Doutor Fausto

Doutor Fausto Thomas Mann




Resenhas - Doutor Fausto


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andré 13/04/2013

A queda do homem, a queda da nação
Ao fechar desse livro senti todo o peso do que os gregos chamavam de catarse, sob a forma de um sentimento abstrato, de uma elevação melancólica que vinha não sei de onde e me enchia por completo. O poder narrativo de Mann rompe as barreiras do tempo, as barreiras do espaço, tanto na obra, quanto no universo do leitor. Doutor Fausto te leva para regiões de si mesmo inexplicáveis em palavras, onde somente a arte (a arte como deveria ser) é capaz de levar no seu resultado final! Ele te rouba daqui, te coloca num universo paralelo, apesar de todo esforço necessário para ler sua prosa, que é, sem dúvidas, difícil. Isso se deve ao caráter de oralidade da narração, o narrador monologa com o leitor (o que é muito interessante), mas sem abandonar o seu microcosmos, ou seja, ele fala com quem lê falando ao mesmo tempo com si mesmo, o que dá várias vezes um ar filosófico ao livro. Outro ponto "pesado" são os trechos sobre teoria da música, o que é incrível, porque entre as passagens técnicas Mann faz o absurdo de descrever algo tão abstrato quanto a música! Mas o fato de nem todos os leitores (eu por exemplo) não serem músicos, torna meio complexo a leitura.
Quanto a história! Thomas Mann viaja entre dois tempos com seu narrador, Severos Zeitblom,que vive o final da Segunda Guerra Mundial, e volta, através de suas lembranças, até antes do começo da Primeira Guerra, para narrar a vida do amigo protagonista, Adrian Leverkühn, cuja história termina, pasme!, no começo da Segunda Guerra Mundial. A razão é o jogo figurado fodastico de Mann, que faz seu protagonista e seu país dividirem o mesmo destino. Ambos são levados por palavras (Hitler e o diabo) a venderem suas almas em troca do brilho da grandeza, e seu destino é trágico por isso. Quando o Fausto do século XX e o país mais poderoso do mundo partilham do mesmo fim, é natural que a narração abarque ao mesmo tempo ambos. E ao mesmo tempo, a história de Doutor Fausto é a história da arte. A apologia à arte moderna é gritante, romper as barreiras, alcançar o absolutamente novo, transformar em arte o que é apoético! E no fim de tudo, o encontro da beleza com a tristeza, como a dor sem medidas transportada para a arte consegue encarnar o mais elevado tributo, e transformar-se, a tristeza na arte, na expressão máxima de uma época, que, com toda sua perda da "eminência à vida", como diria Lukács, encontra na tragédia a expressão absoluta!
Por fim, fica, é claro, o vazio que te acompanha ao terminar uma obra na qual vc mergulhou por muito tempo e que deixará, felizmente, saudade.
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Ludmila 20/11/2021

Um livro denso, difícil, cheio de divagações de histórias paralelas, fugindo muito do texto principal. Além disso, fala-se de música de forma difícil e técnica, quase impossível de entender ou imaginar pra quem não sabe tem conhecimento avançado sobre o tema. Vou ter que reler algum dia.
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DeaGomes 08/02/2023

Livro de releituras
Doutor Fausto é um livro de releituras, vá sabendo disso e não fique chateadx, você não vai entender tudo. Há muitas referências acerca da sociologia, da política, da filosofia e, principalmente, da música. Quem compreende a linguagem musical vai ter uma experiência mais produtiva em diversas passagens que eu simplesmente, mesmo pesquisando, não entendi nada.
DICA: pesquise sobre o papel da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, vai ajudar muito na compreensão de inúmeras passagens.

Até o momento li todos os livros que a Companhia das Letras vem publicando do Thomas Mann, e com certeza esse é sim o mais difícil (mas não impossível).

Thomas faz uso de vários adjuntos e complementos em um mesmo parágrafo prolongando demais a conclusão do pensamento. São períodos longos e uma sintaxe bastante rebuscada, que pode sim cansar a leitura, pois exige uma atenção redobrada a cada sentença, além de configurar grande sobrecarga intelectual.

Thomas Mann, ao perceber certo exagero no rebuscamento, com a ajuda de sua filha, tentou reduzi-lo ao máximo (imagina se ele não tivesse reescrito?! Kkkk). De qualquer modo, o narrador do livro é um pedagogo, intelectual e erudito, então faz muito sentido a escrita ser um tanto dura.

