Para sempre

Para sempre Ana Maria Machado




Resenhas - Para sempre


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Priscilla 22/12/2011

Livro muito bom, super recomendo a leitura! Traz uma visão bem realista e bem moderna sobre o amor e sobre relacionamentos, falando sobre os problemas do cotidiano e as consequências disso para o amor.
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Renata 25/03/2022

A eternidade possível do amor
Para sempre, de Ana Maria Machado, que dispensa apresentação.

ATENÇÃO: Se o leitor incauto está em um relacionamento estável, com expectativa de que seja pra vida inteira, se está em paz com esta faceta de sua vida, evite este livro.

Ana Maria Machado trata do amor, do relacionamento homem e mulher, mais especificamente a partir daquele momento em que tudo já deu certo, foca naquilo que acontece para além do felizes para sempre, quando aparece o “The end” na tela e sobem os créditos.

E apesar de no final das contas apostar na eternidade do amor enquanto abstração, na prática a história é outra, bem mais pessimista.

Quanto à narrativa, ela é feita de idas e vindas em algumas histórias, que se atravessam, além disso, o texto é repleto de referências tanto de letras de música, poemas e histórias da mitologia, já que a principal personagem, Antônia, é uma bem sucedida professora de Literatura.

E Antônia está interessada em discutir, inclusive com seus alunos, a perspectiva do amor enquanto construção cultural, observando diferentes sentidos, em diversas produções.
O recorte de tempo equivale a mais ou menos duas gerações, a dos pais de Antônia e da empregada, a dela própria, chegando na de sua filha. O ciclo, as repetições e diferenças no encontro destas mulheres com o amor romântico. Isso equivale historicamente ao período em que passamos pela ditadura e redemocratização no Brasil, mais especificamente entre Rio de Janeiro e Brasília. Embora este contexto social e político seja meramente citado e não contribua para a história.

Conhecemos mais de perto a história de Susana e Nelson, pais de Antônia, que iniciam seu relacionamento do modo mais romântico e encantado, sem medo da pieguice. O arquétipo do amor à primeira vista. Vemos Susana se doar, abdicar e infelizmente dar com os burros n’água, tal qual Medeia em seu amor por Jasão.
Antônia, sendo de geração diferente, vive de outro modo. Quando inicia seu relacionamento com Daniel mantém uma postura em que permanece mais íntegra, entrega seu amor, mas não toda sua vida, mantém o trabalho que tanto ama e tanto investiu.

Isso não impede, no entanto, que vivencie o encantamento em seu relacionamento também apaixonado.

Contudo, e aí é que a coisa fica ruim para o leitor, mesmo diante de um relacionamento saudável, onde existia respeito, amizade, admiração e sim, muito amor, a coisa pode muito bem degringolar. E esse pacote completo, dos sonhos, pode não ser suficiente para que seja para sempre.

O arremate dado pela autora é sim pela existência de um tipo de eternidade no amor, mas não aquele que desejamos.

Leiam por sua conta e risco.
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