A Dança dos Dragões

A Dança dos Dragões George R. R. Martin...




Resenhas - A Dança dos Dragões


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tainabooks 29/04/2022

Não sei o que fazer da minha agora que terminei esse livros. Eu achei que esse tinha muitaaaaa coisa inútil, vários diálogos sem sentido kkkkkk parecia que ele tava enrolando, mas isso não tira o mérito do livro que é INCRÍVEL. A Dany como sempre entregando tudo.
SHAME SHAME SHAME
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Eddie 24/08/2020

Esse é o livro que, após "A tormenta de espadas" que tem mais revelações e profecias.
Cada página trás uma coisa diferente. Permite também a imersão do outro lado do Mar Estreito profundamente em seus costumes... Os quais são bem diferentes dos costumes westerosi.
Uma boa narrativa e com POVs de novos personagens.

Agora, só basta o GRRM terminar o próximo livro hahaha
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Bunig 24/02/2020

Cheio de reviravoltas
Este volume apresenta várias reviravoltas! Incluindo uma que muda completamente o rumo das histórias no livro e faz com que se distancie muito do que houve na série.
Aqui também vemos todos os personagens tentando chegar a algum lugar, o que pode ser bem cansativo de ler algumas vezes.
Como eu fiz uma coisa diferente e li Festim e Dança juntos eu não consigo diferenciar muito bem a sensação de um para o outro, mas posso afirmar que ler os dois juntos é incrível!
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Larissa V 11/06/2022

5 estrelas nele
Adorei que a metade final do livro é bem diferente da série e isso torna a leitura mais empolgante para aqueles que, assim como eu, começaram a ler quando a série acabou.
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Hogwarsd 15/07/2020

Com certeza um dos melhores, triste por ter que continuar esperando por muitos anos ainda.
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Neto 11/12/2012

A dança arrastada dos dragões
Apesar de achar difícil dizer que não é tão bom quanto os outros, ainda assim é um bom livro... afinal de contas, dá progressão à história que está sendo contada desde A guerra dos tronos.

O problema maior do livro está exatamente na sensação de progressão, no entanto, com PoVs lentos onde pouco acontece, e se torna uma experiência largamente espaçada e arrastada, principalmente com dois dos queridinhos da série: Tyrion e Daenerys (personagens que eu também muito gosto[ava], mas que me trouxeram momentos de grande marasmo e petulância em A dança dos dragões).

Outro problema também ocorre com a pouca sensação de um clímax chegando. A dança dos dragões me soou como um livro mais parado até mesmo do que A fúria dos reis (e infinitamente mais do que A tormenta de espadas), e, por não esperarmos um momento crucial chegando, não há tanto motivo para ler diversos capítulos seguidos (ainda mais porque sabe-se lá quando que vai sair o sexto livro da série). Essa sensação de climax chegando só vai ocorrer lá pelos PoVs finais do livro, enquanto o resto soa como um "Guia de viagens de Essos", com muita informação sobre a cultura para lá do mar de Westeros.

Grande destaque vai para Jon Snow, que deixou de lado o menino que havia dentro dele e se tornou um homem de verdade, com muito menos momentos de autopiedade.

Há também alguns PoVs de Bran, mas estes não me fedem nem cheiram, não faz lá muita diferença, pelo menos por enquanto, mas é um personagem carismático e até mesmo forte, dadas as suas condições físicas. Vamos ver como ele se sai em Os ventos do inverno.

Arya mais uma vez fantástica em seus poucos (dois ou três) PoVs espalhados espaçadamente pelos livros. A bravura, inteligência e perseverança da garota é certamente algo a se espelhar.

E o melhor personagem de Martin (e um dos melhores de todos os tempos), Theon Greyjoy, tem bastante destaque no livro, sendo seus PoVs os mais intrincados e sua personalidade se torna cada vez mais profunda. É um personagem com diversas facetas, e todas essas impostas conforme a situação manda, deixando-o confuso sobre quem ele é, quem deve ser e quem já um dia foi. Mas ele deve sempre, SEMPRE, lembrar-se de seu nome. E isso ficará marcado na memória do leitor para sempre.

