A Guerra dos Criativos

A Guerra dos Criativos Alec Silva




Resenhas - A Guerra dos Criativos


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Eric M. Souza 20/09/2013

A guerra cumpriu seu papel, e o autor saiu vitorioso
A Guerra dos Criativos narra as aventuras de Alec Silva no mundo dos sonhos. Ele é convidado por um arauto no mundo material, porém é quando adormece que a ação acontece. Alheio à rotina do mundo concreto, sua consciência tem contato com todas as outras de criativos - escritores, poetas, pintores, etc - num mundo em que o limite do possível é a imaginação.

Nem tudo são flores, uma vez que se está lá para uma guerra, afinal de contas. E quando a destruição e corrupção começam a se espalhar, fica claro que algo está errado.

Quando soube do que se tratava, disse ao autor que era sua melhor ideia, incentivando-o a levar adiante e a apostar tudo nela. Claro que boas ideias podem ser bem ou mal executadas, e tudo dependeria, como de costume, do andar da carruagem.

O diálogo do narrador com o leitor se dá na medida certa, mantendo a dúvida sobre até que ponto é uma obra criativa consciente, e até que ponto podem ser frutos de experiências oníricas. A imersão no mundo criado se dá gradualmente e sempre em situações de surpresa, a explicação vindo mais tarde - algumas vezes, em capítulos futuros -, que torna a viagem muito mais prazerosa, e inexiste tédio ou quebra de ritmo. Um trabalho competente de um autor maduro. O estilo, até para enfatizar que é uma pessoa de carne e osso contando uma experiência vivida, usa de gírias e de construção muitas vezes coloquial, o que dá mais vida à obra.

A cada página, o livro cresce mais para o leitor. O autor trabalha muito bem suas ânsias e questões pessoais, ao passo que se aprofunda na narrativa no mundo onírico. Conforme se avança pelas páginas de A Guerra dos Criativos, muito mais que trazer respostas, são-nos apresentadas novas perguntas. Curiosidade e excitação cada vez mais em alta alta. Se há um defeito a ser citado, é na repetição de certos sentimentos do autor para com o amor do passado. Relembrar o leitor é um bom recurso, porém às vezes as cenas se delongam além do necessário.

Num momento, em meio à batalha final, em que houve um leve indício de desânimo. Imaginei que tudo estava resolvido, a imersão psicológica já se dera, os personagens já se haviam revelado, a trama era aquela e só bastava se mostrar por completo.

Eu não podia estar mais errado. O desfecho foi cirúrgico e poderoso, marcante, tocante, como as poucas estórias conduzidas por mãos talhadas para o fazerem, os raros, dentre tudo que é publicado, que podemos chamar de clássicos.

No começo, quando soube da ideia do autor, eu tinha certeza de que se tratava de seu melhor projeto. Agora, entretanto, o sentimento é outro: merece lugar entre os verdadeiramente relevantes projetos humanos.
Verônica 20/09/2013minha estante
Puxa, com uma resenha dessa, não tem como não sentir vontade de ler e se fascinar também!!


Alec Silva 20/09/2013minha estante
Cara, sem palavras... só isso...




Pam 26/02/2013

Só uma frase resumiu a minha reação ao terminar A Guerra dos Criativos: EU QUERO MAAAAAAAAAAAAAAAAAIS! [A]
É claro que, como a maioria que leu o livro, quero matar o Alec. Mas antes de matá-lo, vamos ao que eu achei do livro.

A primeira coisa que eu preciso comentar é sobre a originalidade dessa história. Do tipo, Como ninguém nunca pensou nisso antes?. Bem, pelo menos eu nunca li/vi algo que soasse parecido com a proposta de A Guerra dos Criativos. Enquanto nós vemos várias e várias histórias sobre vampiros, lobisomens, e etc., etc., etc., lá está uma história que foge depende do ponto de vista dos temas mais publicados atualmente.

