Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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kleyson 03/06/2020

Olhai as estrelas do céu
"O que havia por enquanto era a deplorável covardia de uma pobre carne sem vontade, que amava o conforto e se negava a desprender-se das coisas que lhe proporcionavam gozo, bem estar."
"Ele ia para casa, onde a mãe decerto o esperava aflita. Ficaria no quarto a fumar e a pensar. Era só e infeliz. E essa permanente sensação de infelicidade, desconforto e Insatisfação torturava-lhe a vida sombria e triste. Havia uma parte do seu ser - a maior, a mais forte e palpável - que se julgava vítima de uma grande injustiça e que desejava ansiadamente subir, melhorar de condição social, fosse como fosse. A outra parte do seu eu - tão imprecisa e débil que em certos momentos desaparecia, como se nunca houvesse existido exercia sobre a primeira uma crítica que não era destituída de malícia, inclinava-se a aceitar a realidade com coragem e até com humor."
Eugênio trava uma grande luta interior onde na verdade, durante muito tempo na tentativa de sair de dentro da roda que gira ao redor dele gritando "calça furada!", seu orgulho fala mais alto que o que ele ama. Muita sensibilidade, reflexão e discussões necessárias. Sair da roda é suficiente para a felicidade, a todo custo? Você deseja que não o rodêem ou apenas deseja entrar na roda e girar? Nosso Genoca quis "ganhar a vida" enquanto ela estava a oferecer-se toda numa gratuidade maravilhosa... Ainda bem que ele acordou! Extremamente atual e infelizmente, temas que a obra aborda como facismo, racismo e desigualdade social também são. Amei, leitura obrigatória!
"- Diga-me uma coisa. Você vai mesmo salvar a Humanidade?
- É curioso como eu penso agora nestas coisas. Antigamente só pensava em mim próprio. Vivia como cego. Foi Olívia quem me fez enxergar claro. Ela fez-me ver que a felicidade não era o sucesso, o conforto. Uma simples frase deixou-me a pensar: «Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles.»"
Olhemos os lírios do campo e as estrelas, sempre há esperaça na vida.
@Marverosa 03/06/2020minha estante
Vou ter que ler . Segunda vez que ouço falar rede ouvir na mesma semana! ?


kleyson 03/06/2020minha estante
Vale muito a pena, aproveita pra ler nesse momento que tem muito a ver com o que tá acontecendo no mundo agora! ?




Mia 25/05/2020

Não sei se aproveitei tudo o que tinha que aproveitar do livro, mas foi uma leitura fácil, agradável e que ficou muito melhor no final pq o genoca finalmente apreendeu pelo que vale a pena viver e não foi pelo dinheiro. Com certeza lerei de novo algum dia e aproveitarei muito mais.
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Sami 21/05/2020

é um livro muito gostoso e de ler, e durante todo o livro ,ele te faz refletir sobre a vida.Gostei muito e foi de um peso enorme e ao mesmo tempo uma delicia deeler e acompanhar a historia de Eugenio em sua busca.
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missbiridim 19/05/2020

um clássico da literatura brasileira, de leitura fácil e rápida, mas não exatamente espetacular, me senti ficar um pouco entediada as vezes, com a falta de alguma coisa, uma movimentação. apesar disso, gostei de conhecer um pouco sobre o dia a dia da época e região ambientados.
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Le 16/05/2020

Idealizado, mas necessário
O livro oferta uma leitura gostosa e tranquila, cheia de reflexões. E, principalmente no que diz respeito à primeira parte, também cheia de emoções e análises psicológicas. No entanto, a respeito da personagem Olivia e principalmente da segunda parte do livro, achei a leitura otimista e em muito idealizada. Acho que a análise deve ser feita a partir do contexto histórico, pois assim ganha um caráter singular. Uma filosofia pacifista e democrática em meio ao nazifascismo e comunismo do fim dos anos 30. Enfim, um livro poético, necessário e histórico.
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Valeria 16/05/2020

Erico Verissimo....um homem a frente de seu tempo quando construiu esse Megatério Literário. Um livro que vale a leitura em qualquer século ou epoca. Um livro que nos norteia a pensar em si mesmo...nos faz enxergar de dentro para fora, e nos faz tomar atitudes antes de viver o problema. Somos todos Eugenios de formas diferentes ou iguais ao Eugênio do autor, mas seguimos Eugenios. Super vale a pena ler esse livro.
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Nise 15/05/2020

