quase velho: ali se deu foi um ensaio do que seria milênios depois, o surubão de Noronha!! Escobar quis pegar foi o Bentinho, que mais um pouco, pegava Sancha, que era quem mais amava Capitu.
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Emanuelly119 29/07/2024

Uma história sobre superlativos
"...nada há mais feio que dar pernas longuíssimas a ideias brevíssimas." Ironicamente usando das palavras do próprio narrador no auge da sua casmurrice, quero dizer que esse livro pode te deixar com sensações fortíssimas pela proximidade com a realidade apesar de mais de 100 anos de lançamento (ao ponto de sonhar!!), mesmo que certos termos tenham se perdido no tempo como "olhos de ressaca". Por coisas assim, tinha tentado ler outras 3 vezes antes de fato conseguir, mas não me arrependo de ler agora justamente por então saber que tinha que buscar fontes para contextualizar a obra, o período, os dizeres e saberes daquele tempo.
O ponto que mais se discute sobre o livro, a traição, não é a coisa que te prende mais a atenção e isso é muito genial, assim como o autor da obra. Sem dúvidas, o mais legal é analisar as lacunas e entrelinhas que culminam numa conclusão complexa, polifônica, cheia de interpretações e significados. Em um livro onde as respostas não são fáceis, devemos nos atear aos enunciados dos questionamentos levados por Bento de forma pomposa, cínica e blasé para só então entender melhor as sutilezas da sua versão sobre o erro não confesso.
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Hellohell 29/07/2024

Não sou capaz de opinar se traiu ou não
Terminei finalmente esse drama gigantesco! Até que gostei pra um grande clássico. E nem adianta perguntar pq eu não sei responder se traiu ou não, só posso dizer que tenho elementos para acreditar que traiu e para acreditar que não traiu (analisando só pelo que o doido do Bentinho contou né?)
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crisverse 29/07/2024

"Dom Casmurro" é meu primeiro contato com a literatura machadiana, o primeiro de muitos outros futuros, já posso adiantar!! A obra segue na perspectiva do emblemático protagonista Bentinho, sempre com um pé a frente, sempre a par de tudo. Confesso que achei que logo na primeira leitura já saberia responder o grande dilema: "traiu ou não traiu" mas me surpreendi quando me vi enfeitiçada pelo discurso narrativo de Bentinho, que não é só capaz de confundir o leitor como também fazer com que nos sintamos apegados por esse protagonista tão marcante. Uma grande obra que merece ser reelida!
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Carolina273 28/07/2024

Sou da opinião de que a Capítulo traiu e passo todos os panos pra ela. Bentinho chato demais! Mimado, cheio de 9 horas. Horrível a forma como ele permite que a Capitu e o filho terminem a vida...

Machado: icônico!
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anajuvg 28/07/2024

Resenha de 26 de outubro de 2020. Eu tinha 14 anos, não me responsabilizo pelo que escrevi.

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Dom Casmurro ? Machado de Assis ?

(pode conter spoiler)

