O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Vick Vieira 29/08/2024

Isso não é uma resenha, é apenas minha opinião sobre o livro
"O amante de lady Chatterley, de D.H. Lawrence, está sem dúvida inscrito entre as grandes obras literárias de seu tempo."

Fui envolvida do começo ao fim, na narrativa muito bem construída pelo autor, e acho que esse é o verdadeiro ponto forte de toda a história, a escrita.
Tudo é descrito tão perfeitamente que você consegue construir todas as cenas do livro em sua mente, nada passa despercebido, tudo flui.

Quando toquei neste livro pela primeira vez, julguei que a história seria apenas sobre sexo, e logo fiquei um pouco receosa de lê-lo, mas quando comecei de fato a leitura, percebi que é muito mais do que apenas sexo.
É um livro escrito entre às duas guerras, e a história se desenrola durante os destroços da primeira guerra, todo aquele clima catastrófico plana sob os personagens, cada um trazendo consigo marcas da guerra, de uma época difícil. E a relação sexual entra nesse meio, como uma forma de escape, como uma fuga da realidade devastadora, de uma profunda solidão e de uma sociedade que teme o passar dos dias. Como se dessa forma, pudessem tornar os dias cinzas, um pouco mais coloridos. Mas não só isso, o tema do sexo é também um afronte a sociedade e a época vivida pelo autor, onde o sexo era visto apenas como algo sujo.

Como a guerra, uma das outras preocupações dos personagens é o futuro e junto dele a modernização e a industrialização. Visto que eles viviam em uma época da aristocracia e essa mudança era algo assombroso. As classes mais baixas temiam o que os dias poderiam trazer, já que viver naquele período era quase insalubre, já a alta classe, temia a força dos trabalhadores e o que resultaria de suas greves e seu desejo de uma vida mais justa.
O medo de uma nova Inglaterra era absurdo, já que para uma nascer a antiga precisava morrer, precisava ser extinta. E isso resultaria em uma mudança drástica na vida de todos.
Há várias críticas diretas ao processo da modernização, até ao próprio capitalismo.

O que mais me conquistou foi a construção de cada personagem. Todos são muito importantes para a narrativa em um todo.

O ponto chave que não me fará dar 5 estrelas, é a história em si (irei me explicar).
A Constance, vulgo lady Chatterley, desde muito jovem é uma mulher livre, que cresceu em um berço onde podia fazer o que quisesse, sem a repressão de seus pais, pois sempre impulsionaram sua liberdade.
Uma personagem que no início tem um ar de mulher independente e que ao se ver presa, diante seu sofrimento, vivendo casada com uma pessoa que não a satisfaz num todo, não apenas seu corpo mas sua vida também, decide encontrar algo que dê sentido à sua existência.
Logo conhece Mellors, com quem tem um caso extraconjugal. A partir daí, a personagem cai em uma "dependência emocional"(?), não consegue se imaginar voltando a viver sem sua presença e decide romper seu casamento, para viver ao lado desse homem. Então ela deixa de lado toda a sua ousadia, liberdade e independência para ser submissa a esse homem bruto.
O que dá sensação de declínio na personagem.

Mellors, para mim, não passa de um homem que tem inteligência mas que decide ser uma pessoa bruta e juro que não entendo como a Connie conseguiu gostar tanto dele, visto que ele só a satisfazia sexualmente, mas que nunca supria o seu desejo de ser amada.
Em várias páginas há diálogos em que ela pede que ele diga que a ama, e ele apenas muda o assunto ou só consente de um modo vazio.

Acho que o livro tem muitas passagens problemáticas, como por exemplo as falas de Clifford e Mellors, ao se dirigirem as mulheres, a sociedade e as classes mais baixas. Mas entendo que é fruto de seu tempo.

