Porta do Sol

Porta do Sol Elias Khoury




Resenhas - Porta do Sol


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@tarcisovinicius_ 19/08/2020

Porta do Sol
"Que dias cobertos de solidão são estes? Ninguém mais conhece ninguém nem conversa com ninguém. Até a morte não mais nos une; até a morte mudou, tornou-se nada mais de que morte. Tenho medo, e quem tem medo não dorme."
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Bea 10/10/2022

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Acredito que foi um dos livros que mais demorei para ler. Um romance que começa a fazer sentido do meio para o final.
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Henrique Fendrich 23/01/2020

“Portal do Sol” é um romance interessante por oferecer a possibilidade de se conhecer a visão palestina dos conflitos no Oriente Médio, além de permitir um melhor conhecimento dos ocidentais da realidade a que toda aquela região tem estado sujeita nas últimas décadas.

O livro é o extenso monólogo do homem que cuida, em um precário hospital no Líbano, de uma liderança palestina que se encontra em estado vegetativo. No meio das recordações que evoca enquanto cuida do seu paciente, emergem histórias variadíssimas, envolvendo terríveis dramas familiares da região. É preciso que se diga que, a certa altura, perto do final da primeira metade, as histórias se confundem de tal forma que é até difícil entender quem exatamente está falando. Mesmo isso, contudo, tem a sua razão de ser, diante do cenário caótico em que se vive naquelas bandas.

O livro melhora mesmo é no início da segunda metade. É quando aparece um grupo de ocidentais interessados em conhecer mais sobre o massacre de palestinos no Líbano em 1982, a fim de produzir uma peça a respeito. É quando surge Catherine, a atriz, personagem bem interessante, por ser quem melhor problematiza as contradições da posição ocidental em relação ao conflito. Ela sabia que devia estar ao lado dos judeus por conta daquilo que haviam sofrido durante o Holocausto, e por isso tinha dificuldade em lidar com uma situação em que as vítimas eram também os carrascos. Ela trabalha esse contradição na sua cabeça, em busca de solução, e sai com a ideia pacificadora de que era preciso convencer os judeus de que, ao matar palestinos, matava-se também judeus a eles miscigenados.

Em determinado momento, o narrador da história, no seu “diálogo” com o Yunis, o homem deitado na cama, chega a considerar a possibilidade dos palestinos levarem em conta o drama judeu do Holocausto. Essas interações entre culturas opostas “até a morte” estiveram entre os momentos que mais me agradaram na leitura – que é possivelmente extensa demais. Há boas reflexões, histórias tristes e descrições poéticas.
Maria 23/01/2020minha estante
Parece interessante.


Henrique Fendrich 23/01/2020minha estante
É bonzinho, mas acho extenso demais. 500 páginas para alguém que não é Charles Dickens ou Dostoievski.




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