São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Raphael 22/01/2018

A amarga ganância
O livro "São Bernardo" de Graciliano Ramos trata da história de Paulo Honório, um homem rude e agreste, sujo principal objetivo de vida é obter a total posse do território do local que dá título a obra, sendo movido por um senso de obstinação sem limites. O que mais me agrada em "São Bernardo" é a forma áspera da narração, numa progressão de acontecimentos contada num senso de crueza de tirar o fôlego, além da construção da figura do narrador e protagonista, um homem cuja ganância é inversamente proporcional ao seu senso de empatia, o que ao decorrer da história irá acarretar em consequências irreversíveis. Bom livro e cuja leitura é agradável e fluída.
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regifreitas 01/10/2017

Mais uma leitura para o Desafio Livrada! 2017, agora, na categoria: um romance psicológico. Na verdade se trata de uma releitura, pois a primeira leitura da obra aconteceu na época da faculdade. Lembro que gostei bastante da primeira vez, mas, nesses mais de quinze anos que se passaram desde então, como a obra cresceu! A pouca bagagem daquele leitor impediu de enxergar e fruir o romance como o leitor de hoje conseguiu fazer.

Mas o que dizer desse personagem ao mesmo tempo fascinante e repugnante que é Paulo Honório? Um homem simples, rústico, violento, mas também dotado de uma autoconsciência que o torna um dos personagens mais complexos e bem construídos da nossa literatura. Da linguagem de Graciliano já se tornou lugar-comum falar. Do seu texto simples, direto, despojado, sem grandes inovações formais, mas de grande limpidez/lucidez.

Tudo o que se possa dizer nunca substituirá a experiência da leitura. Livro essencial! Sem dúvida uma das melhores leituras dos últimos anos!
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Bia França 16/09/2017

O livro é muito interessante, mostra a vida de Paulo Honório, narrada por ele mesmo em 1 pessoa, um homem pratico, duro, violento, trabalhador, rural, criminoso que não mede consequências para atingir seus objetivos financeiros. O livro tem uma pegada atual, discussão entre capitalismo e socialismo, corrupções, críticas a política no geral. É um livro que os personagens são profundos, há uma densidade psicológica. O estilo de Graciliano é seco e direto, como a vida do protagonista.
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Natalie Lagedo 15/09/2017

É deveras difícil falar sobre um livro excelente. Quando ele nos toca a alma. Descrições do ambiente, não há. Do físico dos personagens, só remotamente. Mas em Graciliano isso não é defeito, é mérito. A densidade psicológica é a maior que já tive contato em obra escrita em língua portuguesa. Imergimos juntos com Paulo Honório na dor resultante da desconfiança.

O projeto de escrever um livro é calculado pelo narrador. Aliás, tudo na vida dele é fruto do muito pensar. As adversidades externas foram vencidas a todo custo, por meios lícitos ou não. No entanto, essa força para mudar o mundo o torna "inimigo' das outras pessoas, na medida em que passa a suspeitar de todos. Ascender a proprietário de terras quando veio do mais baixo nível foi um fato não superado pelo protagonista, que precisava reafirmar sua autoridade a todo o momento.

São Bernardo também trata de adultério, talvez apenas imaginado, de suicídio, este comprovado. Mais do que isso, da falta de comunicação, do orgulho. Da tristeza, solidão. A aridez aparente de Paulo Honório é quebrada pelo fantasma de Madalena e do que poderia ter sido e não foi. Ele escreve para si, na tentativa de entender ou, no mínimo, justificar o passado e a desesperança para o futuro.
Salomão N. 15/09/2017minha estante
Livro do Desassossego.


Cy 15/09/2017minha estante
Viva, Graciliano! *corações eternos*


PC_ 15/09/2017minha estante
A dócil? :(


Wagner 15/09/2017minha estante
Simplesmente brilhante, parabéns ancestral Natalie.