Com certeza você já ouviu falar desta história ou conhece alguém que já tenha lido. O romance fora escrito em 1899, mas deixou um enigma tão intrigante que ainda hoje trás diversos questionamentos. Quem nos conta essa história é Bento Santiago, em sua velhice, relembrando dramas e momentos de seu passado. Da infância e adolescência até o momento em que seu tornou Dom Casmurro. No início acompanhamos, segundo Bentinho (apelido a qual é dado muitas vezes), a idéia abominável de ir ao seminário. Sua mãe queria dedicar-lhe ao sacerdócio por uma promessa que fizera quando o filho nasceu, e embora esse não gostasse da idéia de virar padre, acaba indo ao seminário. Sua resistência se dá por um motivo que tem nome: Maria Capitolina, ou somente Capitu. Bento revela-se bastante apaixonado pela menina, que até o momento era só sua melhor amiga. No desenrolar da história vemos um romance surgindo entre os dois, nos mostrando possíveis indícios de um futuro casamento. No seminário Bentinho tem como melhor amigo Escobar, e até lhe confessa que não tem vocação para Padre pois ama sua melhor amiga. O tempo passa, e Bentinho dedica sua vida aos estudos. Torna-se advogado, e casa-se com Capitu (vocês nem imaginam o quanto esperei por esse momento). Escobar abre seu próprio negócio e casa-se com Sancha, uma amiga de Capitu. Chegamos agora em um dos momentos mais esperados polêmicos do livro: a possível traição.
Capitu tem um filho com Santiago, o qual é batizado de Ezequiel. Do ponto de vista do narrador, com o tempo, a criança mostra-se muito parecida com Escobar, seu melhor amigo, principalmente depois que este morre. Santiago passa a notar semelhanças incríveis que o deixavam tão atordoado (mesmo que sem provas) que chegou a pensar em matar-se, ou pior: matar Ezequiel. Nessa parte do livro, eu cheguei até pensar que possívelmente Bentinho era homossexual e não conseguia esconder o ciúme que tinha por Escobar, mas foi apenas algo passageiro, pois alguns fatos que vieram depois me fizeram descartar (mesmo que não totalmente) essa opinião. Eu não poderia fazer uma resenha sobre Dom Casmurro sem responder a famosa pergunta, não é?
Durante toda a narrativa, Bento se mostra um homem muito ciúmento e inseguro de si, ?Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem? (pág.62) o que talvez foi o ponto que me fez chegar a minha conclusão. Bentinho tinha tanto ciúme (na minha opinião), que estava enxergando coisas onde não tinha. Além disso, a história é contada sobre seu ponto de vista, o que nos mostra todos os seus pensamentos e alguns possíveis indícios que a traição seja coisa de sua cabeça. Acredito eu que Capitu não o traiu. Os dois se amavam muito, mas a desconfiança que Santiago possuia levou o casamento ao fim. Confesso que gostei muito da leitura deste intrigante romance, que deixa esse enigma que jamais descobriremos. Uma coisa que me trouxe algumas dificuldades foi a linguagem usada no livros, pois é muito antiga e algumas palavras eu nunca tinha visto em minha vida. Mas no geral, é uma história muito bem construída, que te prende no livro até terminar e causa algumas ressacas literárias depois do fim. Eu amei!

Obrigada por me acompanhar até aqui. Que você tenha uma incrível leitura! ??
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Júnior Neves 28/07/2024

OBRA GENIAL
É simplesmente sensacional. Que obra genial.

Machado de Assis faz jus a todos os títulos e elogios que recebe. Dom Casmurro é tão bem narrado e construído que é impossível não se envolver. E agora estou assistindo a algumas análises e eu estou atônito de quanta riqueza têm nesse livro.

E respondendo a pergunta que atravessa gerações ksksks na minha visão NÃO TRAIU, Bentinho, sendo advogado, obsessivo, ciumento, imaginativo, vingativo e casmurro, não me convenceu que sua história narrada por ele mesmo é 100% verdade, pra mim ele deixa claro que a verdadeira traição veio da sua paranóia e insegurança.

RECOMENDO A LEITURA COM CERTEZA.
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Manuella.cassuriag 28/07/2024

Ótimo livro!
Eu tenho duas visões, a primeira é que Bentinho narrou as coisas do jeito que ele pensou e quis, e apesar de ele sempre ter demonstrado ser um homem muito ciumento, nunca houveram muitas provas contra Capitu Escobar.

Mas Bentinho vinha de uma família rica, já Capitu era pobre ( oque já explicava muita coisa), ele era ciumento, mas muitas das vezes era a própria Capitu que induzia esses sentimentos nele. A mesma já o fez jurar não suspeitar mais dela, caso contrário estaria tudo acabado, só que quando eles tiveram Ezequiel, a semelhança entre ele e Escobar foi afirmada pela própria Capitu, o que gerou um silêncio e constrangimento muito grande entre os dois. O que leva a pensar que ela SIM traiu
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ABANDONADOPORVOCE 27/07/2024

Otelo
Tal qual Otelo, o ciúme o destruiu e levou tudo oque tinha, transformou tal alma bela em espécie de gosma escorregadia, sendo verdade ou não é oque o dominou e o trouxe o nome do casmurro.

