Flicts

Flicts Ziraldo




Resenhas - Flicts


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ANINHA 23/07/2012

FLICTS
Esse livro fala sobre uma cor chamada Flicts. todas as cores não gostam dela por isso ela é muito solitária.
Esse livro é muito bonito.
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Camila 09/02/2012

Flicts versão nova
Flicts é o livro da mesma linha do Pequeno Príncipe.
É ótimo para refletirmos e pensarmos que apesar das dificuldades, todos temos um lugarzinho reservado para que possamos ser nós mesmos. E reconhecidos por isto!

Sempre tive esse livro na minha estante e fiquei sabendo de uma edição especial pelo blog do livro da Turma da Mônica Jovem que acompanho todos os livros que eles indicam por sempre me surpreenderem e foi nessa que fiquei sabendo da edição especial e de capa dura do Flicts.

Comprei a agora este livro novo está ao lado do antigo e sempre que estou cabisbaixa leio e lembro que apesar de tudo, todos somos especiais, até a cor mais sem graça do mundo...

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brunamotta 19/12/2011

Lindo!
li quando era criança, herdei da minha irmã mais velha, a história é linda e tem uma lição muito bonita no fim!
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Mandy 01/10/2011

Flicts
esse livro conta a historia das cores verde,amarelo,azul e branco...
e derrepente aparece a cor flicts.
eles juntos vao a muitos lugares e nenhum deles tem um ligar para o flicts.
eles decolam de foguete e flicts fica na...
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Gabriel Nascime 30/09/2011

flicts
Flicts é um livro muito legal eu aprovo.
Ele é educativo e com muitas cores principalmente flicts.
Uma cor sozinha e sem alegria onde ela ia, todos não davam chance
nem as cores azul,amarela,rosa,branca,vermelha e laranja
níngem gostava de flicts.
Mais um dia flicts virou lua e alegre ficou.
Flicts é uma lua feliz e alegre.
Não existia em uma caixinha de lápis.
nem em uma bandeira.
autor:Ziraldo
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lice 31/07/2011

Flicts
Flicts é uma cor desconhecida que encontra as cores amarelo, azul, branco,verde e vermelho.Flicts viaja o mundo tentando achar um lugar para ficar mas não consegue.ate que ele encontra um astronalta e...

para descobrir o final leia o livro

LICE
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lice 06/08/2011minha estante
eu vi a peça




Marli Souza 04/04/2011

o lado romântico do Ziraldo....lindo! eu adoro esse livro.........
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spoiler visualizar
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julia 18/11/2010

Flicts
Era uma cor muito sosinha não tinha lugar pra ela.Não tinha a luz do amarelo, a força do vermelho nem a paz do azul.
Entáo foi tentar arrumar algum lugar pra ficar, procurou lugar nas bandeidas,mas nenhuma tinha vaga.Tentou entrar no arco-ires,mas cada um dizia uma coisa,e ficts ficou muito triste,até que um dia ele percebeu que ele era especial ele era cor da lua.
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vjacob 28/09/2010

Para meu filho
Este eu li para o meu filho Ícaro faz parte de uma série onde educadores nomeiam quais os livros que uma criança de 04 anos deveria ler ou ao menos escutar. Ideal para esta idade. Mostra de forma simples que cada um tem o seu valor.
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nessa_uepa 23/02/2010

Livro muito "fofo".
Descobri que o meu cachorro é Flicts!
Rodrigo 06/04/2024minha estante
cachorro Flicts vira-lata brasileiro!




Nessa Gagliardi 24/09/2009

Tá, eu não gosto do Ziraldo, principalmente após levar um milhão do Estado (pago com mu, seu, nosso rico dinheirinho) por causa da ditadura, mas vá lá, tenho que assumir...
O livro é uma gracinha!
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Ladyce 19/04/2010minha estante
Puxa, foi ótimo ver alguém com uma opinião sobre o Ziraldo que é exatamente a minha! Já me chamaram de radical por causa disso. Concordo com você no entanto, Ficts é uma gracinha!