A segunda coisa que me chamou a atenção foi a narrativa simplista, reconfortante e bem estruturada do Alec. Ele não precisa de palavras e frases complexas para contar a história. Ele apenas... conta. A leitura flui rapidamente. Sei disse por que outro dia estava na parte 2 (Livro 2) e, DE REPENTE, acabei o livro. Pois é! *-*

Outra coisa que colaborou com a fluidez da história foi a abordagem. O 1º livro é algo mais introdutório e panz... Demorei um pouco ao lê-lo. Mas depois, geeeeeeeeente! Eram tantos acontecimentos, tantas reviravoltas, que as palavras simplesmente voaram e voaram... (e eu com certeza ganhei mais um número na miopia, é.) Tenho dificuldades com livros que possuem muita introdução, muita expectativa. Quase não acabei A Guerra dos Tronos por causa disso. D=

E, finalmente, os personagens. Acho que a grande sacada da história, além de todo embasamento filosófico e histórico, é como foi organizado os personagens na trama.


Uma vez eu li que uma das minhas autoras preferidas disse que os personagens dos livros dela não tinham ~nada~ de verossímil com ela. Eu creio que isso não seja verdade, porque a cada história sempre tem aquele resquício (mesmo que mínimo) que faz com que o autor se identifique com a sua criação. O mais possível é que ela tenha falado isso pra que as pessoas entendam que personagem x e y não se parecem com ela. A questão é que existe muitos escritores que não gostam de se sentir exposto em um livro, onde várias pessoas irão ler. E Alec, cara, você é um puta corajoso por isso.

Como o próprio Alec diz em A Guerra Dos Criativos, é bem provável que nós, leitores, iremos entender a história como algo fantástico, uma ideia para um livro... Mas, se for tudo verdade, geeeeeeeente! Merece palmas por se expor desse jeito. Eu nunca conseguiria fazer algo assim, até porque sou uma pessoa com muitos segredos (muhahahahahahaha). Sem falar que sou tímida. Mas lá estava o Alec, com as suas forças e as suas fraquezas. Acaba trazendo o leitor para mais próximo da história.

Além do personagem Alec Silva, temos outros que também são pedaços da realidade. As inspirações para a Capitã Marcélia e a Comandante Cíntia eu já sei (a propósito, SUAS DIVAS!
Celly 21/01/2017minha estante
Ótima resenha, esse é um livro muito foda, mas eu nem posso dizer isso pq o motivo todo mundo sabe. Então... eu me sinto mesmo como uma diva toda vez que lembro que o Alec se inspirou em mi pra escrever a Marcélia. :D




LAPLACE 19/01/2017

Por que ninguém não pensou nisso antes?
Sabe o que é existir um mundo de pura criatividade, onde tudo que se imagina aparece diante de seus olhos? Essa é uma forma bastante resumida de descrever o livro do Alec. Essa obra é incrível, amei a ideia, uma batalha de pessoas criativas, simplesmente genial. Fiquei um pouco insatisfeito com algo que aconteceu no final em relação ao Phyreon (não lembro se é assim que escreve seu nome), acredito que se lhe tivessem dito o que estava em jogo (na verdade ele sabia, né?) uma certa coisa teria ocorrido de outra forma, mas ainda assim o livro é muito bom, vale a pena ler.
Alec Silva 20/01/2017minha estante
MAS QUE SURPRESA BOA!

Obrigado por seu comentário! :D




Laísa C. 05/08/2013

Um convite irrecusável
Alec nos apresenta uma trama autobiográfica. Suas memórias reais se intercalam com a jornada protagonizada pelo próprio autor. Sim, o autor é inserido na trama, descobrindo um mundo no qual outros criativos habitam, assim que os sono os arranca da realidade.

Logo no primeiro capítulo o convite para a aventura é feito, não há apresentação do mundo comum, o leitor é jogado de cara ao novo mundo onírico. Provavelmente não foi essa a intenção do autor, mas quando o arauto surge lhe fazendo um convite irrecusável para A Guerra, não pode deixar de lembrar das corujas de Hogwarts. O convite foi feito e cabe ao leitor também aceitar.