Andrade 15/09/2017minha estante
Resenha ótima!! Parabéns!


Wagner 16/09/2017minha estante
... simplesmente brilhante, parabéns!


Thiago 27/09/2017minha estante
Dividimos a mesma devoção a esse grande escritor.




Ruan.Mendonca 14/08/2017

Incrivel
Achei a história deste livro totalmente maravilhosa, eu consegui compara-la a Dom Casmurro, Machado de Assis, e sem dúvidas, como eu puxo saco para o lado de Graciliano Ramos, este livro na minha concepção é melhor do que o clássico de Machado de Assis
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wesley.moreiradeandrade 30/04/2017

Na Estante 73: São Bernardo (Graciliano Ramos)
Lembrar de São Bernardo, de Graciliano Ramos, ou relê-lo, é recordar-me da professora Catarina que deu aula de literatura e língua portuguesa para mim no Ensino Médio. Ela apenas o recomendara como uma das leituras para aquele ano, mas numa conversa em particular, mostrou-se emocionada toda vez que falava sobre este clássico do Modernismo. Instigado pelo componente sentimental do relato dela fiz a minha primeira leitura da obra, a qual eu guardo boas impressões, apesar da imaturidade em compreender as entrelinhas, porém novamente foi a releitura que revelou a magnitude da prosa graciliana. Lá estão novamente a palavra no lugar exato, a concisão de um narrador-protagonista pouco afeito a rebuscamentos desnecessários tão comuns à linguagem literária.
Paulo Honório é um sujeito bruto, ríspido que ambicionou uma vida de conquistas e posses e conseguiu-a aos poucos. Venceu a pobreza, possuidor de um bom tino para os negócios, foi de empregado a patrão adquirindo a fazenda que tanto almejara, a São Bernardo do título, e a administra de maneira austera.
O dinheiro é um elemento que ronda e media a vida de Paulo Honório e sua relação com os empregados, o pequeno círculo de amizades. Mas até o homem mais bronco sente a necessidade de uma companhia e entra nessa equação Madalena, professora com quem Paulo Honório se casa. No entanto a mulher torna-se questionadora dos métodos e ideias do marido, desencadeia um embate com o capitalismo e o patriarcado que o protagonista representa e, consequentemente, desperta os ciúmes dele, ciúmes que a sufocam de uma maneira incontornável.
Se Otelo surgiu como exemplar máximo da temática do ciúme na literatura universal e Dom Casmurro conseguiu ser a grande referência do tema na literatura brasileira no final do século XIX, São Bernardo parece reforçar genialmente essa tradição no século seguinte.
O que comove em São Bernardo é a solidão esmagadora de Paulo Honório seja pela administração à mão de ferro que ele executa na fazenda que possui, seja pela personalidade rústica no trato com as pessoas, afastando-as, seja pelos ciúmes que o levaram a acusar a esposa Madalena de traição. Tamanha isolamento que faz com que essa figura procure uma das mais solitárias atividades do ser humano que é arte de escrever e confessar na forma de um livro, nas palavras do mestre Antonio Candido, sua derrota, a violência que infringe aos outros e a si mesmo. E agora, voltando ao tempo, eu entendo o que pode ter provocado tamanha emoção na minha professora ao simplesmente recordar-se deste livro...

site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2017/04/na-estante-73-sao-bernardo-graciliano.html
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Josivaldo 24/03/2017

São Bernardo
Da violenta ascensão ao declínio interno de Paulo Honório, São Bernardo narra a história de um homem vítima do acelerado e bruto processo capitalista brasileiro dos anos 30 do século passado. Indivíduo que ascende socialmente aos trancos e barrancos usa de seu poder ditatorial para manipular todos ao seu redor, que , assim como um objeto, se tornam mercadorias . Encontra na posse da fazenda São Bernardo a materialização de sua ascensão e poder. Trata tudo e todos como se fossem coisas, posses suas e econtra em Madalena, professora de primeiras letras e futura esposa, a oposição de seus ideais materialistas. O mundo dos dois se contradiz, causando fortes rupturas na vida e alma do posseiro que, levado por um doentio ciúme condena ambos a tragédia e ao infortúnio.
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Ademiro 19/02/2017

