Jéssica Santos 27/09/2017
LIVRÃO PRA VIDA,SERIÃO
Oi pessoal, olha só, eu sou a prova viva de que um livro que tá enfadonho, pode sim melhorar com o decorrer da narrativa. Por isso a importância de não desistir tão facilmente daquele livro que tá te empacando, sabe?
Nossa no início foi muuuuito difícil, não ia de jeito nenhum, não estava gostando, e isso foi assim até as 150 páginas mais ou menos. Eu estava ficando irritada com toda a situação, tipo, eles vão embora ou não, ou vão passar o livro todo nessa indecisão. kkkkkk Vou fazer a resenha agora para vocês entenderem melhor.
Vamos lá...
O livro conta a história dos Joads, uma família de meeiros que viviam em Oklahoma, e que passam por grandes dificuldades financeiras, na agricultura, dentre outros. Nesse lugar, estão espalhando vários panfletos com esperança de uma vida digna, com trabalho, mesa farta etc, na Califórnia. Após muita indecisão e sem ter mais como ficar na terrinha deles, que eles amavam, e que aliás preferiam ter estado lá, porém, as condições não estavam favoráveis, eles decidem juntar a pouca economia que tinham, comprar um caminhão e irem de vez para a ‘terra prometida’.
E nessa andança, muita água vai rolar, a começar pela família que é enorme, por exemplos, temos duas crianças pequenas, os avós, os filhos mais velhos, sendo que a filha tá grávida e leva o marido junto e até o pastor, e o casal principal claro. Fora outras pessoas que eles encontram no caminho, tá? Resumindo, é uma família de grande coração, onde o esteio da mesma é a mãe. Eu simplesmente me apaixonei pela força que ela tinha, como ela carregava a família, era a líder. E foi lindo perceber que a família estava unida graças a ela, e somente por ela. Os homens em várias partes da narrativa demonstraram o desanimo, e muitas vezes pensaram em desistir ou em se separar. Mas a MÃE, sempre estava ali, mostrando o caminho.
No decorrer da história deles para a Califórnia, MUITAA coisa acontece, gente. Basicamente, desgraça em cima de desgraça. Peeeeeense, que você não se segura a nenhum fio de esperança aqui, é muito triste. A fome é avassaladora, alguns membros não resistem a travessia, a miséria, a dor de partir da sua terra natal. Quando eles chegam na Califórnia percebem que o sonho da terra linda, cheia de uvas, estava bem distante. Vale a pena lembrar que o livro se passa em 1930, durante o período da Grande Depressão.
Eles vivem como mendigos, na miséria mesmo. O que acaba tirando um pouco a ilusão do sonho americano certo? Esse livro lembrou-me bastante dos retirantes do Nordeste, em busca da cidade grande, de melhores condições de vida. O que acontece é que eles chegam lá e são submetidos a uma situação de trabalho análogo ao de escravo. Trabalham por uma mixaria para garantirem pelo menos o pão de cada dia, ISSO, QUANDO CONSEGUEM O TRABALHO. E ai quando você acha que as coisas vão melhorar, puf, cai por terra. É assim o livro inteiro.
Agora o final, meus amigos, QUE FINAL FOI ESSE???? TO CHOCADA ATÉ AGORA, eu não amei normal não. Foi GENIAL, GENIAL. Eu morria e não esperava aquele ato de Rosa de Sharon, sempre tão egoísta, sempre pensando em si, foi uma surpresa grande.