O autor (literalmente) embarca numa aventura colossal, cheia de conflitos internos e externos. O personagem Alec interage com outros personagens que também foram baseados em seus colegas escritores. E todos se reúnem para destruir o grande mal que quer dominar aquele Mundo de Ideias, representado pelo Lorde Branco (branco por representar a ausência de cores, o nada, como fiquei sabendo numa conversar ontem com o autor).

A única arma que os criativos têm para derrubar o Lorde é o poder da criação. Lá seus personagens ganham vida e o leitor conhece uma infinidade de criaturas míticas de variadas culturas e figuras futuristas. O livro também traz referências como os famosos animes. A cenas de batalhas sempre lembram o exagero e destruição desses desenhos, além dos games.

Entre outras referências podemos reconhecer Monteiro Lobato, Dark Fantasy e FC. Sim, eu li o livro, a narrativa é dinâmica, os diálogos dão maior velocidade ao texto e atribuem um tom bastante divertido. Além da busca pela destruição do Lorde Branco, os personagens buscam por si mesmos, travando uma guerra contra o medo interior. Acompanhamos a evolução de cada um, é perceptível o fechamento do arco na história.

Durante a leitura uma coisa me incomodava: o fato de eu nunca ter recebido o convite irrecusável.

Minha frustração.
Enfim, querem conhecer uma trama cheia de aventura, ação, conflitos psicológicos, tons sombrios e romances frustrados? Encontrarão tudo isso e um pouco mais n'A Guerra dos Criativos, o primeiro volume de uma aventura que promete.

site: http://confissoesdesajustadas.blogspot.com.br/2013/08/um-convite-irrecusavel.html
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Ednelson 13/09/2013

A Literatura Fantástica está em alta, a sua produção e consumo parecem só aumentar atualmente no Brasil. Por um lado, isso traz a felicidade para os admiradores do gênero, e pelo outro lado, torna ainda mais hercúleo o esforço para qualquer pessoa que queira produzir um texto que se destaque nesse meio cultural. Quando falo em destaque, não me refiro à popularidade do livro ou autor, mas ao quanto ele se diferencia dos livros contemporâneos que usam os mesmos fundamentos e consegue imprimir uma sensação de leitura singular em quem adentra as suas páginas. A Guerra dos Criativos foi um convite enviado por Alec Silva, pseudônimo do jovem escritor Alex Silva, mas será que a jornada foi prazerosa? Continuem lendo a minha análise e descubram...

A primeira característica que me chamou a atenção na história foi o autor se fazer personagem, neste caso, protagonista. É ele quem nos narra a sua aventura, após ser surpreendido por uma súbita convocação para uma guerra onde a imaginação é o principal instrumento nos embates bélicos. Apesar dessa transição abrupta do mundo banal para um mundo maravilhoso, a verossimilhança se mantém devido ao jogo que inicialmente o narrador faz colocando em dúvida a autenticidade das experiências que vive, tendo em consideração que ele vai para o mundo fantástico ao adormecer. Depois de algumas páginas, a ambiguidade é deixada de lado e só retomada no epílogo.

Indo além de um relato por um olhar subjetivo, o romance se torna acentuadamente introspectivo devido às digressões acerca da vida comum do personagem principal que interceptam a trama de cenários e personagens encantadores, descritos sucintamente, alguns altamente surreais e simbólicos. As divagações são bem administradas e versam sobre questões com as quais o leitor facilmente se identificará ou pelo menos compreenderá (adolescência, amores perdidos, paixão por histórias fantásticas, obstáculos profissionais na carreira de escritores, amizade, a confecção da autobiografia isso mesmo, o escritor reflete sobre o seu ofício - entre outros). O que cativa em Alec, alguém que é mescla de ficção e realidade, afinal a intenção do livro é ser uma autobiografia fantástica, é como ele vai se expondo na medida em que conhece os seus companheiros e companheiras de jornada e enfrenta os desafios. Ele não se configura como um herói asséptico, dono de uma virtuosidade inabalável, mas sim como um anti-herói que, mesmo sendo portador de inúmeras falhas, esforça-se em fazer aquilo que acha justo e proteger a quem ama. Uma autobiografia fantástica de um anti-herói, essa é uma ideia distinta dentro de todas as propostas que vejo na literatura fantástica brasileira na atualidade quando falamos em romances. Sendo completamente franco.

