Memorial do Convento

Memorial do Convento José Saramago




Resenhas - Memorial do Convento


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Lismar 23/04/2018

Obra-Prima Portuguesa.
Mais um belo romance de Saramago. Situado em Portugal no seculo 18, o livro narra a história de Blimunda e Baltasar Sete Sóis e do padre Bartolomeu Lourenço, além da construção do Convento em Mafra e da invenção revolucionária do padre.
Livro vencedor do Prêmio Nobel de literatura, faz jus à premiação pela complexidade e profundidade da obra. É muito mais que uma simples historia de amor, sim estamos diante uma, apesar de tanta desgraçada que permeia esta.
O português descortina, com uma competência assombrosa, a sociedade portuguesa de mil setecentos e umas dezenas, em que observamos o quotidiano de aristocratas, dos miseráveis e das liturgias religiosas.
O detalhamento das procissões religiosas, da construção da Convento, do período em si, é assombroso. A impressão é que estamos observando/sentindo tudo in loco: Os autos de fé, as romarias, os músculos retesados ao erguer uma carroceria cheia de pedra, a alegria e o desespero dos protagonistas.
A escrita de Saramago é aquela de sempre: poucos parágrafos - e os existentes são enormes - além de obedecer sua pontuação peculiar, já marca registrada do escritor.
Está presente também o humor ácido do Português, com críticas mordazes, principalmente sobre o fundamentalismo religioso, da frivolidade mortífera da Aristocracia e do absolutismo autoritário.
O livro possui diversas simbologias que nos leva a reflexão, como por exemplo, os conceitos sobre as vontades presentes no livro - simplesmente estupendos - e os nomes dos protagonistas: Sete-Sóis e Sete-Luas; que possuem poderosos significados.
Uma verdadeira obra de arte, em que precisa ser lida de forma calma e atenciosa para se agarrar toda acepção presente nela.
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Magasoares 21/01/2018

"Depois da morte somos todos ricos".
Se José Saramago não tivesse escrito mais nenhum livro, só com esse, ele já teria merecido...
Recomendo, leiam :)
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Aline 11/12/2017

Saramago - paixão inusitada
Quando comecei ler Memorial do convento, foi na época de vestibular e era um daqueles livros obrigatórios de Fuvest e Unicamp....claro que não me entusiasmei muito com o calhamaço.
Mas...Saramago me conquistou a primeira leitura e com a ajudinha da professora de literatura da época, me apaixonei pela obra.
Bom, eu sou historiadora e professora de história e este livro foi tema de um trabalho de fim de semestre durante a faculdade de tanto que eu amei o livro - história e ficção juntos em perfeita harmonia, do jeitinho que eu gosto.
tenho que confessar, no entanto, sou fascinada por personagens femininas fortes e complexas....também me apaixonei por Blimunda....eu coloraria o nome dela em uma filha de tanto que eu gostei....
Sem mais palavras.
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Pâmela. 29/11/2017

Ao convento, deitam-se histórias. À História, aconchegam-se pessoas.
Nessa obra, Saramago exige tempo. Para acompanhar as histórias e para digerir as reflexões. Saramago lança vontades aos céus, visões mágicas aos cidadãos, heresias a padres e santidade a andarilhos. O que ele faz aqui é desconstruir qualquer categorização de obra: aqui vai um romance histórico com o seu próprio Ícaro, profundas visões e bruxarias dentre os puros e estupradores dentre os clérigos. É como se Saramago convidasse: jogue tudo fora e comece de novo, aqui está a primeira pedra de construção do convento, e nela está também o sangue e o suor de homens e mulheres. Agora esqueça-se da pedra, concentre-se no sangue e no suor. Neles se faz a História, com a pedra só fazemos prédios.

Os homens se distinguem pelo papel social, há os que podem escolher datas para inaugurações monumentais, e há os que têm de morrer para cumpri-las. Só as dores das mulheres que são iguais em qualquer ponto do reino: elas só servem, servir é o papel no qual devem se contentar, ao menos assim elas conseguem sobreviver.