Indico não começar lendo Thomas Mann por esse livro, com certeza vai assutar! Mas se você é um leitor experiente e gosta de desafios, leia porque Thomas Mann sempre vai valer a pena!
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Filipe 26/03/2023

O empenho intelectual das obras de Thomas Mann é a marca mais forte deste que é um dos meus autores favoritos. São 600 páginas de uma história que não é única, uma vez que na maior parte do livro nos deparamos com as vias secundárias de uma jornada épica.

Há um momento onde o paralelismo com o Faustus de Goethe é mais óbvio, a clássica visita do demônio ao herói, onde se realiza o pacto que rege toda a história. No caso da versão de Mann, há uma menor importância nesta cena, principalmente em relação à uma das cenas finais, onde o personagem principal faz o seu discurso tão carregado de emoções.
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Edna 01/04/2021

Atualizando
Um dos primeiros clássicos que li, uma das
obras mais enigmáticas de Thomas Mann uma forte crítica política,  sobre Adrian o compositor e seu desejo de poder que vende sua alma em troca de sucesso.
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Tiago 07/10/2020

Adrian vendeu a alma ao Diabo; a Alemanha a Hitler; o Brasil a Bolsonaro.
Thomas Mann me foi apresentado por um amigo querido à época dos meus dezessete anos. As angústias de Tonio Kroger, com um grande esforço de imaginação, eu as trazia para mim durante a leitura, que coincidiu com minha saída da casa de meus pais. Jogar-me àquela fantasia era àquela época um modo de me proteger da realidade dura de uma vida que era sentida "mais por mim mesmo". Mas a paixão maior pelos escritos de Mann se deu quando tomei nas mãos Os Buddenbrook, livro do qual a única referência que eu tinha era o que o autor me proporcionara durante minha primeira leitura dele. E foi com seu primeiro romance escrito aos 23 anos que Thomas Mann se tornou para mim um dos meus favoritos. Seu estilo me embalava, e as discussões de fundos teóricos tão mais profundos do que me era capaz de entender me confundiam e encantavam.

Doutor Fausto foi com certeza a leitura mais difícil porque a mais erudita de Mann, mais até que A Montanha Mágica - que me vi escalando a duras penas suas mais de mil páginas no ano seguinte a Os Buddenbrook.

Tomando da teoria da música clássica, Thomas Mann cria Adrian, um rapaz que vende a alma ao diabo em troca de genialidade. Com isso, compõe uma música radicalmente nova - mas sofre as consequências cobradas pelo demônio.

Seguido de inumeráveis conceitos técnicos que só um afeito pela criação musical seria capaz de acompanhar com maior agilidade - diferente de mim, que precisei fazer inúmeras pausas para pesquisas paralelas em vista de entender o que era descrito no romance acerta de acordes, tons e semitons - Thomas Mann cria o que em segundo plano é uma alegoria que se relaciona paralelamente ao que passava a Alemanha, que assim como o protagonista do livro, vendia sua alma ao diabo, desta vez um real: Hitler.

Ao fim do romance, não pude deixar de imaginar uma narrativa paralela para o que houve com o Brasil com a eleição de Bolsonaro. Não que o Brasil tenha vendido a alma ao diabo pela primeira vez nas últimas eleições - acompanhando a história de nosso país e percebo que vende-se a alma ao diabo sempre que nos jogamos nas mãos de uma figura tirana na esperança de glória. A questão é: como perceber e reagir a tirania? -, mas lembrar das manifestações pró-Bolsonaro, com os "patriotas" hasteando com a bandeira do brasil sobre os ombros, proclamando apoio ao atual presidente, tirano moderno, me faz remeter a uma espécie de venda da própria alma ao diabo, na esperança cega de um progresso que nunca poderia haver.

Como no livro, o fim da história não se dá com a descida ao Inferno após o Diabo tomar o que lhe foi prometido em acordo: ela se mostra como um horizonte trágico rumo ao que ainda está por vir.

#thomasmann #doutorfausto #osbuddenbrook #livros #books #ciadasletras
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umafacasolamina 27/06/2022

inclino-me a comparar sua solidão com um abismo, no qual se aprofundavam, sem ruído nem rastro, os sentimentos que os outros lhe ofereciam.
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Cynthia 02/05/2021

Dois meses de uma leitura lenta e deliciosa. Primeira experiência com Thomas Mann deixou um gosto de que venham os próximos....
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Diego Rodrigues 14/04/2022

"24 anos de verve musical, em troca da sua alma e da capacidade de amar"
Em 1938, o escritor alemão Thomas Mann, como muitos de sua geração perseguido e tendo suas obras atiradas à fogueira nazista, refugiou-se nos EUA. Voz ativa contra a ascensão de Hitler e defensor da "uma outra Alemanha", percorreu terras americanas lendo sua obra, dando palestras e auxiliando refugiados judeus. Em contato com nomes como Schoenberg, Stravisnky, Huxley, Chaplin e Einstein, o autor se tornou o centro das atenções. Visto como a personificação da cultura alemã, era frequentemente direcionada a ele a pertinente pergunta: "como a erudita Alemanha mergulhou em tamanha histeria?" E foi tentando responder a essa questão, e investigando qual seria o papel fundamental da arte, que "Doutor Fausto" começou a tomar forma.