Resumindo, é um livro-ponte para o início do desfecho dos inúmeros focos narrativos de As crônicas de gelo e fogo, e faltaram alguns personagens, como Sansa Stark, que terminou em um momento-chave em O festim dos corvos, enquanto outros tiveram poucos PoVs ou destaque, como Jaime Lannister e o povo de Dorne (apesar de Quentyn Martell ter papel fundamental a desempenhar perto de Daenerys, na longínqua cidade de Meereen).

Nem preciso dizer que o livro é fundamental, afinal de contas, só vai ler o quinto volume da saga épica de Martin quem leu e gostou os quatro anteriores. Um pouco mais de dinamismo teria feito bem ao livro, no entanto.
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Nazli.Dias 01/02/2023

Dança dos Dragões
Eu demorei para fazer essa resenha, por pura resistência em acreditar que acabou.
É verdade que nesse livro os acontecimentos são mais lentos, mas isso não se confunde com uma leitura densa ou morosa.
Para mim, tão bom quanto tormenta de espadas.
De longe, um dos melhores livros que já li!
Pedro 01/02/2023minha estante
Considero A Tormenta de Espadas o melhor da saga, mas esse também é incrível.


Nazli.Dias 02/02/2023minha estante
Siiim, esse vem logo depois de Tormenta De Espadas




fe.sofia 10/06/2022

Intenso
Demorei muito p conseguir terminar de ler, fiquei uns meses me arrastando, o livro é bem extenso e tem muita coisa que o GRRM gosta de detalhar bastante o que me fez ficar um pouco cansada da leitura, e tbm por não ter os POVs da Sansinha (eu e Sansa contra o mundo??). Esse é o único motivo pelo qual eu não dou mais estrelas no livro, por ser muito denso (e as vezes enrolar um pouco) realmente demorei bastante a terminar e só consegui qnd criei vergonha na cara e disse ESSE MÊS EU TERMINO ISSO!!

Agora falando do livro: muito intenso. Da metade p final do livro é quando as coisas começam a engrossar de verdade, tudo fica muito tenso e o final é cheio de bomba que faz a gente ficar pensando em todas as coisas que podem acontecer no próximo livro. O núcleo de Dorne é incrível, amo demais e o que a série fez com os dorneses foi uma bela merda, os Martell são tudo (menos o Quentyn que só não é mais burro pq é só um).
Nos POVs dos Greyjoys eu vi muita gente falando mal, no início também achei um pouco chatinho, principalmente os do Victarion, mas no final acontece muita coisa interessante com eles e eu começo a me interessar mais pelo o que ta rolando com Victarion e Moqorro. Vale incluir nisso tbm o Theon, que comeu o pão que o Ramsay amassou.
A parte dos Lannister também foi incrível, os capítulos da Cersei são maravilhosos kkkkkk.

GRRM solta Os Ventos do Inverno logo, tem gente surtando aqui.
@livroseresenha 10/06/2022minha estante
??




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Victória 07/12/2021

Releitura
O livro mais enigmático de todos os cinco da série lançados até o momento.
Da primeira vez que havia lido tinha achado muito muito chato por conta dos capítulos serem tão extensos e eu não me importava muito com o que tava acontecendo, mas nessa releitura percebi que eles são tão extensos por terem TANTO conteúdo.
O núcleo de Meereen ainda é um tanto entediante pra mim mas ainda assim muito importante e fico curiosa pra o que vai acontecer no Ventos do Inverno.
Essa releitura também me ajudou a entender muito mais os personagens, como por exemplo o Jon Snow que eu detestava (provavelmente por conta da série) e os POVs dele foram alguns dos meus favoritos.
Ter lido simultaneamente com o Festim dos Corvos foi uma experiência muito incrível também pra entender coisas que estavam acontecendo praticamente ao mesmo tempo porém, em continentes diferentes.
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Marcelon 22/11/2012

Por favor não morra!
Gostaria imensamente de poder dizer que A Dança dos Dragões - o quinto livro da Série Crônicas de Fogo e Gelo - perdeu a mão. Ou que pelo menos "desviou-se do enredo". Ou ainda, que tornou-se "lamentavelmente chato". Mas Não dá pra chegar a nenhuma dessas conclusões depois que o epílogo acaba. George Martin continua irritantemente bom.