O que a princípio poderia ser apenas uma série de eventos turbulentos em que alguns personagens tentariam salvar um mundo enquanto outros buscariam destruí-lo, um maniqueísmo clichê e que corre o sério risco de ser cansativo, transforma-se em uma trilha onde os personagens, principalmente Alec (o anti-herói), devem reunir cada fio de força, coragem e determinação a fim de ascenderem à superação. Nos instantes mais tensos, é como se realmente estivesse fazendo parte do grupo em provação. Foi difícil não rememorar coisas passadas que até hoje ainda me causam algum desconforto. Como vocês podem perceber pelo meu comentário, a obra consegue criar empatia no leitor, outro ponto positivo para o trabalho de Silva.

A maturidade da escrita sobre a qual me debrucei é palpável em como a fantasia não constitui uma válvula de escape, ideia muito usada por quem aprecia criticar a literatura fantástica, mas sim um meio de tratar certos demônios, nos aproximando paulatinamente deles até abordá-los. Talvez sem querer, o escritor, buscando uma catarse particular, também possibilita esse alívio a quem por ventura o deseje.

Todavia, devo mencionar uma irregularidade grave que constatei: o elevado número de erros de revisão. Pela edição ser independente, não desmerecendo o autor que fez a revisão da própria obra, já esperava esse problema. A questão, segundo o que percebo, é que o distanciamento emotivo entre revisor e texto é imprescindível para um bom resultado, pressupondo também que o profissional é alguém com uma formação/experiência adequada. Digo isso porque é normal que o escritor esteja tão envolvido com o seu rebento literário a ponto de deixar passar alguns deslizes que se encontram na superfície (ortográfica).

As batalhas não são o cerne de A Guerra dos Criativos, para não dizer o menos importante, ao menos é o que fica subentendido pela forte carga psicológica da trama. Portanto, os combates, exceto o final, são descritos somente no essencial para que possamos formar uma imagem das coisas. O desfecho não decepciona tanto no que se refere à adrenalina, com um ritmo rápido e pungente, quanto às surpresas. O apêndice, depois do epílogo, apesar de ser um excerto desvinculado do último capítulo (cronologicamente independente), traz uma nova compreensão do final e funciona como um espaço para que possamos nos despedir dessa aventura, assim como os créditos finais de um filme excelente que necessitamos ver até o último nome para digerirmos com paciência o que foi apreciado. Como algumas pessoas reais (escritores) e suas criações inspiraram personagens do romance, o leitor é instigado a conhecer outros livros/autores. Obras que promovem esse movimento contínuo, leitura que puxa outras leituras, merecem congratulações. Independente dos gêneros das histórias e outras coisas, a literatura é antes de qualquer coisa uma paixão, um sentimento que quanto mais for regado, mais crescerá. O estudo teórico da Literatura é a consequência de um amor florescido, sem essa flor, os estudos serão insossos.

Os capítulos são curtos, com cerca de cinco páginas cada, e ora deixam algum gancho para o próximo ora apostam na fluidez da narração para manter o leitor atraído. Recomendo o livro para qualquer pessoa que goste de Literatura Fantástica.
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SAMUEL CARDEAL 03/02/2014

Uma história incrivelmente criativa e original
A Guerra dos Criativos é um livro como nunca vi igual. Difícil de classificar, difícil de explicar, impossível não gostar.

O livro escrito por Alec Silva esteve por diversas vezes nos meus interesses de leitura, mas, por diversos motivos, eu o deixara para depois, recusando temporariamente o convite irrecusável feito pelo autor. Mas, recentemente, na minha ânsia de consumir os novos autores nacionais, me dei a oportunidade de apreciar essa obra, e, definitivamente, meu único arrependimento é de não ter tomado tal decisão antes.