Um livro emocionante em todos os sentidos, você vai sentir raiva, tristeza e alegria.
Sempre acreditei que o amor transforma aqueles que ficam abertos para recebê-lo e esse livro me mostrou que não sou só eu que penso assim. Além disso, a obra aborda assuntos que ainda hoje são vivos em nossa sociedade como preconceito, diferentes classes sociais, fé, luto, adultério, política... Enfim, uma obra clássica, completa e encantadora.
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Ariane 12/05/2020

De fato, Érico construiu de forma magnífica a personagem de Eugênio. Suas angústias são, muitas vezes, nossas. A vontade de fazer algo incrível e histórico, a busca por uma versão final de si e os toques de bovarismo nos fazem criar empatia e conexão com o personagem principal. Também é interessantíssimo o retrato da alta burguesia e os diálogos criados para expressar os preconceitos e misérias das mesmas. Porém, muito me incomoda a forma como a personagem de Olivia foi construída. Na minha concepção, há quase um apagamento da história dela e até mesmo de suas emoções. É uma personagem que reforça o esteriótipo romantizado de mulher que tudo aguenta e, no final das contas, é doce e suave como uma brisa. Acho que ela poderia ter sido mais aprofundada, menos romantizada. Mas entendo que são traços que, na verdade, nos falam um pouco até mesmo da visão sobre a mulher na época (e até hoje). No mais, a leitura é leve, mas que traz muitas reflexões.
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Meline 06/05/2020

Esperava mais
O título desse livro (acho tão lírico...) sempre me atraiu muito, mas esperava mais dele. Notoriamente, Érico é um excelente escritor e retrata muito bem os aspectos humanos. Há ótimas ?lições? no livro, mas acho que até demais... do meio pro fim, os diálogos ficam enfadonhos e repetitivos, a meu ver. Creio que valha a leitura, até mesmo por ser o livro que marca a
carreira do autor e por trazer boas reflexões sobre a vida e sobre o Brasil.
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Amandinha 01/05/2020

É incrível ler a literatura de Erico... Já li Clarissa, e me apaixonei, mas esse livro ganhou meu coração.
Eugênio, médico formado com muito esforço, casa-se por interesse e vive uma vida rica mas triste. Porém, todo o enredo que está ao seu redor, traz mais que reflexões sobre a sociedade e a vida, traz um tapa na cara de cada pessoa que lê.
“O mundo está cheio de criaturas perversas, audaciosas e egoístas que não escolhem meios para conseguirem a satisfação de seus desejos. Muito bem. Que é que a senhora com a sua filosofia de amor, tolerância e boa vontade propõe fazer para libertar o mundo da influência dos políticos sem escrúpulos, dos traficantes gananciosos, de todos os males que o afligem? Os patifes usam da violência. Que fazeis vós, os pacifistas? Cruzais os braços e ficais na contemplação de Deus?”. Essa passagem é dolorosa, mas uma ótima reflexão de Erico Verissimo, tendo contraste com nossos dias atuais. Na verdade, “Olhai os lírios do campo” traz grandes e profundas reflexões sobre a sociedade e vida, com preceitos e escolhas que perpassam décadas...
E como o autor mesmo dizia, ou melhor, Olívia, sua personagem:” A vida começa todos os dias” mas ações cometidas nunca são desfeitas, assim como, escolhas podem fazer com que o tempo passe e haja arrependimentos.
Mas o melhor é que nesse excelente livro há a confirmação de que a gentileza pode melhorar o mundo pois "Se os homens cultivasse a gentileza seria possível atenuar um pouco tudo quanto a vida tinha de áspero e brutal."
Além desse livro haver tudo isso, irei colocar outros quotes marcantes:
“Há desistir de compreender a vida. O melhor é não pensar muito e não fazer perguntas. Pra que? Quando a gente tem uma ferida, faz o possível pra não meter o dedo nela. Você parece que é desses que gostam de escarafunchar nas próprias feridas.”
“A vida já é uma cadeia. Mas nós podemos falar, discutir, contar essas misérias ao maior número possível de amigos e conhecidos. Um dia é possível que algum sujeito importante leve a coisa a sério.”
“Pensemos apenas nisto: não fomos consultados para vir para este mundo e não seremos consultados quando tivermos de partir. Isto dá bem a medida da nossa importância material na terra, mas deve ser um elemento de consolo e não de desespero.”
“Só a vida ensina a viver. [...] É preciso a gente ver primeiro tudo que a vida tem de mau e de sórdido para depois podermos descobrir o que ela tem de belo e de bom, de profundamente bom.”
“Seja como for.... eu acredito num futuro melhor.”
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Bea 01/05/2020