Mesmo com uma mania bárbara de matar personagens a torto e à direita, ele ainda mantém o universo dos Sete Reinos completamente intrigante (e, veja bem, matar um personagem, eu percebi, faz pelo menos quatro outros aparecerem de lugares que você jurava não ter ninguém antes, mas que de uma forma ou de outra eles estavam lá escondidos nas sombras). Nesse volume, muitos capítulos e reviravoltas com personagens que quase não vimos no volume quatro: Tyrion, Jon, Daenerys. De Arya Stark apenas três capítulos, mas o suficiente para você se contorcer e querer mais.

Sou um vendido. Não vale a pena ler essa resenha pois ela não é absolutamente imparcial. Se você ainda não leu o livro cinco pois achou ele grande demais, simplesmente comece. Você não vai se arrepender. mesmo. e se você ainda não começou a ler a série ainda, bom, o que você está esperando... Todos os outros capítulos foram só prelúdio para um monte de LOUCURA que acontece em A Dança dos Dragões.
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Albarus Andreos 21/03/2014

Um livro apenas Muito Bom
Assim que comecei a leitura de A Dança dos Dragões (Editora Leya, 2012), quinto volume da série As Crônicas de Gelo e Fogo, do absolutamente genial George R. R. Martin, tive a sensação de que o autor estaria meio que se cansando. Não sei se por notar alguma lentidão em certas passagens ou o aparente titubeio em um capítulo ou outro. Talvez seja eu quem esteja, de certa forma, querendo que a história comece logo a resolver seus enigmas. Claro que estamos no meio da saga e o meio é sempre um problema, já que temos todos os elementos da construção narrativa e queremos vê-la deslanchar. Mas não estaria na hora do autor parar de introduzir novos personagens e começar a resolver a vida dos velhos?

Começamos o livro com um esclarecimento sobre o fato de que o quinto volume deveria vir junto com o antecessor. É que os dois livros seriam concomitantes e não deveria existir uma sequência cronológica do quinto com relação ao quarto. Isso porque o quarto livro seria um monstro de tão volumoso, e então optaram por dividi-lo em dois catataus “menos imensos”. Ok, entendido. Acontece que no quinto livro há acontecimentos que são cronologicamente anteriores a alguns que saíram no quarto, o que contraria o pressuposto da concomitância dos fatos. Lembram que no livro quatro, Sam foi com Goiva e Meistre Aemon para Vilavelha? Pois é, aqui ele nem partiu ainda. Se era para dividir o livro em dois, porque não mantiveram a cronologia? Perde um ponto no meu conceito só por isso.

E cai no meu conceito também a revisão, no mínimo descuidada, feita pela Editora Leya; e mesmo a tradução, que se confunde em muitos momentos, o suficiente para não ser algo isolado ou eventual. Na verdade, há muitos erros! Há até um Brown Ben Plumm, em certo momento, quando só existe Ben Mulato Plumm, um mercenário, um dos companheiros de armas de Daenerys. De onde vem esse Brown? Simples: esqueceram de traduzir e ficou como no inglês. Ainda bem que foi só uma vez. Mas em certas passagens a leitura está muito ruim. Trechos absolutamente indecifráveis. Impossível não dizer que até a capa é de uma qualidade inferior às maravilhosas pinturas de Marc Simonetti, nos livros anteriores. O Drogon que aparece na ilustração é de três a quatro vezes maior que o dragão que está nas páginas do livro. Deviam ter dado esse toque no artista.

Mas aí temos a volta de Tyrion, o magnífico anão, que está a procura do lugar “para onde as putas vão”. Leia o livro e descubra o porquê. Engraçado, perspicaz e, agora, simplesmente sem a mínima vontade de controlar a própria língua, já que, depois que matou o pai e o sobrinho, Joff, tornando-se parricida e regicida, desceu ao inferno. Aliás, o anão virou meio que um serial killer, pois matou também sua amada, Shae, lembram? Agora, Tyrion não liga mais a mínima se alguém vai calá-lo ou não. E não faltam aqueles que tentam, com tabefes e espancamentos. Prepare-se para a já consagrada filosofia Tyrion Lannister, com suas tiradas ácidas, cruéis e absolutamente únicas.

George Martin definitivamente presta homenagem aqui a dois outros grandes escritores, quando nos aproximamos de uma mitologia mais próxima à Terra Média, quando Bran encontra elfos! Bem, no livro, Martin não os chama assim, mas de Filhos da Floresta, e eles são baixinhos e delicados. Há muito esperava por isso, desde quando ouvia a Velha Ama contar histórias aos pequeninos Bran e Rickon em Winterfell, lá no início da série. Sabia que não seriam só fábulas!