Alec nos brinda com uma obra completa. Com uma originalidade impar, construiu uma história diferente de tudo o que eu já conheci até o momento, mesclando de forma harmoniosa fantasia, autobiografia, e sonhos. Se alguém conhece uma obra que traga esses elementos concatenados e formando uma história formidável, por favor me conte, pois certamente lerei.

A coragem do autor de se expor, se colocando como protagonista e confessando seus erros e defeitos, abrindo o peito e derramando toda sua fragilidade em sua escrita, é algo louvável, e comovente. No entanto, além da coragem, Alec mostra uma escrita precisa, interessante, fluida e atraente.

No universo fantástico apresentado pelo autor, não há limites, e tudo pode seguir até onde a imaginação humana puder alcançar; o que significa que pode ir a qualquer lugar, possível ou impossível. Com isso, adentramos em universos dentro de um universo, passeando por todos os meandros da ficção fantástica, conhecendo toda a sorte de criaturas.

Os personagens são muitos, muitos mesmo! E diversos deles são baseados em pessoas reais, novos autores brasileiros, que Alec homenageou de uma forma muito bonita. As personalidades de cada Criativo e Criatura são verossímeis, e bem estruturadas. Não há maniqueísmo e, mesmo em um universo fabuloso e inimaginável, são profundamente humanos, cheios de defeitos e qualidades; erros e acertos.

Todos os personagens são bastante carismáticos, e pode ser difícil escolher um predileto. No entanto, é impossível não amar Zarak. O amigo imaginário de Alec é um monstrinho apaixonante, cheio de ironia e bom humor, mas também carregado de mistérios e descobertas, que a cada capítulo nos surpreendem de uma forma deliciosa.

Zarak não só é um dos mais carismáticos personagens, como tem uma curva de crescimento muito bem construída e que rende surpresas e emoções ao longo da leitura.

Outro personagem que merece destaque especial é Phyreon, emprestado da escritora Kamila Zöldyek (resenhas de suas obras aqui e aqui), que rende momentos impagáveis. Kamila também é representada em uma das Criativas na Guerra, além de ser a Ilustradora responsável pela belíssima capa.

Enfim, A Guerra dos Criativos é uma leitura obrigatória, não apenas aos fãs de Fantasia, mas para todos os leitores que apreciam uma história bem escrita, bem estruturada e muito agradável. Alec se mostra um escritor excelente, com um longo e brilhante futuro pela frente. Que venham mais e mais obras com a sua assinatura.

Apenas uma pergunta ronda minha mente: Onde estão as editoras que, ao invés de investirem rios de dinheiro em obras estrangeiras de qualidade duvidosa, não olham para o nosso país, onde grandes autores batalham duro por um pequeno espaço no mercado?

Nosso autor e protagonista continua em Guerra, uma guerra onde os Criativos vilipendiados pela grande indústria galgam seu caminho, abrindo passagem cada qual com a arma que é capaz de Criar. E por isso, já merecem nossa salva de palmas.


site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2014/02/resenha-guerra-dos-criativos-alec-silva.html
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Mundim 14/01/2015

Uma aventura (mais que) fantástica!
Uma primeira visão sobre o mundo fantástico

Em uma clássica chamada à aventura, o protagonista Alex Silva (ou Alec Silva, seu nome de guerra) – o próprio escritor do livro! – recebe um convite irrecusável de um misterioso Arauto para participar de um evento chamado “Guerra dos Criativos”.
Como tudo que se mistura o real com a ficção, desde o começo o leitor é instigado a pensar o que de fato ocorreu na obra. O autor – ou comandante Alec Silva, como preferir – aproxima-se de quem o lê compartilhando momentos de sua vida, o que pode gerar afinidade e empatia naquele que acompanha suas palavras.
A história se passa em um mundo fantástico acessado apenas quando se dorme. “Você está sonhando e você não está sonhando”, mostra-se o paradoxo revelado por Zarak, amigo e fiel escudeiro de Alec Silva. Talvez esse seja um dos motivos pelo qual identifiquei-me muito com a obra; “sonhos” é sempre um tema que me atrai. Enfim, respeitando a hierarquia do novo mundo, o protagonista revela-se um Comandante abaixo da Capitã Marcélia, uma linda fantasista.
“Tá, mas e as batalhas?! Não é uma literatura fantástica?”
E apresentado o mundo e seus moradores e criaturas magníficas, o inevitável em uma literatura fantástica, claro, acontece: O prelúdio para a Grande Batalha – podendo esta, como tantas outras, ser destacada com iniciais maiúsculas. Ao que parece, um dos grandes Lordes quais mantêm o fantástico mundo voltou-se contra o mesmo. Restava ir encontra-los, encontrar os misteriosos senhores que cuidavam daquela terra.
E assim termina o “livro um”, a primeira parte da história. Alec, Marcélia e outro capitão, Pablo, encaminham-se para os Pilares, morada dos Lordes da Guerra dos Criativos. Começa a verdadeira aventura por esta cativante ficção fantástica com tons de autobiografia.