Conteúdo muito rico!
Dois médicos Olívia e Eugênio. Com a sua trama nos fazem viver uma história que suscita muitas emoções e cheia de grandes aprendizados.
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Lincoln 28/04/2020

Olha as estrelas e tem coragem!
"Olhai os lírios do campo" é um belíssimo romance de Érico Veríssimo e trata principalmente dos conflitos internos vividos por Eugênio Fontes. "Genoca", como é chamado pelos amigos e familiares, é um rapaz pobre, filho de um alfaiate e uma lavadeira que trabalham duro para custearem-lhe o curso de medicina. Seu irmão Ernesto não tem a mesma sorte já que o dinheiro ganho pelos pais é suficiente apenas para pagar os estudos do mais velho. Eugênio vai para um internato de alto nível, o Columbia College, onde sofre mais intensamente por sua diferença econômica e social. "Nestinho", que já tinha personalidade peralta e fumava desde menino, torna-se alcoólatra e desordeiro. A mensagem central do livro é transmitida por Olívia, único e verdadeiro amor de Eugênio. Essa relação se estreita a partir da formatura quando, os dois de origem humilde, encontram-se receosos do futuro que os aguarda. Olívia é uma mulher de muita fé e, apesar de possuir os mesmos anseios e angústias de Eugênio, encara a vida com mais serenidade e autocontrole. Os dois se envolvem em um romance não declarado e juntos têm uma noite de amor. Olívia precisa passar algum tempo fora, em Nova Itália, para aproveitar uma oportunidade de emprego. Durante esse período, Eugênio é movido puramente por interesse e necessidade de aplacar o seu complexo de inferioridade. Ele se casa com Eunice Cintra, herdeira do conglomerado de empresas Cintra. Em três anos de convivência, o médico se dá conta do erro que cometera e vê com mais clareza que não tem nada em comum com sua esposa. Eugênio passa também a ter relações extraconjugais com Isabel, esposa do ambicioso engenheiro Filipe Lobo. O retorno de Olívia altera profundamente as convicções do rapaz e, em uma noite de desespero em que ele a procura, descobre que do romance dos dois houve um fruto: Anamaria. O ponto alto que culmina em divórcio é a morte de Olívia. A jovem médica deixa algumas cartas que escrevera durante o período em que estava fora. À medida que Eugênio amadurece, enxerga o mundo de forma mais humana e semelhante a de Olívia.

Citações marcantes:
"Olha as estrelas. Enquanto elas brilharem haverá esperança na vida."
No contexto do livro, as estrelas continuam puras porque os homens ainda não as alcançaram.
"Olha as estrelas e tem coragem".

“-Vocês ateus nos querem tirar Deus para nos dar em lugar dele... o quê? É o mesmo que tirar pão da boca de quem tem fome e dar-lhe em troca um punhado de cinzas ou de areia."
Disse Olívia enquanto Eugênio insistia em contestar as convicções da moça, ainda que ele tivesse "um temor subterrâneo a Deus"

"Só tem medo da solidão quem tem medo dos próprios pensamentos”
Dispensa esclarecimentos.

"A bondade não deve ser uma virtude passiva"
Concluiu Eugênio após observar que apenas não praticar o mal não basta.
Edmar Lima (@literalgia) 28/04/2020minha estante
Parabéns pela resenha, amor, está evoluindo muito!


Lincoln 29/04/2020minha estante
Obrigado, amor! Essa resenha tem quase 5 anos, mas vou aceitar o elogio como motivação e incentivo, rs. :D




Maria.Regina 22/04/2020

Nunca fui acostumada a ler livros de autores brasileiros que não fossem contemporâneos, mas Paulo Coelho me cativou, me despertou o desejo de me aventurar em um mundo novo. E com Érico Veríssimo não foi diferente. Para quem não é acostumado a essa forma de escrita, no início o desejo de abandona é grande, é preciso ter muita concentração para conseguir ler e se envolver. Porém com o decorrer de cada página surge um mistério, surge o mistério daquele amor. Não é um romance qualquer, tem muito mais do que só amor nessa história, tem muito mais do que amor entre o Genoca e a Olívia, entre todos os dilemas da vida do Genoca....
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João Malafaia 15/04/2020

Releitura, dessa vez foi melhor
Faz uns 5 anos desde que li esse livro pela primeira vez e, por mais que eu tenha gostado mais agora, sigo achando que a segunda parte é bem arrastada e desanimada, apesar das incríveis reflexões e ensinamentos nela presente. A qualidade cai muito da primeira parte, cativante e frenética, para a segunda, parada e introspectiva.
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Jão 12/04/2020

