ritita 02/11/2018Triste, difícil e agonianteA criatura não cansa de se aterrorizar com o que os judeus sofreram na 2ª guerra e continha lendo. Louca de pedra e cal.
O livro é contado em terceira pessoa, intercalando passando (Anna) e presente (Trudy , sua filha).
Trudy é uma mulher de meia idade, doutora em história (que inveja eu fiquei), uma mulher muito só e rodeada de fantasmas e trabalho; não tem afeição nem tempo para a mãe, a quem interna num asilo de idosos.
Ela é a principal artífice de um programa que tenta recuperar a memória dos cidadãos alemães ainda vivos, em um trabalho para a universidade que leciona, em algumas entrevistas que faz com eles.
A história fala das atrocidades que os nazistas fizeram com os seus e faz Trudy rememorar fugazes lembranças de sua infância, como também conta sobre Anna durante a guerra.
Os horrores impetrados aos judeus na guerra, eu já conhecia – afinal eles eram os principais perseguidos, mas é nojento, asqueroso, odioso e doído demais os que os diabólicos nazistas fizeram com os seus irmãos. Parei a leitura várias vezes porque o estômago doía, a respiração ofegava, e tive que intercalar com outras leituras para chegar ao final.
Poucas vezes vi um título tão apropriado.
O romance foi desenvolvido a partir de entrevistas que a autora fez durante anos com sobreviventes do holocausto para o Survivors of the Shoah Visual History Foundation, criado por Steven Spielberg, e algumas entrevistas estão inseridas no trabalho de Trudy.
Se eu recomendo? Juro que não sei – há que se ter estômago forte e o distanciamento que não tenho, por conta do cunhado que passou por isto, e eu que estava aguardando a biografia dele ser publicada em pdf, (sim, sementes, ele é escritor), para poder traduzi-la para português, desisti. Quero saber mais nada não.
Dentro do contexto, é possível dar 6 estrelas?