Baltasar é ninguém, Blimunda tampouco. Bartolomeu é alguém na vida, mas sua alma se perdeu de deus para se achar na ciência, e assim ele cruza a linha da sanidade, na mais perfeita inversão: ao achar a razão, perdeu a fé, e perdeu a razão.

O convento é irrelevante. As pedras são feitas de gente. O rei é uma criança mimada e amedrontada pela morte. É importante dar a narrativa a quem a ela merece: Sete-sóis, Sete-Luas e Voadores é que construíram esse mundo.
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Raul.Coutinho 26/10/2017

Pós-moderno: uma nova proposta
Em primeira medida, o autor propõe um novo narrador, despregado dos romances tradicionais. A obra é comparada a uma conversa de boteco, não obstante, não perde a forma, nem desmerece ouras instâncias. O paralelo entre a histórica construção do convento de Mafra e aventuras dos personagens Baltazar, Blimunda e Bartolomeu comove com seu desfexo. Foi a primeira obra do Saramago que me dediquei à leitura, com certeza mergulharei em outras do único premiado ao Nobel em Língua Portuguesa.
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Mara.Sousa 12/05/2017

Saramago...
Saramago realmente mexeu em tudo o que eu considerava literatura...Ele desconstruiu em mim qualquer parâmetro e o que ele colocou no lugar é indizível rs rs
Essa história tem tudo o que um bom romance tem que ter, e a forma como é contada é que transforma tudo em obra de arte. É Saramago gente.
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Leituras do Sam 15/01/2017

Nesta obra histórica, não só por contar fatos históricos de Portugal do século XVIII, mas por alçar Saramago como um dos autores mais importantes dá literatura contemporânea; Saramago conta a história da construção de um convento em Mafra.
Como é sua característica, em Memorial do convento temos histórias dentro de histórias e é assim que Baltasar Sete-sóis (soldado maneta) e sua mulher Blimunda (que tem o poder de ver por dentro das pessoas e coisas) passam a representar os homens e mulheres que trabalharam na obra e sofreram com a inquisição cristã perseguidora de tudo o que é diferente.
Baltasar e Blimunda também participam dá construção de outra obra importante junto com o padre Bartolomeu, que foi a passarola (uma espécie de balão - o primeiro).
E é a narrativa dessas duas construções que amplia a crítica a que o autor se propõe fazer, já que uma construção explora não só os trabalhadores de Portugal, mas também os do Brasil e Índia de onde provinham as toneladas de ouro e outras riqueza que tornavam possível que a corte portuguesa esbanjasse, enquanto a outra é construída pelas vontades coletivas dos homens desconhecidos.
Saramago joga luz sobre os trabalhadores que construíram tão pomposa obra arquitetônica ao mesmo tempo em que de forma extremamente irônica faz a crítica social aos desvarios, megalomanias e hipocrisia dos poderosos que levam as glórias pelo trabalho de outros, aqui exemplificados pela corte e pela igreja.
Saramago foi um tanto prolixo? Sim, o que não deixa a leitura fluir, mas ao finaliza-la tive a certeza de que estive mergulhado em uma obra potente em termos de critica social e de que o memorial que ele fez foi não do convento, mas dos trabalhadores que carregam nas costas os poderosos enquanto seus sonhos e vontades ficam presos dentro de si.
Duas músicas me vieram a cabeça durante a leitura: Cidadão - Zé Geraldo e Construção - Chico Buarque, pois elas ajudam a entender esta belíssima obra literária.

@leiturasdosamm
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Rodolfo Vilar 09/01/2017

MEMORIAL DO CONVENTO (OU O LIVRO DAS VONTADES) | JOSÉ SARAMAGO
É necessário se antecipar e chegar logo a conclusão sobre o livro a ser apresentado: Toda leitura do Saramago é uma completa e fabulosa aventura à cerca de dar vozes aqueles que necessitam. É uma maneira deliciosa e intrínseca de se tornar mais humano.