O segundo homenageado é Glen Cook, que se tornou famoso pela sua série A Companhia Negra. Em A Dança dos Dragões, Martin salienta várias companhias livres, grupos mercenários contratados para lutar, ou a favor ou contra a rainha de prata, Daenerys Targaryen, que em Meereen espera a volta de Daario Naharis, louca para ir para a cama com ele.

Falando nisso, os capítulos dedicados a Daenerys continuam sendo, para mim, os mais enfadonhos (é que Sansa não dá as caras nesse livro, senão a taça ficaria com ela). A espera dela em voltar para Westeros, sua vidinha de rainha que não consegue lidar com o problemão de governar um povo de quem não conhece os costumes e a cultura, suas sessões atendendo aos suplicantes, o fato de ter que prender seus dragões que já estão maiores e causando problemas... são um pé no saco! Mas, se tem uma coisa que podemos afirmar, sobre A Dança, é que esse é um livro sobre dragões. Alados, ferozes e famintos!

Theon Greyjoy já não existe mais. No seu lugar nasceu Fedor. Ou algo como um arremedo de homem, já que as sessões de esfolamento e amputação, perpetradas por Ransay Bolton, que antes era conhecido como “o bastardo dos Bolton”, o transformaram em um ninguém psicótico, capaz de trair o próprio povo, os Homens de Ferro. Ótimo retorno! E ótimo também é Davos Seaworth, também um personagem que eu considerava chato, a quem é dado duas missões suicidas, primeiro por Stannis, o rei que se reestabeleceu na Muralha. Depois pelo gordo Lorde Wyman Manderly, de Porto Branco. E essa última missão, deixada para o próximo volume, vai ser sensacional!

Embora o livro cinco seja ocupado em maior parte por Dany, Jon e Theon/ Fedor, há alguns poucos capítulos dedicados a vários outros queridos personagens, como Bran (como já disse), Arya (enigmáticos. Ainda patinamos com a iniciação dela nos segredos da Casa do Preto e Branco – Valar Morghulis) e mesmo Cersei. E aqui quero fazer o maior aparte dessa resenha: pois não tínhamos terminado o livro quatro com a bela e dourada rainha sendo entregue a Qyburn, para que realizasse nela sua “arte”? Se vocês se lembram, Qyburn é um novo “meistre” em Porto Real, que se diverte realizando “experiências” um tanto sinistras com seres humanos. Tudo levava a crer que Cersei finalmente teria um final horrível, digno dos seus malefícios, nas mãos de um subalterno seu, e sequer ouviríamos mais falar dela. A não ser, talvez, para a vermos, num hipotético livro futuro, retornando como alguma aberração a la Catelyn Stark (que não deu as caras). Ou talvez ela só fosse desmembrada viva, sei lá... Contudo, em A Dança, ela retorna, humilhada e destituída de qualquer realeza, sim, mas absolutamente íntegra para realizar mais malvadezas.

Se me permitem o pitaco, Martin perdeu uma estupenda oportunidade de ser genial mais uma vez, como já foi em várias outras. Não se trata de fazer “os maus pagarem seus pecados e os bonzinhos vencerem no final”. Martin já nos mostrou que sua narrativa está acima do bem e do mal. Mas dar o fim em Cersei aqui só corroboraria sua verve literária característica, de matar ótimos personagens, sendo que criar novos nunca foi uma dificuldade. Seria foda! Um luxo que só um grande autor do seu quilate poderia dispor. Mas, vamos ver no que dá...

Outra impressão, um tanto inconclusiva, admito, é a de que o autor está criando conteúdo novo para ser resolvido nesse ou nos próximos volumes. Inserções aqui e ali que podem mudar os rumos, até então vislumbráveis, de todas As Crônicas de Gelo e Fogo. Nada de mal nisso, vejam bem, mas mostra uma mudança de linha de ação, já que As Crônicas parecem estar deixando de ser uma história longa e bem elaborada, planejada para um determinado número de livros (com arcos que se iniciaram, se desenvolvem e teriam suas conclusões no final da obra), para se mostrar uma história esticada, com a adição de mais conteúdo do que precisava. Tipo, novela da Globo que dá ibope, onde se adiciona mais capítulos para aproveitar a audiência (nossa, peguei pesado agora. Desculpem!). Ótimo recurso caça-níqueis, mas péssimo para justificar a deformação de uma história formidável que poderia ter um futuro muito mais glorioso.

