27

27 Kim Frank




Resenhas - 27


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Sérgio 09/09/2012

Atitude rock 'n roll passou longe.
Ficha Técnica

Título original: 27
Gênero: Romance
Ano de lançamento: 2009
Ano desta edição: 2011
Editora: Tordesilhas
Páginas: 218
Idioma: Português (tradução do alemão de Eduardo Simões)

Citação: "Tudo parece existir porque eu vejo, porque ouço, porque sinto. Somente porque eu vivo. A alegria do público, seus gritos, o calor de seus corpos, o êxtase em suas veias... eles são a prova de que eu existo. De que eu realmente sou quem sou, de que faço o que faço. Eles são prova do meu mundo. Eles vão escrever e contar por aí que eu existi. Eles são minhas testemunhas. Os espectadores da minha própria encenação bizarra, em que eu sou ao mesmo tempo um ator trágico e cômico. Até que as cortinas se cerrem. E elas vão se cerrar e me enterrar sob elas. Mas eu existi, eles vão dizer. Eu terei sido. Quantos podem afirmar isso de si mesmos?"


Este é o romance de estreia de Kim Frank, alemão (sim, Kim é homem) e músico. Confesso que não o conhecia, nem a sua música, e comprei o livro pela capa (que é maravilhosa) e pela premissa, que parecia interessante. Depois de ler o livro, não tenho a menor vontade de conhecer a música de Frank.

É difícil achar adjetivos para o livro. Infantil? Pobre? Confesso que fiquei muito decepcionado. A começar pelo porco desenvolvimento das personagens. Mika, o protagonista, sequer tem um sobrenome. Ele é um garoto de 18 anos que não tem amigos (pelo menos não se ouve falar de amizades anteriores). Com 18 anos ele toma contato pela primeira vez com Doors, Jimi Hendrix, Stones, faz amizades, toma seu primeiro porre, fuma seu primeiro baseado, entra para uma banda e logo no primeiro show já é capa da Rolling Stone européia! Caramba, esse moleque vegetava antes da história começar?

Mika é fascinado pela morte. Então há certos momentos constrangedores como quando ele tem que entrar em um elevador e entra em pânico (mas entra mesmo assim, e o pânico dura mais fora do elevador do que dentro. Como assim?). A prosa de Frank é fraca, e o livro é quase que totalmente um monólogo em primeira pessoa. Descrições de tudo o que acontece, dos pensamentos de Mika, tudo torna o livro monótono, extremamente enfadonho.

Mika também tem um fascínio pelo número 27 (algo que é porcamente explicado no livro: ele simplesmente tem a mania de converter qualquer número em 27, por meio de contas e associações), mas essa mania só é explicitada quando ele toma conhecimento do "clube dos 27", aquele que reúne os astros do rock mortos com essa idade. Pronto, ele passa a ter a certeza de que vai morrer aos 27. O mais legal é que ele tem medo de morrer, mas não tem problema nenhum em sair por aí e se drogar até os olhos pularem para fora das órbitas.

Frank mistura tudo, e parece se perder, sem conseguir dar continuidade a suas ideias. Há um salto, dos 18 para os 26 anos (talvez nem ele tenha aguentado sua prosa modorrenta e tenha acelerado a história), Mika é um rock star e a história (mal) desenvolvida até então é deixada de lado, para ser retomada mais à frente, quando Mika volta para casa e parece retomar sua vidinha medíocre de 18 anos.

O final é um anti-clímax, é bobo como o estilo de Frank, e me fez sentir mais bobo ainda por ter comprado este livro. Talvez ele pudesse ser relevante na vida de algum garoto de 13 anos, que recém descobriu Nirvana e Rolling Stones, mas que, se pegar esse livro ao completar seus 27 anos para reler vai pensar consigo mesmo: "nossa, como eu era babaca por ter achado esse livro tão legal naquela época". Como eu já passei dos 27 há um tempo, só posso me sentir feliz do livro ter apenas 200 páginas e ter sido uma leitura rápida. Se fossem mais páginas, eu teria largado no meio (ou talvez tivesse me matado, desejando ter morrido aos 27 para não ter tido contato com isso).

Leia mais no meu blog: http://catharsistogo.blogspot.com.br/2012/09/27-kim-frank.html
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Nilson 19/06/2016

bom livro
interessante e preocupante. experimenta-se droga como se fosse sorvete. o protagonista para de se drogar a hora que quer. imagino um adolescente lendo este livro. De qualquer forma mostra o outro lado da fama e o vazio que se tem quando se tem de tudo.
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Lari 13/08/2021

Tanatofobia e Hipocondria
Reli esse livro inúmeras vezes e nunca relacionei a hipocondria com o personagem principal.
Eu tinha a plena certeza, desde muito nova, de que eu morreria aos 19 anos. Fiquei fissurada pela morte, suicídio e violência por muitos anos e claro, cai no Clube dos 27. Mera coincidência ou destino? Mas o destino EXISTE? Bom, o escritor é ótimo em descrever o temor e criou ótimos personagens secundários. Os detalhes são ótimos e cantarolei "Canto Para Minha Morte" do Raul Seixas a semana toda.
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Jeciane Cruz 29/03/2022

27
Havia muito tempo eu não lia um livro tão bom assim.
A maioria já não me empolgava mais tanto. Embora eu provavelmente não tenha compreendido algumas partes como eu deveria eu acho kkkk.

Mas acredito que finalmente descobri o nicho de história que eu que eu gosto de encontrar e ler em um livro.

Selvagem, sensível, louco, apaixonante...

Uma mistura com um pouco disso tudo a ser degustada a cada página.
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15/03/2023

Meio meh
tem livros claramente melhores doq esse, seila é uma história mt clichê de um garoto claramente paranóico e com traços narcisistas de acreditar fielmente q ele vai entrar pro "clube dos 27", isso é, morrer aos 27 anos.

fora isso é aquela história banal de um jovem que ganha fama por fazer rock e pega mulheres e blá blá
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