Naty 08/11/2011www.meninadabahia.com.br
Então ela aterrissou. Bem-vinda ao adultério.
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O que leva alguém a trair?
Claire é muito bem casada. Possui quatro filhos, dentre eles um bebê. Ela era artista, transformava vidro em obra de arte. Mas, essa vida terminara com o nascimento de Zack. Ser dona de casa era a meta, a partir de então.
A vida em Nantucket era pacata, porém com a proximidade do Baile anual de Gala, a comunidade estava eufórica. Claire foi convidada a ser uma das coordenadoras. Em outra época, ela negaria prontamente – falta de tempo, filhos – se o convite não fosse feito por Lock.
Claire era amiga de Daphne, esposa de Lock. Certo dia, num encontro entre amigas, Claire dera um último copo de bebida para ela e no fim insistira para que ela fosse de taxi. Daphne, é claro, recusou e o acidente quase fatal aconteceu. No fim das contas Daphne se recuperou, mas Claire tinha certeza que Locke a odiava. Por isso, não poderia declinar do convite, ela estava em débito com ele.
Ela nunca esteve tão enganada! Lock sentia o extremo oposto do ódio. Conviver quase diariamente com ele e descobrir o homem terno e de caráter, debaixo daquela máscara fria, foi como um bálsamo na vida de Claire. Logo, o inevitável aconteceu:
Um caso de verão (Bertrand Brasil, 392 páginas, R$ 49,00)!
Ele tocou o rosto de Claire, depois passou o dedo pelos lábios dela. Beijou-a.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
Era algo tão fantasioso na vida de Claire que ela não podia imaginar que estivesse realmente acontecendo.
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Claire traiu o marido, os filhos. Mentiu para as amigas. Culpada por se sentir feliz demais, ela passa quase um ano se envolvendo no projeto do Baile, no seu caso com Lock, na convivência com filhos e marido e a retomada da carreira.
Um caso de verão é uma exploração das necessidades humanas, com suas aflições e fraquezas. Elin Hilderbrand faz um retrato da mulher moderna, inconformada com a rotina e na busca constante de felicidade. Uma mulher real, frágil, consciente de seus atos. Com medo de fazer a escolha que irá definir seu destino. E principalmente, com medo da escolha errada e o consequente arrependimento.