Temos a adição do plot de Durolar e os acontecimentos que a envolvem, na trama. Isso se inicia nesse livro e será resolvido nos próximos, deixando o jogo dos tronos de lado, por algum tempo. De novo: não estou achando ruim, só evidenciando novas linhas de condução da narrativa, já que saímos um pouco do que conhecemos como Guerra dos Tronos, para imergirmos em novos aspectos que mudam ligeiramente o corpus. Devemos lembrar que As Crônicas sempre foram uma grande e descomunal história, não sobre Daenerys, não sobre Jon, não de Bobby, ou de Arya, ou de Stannis, ou de qualquer outro, ou, a partir de agora, não sobre a Guerra dos Tronos apenas! As Crônicas sempre foram uma história sobre Westeros. Se seguirmos este caminho, sequer precisam ter um fim. O velho George pode continuar escrevendo para sempre!

Concluindo, me pareceu que houve menos cuidado por parte do autor ao criar esse livro. Martin se tornou mais repetitivo. Vejo muito menos passagens geniais. Ok, elas continuam lá, mas em menor quantidade. Vejo muito menos argumentos convincentes e irrepreensíveis. Sim, ainda temos muitos, mas menos. Observo menos personagens plausíveis, desempenhando otimamente sua função, mas ainda os temos de monte.

Com relação a esse último ponto, não posso deixar de citar Tormund, Terror dos Gigantes, com suas piadinhas e suas gracinhas sobre o próprio pau, hilariantes, às vezes. Fora isso, está sempre aceitando o que diz Jon Snow, dando-lhe tapinhas nas costas, congratulando-se com ele e aconselhando-o, assim, do nada. Nos livros anteriores, esse personagem era muito mais maduro, um bárbaro cáustico e desconfiado. Como fica agora dando apoio a um Corvo vira-casaca duas vezes, que traiu seu líder e o Povo Livre? Não gostei. E Quentyn Martell? Para que ele foi tirado de Dorne e enfiado na história, afinal? Para fazer o que fez? Martin, o que é que está havendo, meu velho?

Um ponto positivo, no entanto, é Merreca. Quem poderia imaginar que ouviríamos falar dela de novo (e tanto)? Como assim, “de novo”, você pode estar se perguntando: “quem é Merreca”? – um dragão de ouro para quem lembrar! Explico: Merreca já nos foi apresentada, mais precisamente no casamento de Joffrey e Margaery Tyrell. Não se lembram dela? É o ótimo Martin quem age aqui. Personagens que eram menos que secundários passam a status de estrelas, assim, de uma hora para outra. Pois em A Dança, ela é a principal companhia de Yollo (quem?)

Aconselhadíssimo, senhoras e senhores. Deixem minhas considerações chorosas para lá. Talvez tenha sido cítrico demais. A Dança dos Dragões, com um defeito aqui ou ali, continua sendo um legítimo Martin; apenas questiono por quê uma série genial passou a ser “apenas” muito boa. Só isso. Já vi declarações do autor em que ele argumenta que está demorando para escrever o restante da obra porque está tendo muito trabalho (Ah! Sério? Quem a tornou tão complexa foi você, mestre.) e que os leitores não gostariam que ele escrevesse com “pressa”, pois a qualidade tenderia a cair. A pergunta então passa a ser: tem certeza de que não quer escrever com um pouco mais de calma, George?

site: www.meninadabahia.com.br
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Heitordealmeida 21/08/2014

"Existe no momento escritor mais superestimado do que o Martin?"
"Antes que me venham atacar com pedras e paus (pois acreditem, alguns virão) quero esclarecer que não considero o Martin um escritor ruim, pelo contrário ele é um bom escritor. Mas sou da opinião que o trabalho dele é mal avaliado e por motivos externos aos livros. E se você está pensando na série da HBO, acertou!

