Bekah Abreu 28/08/2016"O homem branco não 'falar' do que tem no coração? Então ele deve ser bem triste."Ler esse livro é uma das coisas mais chocantes que fiz na vida. Minha mãe e eu não concordamos em quase nada, na questão literária. Há poucos livros que ela gosta que me instigam.
Quando ela me ofereceu esse para ler, eu logo fiz cara feia. Mas fui surpreendida.
Ok, a estória se passa na época do velho oeste, mas o foco não é aqueles filmes de ‘faroeste’. A principal seria Jesse King, uma garota que casou sem amor e agora foi arrastada para um Oeste perigoso. Só que alguém lá em cima tinha outros planos para a ruivinha e por uma falta de sorte, ela se vê no meio de uma tribo Lakota.
E ali ela se descobriria e redescobriria.
Então, para começo de conversa, esse livro faz parte de uma trilogia de romances cristãos. Só que o tema é basicamente o amor e a crença num Deus. Qualquer pessoa pode ler, mesmo ser acreditar (Tipo: Beleza Perdida).
A trama não fica preso em ‘paredes’ temporais. O livro aborda a vida quase que toda da Jesse e as várias lutas que ela passa. Essa garota sofre pra ‘dedéu’!
A sorte da ruivinha é que o Lakota que a resgatou/capturou é Cavalga o Vento, um homem que já viu uma face mais branda do homem branco e parece querer ajudar a mocinha. Além disso precisa de alguém para cuidar do seu bebê.
O livro segue as aventuras de Jesse nesse povo estranho para ela, assim como as coisas que ela fez para ser aceita na comunidade.
Além de, claro, o romance entre a Jesse e o ‘Cavalga o Vento’ - que é a coisa mais fofa.
O legal dessa estória, foi a exploração do preconceito e da crueldade humana, sem esquecer que esses humanos, também tem uma face boa.
Adorei um pouco da cultura Lakota que o livro fala.
Além disso, também numa visão geral, dado verdadeiros que ocorreram nos Estados Unidos da época. Essa autora está de parabéns!
E o final...Gente é de cortar o coração de tão lindo e abre espaço para o segundo livro, que fala da filha dela: A LisBeth.
Então, pessoas, super recomendado. Acho que a única coisa triste é que não fez sucesso e a encadernação é meio pobre.
Mas se vai fazer o que, né?