Resumindo: A escrita de D.H Lawrence é brilhante, os personagens são bem construídos mas a história não me ganhou. Acredito que a Constance não devia se reduzir tanto para caber na vidinha de Mellors, em troca de migalhas de "amor".
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david andriotto 27/08/2024

Traição nunca foi crime!
Admito ter censurado essa obra enquanto lia. Mas não me julguem, tamanha a dificuldade de ler essa edição antofágica, com essas ilustrações, no transporte coletivo. Imaginem que cenas chocantes teriam surgido da exposição às senhoras de idade e jovens adolescentes caso o ângulo de abertura do livro em minhas mãos fosse maior do que 30°…
A obra, em si, é interessante. A indústria e o sexo. O homem e a mulher. O burguês e o proletário. Alocados, de todo modo, como opostos. Uma complexa disfunção social que se espalha através dos tempos e das nações. Lady Chatterley em busca de sua relativa e parcial liberdade: li assim, minimalista, mas não descolado.
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Gi Santos 27/08/2024

Fica muito evidente o sofrimento da mulher que se vê casada e se apaixona por outra pessoa, especialmente essas histórias que se passam em séculos passados, a dependência da mulher, o poder que o marido detém sobre sua vida e a influência da sociedade nas decisões que são tomadas. É uma história corajosa e à frente do seu tempo, que vale muito a pena conhecer.
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Rana 08/08/2024

Surpreendente
Fiquei curiosa pela sinopse e não pensei duas vezes antes de ler. Connie é uma jovem moderna e de espirito livre, com uma sexualidade aflorada e com uma visão diferente do que é aceito na época, ela é uma mulher que quer se amada e tocada. Seu marido Clifford é um homem conservador, que instigava o lado intelectual dela, mas após o casamento ele é mandado para a guerra e volta para casa paralisado, e com o tempo a emoção que Clifford proporcionava a Connie vai se acabando e ela se sente cada vez mas sozinha. Connie se encanta pelas diferenças entre Oliver, o guarda-caças e seu marido. Cada passo que ela dá para conseguir um relacionamento com Oliver é dado de uma forma tão natural que me fez acreditar que ela merecia aquela felicidade. Toda aura do livro é extremamente sensual, mas de um jeito não tradicional. Em volta de todo o romance a história também tem muitas discussões sobre lutas de classes e capitalismo. Eu recomendo essa leitura para toda mulher.
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.geo. 04/08/2024

Nossa, o livro é bem mais explícito do que eu pensava.
Se hoje o pessoal ainda se choca, ficou imaginando quando esse foi lançado.
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Julia 31/07/2024

O amor é carnal e ainda sim, cheio de ternura
Em "O Amante de Lady Chatterly" temos uma histórica rica em camadas e argumentos que é simplesmente impossível não notar ao longo da história. O romance entre Constance Chatterly e Oliver Mellors se passa sobre um pano de fundo de pós-guerra e desolação que nos envolve e emociona. O pessimismo geral se apresenta na paisagem, no comportamento dos personagens, nas falas e em todo lugar.
E é aí que entra o grande manifesto do autor D. H. Lawrence, o qual clama por relacionamentos mais vívidos, naturais e sentimentais. Mas não com sentimentos falsos que estamos acostumados a ver em filmes e novelas, e sim sentimentos reais, que não precisam ser falados ou anunciados para sabermos que são de verdade. E para Lawrence, esta é a saída para salvar a humanidade do sofrimento e do pós-guerra.
Nessa linha, o autor coloca no romance do livro todo o naturalismo e humanidade que é capaz, e o resultado são lindas cenas de entrega e de realidade nua e crua, com todas as palavras e gestos que são tabus na sociedade, mas totalmente comuns nas vidas privadas de sentimentos reais.
Oliver Mellors é apaixonante em sua bondade sarcástica e introspectiva, e Lady Chatterly é cativante em sua intelectualidade e audácia em correr atrás dos seus sentimentos reais. Clifford, seu marido, tão inseguro em sua própria ruína física, tentando sobreviver apenas exercitando a sua "vida da mente", nos mostra que é um homem completamente morto, em sentimentos e afeto, como alegoria de toda a sociedade daquela época, e que ainda reconhecemos na sociedade de hoje em dia.
Por fim, é surpreendente tamanha sensibilidade da escrita do autor. Algumas cenas são repetitivas e embora a descrição das paisagens sejam um deleite, também são um pouco longas. Isso pode chegar a prejudicar o ritmo de leitura de quem está lendo, mas jamais chega a ser um incômodo. É sim, um grande livro.
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Wandrovski 26/07/2024

