Jacqueline 03/01/2012
Resenha publicada originalmente em : www.mybooklit.blogspot.com
Este livro foi minha última leitura de 2011. Foi o primeiro livro sobre sereias que li, e eu quero mais!!
A editora ID está de parabéns, por trazer séries que eu queria ler faz um tempão, e ainda manter a capa original que é linda. Quanto ao título, não posso elogiar, porque achei que esse não combinou em nada com a história em si. O original Forgive me fins (Perdoe-me barbatanas) tem tudo a ver, e não sei porque escolheram não manter a tradução, enfim, isso não atrapalha em nada a história apaixonante, que a série traz.
"- Não suporto essas meninas que vivem de modinhas ou metidas a modelo. Gosto de garotas que tenham personalidade e sejam diferentes. Originais. Gosto de você" (pág. 217)
A história é narrada em primeira pessoa, por Lily Anderson, uma adolescente de 17 anos que esconde um segredo (bem, na verdade são dois, o primeiro é sua quedinha pelo líder da equipe de natação Brody Bennet): ela é uma sereia. E não uma sereia qualquer, ela é uma princesa, filha do Rei Náutilo de Thalassínia.
Aos 14 anos, ela descobre que sua mãe era humana, sendo assim ela compreende porque nunca se sentiu muito à vontade no fundo do mar, e resolve viver em terra firme, indo morar com sua tia Rachel.
No colégio Maresia, ela conhece seu amor platônico: Brody, líder da equipe de natação.
Ela faz de tudo para convidá-lo para o baile, e assim ter a oportunidade de contar sobre o seu amor e segredo, para que juntos possam viver no fundo do mar e governar Thalassínia quando completar 18 anos.
Mas isso não será tarefa tão fácil, quando seu vizinho metido a motoqueiro e pior inimigo: Quince Fletcher, estragar todos os seus planos.
"- Você não deveria ficar achando que sabe como as pessoas veem você, Lily (...) Algumas pessoas veem beleza no caos" (pág. 202)"
A história que Tera criou é cativante, e por mais que o enredo não seja cheio de reviravoltas e suspense, o tom leve da narrativa torna a leitura bastante agradável.
Lily foge do comum das heroínas de sua idade, apesar de ser uma princesa, ela não é nenhum modelo de beleza: é magra, seu cabelo mais parece uma esponja-marinha loira, de tão ressecado e indomável e além disso ela não tem nenhuma noção de moda e de como se vestir.
É hilário a forma como ela usa metáforas marinhas para descrever tudo, incluindo o apelido de seu vizinho: baiacu.
Mas no meio do livro eu me irritei com o jeito superficial dela, e a insistência irritante em conquistar o Brody, um mauricinho que só se preocupa com a sua imagem.
"-Não acredito que exista nenhuma magia que possa deixar alguém mais apaixonado (...) O amor já é a magia mais forte do mundo." (pág.184)
O ponto alto do livro é o Quince, o vizinho maravilhoso, que usa botas de motoqueiro e não sabe nadar (quanta ironia do destino).Em alguns momentos ele me lembrou o Jacob de crepúsculo, pelo fato dos dois serem apaixonados por motos. Ele é sarcástico, tem um jeito meio arrogante, mas se mostra bastante doce, sensível e faz de tudo para que Lily enxergue a verdade: que ela só está apaixonada pela imagem do Brody. Quince é super fofo, e vai por mim: você irá se apaixonar por ele no primeiro capítulo.
O romance é bem fofo e ingênuo, mas eu senti falta de um triângulo amoroso. O livro pertence a uma trilogia, e o segundo volume Fins are forever (barbatanas são para sempre), não tem previsão de lançamento no Brasil, mas torço para que a editora mantenha a capa e o nome.
(...) - Tipo quando vejo a menina que eu amo chorando e meu coração se despedaça, e eu só penso em fazer alguma coisa para que ela se esqueça do que a deixou triste. Isso é real" (pág.227)
Nota: 4,5/5