Claudia 19/08/2009

FLICTS: CORAÇÃO DA COR
Quando posso falar, escrever sobre FLICTS é como se eu estivesse revivendo momentos de descobertas. Em 2005 escolhí o livro Flicts de Ziraldo como objeto da minha pesquisa de mestrado. Farei breve comentário sobre o livro e para quem for apaixonado pela obra, poderá acessar a dissertação na íntegra no site da Universidade Estadual Paulista-Unesp – Instituto de Artes, biblioteca, "FLICTS, LIVRO DE ARTISTA", 2007- (em pdf).

FLICTS – “O coração da cor”
Sem o uso de configuração naturalista, Ziraldo narra os problemas de uma cor deslocada do espectro do nosso imaginário. Flicts é uma cor que não está na caixa de lápis de cor, não está nas bandeiras dos países e não está no arco-íris. Flicts, apresenta um projeto gráfico original e modifica-se nas reedições ao longo do tempo, como a palavra e a imagem constroem a significação da obra, e sobre a abstração das formas naturais e sua geometrização, resultando uma simplificação num nível profundo de caracterização do mundo não figurativo, mas figural. Seu primeiro exemplar foi lançado em 1969, pela editora Expressão e Cultura, Rio de Janeiro.

A razão mais significadora que sustentou minha pesquisa, foi o desejo de exploração da capacidade humana que nos faz surpreender sempre e que renova os modos de ver, pensar, ler e expressar, para ressignificar um assunto, uma questão, um autor, uma obra, um objeto, enfim.

Ao escolher uma obra literária de Ziraldo como objeto de estudo, sabía que ela se apresentava com um gama considerável de possibilidades intrerpretativas, porém me apoiei num ponto básico que auxiliou na delimitação e a exploração do tema: o lugar inaugural ocupado pela obra do autor na história da literatura infantil e juvenil brasileira, em decorrência da multiface das linguagens e da concepção do objeto-novo. Entretando ampliei as interpretações, priorizando a leitura e análise da concepção artística da obra, suas modificações a cada edição e editora, bem como a leitura perceptual por crianças com oito anos de idade e suas interpretações.

O sentido de busca da identidade, que constatamos na trajetória da personagem Flicts, prima pela vitória de forças libertárias, que, em jogo com forças opostas, exercem tensões de proveito quanto à crítica, à ficção e à linguagem poética, tão explorada por Ziraldo.

A compreensão do literário contemplando o texto verbal e visual, no qual o sentido é gerado pela inter-relação entre as narrativas, sob as quais se constrói as obras "ziraldianas", faz surgir, amadurecer e crescer a produção editorial no Brasil, onde não são poucos os livros que merecem a qualificação de obras-primas.

A composição nova, contemporânea e para muitos tida como complexa que vemos em Flicts faz parte de um universo privilegiado, considerando a especificidade do livro infantil, que pode ser definido pela interposição de códigos, produtora da ação de representações simbólicas e muitas vezes complementar no processo da interação das múltiplas linguagens.

Com relação as duas reedições de Flicts (da Editora Primor/1976 e algumas da Editora Melhoramentos a partir de 1984, com exceção da edição comemorativa), comparadas à original, de 1969, Editora Expressão e Cultura, me deparei com modificações severas, algumas afetando aspectos gráficos-visuais e por sua vez a narrativa simbólica que Ziraldo concebeu em seu projeto gráfico inicial; lamento que medidas de economia adotadas pels editoras tenham alterado a concepção estética original da obra.