Mudou a química do meu cérebro
Constance, ou Lady Chatterley, é uma mulher que busca sua própria identidade e liberdade em uma sociedade que frequentemente limita as escolhas das mulheres. Casada com Sir Clifford, um homem emocionalmente distante e fisicamente incapacitado, Constance se encontra presa em um casamento onde suas necessidades emocionais e físicas não são atendidas. A relação com Oliver Mellors, o guarda-caça, é sua forma de reivindicar sua própria sexualidade e autonomia. O livro desafia as normas da época ao mostrar uma mulher que toma o controle de sua própria vida e desejos. Constance se recusa a ser definida pelas expectativas sociais de ser uma esposa obediente e resignada. Sua relação com Mellors não é apenas uma busca por satisfação sexual, mas uma luta por uma conexão genuína e igualitária. D.H. Lawrence também critica a repressão sexual e emocional imposta às mulheres, destacando a importância de uma vida plena e autêntica. Constance se recusa a se conformar com uma vida de solidão emocional e decide buscar o que a faz feliz, mesmo que isso signifique enfrentar o julgamento da sociedade. Em "O Amante de Lady Chatterley", vemos uma mulher que luta por sua própria felicidade e autenticidade, desafiando as normas patriarcais. As mulheres têm o direito de buscar o amor, a paixão e a realização pessoal em seus próprios termos.
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Cayo.Fellype 20/07/2024

Imagina o pessoal lendo esse livro na época que foi lançando? Hahah não é a toa que foi um escândalo. Confesso que fiquei empolgado com o final e queria vê mais o desenrolar dos acontecimentos.
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Thaysa 19/07/2024

O amante de Lady Chatterley
Confesso que esperava mais deste livro. Sei que foi bastante revolucionário e polêmico na época que foi escrito e que não devemos afastar a história do contexto histórico, mas achei massante com personagens cansativos. Na história, Connie (ou Lady Chatterley) se casa com Clifford, um aristocrata inglês, que volta paralítico após a guerra. Vivendo no interior da Inglaterra, na propriedade da família de Clifford, Connie se vê entediada e sobrecarregada com as demandas exigidas no cuidado com o marido. Connie acaba se envolvendo com Olivers Mellors, o guarda-caça da propriedade.
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Larissa.Suzano 19/07/2024

Surpreendida
Eu não achei que esse livro iria me prender tanto? com certeza tem suas críticas devido a vários preconceitos descritos, mas a trama do descobrimento do amor e o sexo sem pudor e vergonha, sem ser visto como algo pecaminoso, como um meio para nos aproximarmos novamente da natureza, é até bucólico e as descrições sobre o bosque e as estações me lembrou de "O jardim secreto", enfim, amei o livro e acho que esse merece adquirir o físico pra ter e reler várias vezes.
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Nezuminos0 15/07/2024

Livro x Filme; minha opinião
Comecei o livro com grandes expectativas, que foram morrendo ao longo do livro. Primeiro, sobre ser considerado um tabu; naquela época, uma mulher procurar satisfação fora do casamento era um tabu, e as cenas, fracas, de sexo também. Como hoje, sexo, ainda é um tabu.

Segundo é sobre ela, Constance no começo parecia bem livre, leve e solta, começou a vida sexual cedo, mas na real era só uma boba que não sabia nada direito; se surpreendeu com a fisionomia do pau. Ela procurando o próprio orgasmo com o Michaelis parece incrível, mas depois com Oliver é tão submissa que perde a essência do começo. Outra coisa, é que ela odiava ser submissa de mulher e tinha prazer em ser submissa do Oliver, tudo bem voltar ao que ela odiava se ela tinha um pau. Ela tinha uma obsessão em ser mãe que estraga a personagem fora do padrão que o autor quis colocar, reforçando que mulher pode sair da linha contanto que seja mãe e volte ser dona de casa.

Sobre o Oliver, um bundão medroso que gosta de mulher submissa e sexo, tem grande ideais e muito medo de colocá-los em prática, só sabe falar. Tão sem sal que chega a dar dó do pobre homem traumatizado por mulheres. Um frouxo de marca maior junto do Clifford.