Comunismo x capitalismo em S. Bernardo, obra de Graciliano Ramos
Minha compreensão sobre “S. Bernardo”, de Graciliano Ramos, é a de que o texto, construído com uma linguagem da ordem da fala, remete tanto ao individualismo, decorrente de ideias capitalistas, conforme visto nos ideais e comportamento do narrador personagem, Paulo Honório, quanto ao pensamento e comportamento coletivista da personagem Madalena, mulher de Paulo Honório, haja vista ela primar pelo coletivo, uma alusão ao comunismo, ideologia defendida pelo próprio autor, em detrimento do individualismo. Na narrativa, a derrocada do capitalismo é verificada por meio do ciúme obsessivo, que acaba levando o narrador personagem à sujeição à Madalena e aos seus sentimentos perturbadores, que não lhe permite voltar no tempo para corrigir os erros do passado.
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Francelle 24/01/2017

Melhor maneira de conhecer Graciliano Ramos, com certeza.
Essa foi a primeira obra do Graciliano Ramos que eu li. Portanto, não conhecia nada sobre o estilo da escrita do autor, e só sabia, a respeito dele, que era o autor de Vidas Secas.
Mesmo que São Bernardo não tenha tanta fama quanto Vidas Secas, é um livro tão maravilhoso e escrito com tamanha qualidade, que já me motivou a ler mais do Graciliano.
A história de Paulo Honório e de sua obsessão em possuir tudo e todos ao seu redor nos é contada pelo próprio Paulo, em uma tentativa de se entreter ao escrever um livro sobre sua vida. Ele não tenta, a princípio, nos dar lições de moral. O que encanta na escrita é justamente isso: ele não é um personagem 100% mal e também não é nem um pouco santo, e nos transmite sua forma de pensar e justificativas para suas ações de forma direta, sem pedir desculpas. Conhecemos a fazenda de São Bernardo pelos olhos de seu dono e adorador, e conhecemos um pouquinho de cada personagem que cruza a vida de Paulo, pela ótica dele e sob a teia de seus preconceitos e sentimentos em relação às pessoas. A lição de moral nos é dada no desenrolar da narrativa e pelo rumo que a vida de Paulo Honório vai tomando.
Em certo momento, nos damos conta de que existem muitos Paulos espalhados por aí, preocupados apenas com cifras e posses, esquecendo-se da humanidade e da sensibilidade enquanto acumulando valores desenfreadamente. E podemos perceber, ainda, o quanto alguns temas bem atuais permeiam a história, tais como: as consequências do modo de vida capitalista quando este é levado ao extremo, o machismo (que observamos na relação de Paulo com Madalena) e a valorização do ter em detrimento do ser de cada um. Temas estes abordados com uma grande sensibilidade do autor (em contraste com a brutalidade de pensamentos do personagem principal).
Tive uma certa dificuldade em me acostumar com a escrita por causa de algumas palavras que não costumamos utilizar em pleno 2017, mas com a ajudinha de um dicionário, esse problema foi facilmente superado e a narrativa fluiu de forma tranquila na maior parte do tempo.

Aliás, recomendo demais essa edição da Record: o texto inicial é uma ótima introdução à obra de Graciliano, mesmo tendo menos de uma página; já o texto de apoio escrito por João Luiz Lafetá é esclarecedor e auxilia demais na compreensão do lado psicológico do personagem Paulo Honório, explicitando também a forma de escrita utilizada pelo autor no desenvolvimento de São Bernardo.
Marcos.Azeredo 13/02/2017minha estante
O escritor brasileiro que mais gosto. Seu estilo lembra um pouco Dostoiéviski, sendo sua escrita bem enxuta, seca, árida como é o sertão de suas vidas secas. São Bernardo é o romance de Graciliano Ramos que mais gosto. Não li Memórias do Cárcere, seu relato na prisão.


