S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Beatriz.Alves 17/11/2023

São Bernardo
O melhor livro do velho Graça. Como a ignorância mata a delicadeza? Como a rudeza mata a reflexão? Um livro sobre o amor e sobre como é perigoso não entender sobre os sentimentos.
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xrayana 20/11/2023

No começo, minha leitura foi bem arrastada mas com o desenrolar da narrativa fiquei mais interessada nela, principalmente com a chegada de Madalena. É meu primeiro contato, completo, com o autor e foi uma boa porta de entrada.
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Claudio.Berlin 26/11/2023

Muito bom
O personagem Paulo Honório ( que é o narrador) , dialoga com si mesmo , enquanto vai descrevendo o decorrer da sua vida , suas conquistas , suas relações e seu casamento.
Em determinada parte ( para não dar spoiler) , Paulo entra num ciclo neurótico, com intenso monólogo interior .
O crescimento dos traços neuróticos, e suas consequências, são o ponto alto do livro no meu entender .
Já li Vidas Secas que adorei , e agora São Bernardo confirma a grandeza do autor .
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Lara 30/11/2023

Retomando a literatura brasileira
Decidi retomar as leituras da literatura brasileira, especialmente aquelas que tenho mais afinidade por ter estudado na escola.
Para mim não tem comparação, apesar de não ter muito costume de ler livros brasileiros, para mim a literatura brasileira e africana são as que mais carregam uma bagagem cultural grande e conseguem relacionar o enredo a essa bagagem.
Desde o início do livro você odeia o Paulo Honório, mas acredito que é isso que nos prende a leitura: ele é um homem desprezível, sabe disso e continua sendo assim?
Leitura muito válida e fui surpreendida com um acontecimento ao fim do livro que eu não lembrava kkkk caí num plot que eu mesma conhecia.
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poetizabia 20/12/2023

Clássico literário que prometia pouco mas entregou muito
Acerca deste clássico da literatura brasileira, necessito dizer que Graciliano Ramos tem uma escrita maravilhosa (mas claro que cheia de malabarismos).

A descrição de São Bernardo faz com que eu me sinta dentro da fazenda. É muito imersivo!
Além disso, faz com que eu tenha vontade de conversar com as pessoas ali presentes - Madalena e seu Ribeiro.

Dito isso, preciso dizer que Paulo Honório tem uma personalidade impulsiva e marcada pelo ciúmes. Em se tratando disso, está correlacionada com a profissão - o desgaste capitalista e meio em que vive.
Claro, tudo isto se desenvolveu por Madalena - o que causa um fim trágico.

Nitidamente, Avezedo Gondim, Padre Silvestre, João Nogueira e Padilha tem seu papel no mundo capitalista x comunista, bem como, na revolução de 30.


É um livro muito bom que retrata o meio rural na década de 30, entretanto, recheado com um pouco de drama. Entregou muito! O debate político e a morte de Madalena são essenciais para entender as circunstâncias para tal romance.
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Aline 23/12/2023

A brutalidade da vida
A escrita de Graciliano Ramos é simplesmente incrível. Não apenas o fato dele saber utilizar as palavras, mas a construção da história, a formação do enredo, a criação dos personagens, a caracterização da vida, todos esses elementos e mais tantos outros o tornam singular. Um autor singular, com uma escrita brilhante.
S. Bernardo me prendeu do começo ao fim. Quando iniciei a leitura, pensei: é apenas um homem querendo contar a sua história. Contudo, a medida que o enrendo foi ocorrendo fui vendo que Paulo Honório era mais que um homem querendo contar a sua história. Paulo Honório é a própria alegoria do que a brutalidade da vida pode fazer. O que cada um experimenta dela dirá muito do que cada um consegue ser e dar, o que tornar-se prioridade para cada qual. S. Bernardo nos apresenta a dura realidade de um Brasil rural, apresenta o sertão do nordeste na década de 30. Assim junto à história de Paulo Honório vemos a ascenção de uma burguesia rural, da política do voto do cabresto, da extrema pobreza que reduzia às pessoas ao que elas tem e ao que elas não tem.
Ao fim da história, o próprio Paulo Honório aceita que passou sua vida a maltratar-se e a maltratar os outros. No fim vemos apenas um homem assombrado pelo que tornou-se, mas não arrependido, pois a vida que teve não deu a oportunidade dele imaginar outra vida senão a que teve.
Terminei a leitura absorta pelo que li, absorta pelos personagens apresentados. No final achei que Paulo Honório era um grandíssimo canalha, no entanto digno de pena. Paulo Honório foi um grandíssimo coitado, que maltratou os outros e não viu que ao fazer isso maltratava-se a si mesmo.
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cocpfc 25/12/2023

Magistral
Simplesmente perfeito em todos os aspectos possíveis. Sobre tudo, magistral, desde a ânsia pela posse até o declínio do homem. Um dos maiores presentes do modernismo nacional.
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Sofia Dionísio 30/12/2023