Memorial do convento, escrito em 1982 e já nessa época consagrando Saramago como um dos maiores autores de Portugal e do mundo, é o quarto romance nessa linha histórica, só que agora com um pezinho na fantasia da mente fabulosa do autor. Considerado um dos melhores livros do Saramago, junto com O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Memorial do Convento é um romance que faz do leitor cativo desde as primeiras páginas, uma vez que é impossivel não tomar sentimentos pelos personagens que o fazem parte. Não é à toa que grandes críticos o consideram aquele tipo de leitura do qual nos fará sempre levar conosco seus personagens, lugares e sentimentos por toda a vida.

A idéia original da história, idéias que só o Saramago conseguiu ter, parte do ponto histórico em que o Rei de Portugal, D. João, quinto de seu nome, promete através do pagamento de uma promessa (conseguir ter um filho para suceder o seu trono) construir um dos maiores conventos que a cidade de Mafra já teve. No desenrolar da construção desse convento (hoje o Palácio Real de Mafra), é que conhecemos os fabulosos personagens que dão vida a esse romance. Prometendo emprego a todos aqueles que queiram trabalhar nessa construção, Baltazar, que é um ex soldado e agora maneta, volta a sua terra a procura de ocupação. É nessa volta, enquanto assisti a um espetáculo promovido pela Santa Inquisição, que ele conhece Blimunda, aquela que será a sua mulher e eterno amor. Durante esse tempo o casal conhece também o famoso (e tbm histórico) Padre Gusmão, indivíduo esse que tem o sonho de conseguir voar através de uma engenhoca que está a construir chamada “Passarola”. Só que para isso, para que se consiga voar, é necessário de um combustível bastante diferente: as vontades humanas. Para que este sonho se torne real, Padre Gusmão pede a ajuda braçal de Baltazar, que construirá a maquina, e de Blimunda, essa que, quando está em jejum, consegue enxergar dentro das pessoas, o que tornará fácil a tarefa de colher as vontades. Sendo assim, Blimunda e Baltazar tornam - se o casal mais lindo e admirável da literatura portuguesa. Ele, chamado de Sete-Sois por só enxergar de dia, e ela de Nove-Luas, por conseguir ver através da escuridão. E nesse desenrolar que a história prossegue no sucesso ou não da maquina de voar, na instabilidade da vida do casal Sol e Lua e na construção magnânima do Convento de Mafra.

Através de muitas metáforas, simbologia e críticas rígidas, Saramago consegue construir uma historia que nos mostra os dois lados representados do que era o reinado de D. João V no século XVIII, criticando o poder da aristocracia sobre a plebe e o desprezo somado as condições ultrajantes que esses passavam. Por que os homens de Mafra deveriam sofrer tanto (e até chegarem a morrer) na construção de algo que pouco importavam para eles, a não ser a mesquinharia de um simples desejo? Fora isso, em diversos momentos Saramago mostra a realidade daquilo que foi a inquisição, onde muitos, inclusive mulheres, acabaram morrendo queimados por heresia injustiçada, sem falar no próprio Padre Gusmão que nesse determinado momento é perseguido pelo simples desejo de voar.

Por isso que acrescentei o título dessa obra de Saramago como também “O livro das vontades”, não somente pelo fato já explicitado, mas sim no desejo, na vontade que os núcleos destacados no livro representam em toda a história: o desejo compulsório da construção de um convento, a vontade do homem em ser livre e perseguir seus sonhos, a vontade do padre em voar e conseguir estar mais perto de Deus, o amor intenso do casal Sol e Lua que sentem a vontade, chamado, de serem um só. Em suma, a vontade que cada humano carrega em si como pincipio de vida.