Rosa Santana 01/04/2017minha estante
Tenho Paulo Honório como um excelente personagem, no plano técnico/ideológico, pensando na luta contra o capitalismo que empreendeu seu autor, GR! Ver o gigantesco dono da fazenda, dos trabalhadores, da mulher e do filho se desmoronar, penso, foi o sonho do seu criador.
Amo esse livro!
Amo Graciliano!
Amo Paulo Honório!
(Ótima sua resenha!)




ricardo.machado 31/12/2016

São Bernardo
Nota

São Bernardo é o terceiro livro que leio de Graciliano Ramos. Os outros dois são "Memórias do Cárcere" e "Vidas Secas". Assim como os demais romances citados o autor mantém o estilo ao conduzir a pena sobre o papel de forma densa e rica, mas ainda assim extremamente econômica e enxuta. A aspereza das palavras se encaixam perfeitamente com a secura de alma de seus personagens tão humanos e com o cenário rude das tão cobiçadas terras de São Bernardo.

São Bernardo é um romance de confissão, aparentado com Dom Casmurro. Narrado em primeira pessoa, é curto, direto e bruto. Poucos, como ele, serão tão honestos nos meios empregados e tão despidos de recursos; e esta força parece provir da sólida unidade que o autor lhe imprimiu. As personagens e as coisas surgem como meras modalidades do narrador, Paulo Honório. ante cuja personalidade dominadora se amesquinham, frágeis e distantes. Mas Paulo Honório, por sua vez, é modalidade duma força que o transcende e em função da qual vive: o sentimento de propriedade. E o romance é, mais que um estudo analítico, verdadeira patogênese desse sentimento.
De guia de cego, filho de pais incógnitos, criado pela preta Margarida, Paulo Honório se elevou a grande fazendeiro, respeitado e temido, graças à tenacidade infatigável com que manobrou a vida, ignorando escrúpulos e visando atingir o seu alvo por todos os meios.
O  ?teu fito na vida foi apossar-me das terras de São Bernardo, construir esta casa, plantar algodão, plantar mamona, levantar a serraria e o descaroçador introduzir nestas brenhas a pomicultura e a avicultura, adquirir um rebanho bovino regular
É um homem que supervaloriza a propriedade, tipo de gente para quem o mundo se divide em dois grupos: os eleitos, que têm e respeitam os bens materiais, e os réprobos, que não os têm ou não os respeitam.

Um excelente livro.
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Thiago548 23/10/2016