Do meio para o final: o que esperar desta jornada?

O “livro dois” possui muito mais conflitos, tanto físicos com inimagináveis e conhecidos monstros na fantasiosa terra criada pelo autor – permitindo até mesmo o encontro e diálogo com um anjo, um ser um tanto “élfico” e enigmático que reside nos lugares mais nobres do mundo. Devo ressaltar que a empatia com o protagonista aumenta à medida que o mesmo expõe seus medos, sonhos e até mesmo segredos. Não será uma surpresa ou um exagero o leitor sentir-se um amigo do personagem que, diferente de muitos e até mesmo por tratar-se de uma “autobiografia fantástica” (acho um bom termo), mostra-se um humano, no melhor e mais real sentido da palavra.
A busca pela salvação do mundo e de suas fantásticas criaturas – e até mesmo dos ditos Criativos – continua.
Chega-se ao Deserto. Marcélia (a linda Capitã), Cíntia (uma Comandante), Willian (um ex-Juiz), Pablo (Capitão) e o protagonista e Comandante Alec formam o grupo nesta parte da aventura. Momento reservado para reviravoltas – ou plot twists –, com passagens íntimas, batalhas inesperadas, segredos revelados e tudo o mais que pode-se esperar em um momento de turbulência num bom livro. Abster-me-ei de mais comentário sobre essa incrível passagem, deixando a mesma para o possível leitor.
O “livro três” impõe mais um destino para o herói, um misterioso Labirinto onde ele e seus novos companheiros são convocados para salvar um Criativo – convocados por sua criatura, um sarcástico esqueleto chamado Percival.
Um ser de poder superior revela-se no enredo, denominando-se Lorde Phyreon – apesar de não ser de fato um dos poucos Lordes –, um personagem místico e complexo que junta-se ao grupo na jornada para encontrar os Lordes (os verdadeiros!) e destruir o mal que afronta o mundo. Superado o desafio, várias grandes surpresas – tanto sobre a trama, quanto sobre o personagem, que se vê diante de uma pessoa muito especial em sua vida terrestre.
Finalmente o protagonista torna pela última vez ao maravilhoso mundo novo – há sempre que se enfatizar a palavra “última”, tão adorada, odiada e temida no mundo das histórias. E, falando em última, a última batalha, a Grande Batalha, é anunciada. E é no cerne da batalha que uma querida personagem aponta para a surpresa de todos. Porém, a real surpresa está nas páginas seguintes: o inesperado acontece. Acho que essa é uma boa frase para boa parte do livro, o inesperado sempre acontece! É surpreendente a cada novo trecho, não caindo na mesmice que atrasa nossas leituras em dias ou semanas.
Chegamos ao final. O momento em que o autor refere-se ao que viu – dado que ele é o personagem – como algo que mudaria para sempre sua vida. E, de fato, é um lindo final.