Reconhecendo que o diferencial inovador representado por Ziraldo na Arte do seu país, incluindo a de fazer livros, levando em conta a criação de Flicts que foi considerado um livro único, um livro-objeto, um livro de artista pelo seu valor estético, e obras que surgiram a partir de Flicts, garante-lhes status inaugural e uma acolhida bastante abrangente, nacional e internacionalmente, onde sua literatura e sua habilidade plástica seja conhecida pela originalidade do seu modo de escrever-desenhar-fazer livros, anunciando e guardando lugar na produção editorial brasileira, e principalmente, exercendo a liberdade em arte, trilhando o seu próprio caminho, insurgindo , pela criatividade, contra formalidades e convenções.

E para encerrar, algumas palavras de Carlos Drummond de Andrade sobre Flicts.


FLICTS:O CORAÇAO DA COR

“O mundo não é uma coleção de objetos naturais com suas formas respectivas, testemunhadas pela evidência ou pela ciência, o mundo é cor.

A vida não é uma série de funções da substância organizada, desde a mais humilde até a de maior requinte, a vida são cores.

Tudo é cor. O que existe, existe na cor e pela cor. A cor ama, brinca, exalta, repele, dá sentido e expressão ao sítio ou à aparência onde ela pousa.

Cores são seres individualizados e super-poderosos, que se servem de nosso veículo óptico para proclamar sua verdade.

Nossas verdadinhas concretas empalidecem ao sol múltiplo que elas concentram.

Aprendo isso, tão tarde! Com Ziraldo. Ou mais propriamente com Flicts, criação de Ziraldo, que se torna independente do criador, e vive e vibra por si.

Que é Flicts? Não digo, não quero dizer.

Cada um que trave contato pessoal com Flicts, e sinta o que eu sinto ao conhecê-la um deslumbramento, um pasmo radiante, a felicidade de renascer diante do espetáculo das coisas em estado puro.

Flicts faz a gente voltar ao ponto de partida, que, paradoxalmente, é ponto de chegada. No princípio era cor, e no fim será cor, alegria da percepção. Ou nem haverá fim, se concebermos a cor em si, flutuando no possível, desinteressada de pouso e tempo.

Flicts já flutua no bôjo desta idéia. Mais um passo, e não precisará de ponto de referência, ela que rodou por toda a parte para afirmar-se, e acabou se encontrando… onde, não digo, não quero dizer. Você é que tem que chegar lá para vê-la. O conto contado por Ziraldo só merece um adjetivo, infelizmente desmoralizado: maravilhoso. Não há outro, e sinto a pobreza do meu cartuchame verbal, para definir Flicts: não carece de definição. É.

Mestre do traço desmitificador ou generoso (Supermãe, Jeremias), Ziraldo abriu mão de suas artimanhas todas para revelar Flicts com absoluta economia de meios, ou, antes, sem meio algum. E dá-nos a festa da cor como realidade profunda, e não mera impressão da luz no olho. Sua revelação é fulgurante. Faz explodir a carga emocional e mental que as cores trazem consigo.

Disse que me faltam palavras: entretanto, o próprio Ziraldo, monstro inventor de Caratinga, soube encontrá-las, compondo com elas não uma explicação de Flicts, mas um guia lacônico de viagem, para acompanharmos o giro ancoso de Flicts pelo universo. Este guia saiu um poema exato. Do resto, que é Flicts senão poesia formulada de outra maneira por Ziraldo? E o consórcio das duas poesias forma uma terceira, dom maior deste livro.

Flicts é a iluminação – afinal, brotou a palavra – mais fascinante de um achado: a cor, muito além de fenômeno visual, é estado de ser, e é a própria imagem. Desprende-se da faculdade de simbolizar, e revela-se aquilo em torno do qual os símbolos circulam, voejam, volitam, esvoaçam – fly, flit, fling – no desejo de encarnar-se. Mas para que símbolos se captamos o coração da cor? Ziraldo realizou a façanha em seu livro.”

ANDRADE, Carlos Drummond de. In: “Flicts: o coração da cor”. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22 de agosto de 1969.

Grande abraço cor de Flicts!
Claudia Cascarelli





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