Todos a serviço do capital
São Bernardo é o nome do pedaço de terra cujo dono é o Paulo Honório, personagem principal, que tenta contar os dramas vividos ao longo da sua vida. Um menino de origem simples, foi guia de cego, vendedor de doces e trabalhador alugado, orgulha-se de ter construído sua fortuna a partir do empréstimo de cem-mil réis que pegou seu Pereira. A figura emblemática do Paulo Honório retrata bem o latifundiário nordestino que expressa seu poderio através do coronelismo, homem de vocabulário enxuto, aprendeu a ler de por meios informais e mantém seus subordinados a rédia curta.
Casa, comido, escola, igreja e um reduzido ordenado servi para manter os trabalhadores um tanto que conformados com sua situação. Casa e comida são necessidades básicas e mesmo assim são atendidas de maneira precária. A escola não precisa ser muito boa, sua função é somente fazer com que o povo aprenda a ler e escrever, o necessário para poder ser reconhecido como eleitor, isso agradava a classe politica que poderia favorecer o Paulo Honório que também construiu uma capela em São bernardo para o povo exercer sua fé e esperar a recompensa por tanto trabalho numa vida após a morte.
É sob Paulo Honório que orbitam os outros personagem pouco explorados pelo autor, tendo em vista que a obra não explora tanto quanto poderia, o que marca também o personagem que conta apenas um recorte de sua história.
A ótica do Paulo é o lucro, isso é o que ele visa e procura incansavelmente em boa parte da obra, o seu lado capitalista se estende também aos seus relacionamentos, ao buscar um casamento Paulo tem como objetivo providenciar um herdeiro que cuide do seu patrimônio. É a exploração através da ótica do explorador.
A história se desenrola e Paulo casa com a professora Madalena, uma mulher totalmente diferente dele, Madalena é reconhecida por sua instrução, sua bondade, seu altruísmo e sua simplicidade. Uma mulher adorável, que não mede esforços para ajudar as pessoas que estão a sua volta, sobrevivia com o baixo salário que recebia trabalhando numa escola na cidade. O casamento entre um capitalista e uma comunista em tempos de revolução não poderia deixar de ter seus conflitos emblemáticos.
E assim o livro discorre sob as relações de plastico e a decadência de Paulo a partir do suicídio de sua esposa. Paulo se encontra sozinho e julga todos que os serviram até aquele momento como bichos. Bichos domésticos, bichos do campo, bichos para o serviço do campo... "E os bezerrinhos mais taludos soletravam a cartilha e aprendiam a cor dos mandamentos da lei de Deus."

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Isolda 26/09/2016

Em São Bernardo, Graciliano intraduzível como nunca
Lendo as páginas de São Bernardo, desde as primeiras amarrações ao fim da história, não tive como não pensar que é um livro dificílimo de se traduzir, com suas expressões tão caricatas do Nordeste que existe ainda, cada vez menos, embrenhado no meio do mato e das cidades muito pequenas. Perde a literatura mundial, ainda que se traduza – e traduziram o que é quase intraduzível: Graciliano Ramos.
Na adolescência li Vidas Secas e São Bernardo, caiam no vestibular. Li, mas, que pena, não absorvi o velho Graça, que surgiu como de passagem acenando despedida. Ninguém deveria ler Graciliano Ramos tão jovem? O contrário: todo mundo devia ler. Uma leitura não-vagarosa, visto que a escrita do homem corre ligeira. Mas, uma leitura que levasse a outro lugar que não fosse uma constrangedora prova que aparta e diz quem está preparado ou não a prosseguir. Literatura não é para isso.
Adulta e morando em Alagoas fui seduzida pela releitura, ato que pratico com gosto e sem considerar perda de tempo. Nada mais justo do que ler esse alagoano do mundo. Em São Bernardo, meu ponto de re-partida, encontro-me outra vez com Paulo Honório e suas contradições de humano: ambição desenfreada, simplismo rural, solidão, inocência, maledicência, falta de fé, ciúme, arrependimento, morte em vida. São Bernardo, a propriedade, é um pano de fundo, um paraíso ideal impossível diante das pedidas do real. É lugar para ofender e ser ofendido, de onde se tira a honra e a desonra de viver.
Tudo isso, Graciliano trata com graça e num ritmo de escrita tão frenético que comanda o compasso da leitura. Paulo Honório pode ser todos os homens e Madalena pode ser todas as mulheres, embora existam outros personagens masculinos e femininos. Tudo cabe nesses dois, no que dizem e sentem e no que não dizem e não sentem. Tudo cabe em São Bernardo, que ampara tudo com olhos passivos e determinantes. É tudo dor e gaitada, fica difícil escolher um trecho sozinho, vou quase a esmo até encontrar:

“A verdade é que não me preocupo muito com o outro mundo. Admito Deus, pagador celeste dos meus trabalhadores, mal remunerados cá na terra, e admito o diabo, futuro carrasco do ladrão que me furtou uma vaca de raça. Tenho portanto um pouco de religião, embora julgue que, em parte, ela é dispensável num homem. Mas mulher sem religião é horrível” (p.113).
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