Olhai os Lírios do Campo, um convite à felicidade simples
Olhai os Lírios do Campo foi o livro que alçou Érico Veríssimo ao sucesso e o qual lhe proporcionou conseguir viver somente da literatura. Escrito em 1936, ele traz um envolvente enredo focado na história de Eugênio Pontes, médico porto-alegrense. A narrativa é dividida em duas partes muito diferentes entre si, mas igualmente cativantes e ótimas. A primeira, de tom mais psicológico, se concentra em nos apresentar à figura do protagonista por meio de uma singular mistura. Ao mesmo tempo em que - através de flashbacks - revivemos episódios marcantes para entendermos quem ele é, também acompanhamos a urgente viagem do sítio de seu sogro até a cidade para encontrar Olívia, a qual está prestes a morrer. Devo adiantar que sua pessoa não é das mais “queridas” que poderíamos conhecer, ele é, no fim das contas, alguém demasiadamente humano. Com um complexo de inferioridade de proporções enormes, Genoca (como os mais íntimos o chamavam) é uma pessoa covarde e mesquinha, que almeja se desvincular de sua origem humilde e pobre alcançado a riqueza e a fama. Ainda assim, não consigo desprezá-lo totalmente, a forma pela qual Veríssimo o construiu mostra nele um lado bom, o qual tem ciência de suas ações e deseja mudá-las, mas que não encontra forças para tanto.

A segunda parte é uma alteração brusca em todos os sentidos possíveis. De caráter mais filosófico e social, ela foca em mostrar os ensinamentos que Olivia tanto desejava passar para seu amigo e a caminhada de nosso protagonista. Se não apresentei essa singular personagem, deixe-me o fazer: pouco sabemos sobre sua origem, contudo conhecemo-nas durante a formatura de Eugênio, sendo ela a única mulher a se formar (lembremos do período retratado aqui, o período da primeira geração de mulheres a ocuparem cargos antes masculinos). Olívia é, como o próprio autor escreve no prefácio, uma personagem de ares inumanos, que muito me lembrou Atticus Finch e mesmo Alvo Dumbledore, ou seja, aquele tipo de pessoa por quem nos apaixonamos logo de cara, a qual poderíamos ouvir falar por horas a fio a fim de absorver o máximo possível. Alguém calmo, simpático, carinhoso e que demonstra uma bondade sem igual. Mas, voltemos a falar de nosso protagonista: no decorrer da segunda parte vivenciamos sua rotina, atendendo a todo tipo de pessoa, refletindo e tentando cumprir o que sua amiga tentou lhe ensinar. Ainda que a primeira metade tenha sido consumida muito mais rapidamente do que esta, devo confessar que foi ela a mais prazerosa. Ainda que a outra tenha sido muito tocante, como o momento em que Eugênio encara seu pai após ignorá-lo na rua, foi esta segunda parte aquela que conquistou meus sentimentos e me fez ficar fascinado com cada frase. Por favor, com isso eu não quero dizer que o livro em si é a obra mais perfeita do mundo, não. Concordo no que concerne à inumanidade de Olívia, ao tom um tanto salvacionista de sua filosofia e até mesmo achei que o livro cumpriu com sua finalidade algumas páginas antes de terminar propriamente dito. Apesar das “imperfeições”, creio em sua importância num mundo cada vez mais ligado à efemeridade das relações e ao superficialismo da felicidade, e é por isso que eu o recomendo.

“Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?”

O que Olívia tenta ensinar a Eugênio - e, por consequência, para nós leitores - não é novo e nem inovador. Figuras tão inumanas quanto ela já pregaram uma “filosofia salvacionista barata”, mas que, ainda assim, são de uma sabedoria tremenda. A lição é simples: a felicidade não se constrói baseada em bens materiais, no luxo de um apartamento, em festas regadas à opulência ou coisas do genêro, não. Ser feliz é tão simples quanto ler um livro prazeroso, ter a oportunidade de dar boas risadas com seus amigos ou abraçar quem você ama. Ter alegria é também se prestar a ajudar o outro, mas sem desejos de fama ou palmas, é ajudar para que não só você possa aproveitar o bem-estar. A felicidade é um processo simples e o qual, nem de longe, se baseia em ter muitos seguidores e curtidas ou em ter o mais novo iPhone. Ao ler Olhai os Lírios do Campo, você tem a chance de compreender essa “filosofia salvacionista barata” e refletir sobre o que tem sido mais importante em sua vida.

“E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.”
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