Bruna Santana 20/04/2020ReleituraÉ muito louco para mim falar sobre Pollyanna. Eu li esse livro faz mais de dez anos e o jogo passou pela minha cabeça muitas vezes, mesmo que aos poucos eu fosse esquecendo os acontecimentos da história. O primeiro mesmo eu só li faz poucos anos, então esse tinha sido o meu contato com ela, mas em uma edição cuja capa eu precisei encapar com o livro para que eu não a perdesse.
Por ter me esquecido da história, menos de Pollyanna e do jogo, foi como ler pela primeira vez, o que é triste porque eu gostaria de lembrar de cada pedacinho, mas muito feliz porque não é um dos desejos dos leitores? Pensar que queria esquecer determinado livro para poder ter aquelas sensações de quando se lê pela primeira vez? Por isso eu estou muito contente que eu não li ao longo desses anos e pude ler novamente agora.
Falando do livro, ainda é possível encontrar a Pollyanna menina do primeiro livro, pois se passam poucos anos entre o primeiro livro e este, então é possível matar a saudade do primeiro livro também. Os novos personagens são muito cativantes, temos praticamente uma nova Tia Poly e um novo Jimmy Bean, mas com algumas diferenças. As lições que esta primeira parte do livro trás me lembram muito a essência do primeiro livro, o que me deixou com o quentinho no coração que tanto amo sentir nas leituras. Eu realmente precisava que Pollyanna me falasse do jogo novamente, principalmente pelo que pessoalmente eu venho vivendo. De alguma forma, é como se eu a conhecesse, e eu escuto a sua voz e a sua risada sem ao menos ter visto qualquer adaptação. O que pretendo fazer em breve.
A segunda parte da história possui um tom diferente da primeira. Aí é que nos deparamos de fato com a moça que ela se tornou e respondemos a dúvida de como seria, para ela, entender tantas coisas sobre o mundo e o desafio que seria continuar jogando. Mas ela continua e com uma doçura incrível. Ela enfrenta novos problemas, dos quais ela precisa enfrentar com mais atitudes, já que agora ela não é mais uma criança.
Acho que o livro não é mais incrível porque essa segunda parte foca bastante nos relacionamentos dos personagens novos e antigos. Quem gosta de quem e quem vai ficar com quem. É uma verdadeira confusão que é criada pelos personagens não serem sinceros com os seus sentimentos.
O final, confesso, é a parte que menos gosto. Foi como se a autora estivesse com pressa de concluir o livro e simplesmente tivesse entregado o desfecho sem trabalha-lo. Ficou muito corrido, ela simplesmente falou o que ia acontecer e como os personagens ficaram felizes por isso.Não deixo de pensar os motivos para que a Eleanor tivesse se apressado tanto, se o medo de o livro ficar grande demais, ou alguma outra coisa... Faltaram páginas, na minha opinião, explorar a revelação final, o plot final. Até mesmo uma passagem temporal é anunciada pelo título de um dos capítulos e não há uma contextualização, fica muito confuso. ela se esqueceu completamente de Tia Poly e do desenvolvimento dela no fim... Não gostei da última aparição dela, era basicamente a mesma do livro passado, só que com afeição a Pollyanna e a o jogo.
Somente não tirarei nenhuma estrela porque é Pollyanna, afinal.