O papel do Saramago aqui é mais uma vez dar voz aqueles que necessitam, nesse caso mostrar o rosto de todos aqueles esquecidos que participaram da construção desse convento sem sentido. Mas mais do que isso, o livro é a grande vontade do Saramago de nos cativar como sempre. Leitura recomendadissíma.

site: http://bodegaliteraria.weebly.com/biblioteca/memorial-do-convento-ou-o-livro-das-vontades-jose-saramago
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Mad28 20/11/2016

"Depois de muito tempo, eu finalmente consegui acabar o Memorial do Convento, e, contra todas as expectativas, acho que este livro é, sem dúvida nenhuma, uma autêntica obra-prima.
O Memorial do Convento é aquele livro com personagens e uma história incrível, mas que não é tão fácil de ler, sendo este o motivo de não receber as 5 estrelas. A esta dificuldade junta-se a tão conhecida escrita de Saramago que faz com que as pessoas ou o amem como autor, ou o detestem.
O Memorial é realmente um livro muito difícil de ultrapassar, o autor usa frequentemente palavras complicadas e nomes históricos que obriga a pesquisas e consequentemente arrasta o ritmo de leitura. No entanto, quando conseguimos entrar na escrita do autor, é realmente muito interessante e nota-se muita pesquisa por parte do autor.
Relativamente às personagens não tenho queixa nenhuma, pelo contrário, eu realmente gostei de todas e do contraste entre elas.
Se tivesse de definir a parte que mais gostei no livro acho que foi mesmo o papel do Convento de Mafra em Portugal e a ironia que o autor usa para descrever a ambição e a astucia do rei para com esta imponência histórica.
Sei que não é um livro fácil, eu arrestei-o por mais de um ano, mas não precisam de o ler todo seguido, vão pegando nele de vez em quando e avançando um bocado que assim conseguem e não se torna tão difícil e também não desistam de o ler só porque não o conseguiram fazer no secundário, porque isso aconteceu-me e no final eu adorei o livro, então, recomendo muito. Se puderem, após a leitura, visitem o Convento de Mafra porque é, sem dúvida, um monumento tão imponente que vos arrepia."

Opinião completa em baixo

site: http://presa-nas-palavras.blogspot.com/2016/11/memorial-do-convento-opiniao.html
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Wagner 12/08/2016

DENTRO DE SI

(...) de nenhuma noite teria medo, se tão negra é a que leva dentro de si (...)

In: Saramago, José. Memorial do convento. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Pp 399.
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Denynha 29/02/2016

Minha opinião:

Religião, tretas da corte, história, personagens a frente do seu tempo, personagens marcantes, critica social e um romance poético... A construção do convento de Mafra, a família real, o padre que queria construir uma máquina de voar, o amor de Baltazar Sete Sois por Blimunda Sete Luas é uma aula de história e poesia.
Blimunda, Baltazar e o Padre Bartolomeu são os três personagens que marcaram meu coração. Torci para que a passarola voasse, que Sete Sóis e Sete Luas ficassem juntos e me compadeci com o horror da inquisição e das desigualdades sociais já naquele tempo.
Saramago dá uma aula, com conhecimento de causa, mas, o livro poderia ser menor, sem tantas histórias paralelas, que me deixou confusa em alguns momentos.
E aquele final, partiu meu coração
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Inês Montenegro 31/01/2016

Ainda me encontro à procura da prosa sedutora. Apesar de inicialmente morosa e exigente de atenção, a forma narrativa acaba por não ser desagradável – se ao menos colocasse aspas nos diálogos e metesse na cabeça que existe uma razão válida e lógica para colocar pontos de interrogação no final de uma pergunta. Há certas regras gramaticais que não foram feitas para serem desrespeitadas, quer se use a desculpa do “estilo do autor”, quer seja a do “é para obrigar o leitor a trabalhar”.