O pai e a irmã são o clássico "adoramos viver do jeito livre, mas nunca ousamos sair das nossas posições sociais", ricos falsos.

Clifford é abominável em todos os sentidos, e a empregada nem fede nem cheira.

Agora, o "romance" entre Oliver e Constance, é pura coisa física, sexo e obrigação de ser mãe para se sentir útil; não tem paixão, é vazio e frio, preenchido por sexo. Ele não sente amor por ela, só pensa em sexo e na bunda dela, quase deu pra trás quando soube do filho; provavelmente sumiria se Constance não fosse grudenta. E ela, tinha essa necessidade de ser mãe que o aprisionou a ele, mas também não o ama. O autor falhou miseravelmente em escrever uma paixão. As. O sexo é tão sem graça que cheguei a ficar seca, nem uma fagulha acendeu com tanta secura, e ele acha, tanto autor quando Oliver, que fez muita coisa. Só mostra o sabido, a satisfação do homem é mais importante e única.

A questão da revolução e evolução industrial, ele colocou muito bem. O homem correndo atrás do dinheiro pra sobreviver e o rico usufruindo do dinheiro que vem do trabalho do pobre. Isso ficou claro e bem colocado.

No filme, parecia existir atração, não paixão, mas uma fagulha de atração, que no livro não existe. A empregada era tão legal no filme, mas no livro é impossível ter uma opinião formada sobre ela. Oliver parecia um homem encantador, mas é só mais um homem que vive pelo sexo e ideais frouxos. Constance no filme parecia mais radical, e na real é só submissa com uma necessidade de se sentir útil através do sexo e filho. Então a quebra de expectativas foi grande.

Não sei como o autor era naquele tempo, então não posso tirar mais conclusões.
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Lanny 11/07/2024

Cadê o hot mesmo?
Achei engraçado o tanto de advertência que tinha de imagens e cenas explícitas. Fui achando que seria uma imensa baixaria. Preparei meu psicológico pra isso.... Tô procurando até agora. ?

Qualquer livro atual de romance tem muito mais cenas explícitas do que esse aqui. Entendo que, pra a época em que foi publicado, deve ter quebrado barreiras. Seria algo do tipo "Lady Chatterley andou para que Christian Grey pudesse correr", mas o que me chamou a atenção foi o tanto de aviso inicial.

Em se tratando da história em si, achei bem mais ou menos.

Se a intenção do autor foi fazer um romance em que os dois só estão juntos pela questão física da coisa... Acertou em cheio.

Se a intenção foi mostrar um romance mais profundo, que vem de um entendimento de quem o outro é e que os tornam melhores... Falhou miseravelmente.

O final ficou meio que em aberto. Acabou de um nada e não explicou como ficaram os personagens. Detesto esse tipo de final. Parece que o autor morreu antes de acabar. ?

A Lady Chatterley começou o livro parecendo bem moderninha, mas depois tava bem submissa.

O Lord Chatterley incentivou tanto a mulher a ter um caso, mas depois não gostou do resultado.

E o Sr. Mellors me pareceu muito sem graça para atrair a atenção da Lady.

Mas é o que é. Um clássico e vai estar por aí durante um bom tempo
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Miocna 06/07/2024

Me surpreendeu
A história de Connie (lady Chatterly), que encontra o amor na figura de Mellors, guarda caça da propriedade do marido dela.
No início tem uns diálogos meio chatos mas deu pra seguir. O que achei interessante é toda a metáfora por trás da história. Não é simplesmente um livro que fala de sexo e paixão, vendo o contexto histórico da escrita do livro e a história do autor começa-se a ver o livro com outros olhos. Por isso me surpreendeu.
A leitura não é desagradável, é fluida na maioria das vezes apesar da época em que foi escrito o livro.
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Marcelo 06/07/2024

Excelente Leitura
Superou minhas expectativas, ótima escrita e o ritmo prende a atenção. Os personagens são bem interessantes e fazem a narrativa ser ainda melhor. Incrível este livro!!!!
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