Espero que os que acompanharam esta tentativa de expressar o quão bom foi a jornada façam como eu e aceitem o Convite Irrecusável, pois o mesmo está dado!
Os meus sinceros parabéns ao escritor, fantasiador e personagem, Alec Silva. Fica a torcida para que você continue agraciando a fantasia nacional com suas palavras.
Foi uma honra.

site: https://www.facebook.com/pages/Brasileiros-Lendo-Brasileiros/342766149249037
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Ana Valentina 24/02/2015

Já pensou ganhar um convite irrecusável para participar da maior guerra criativa existente? Pois é, Alex recebe um desses e nem dá muita importância, mas uma hora ele precisa dormir e logo que acontece ele vai para o mundo onde as batalhas criativas acontecem…

"— Sir Alex Silva Dias, a ti foi enviado
Um convite formal e permanente
Para participar ativamente
Da Guerra dos Criativos,
Sendo a ti de antemão negado
O direito a responder de modo negativo — tornou a recitar, ou a falar como recitasse, o estranho Arauto"

Como já deu para perceber esse mundo é acessado através dos sonhos e os criativos são designados em diversos postos — General, Capitão, Comandante e Mensageiro — e enquanto participarem da Guerra terão que se enfrentar em batalhas, usando a imaginação para criar infinitos tipos de criaturas; só que A Guerra dos Criativos não é brincadeira não, os acontecimentos serão repercutidos em suas vidas na terra e quem perder a guerra pode perder todo seu potencial criativo.

"[…] era uma guerra como outra qualquer, um conflito no qual dois lados se enfrentavam num derramamento de sangue. Não havia nada de mais; era tudo uma demonstração de violência e crueldade, como todas as demais guerras."

Em sua primeira luta, ao lado de seu amigo imaginário Zarak, Alex quase é morto por seu rival, coisa que é proibida no mundo mágico, e depois disso rumores começam a surgir e logo ele descobre que um poder obscuro e destrutivo está se espalhando nesse mundo onírico e agora Alex e seus amigos terão que unir forças para encontrarem um modo de vencer seu inimigo e salvar o mundo e as criaturas que nele habitam.

Depois disso tudo é festa, ou melhor dizendo, Alex passa por poucas e boas, participa de uma batalha sangrenta para ajudar alguns criativos escapar definitivamente daquele mundo em decadência, depois segue com seus amigos em busca dos Pilares, um lugar onde os Lordes, ou criadores, desse mundo vivem, em busca de ajuda; encontra outros criativos e criaturas no caminho e terá que lutar com unhas e dentes por sua sobrevivência, até mesmo lutar contra o mal que começa a crescer em seu interior, ameaçando o destruir por completo, sem falar que acaba se distanciando de seu amigo de infância, Zarak.

"Aquela batalha voraz que se aproximava não era para proteger os Lordes ou aquele mundo. Era o combate contra uma ditadura, a favor de nosso direito de sonhar e criar."

O livro tem vários diferenciais, como ser uma autobiografia fantástica (o próprio Alex relata suas aventuras na guerra), e um dos pontos fortes, na minha opinião, foi transformar seus amigos escritores em personagens e usar algumas de suas criações em seu mundo, por exemplo o Phyreon da Kamila Zöldyek; Alex também colocou muito de seus sentimentos na obra e percebemos um pouco de suas dificuldades em entrar no mundo literário, de seus sonhos, seus medos, seus arrependimentos e isso deixa o leitor mais próximo do autor. Nessa história tem até um romancezinho platônico entre Alex e sua capitã Marcélia (senti falta dela no fim do livro, sumiu :( )

A linguagem do livro é fácil e fluída, até mesmo durante as cenas de batalhas, e em determinados momentos encontramos até um resuminho do que já aconteceu até o momento, para o leitor não se perder, só na última parte do livro que encontrei vários erros de revisão, mas nada que vá atrapalhar a leitura, e senti que o Alex ‘atropelou’ a história e as coisas ficaram confusas…. o finalzinho do livro é destinado à breve história de Zarak, que por sinal ficou incompleta, mas logo estarei lendo os outros livros para conhecer um pouco mais do Zarak, o monstrinho.
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Ricardo 01/07/2015