Sobre o autor em si e o livro aqui citado não há muito o que falar. Qualquer um que não tenha vivido em uma caverna nos últimos anos de algum modo já ouviu falar de "Crônicas de Gelo e Fogo" ou "Game of Thrones" como também é conhecido. Mas vamos dar uma pincelada rápida

O 5° livro de nome "A Dança dos Dragões" é quase uma "segunda parte" do 4° livro, dividido devido a complexidade e as proporções que a Magnun Opus de Martin alcançou. Para muitos isso é uma incontestável prova de seu talento. Mas será mesmo?

Depois dos eventos do 3° livro, "Tormenta de espadas", os personagens ficaram muito dispersos e com muitas subtramas com pontos demais a serem explorados. Gostando ou não, Martin tem uma tendencia a encher linguiça e enrolar para desenvolver as coisas. Muita gente toma isso como esmero na hora de "mover as peças dos jogos políticos" mas eu tenho minhas dúvidas. O fato é que chegou um momento em que ele se perdeu e precisou recorrer a divisão dos livros para explorar todos os personagens importantes. Assim, no 4° livro ficamos com os acontecimentos políticos de Porto Real e das terras mais ao sul, com alguns relances do que se passa com a Arya, enquanto que no 5° livro acompanhamos os acontecimentos da Muralha e do que acontece com Tyrion e Daenerys. A partir da metade do 5° livro, as duas linhas do tempo se encontram e seguimos adiante. Tudo ótimo não é? Nem tanto...

O 4° livro é "8 ou 80". Centrado mais em politica, ou você o adora ou o detesta. O principal problema de Martin é que ele tende a descrições cada vez maiores de eventos pequenos que se tornam cada vez mais grandiosos em uma sucessão que nunca tem fim, enquanto os personagens são subdesenvolvidos ou sofrem retrocesso. Exemplos disso são Tyrion, que em outros momentos foi um dos melhores personagens dos livros, mas agora com o seu "para onde as putas vão" fica absurdamente aborrecido, repetitivo e chato. Danny, sentada no seu trono parece viver num mundo de adolescente, esperando seu príncipe encantado Dario resolver seus problemas. Os personagens perderam o brilho. Eles não te dão mais aquele prazer em acompanha-los.

Em suma, ele rola a bola de neve, que vai aumentando cada vez mais sem nunca chegar a um resultado. A qualquer resultado.

O caso é que para mim, o livro ficou cansativo e chato. Era impossível não olhar para ele e pensar no tempo que eu estava gastando para lê-lo enquanto logo ali ao lado, na prateleira, existiam tantos outros livros mais atrativos e entusiasmantes que os do Martin. Livros de autores melhores, com historias melhores, escrita melhor e livros com desenvolvimento melhor! Com tamanha infinidade de mundos, idéias e personagens como ficar preso a um livro que desanima só de me imaginar lendo? Não é a quantidade de páginas, pois já li livros maiores em muito pouco tempo, mas a qualidade, o conteúdo em si!

De novo, Martin não é ruim, mas também não é tão bom quanto querem acreditar. Os leitores realmente precisam abrir a mente para novas idéias e desenvolver um senso critico.

Fala-se muito da qualidade de escrita do Martin, mas depois de ler uma boa quantidade de livros do gênero, você começa a perceber que ele nunca alcança o ápice da escrita em nenhum nível. Ele nunca é pontualmente descritivo ou conciso quanto poderia, os personagens nunca chegam a ser profundos a ponto de ter uma "alma própria" e as batalhas nunca são tão boas quanto poderiam. Ele fica constantemente parado no "quase".

"Ah, mas a batalha do Oberyn com o Montanha foi muito boa!" - Alguém logo se levanta dizendo. De fato, foi boa. Na série. Nos livros ela não desperta a mesma emoção que despertou em quem viu a série. E ai temos outro problema. O autor virou refém da obra porque nada que ele faça, irá satisfazer a massa crescente de fãs que esperam a perfeição onde não existe. Sem contar a pressão de manter um roteiro coeso enquanto a série adiciona mais e mais mudanças que fazem os fanboys espumarem pela boca.

Ah, os fanboys... Daria para montar uma tese de psicologia só com eles!

"Crônicas de gelo e fogo" é como encontrar uma pedra semi-preciosa e de tão entusiasmado com isso, não conseguir perceber o real valor dela, devido ao brilho que ela emana e a sorte de ter encontrado algo assim. Sendo que o brilho é a série. Ela é tão bem produzida que as pessoas, encantadas pelo resultado, esquecem de avaliar criticamente os livros. Muitos, muitos mesmo, vão negar mas essa é a verdade.