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2015/10/23/memorial-do-convento-jose-saramago/
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Volnei 25/11/2015

Memorial do convento
A obra conta a história da construção do convento de Mafra e o envolvimento entre um ex combatente Baltasar e aquela que vem a ser sua companheira Blimunda. Juntos nos levam a grandes aventuras.Uma excelente leitura dentre os romances deste autor

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
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Pedro Nabuco 31/10/2015

"Tudo no mundo está dando respostas o que demora é o tempo das perguntas."
Saramago é, sem dúvidas, um mestre das palavras, elas são suas servas leais e incondicionais. Nesse livro, o lusitano nos brinda com a história da construção de um convento em Mafra, que também é a história de um padre cientista que questiona os dogmas de sua doutrina, que também é a história de um amor que surgiu numa simples pergunta, que também é um retrato ficcional (ou nem tanto) da sociedade portuguesa monárquica e que também é, em muitos aspectos, um painel da condição humana.

Em que pese os elogios feitos acima, há certas ressalvas a fazer à leitura desta obra, Saramago embora tenha um estilo de escrita irresistível, em "Memorial do Convento" esse estilo parece não estar tão desenvolvido ou tão límpido como em "As Intermitências da Morte" por exemplo. O que não chega a ser um demérito, apenas um obstáculo a mais na leitura, que não faz ela perder sua graça, apesar de atrapalhar um pouco na fluidez do texto. Contudo, o real objetivo desta ressalva é alertar possíveis leitores virgens dos encantos do português, a buscarem algum outro romance para a primeira vez com este mestre, já que esse, embora espetacular, não é de tão fácil digestão.

Feita a ressalva, volto aos elogios. Me espanta a facilidade que Saramago tem para encaixar observações contundentes e borrifar filosofia no meio da simples descrição de uma cena banal, sem falar na sutileza de sua ironia. Suas críticas a hipocrisia da igreja são sensacionais, posto que não é um ataque a fé cristã e sim aos homens que alardeiam esta fé e esta ideologia e agem de encontro a ela.
Quanto ao enredo da história, ele é, deveras, interessante e convidativo, embora eu não vá tecer mais comentários acerca dele, basta dizer que Saramago consegue partir para a ficção mais extravagante, embora tal não ocorra tanto neste livro, sem perder uma gota de verossimilhança.

Por fim, fica recomendada a leitura deste livro especialmente àqueles que já conhecem o luso de outras datas, para os que pretendem iniciar a jornada no mundo linguístico de Saramago, recomendo "As Intermitências da Morte", livro curto, mas não menos genial.
Júlio 31/10/2015minha estante
Pedro, lembro quando intentei a primeira leitura desse Memorial e, como ocê disse bem, encontrei muitos obstáculos, tantos que abandonei a leitura pela metade. Mas na segunda vez, anos depois dessa primeira tentativa, este se tornou um dos meus favoritos pra toda vida. Parabéns pela resenha!
Abs!


Pedro Nabuco 31/10/2015minha estante
Júlio, eu demorei mais ou menos um mês para ler este livro, intercalando com outras leituras, por conta do embaralhamento de sentenças que o Saramago cria, contudo, depois que você "pega o jeito" a leitura corre solta. E concordo com você, depois que passa o estranhamento inicial, o que fica é uma obra marcante, entrou na minha lista de grandes livros também.
Abraço!




Douglas 11/10/2015

Memorial do Convento
Saramago é, dos escritores que eu conheço, o que mais me fascina pelo seu estilo de escrita. Não digo somente pela identidade que ele criou se valendo do jeito que escreve, mas pelo modo com o qual ele conduz uma história.

Todos os livros dele que eu já pude ler precisam ser digeridos. Saramago para mim nunca foi uma leitura fácil, mas sempre foi fascinante. E em "Memorial do Convento" não foi diferente. Acredito que isso seja o mais próximo que Saramago escreveu do gênero de romance histórico, que é um dos meus favoritos. Fatos reais da história portuguesa contados de modo elegante e sutil estão presentes, mas o retrato das pessoas daquela sociedade é o que mais vale neste livro.

Saramago escreveu um livro que conta o memorial da construção de um convento na vila de Mafra onde, na verdade, a construção deste convento é o que menos importa.
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