É bom, é muito bom, é bom para caralho!
Durante muito tempo fiquei pensando em como fazer esta resenha. Poderia discorrer em mais de mil palavras como "A Guerra dos Criativos" me cativou, me fez chorar de rir e... bom, me fez chorar, tentarei ser breve.
A verdade é que quanto mais você ler, mais fica empolgado com a aventura, louco para ir dormir e acordar no mundo dos criativos, por outro lado, fica triste pensando "como esse livro ainda não virou um Best-Seller ou ganhou as telinhas dos cinemas?".
O livro me tirou o folego do início ao fim. O final é muito bom, te faz até refletir sobre certos aspectos da infância e da vida em geral. Sou uma pessoa fácil de agradar, mas desta vez o livro fez por merecer a nota que estou dando.
O melhor de tudo é que as aventuras de Alec Silva, não param aí! Temos um verdadeiro universo que aos poucos está sendo moldado.
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Larissa 30/07/2015

Legal
Um dos poucos livros de fantasia que não seguem direto a receita "fantasia medieval Tolkien+Martin'.
O livro vai bem até o meio, depois se torna um pouco enfadonho. Os personagens não parecem ter muitas características que os tornam únicos e facilmente reconhecíveis, obrigando o leitor a decorar logo o nome e as criaturas características do personagem para saber a quem se está referindo em determinado momento. Assim como as descrições muitas vezes se limitam a adjetivos do tipo "enorme, magnífico, belo" e etc. Às vezes o texto resvala no pedantismo. Em algumas passagens a narrativa é lenta, cheia de detalhes; outras parecia haver uma certa pressa em terminar uma cena e partir para a próxima.
A história merece uma nova versão mais cuidadosa, ela tem uma certa originalidade (apesar de eu me lembrar de A História sem Fim várias vezes enquanto lia, hehehe).
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Adeline Shade 06/10/2015

Quero o meu convite!
Esse é o segundo livro que li do autor, o primeiro foi a Noveleta "Anamélia" (outra história linda e fantástica); mas hoje falarei de "A Guerra dos Criativos".
No livro o personagem Alec é convocado para uma batalha peculiar chamada "Guerra dos Criativos".
Com uma narrativa autobiográfica fantástica, Alec Silva nos transporta para um mundo cheio de magia, seres sobrenaturais e mitológicos, lordes e artistas que se encontram para participar de uma batalha onde o faz de conta acontece, onde tudo que os criativos imaginam cria vida. Criações espetaculares que os acompanham por todo o trajeto, em busca da vitória, onde agora forças do mal à espreita planejam destruir a paz desse mundo.

Eu li o livro em três dias, a leitura é fluida e gostosa. A história é original e atraente, bem escrita e uma ótima pedida para os verdadeiros amantes da ficção fantástica.

Não tem como alguém terminar de ler esse livro sem aquela imensa vontade de tornar-se um Criativo.
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eu.rodrigomesquita 02/05/2017

Nem gosto de alta fantasia, mas...
Não gosto muito de histórias de alta fantasia e nem me encanto com histórias de grandes feitos fantásticos de proporções colossais. Não gosto de Tolkien, não gosto de Crônicas de Nárnia, não gostei de Mistborn, não gosto da maioria dos livros que folheei nesse estilo, então não posso dizer simplesmente que esse livro me agradou. Não é para mim. Mas preciso dizer uma coisa:

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo" (Tabacaria - Fernando Pessoa)

Acho que a citação acima é a primeira referência que tive quando comecei a ler "A guerra dos criativos". Fazendo parte de uma vanguarda que se traduz em uma espécie de "autobiografia fantástica", Alec narra duas histórias: uma rela, seca, cinza, de quem carrega algumas dores demasiada humanas. a outra história é onírica, viva, colorida, uma miríade de explosões.

A melancolia parece ser uma personagem presente na história de Alec, em contraponto a toda a intensidade criativa que pululam das páginas. Cada parágrafo acaba por mostrar como é a nossa dualidade: quanto mais guardamos os sentimentos em nós mesmos, mas formas eles tomam no nosso mundo interior.

Aqui os sentimentos e a criatividade são tão intensos quanto uma guerra, e o que as próximas páginas podem apresentar (adoro aliterações) só é limitado pela imaginação do autor e do leitor.
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