O maior valor de Martin e da série da HBO foi o destaque que deu ao gênero da literatura fantástica, catapultando a quantidade livros lançados e me permitindo ter acesso a obras que de outra forma eu nunca poderia ler. E a isso sou muito grato!

Então, se você é fã é bem capaz que não se sinta como eu e considere minha critica ruim e é seu direito, assim como é meu de não estar satisfeito com a obra. Mas nada disso muda o fato de que, depois de quase 3 anos, finalmente decidi abandonar de vez a obra.

Martin que me desculpe, mas há mundos demais a explorar para que eu fique preso ao inverno frio que é Westeros.
Chelly 21/08/2014minha estante
Resumiu perfeitamente o sentimento de muita gente que pensa exatamente assim, mas tem medo de dizer com medo das retaliações dos fanboys. Terminei os cinco livros forçadamente e compartilho da opinião de que realmente Martin é um escritor superestimado.


César 22/08/2014minha estante
Realmente gosto não se discute, eu ainda não assisti a série da HBO porque tenho medo de que seja uma grande decepção já que não acredito mesmo que eles tenha conseguido levar para a série toda a emoção e a complexidade dos livros.
Gostei de todos os livros, mas só virei realmente um fanático pela saga depois de ler os tão criticados quarto e quinto volumes que para mim foram os melhores.


Heitordealmeida 28/08/2014minha estante
César, agradeço sua opinião.


Aguiar 31/08/2014minha estante
Compartilho da sua opinião. Vc mencionou algo que percebi desde o primeiro livro, falta emoção, falta também, acima de tudo, profundidade nos personagens; são muitos apresentados ao mesmo tempo que vc só conhece minimamente pouquíssimos deles. Simplesmente não me apego aos personagens dos livros do jeito como me apego aos da série. Termino esse 5º livro esperando que, como de costume, haja inúmeras alterações, pois acho que até agora vem dando certo algumas dessas alterações, e também seria um tiro no pé adaptar fielmente esse 4º e 5º livro, tanto os leitores quanto os não-leitores ficariam mais entediados que as passagens dos irmãos Aeron e Victarion.


Heitordealmeida 02/09/2014minha estante
De fato Aguiar. Tem personagens que são usados demais e continuam sem evolução. Agradeço o comentário.




João Luiz CF 10/01/2021

Uma continuação surpreendente...
Muito bom, de verdade! Entretanto, cruel demais em várias ocasiões (como bem mostram os capítulos do Fedor), o que pode não agradar à muitas pessoas.
George mostra novamente que não tem carisma nenhum por seus personagens, ele mata um atrás do outro, chocando a todos e dando os primeiros passos para um fim iminente.
Neste livro temos um enfoque maior em personagens fundamentais que não foram mostrados no livro anterior, de forma que a leitura - ao menos para mim - se tornou mais fluida.
Em suma, esta obra foi - embora complicada em alguns pontos - uma ótima continuação da saga, pois, como já citei anteriormente, George não cansa de surpreender seus leitores...
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eivictormarques 31/10/2021

maravilhoso e complexo!
eu sempre demoro pra ler os livros das crônicas e não porquê são ruins, mas porque são complexos e densos e preciso de tempo pra assimilar todo o conteúdo.

a dança dos dragões não é o melhor da saga (minha opinião), mas acredito que seja o mais complexo. o livro é cheio de tramas, nuances, arcos, personagens indo e vindo, planos sendo planejados aqui e ali e o Martin não deixa que nenhuma ponta do livro saia errada. incrível como esse autor tem criatividade.

tudo vai se voltando pra um lugar. o arco de meereen é mega complexo e se não prestar atenção vai se perder.

eu senti falta de mais capítulos de alguns personagens mas acho que tudo foi na medida certa pra não estragar.

a reta final desse livro é magnífica.

eu já sabia de tudo que aconteceria por causa da série e por vídeos/matérias e afins que eu leio sobre esse universo, mas nada disso estragou minha experiência.

a nota 4,5 é que em algumas partes eu achei um pouco devagar e arrastado, mas mesmo assim continua espetacular.

eu to muito ansioso pra os ventos de inverno e espero que ele saia logo!
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