Um daqueles que fica pro resto da vida
Bem, por onde começar? Esse livro é fantástico. Espetacular do começo ao fim. Talvez não a melhor edição, mas é o que tinha de melhor na biblioteca. Muita das análises sobre ele se focam no nível alegórico da história que, sim, é muito bem articulado e querendo ou não o mais relevante em termos históricos, "a contradição do Brasil que se moderniza tecnologicamente mas ainda é truculento e atrasado culturalmente" e tudo mais, mas o que mais me encantou nessa história foi seu nível mais "superficial", por assim dizer, onde os personagens ainda são personagens, são "pessoas" antes de serem símbolos. E nisso, nesse ponto, a história me destrói. A cena do Paulo e da Madalena de noite, ele tomado por paranoia e ela tomada por ansiedade, por pânico... aquilo é só tão visceralmente humano, me faz lembrar de momentos horríveis que passei em relacionamentos abusivos, e ele joga isso tão bem, e do ponto de vista do abusador!! E toda a relação do Paulo Honório com a sua autoimagem, com a sua masculinidade... isso me fascinou tanto que acho que vou fazer uma IC na faculdade sobre. Entrou para minha lista de favoritos, com certeza! No fim, até comprei um para mim, já que esse que li era da biblioteca, só para poder emprestar para as pessoas e fazer mais gente ler.
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Vanessa 04/01/2024

Graciliano soube usar as palavras como poucas pessoas no mundo todo.
Mais uma obra com camadas, com personagens profundos e uma linguagem direta
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Pedro1825 13/01/2024

São Bernardo e o retrato brasileiro.
Nascido um ano após a 1ª Constituição republicana, Graciliano Ramos foi quem melhor retratou as marcas até hoje existentes de um Brasil cuja construção social tem como alicerce o poder incomensurável do latifundiário: "Numa nação caracterizada pelo poder de grandes proprietários rurais, autoritarismo e personalismo foram sempre realidades fortes." Propõe as historiadoras Lilia Schawrcz e Heloisa Starling, em _Brasil: uma biografia. O mestre alagoano é contemporâneo de uma era conturbada, seus 60 anos são recheados de idas e vindas, avanços e retrocessos. Isso é _
São Bernardo . É o avança da literatura pautada no retrocesso do homem; do mundo que nesses 60 anos da vida ambivalente de Ramos, agenciou Guerras Mundiais, fascismo, nazismo, comunismo, industrialização e uma urbanização desenfreada. Esse céu carregado de nuvens porosas choveu torrencialmente sobre uma república verde-amarela recém formada, formando um ambiente repleto de diferenças ideológicas, políticas mas principalmente sociais. Graciliano escreve São Bernardo mergulhado numa poça que formou-se nessa atmosfera contraditória e gradualmente transformada.

São Bernardo entrega-nos não somente uma retratação fiel da corrupção política e do já citado poder e autoritarismo nas mãos de um homem dono de propriedades que podiam alcançar tamanho de cidade, como imerge na retratação moral e psicológica dessas sociedades patriarcais dependentes da boa vontade de homens que são "donos" de outros homens.
Paulo Honório, grande nome de Viçosa, dono da fazenda São Bernardo e protagonista, sente na alma as consequências de sua ganância e individualidade. Torna-se bem-sucedido, mas enxerga-se como monstro. Ele que até então soubera dominar sua vida e sobretudo a dos outros, tropeça na sua própria existência e encontra-se submisso ao seu egoísmo e orgulho ofertado pela "vida agreste". Não restando opção, Honório que tanto criticava "a matéria da escrita e literatura" admite-a como salvadora de sua deterioração moral.
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Titi 17/01/2024

São Bernardo, ou a Terra das incertezas
Graciliano, um dos maiores escritores brasileiros e quiçá do mundo, nesse romance traz a história de um povo que mora em São Bernardo, tendo como personagens principais Dona Glória e seu marido. Uma história sofrida, de uma região onde uns desesperados buscavam esperanças num novo regime, a saber, o socialismo, até o padre Silvestre não ficou fora de ser acusado de defender esse sistema, mas sabiamente, soube responder as acusações. Ao final do livro nos deparamos com um evento trágico, típico da escrita de Graciliano, mas que mesmo assim me deixou desabalado! A terceira obra do autor que tenho contato, e confesso que me apaixonei por ele!
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qingxin 21/01/2024

Vale a pena ler de novo
O livro é muito bem escrito, a leitura é fluída e personagem principal e o modo que ele narra a história é bastante interessante. A primeira vez que li, apesar de ter gostado muito, não me prendeu tanto como a segunda e cada vez que penso a respeito dele, o livro parece se tornar melhor.

O romance apresenta Paulo Honorário como personagem principal e narrador. O homem é um fazendeiro rico e rude, que quer tudo de seu jeito e não se preocupa com os meios necessários desde que consiga alcançar seus objetivos. É muito interessante observar a construção de Paulo Honório, tanto como personagem como quanto narrador. Ao longo do livro ele irá relatar a história de sua vida, dando enfoque para quando conheceu Madalena, no entanto o livro não se resume apenas a exposição de fatos ocorridos na vida do personagem, mas também nas percepções que ele, como narrador, tem das situações vividas.

É muito interessante observar como o narrador muda sua percepção ao longo do romance. Enquanto inicialmente apresenta uma consciência imutável, perto do final do livro Paulo Honório apresenta muitos questionamentos existências que divergem em muito com o que é incialmente apresentado ao leitor.

Os questionamentos do narrador também criam questionamentos no leitor e isso é sensacional. O livro apresenta situações de violência de classe e de gênero que induz o leitor a questionar os moldes da sociedade capitalista. Uma leitura excelente.
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Leitorconvicto 26/01/2024

Quando o amor vira ódio
Paulo Honório é um personagem incrível, complexo, capaz de desumanidade a e ser , ao mesmo tempo, ingênuo em aspectos da vida comum. Uma espécie de D. Casmurro visceral
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