Beatriz Gosmin 02/12/2011Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.blogspot.com :)Hugo é um jovem rapaz que mora com seu tio-avô em um apartamento no 14º andar. Mas como seu tio-avô precisara se ausentar por certo tempo e por motivos desconhecidos, no momento estava sozinho.
Notei que Hugo é um rapaz um tanto irritadiço, mas acho que isso seja devido aos pequenos ‘azares’ que ele tem em sua vida (como o fato de o elevador de seu prédio ter quebrado e ele ter que subir vários andares pela escada por conta da localização de seu andar). Uma característica bastante marcante em Hugo são seus olhos, uma vez que um deles é verde o outro castanho.
Certo dia quando estava em uma biblioteca e foi à sessão de “Livros Raros”, viu uma coisa que o deixou paralisado e chocado por um tempo: um gato gigante de pelos brancos usando uma pochete na cintura estava deitado folheando um livro sobre catedrais antigas. Hugo rapidamente fechou a porta e refletiu. Não poderia ter visto uma coisa dessas. Abriu a porta novamente para confirmar sua ilusão, mas o gato já não estava lá. Estaria ficando maluco? Não, o livro que ele estava lendo continuava no chão. Mas quem acreditaria nele? Resolveu deixar quieto. Talvez estivesse mesmo um tantinho amalucado. Talvez.
Após chegar em casa e tomar um delicioso banho, Hugo encontra um bilhete preso com uma faca em seu criado-mudo, onde o remetente marcava um lugar para se encontrarem, uma vez que afirmava ter levado algo muito precioso de Hugo. Hugo olha suas coisas e (infelizmente) percebe que seu valioso - e de grande valor sentimental - pingente havia sido levado, e então toma a decisão de se encontrar com o ladrão desconhecido.
A grande surpresa foi descobrir que o suposto ladrão era justamente o gato que vira na biblioteca. Notara que ele possuía os olhos das mesmas cores que os seus, - um verde e outro castanho – mas de lados opostos, falava (coisa absurda) e ainda se dizia príncipe de um lugar chamado Marshmallow. Hugo achou aquilo absurdo, principalmente quando ele afirmava ter vindo por um portal conhecido como “Buraco de Minhoca”. Mas após ser ameaçado pela arma do gato (que aparentava ser uma arma de brinquedo), ele resolve ouvir a história toda.
O príncipe contara que Marshmallow estava no fim dos tempos, e para que não fosse destruída, ele precisava encontrar a Ampulheta do Tempo, pois só ela poderia salvar seu reino. E como ele fora visto por Hugo, ele agora teria de lhe ajudar, pois só assim devolveria seu precioso pingente.(chantagista)
Hugo, mesmo não querendo aceitar toda aquela história maluca, resolve de uma vez por todas ajuda-lo após presenciar cenas nada bonitas provocadas pelos Feiticeiros (cachorros humanóides e malvados), que, para a tristeza do Príncipe Gato, haviam adentrado na Terra pelo Buraco de Minhoca e também estavam interessados na lendária Ampulheta perdida. (claro que para outros fins).
Então, com a ajuda de Hugo e Eleanor (um rato falante que se tornara aliado), o Príncipe Gato luta contra o tempo enquanto busca cumprir sua missão e salvar seu povo.
- Se sentiu no direito de vir aqui? Você está louco? Comeu cocô? E larga o meu controle-remoto!
- Ah, isto aqui? Nem sei como funciona mesmo. A propósito, se eu fosse você tomaria mais cuidado com a forma que fala comigo, já lhe avisei: sou o Príncipe Gato de Marshmallow.
- Ok, senhor Príncipe Gato de "Algodão-Doce", tira essa sua buzanfa gorda do meu sofá.
Só sei que, assim que pronunciei essas palavras, vi uma pistola apontada para mim. A face do gato mudara completamente, os pelos de sua nuca estavam eriçados.
- Repete se tirver coragem - disse o Príncipe entre os dentes.
O que posso dizer sobre o livro? INCRÍVEL. Simples assim.
O trabalho que o Marcelo e o Gustavo desenvolveram neste livro foi único, eles criaram uma história cheia de reviravoltas, mistérios e surpresas. Conseguiram criar sabiamente um mundo novo, com personagens e coisas diferentes do que estamos habituados (tipo vampiros, lobos, etc), coisas como bonecos de pano malévolos, besouros espiões, entre outros.
A personalidade de cada personagem foi cuidadosamente bem elaborada, e eu simplesmente não consigo decidir qual é o meu favorito na história.
Hugo, com todos os seus problemas pessoais e sentimentais (não conto o que é. Ruum.), se mostrou bastante autêntico e decidido, esperto e companheiro. Simpatizei-me muito com ele.
Eleanor se mostrou um rato extremamente sábio, tirando conclusões dos fatos e sempre tendo uma resposta. (sem falar que ele era um tipo “faz-tudo” desde médico a lavador de pratos. É.) Mesmo pequenino, é muito corajoso e astuto, rápido e valente. Adorei este rato!
O Príncipe Gato, bem, ele é único. Arrogante, corajoso, extremamente metido e adora usar sarcasmo e tons irônicos ao falar. Aparenta ser bem durão, mas tem um bom coração.
Desde o início pude notar o conflito que surgiu entre Hugo e o Príncipe, e em todo o livro é exatamente assim: desentendimentos, deboche e uma certa “falta de simpatia” entre os dois. Acredito que isso se deva ao fato de que os dois são bem parecidos, essencialmente.
O bom foi que algumas partes onde um dos personagens se ausentava na história para fazer algo, foram relatadas por eles mesmo no final do livro como "partes retiradas", assim, pude deixar de ficar curiosa sobre o que eles haviam feito naquele momento.
Bom, não tenho mais o que dizer, só sei que o livro entrou para os meus favoritos e agora desejo sua continuação urgentemente. Se eu indico? Acho que não preciso responder. (:
P.S. Cuidado com os besouros, eles podem estar te vigiando. O.o