Primeiro livro que li de Machado de Assis, que escritor sensacional e que referências, momentos de amor sincero e de poesias belíssimas, ?olhos de ressaca?, acho que já conheci pessoas assim.
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Aria 27/07/2024

É melhor quando acaba
É melhor quando acaba.
A grandiosidade do livro é a concepção em completude, pois nem todas as suas formas são agradáveis no instante que são consumidas, mas contribuem minuciosamente para a construção de uma obra impecável.

É definitivamente impossível não se envolver com a genialidade de Machado de Assis, ele entrega muito mais do que a -- nada simples -- história de Bentinho e Capitu. É um livro que faz diversas denúncias a sociedade brasileira do século narrado, todas ainda infelizmente muito pertinentes, mas que principalmente nos revela a denúncia de nós mesmos por meio de seu narrador-personagem que, apesar do que parece pelas obviedades, não poupa a si da criticidade.

Em oposição, não é uma leitura pronta, entender Dom Casmurro exige vontade e esforço. Digo, cada pequeno capítulo diz em si tantas coisas, às vezes em um pequeno parágrafo, que se o leitor se perde na ânsia do consumismo pela história, acaba não apreciando o que há de melhor nesse enredo. Compreender essas nuances, falando por mim, foi tão satisfatório ao fim quanto cansativo durante. Tal qual tudo que é profundo, não se esgota em um único gole.

Por fim, apesar da construção dos personagens -- com destaque ao nosso protagonista -- ser tão minuciosa, suas personalidades são pouquíssimos cativantes. O que é totalmente compreensível, essa não é a proposta da trama. No entanto, a falta de apego emocional a uma história, para mim, é uma questão e somente por ela o livro não é impecável na minha avaliação enquanto experiência pessoal. É um livro transformador e vale a experiência para todos, um exercício de autoconsciência e senso crítico, um teste das percepções e emoções, um duelo entre o que diz o objeto escrito e o propositalmente ocultado. Fui cativada pela experiência literária proporcionada, mas não pela história.

A discussão da traição é simplória, mas Bentinho com toda sua inteligência e persuasão não é capaz de omitir -- a qualquer leitor plenamente atento -- a sua natureza, natureza esta que prontamente o denuncia dentro da trama dramática e destrutiva que o próprio costurou.
Gabi 29/07/2024minha estante
Análise maravilhosa!




Ray.Cass 27/07/2024

Traiu ou Não Traiu?
Bentinho acredita piamente na traição, então, do ponto de vista dele, sim, houve traição. Em nenhum momento ele tem dúvidas, ele vê a prova da traição na figura da criança e, para ele, isso basta.
Ao mesmo tempo, Capitu nunca disse que Bentinho estava errado, nunca afirmou com todas as palavras que nunca o havia traído.
Mas o livro é contado do ponto de vista de Bentinho, ele apresenta o que acredita ser real para ele. Mas a certeza sobre a traição veio depois de Bentinho ter compartilhado um momento de ligação com Sancha, que mesmo sendo rápido, o marcou. Parece que a desconfiança começou como uma maneira de se eximir de culpa, e a mente tortuosa dele acabou por moldar tudo o que ele via e acreditava. Parece estar também relacionado ao momento de luto que ele vivia, como se fosse mais fácil lidar com a raiva por uma traição, real ou não, do que lidar com o sentimento de perda do melhor amigo, mesmo que isso o tenha levado a perder a mulher que supostamente amava e o filho.
Não é mencionado no livro que mais alguém além de Bentinho ache a criança igual ao Escobar, e mesmo que seja, Capitu é igual à falecida mãe de Sancha, então semelhança não significa que necessariamente tenha havido uma traição
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