Publicado originalmente em 1947, o último romance de Thomas Mann começou a ser escrito em 1943, no calor da Segunda Guerra Mundial. Para concebê-lo, o autor retomou uma ideia que já havia passado por sua cabeça: escrever um romance fáustico. A obra narra a biografia do compositor fictício Adrian Leverkühn, um gênio de personalidade fria e solitária que incendeia a cena artística com sua "nova música". Mas por trás da figura do gênio se esconde um segredo nefasto. Em uma analogia à ascensão do Terceiro Reich e à renúncia do povo alemão a sua humanidade, o compositor faz um pacto com o diabo: 24 anos de virtuose musical em troca de sua alma e da capacidade de amar.

O pacto em si demora para acontecer e o diálogo entre o compositor e o diabo é uma das melhores coisas que a literatura pode nos proporcionar, mas antes disso a obra já nos cativa pelo enigma construído em torno de Leverkühn, um jovem dado ao isolamento e com um gostinho especial pelo místico, que vamos acompanhar desde a mais tenra infância. Narrada sob a perspectiva de Serenus, um amigo de infância, a biografia investiga todos os pormenores da vida do compositor que, assim como a Alemanha da década de 30, almejava fazer parte de "algo grandioso". Ao longo da narrativa, Mann traça diversos paralelos entre o percurso do músico e da Alemanha nazista. Humanista nato, seus medos e suas incertezas sobre os desdobramentos da Segunda Guerra ficam evidentes e chegam ao ápice quando e o autor chega a conclusão de que a derrota na guerra talvez seja a única forma de salvar a Alemanha.

Mann, quem já leu sabe, é um escritor extremamente minucioso. Cada novo personagem que nos é apresentado, tem traçado seu perfil físico e psicológico, sua filosofia de vida e seu histórico familiar. Cada cenário tem sua riqueza de detalhes desbravada, com sua história, sua cultura e sua arquitetura. O autor também mergulha em profundas digressões sobre os mais variados temas: literatura, filosofia, teologia, etc. A música, é claro, desempenha um papel fundamental na obra e Mann, que teve a ajuda de compositores profissionais, explora com riqueza esse mundo mágico. Acredito até que certas passagens possam soar um pouco enfadonhas para os não musicados. Teorias, notas, escalas, intervalos, tempo, partituras, são alguns dos elementos que irão permear toda a leitura. Cabe até um capítulo inteirinho dedicado à obra de Beethoven. Logo, essa é uma leitura que exige paciência. Confesso que senti um pouco de dificuldade em alguns momentos e talvez não estivesse em meu melhor momento para encarar uma obra dessa densidade. Embora tenha gostado do livro, principalmente da metade adiante, sinto que não absorvi tudo que ele tinha a oferecer. Penso em fazer uma releitura futuramente, após ler outras de suas obras e estiver mais familiarizado com a escrita do autor (até então só havia lido "A Montanha Mágica").

Apesar de todos os percalços, a obra acabou por me cativar. Reunindo alguns dos elementos que mais gosto na literatura: contexto histórico e pacto fáustico; foi uma leitura repleta de reflexões, principalmente no que diz respeito a arte e seu papel. O posfácio de Jorge de Almeida, presente nessa edição, também foi bem enriquecedor, contextualizando toda a obra. Foi uma leitura laboriosa, mas ao mesmo tempo recompensadora. Se eu indico? Talvez não para os leitores de primeira viagem do autor. E levando em conta sua densidade, é mais aconselhável se programar para embarcar nessa leitura em um momento de maior tranquilidade.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Carol 01/05/2023

Este romance é uma reinterpretação da lenda alemã de Fausto, que narra a história de um homem que vende sua alma ao diabo em troca de conhecimento e poder.

A história começa com o protagonista, Adrian Leverkühn, um talentoso músico e estudioso que renuncia à vida mundana para se dedicar inteiramente à sua arte. Ele contrai uma doença misteriosa e, em sua busca desesperada por uma cura, faz um pacto com o diabo, que lhe concede a genialidade musical em troca de sua alma.

Leverkühn se torna uma lenda na cena musical alemã, mas sua ascensão à fama é acompanhada por uma série de tragédias pessoais e sociais, incluindo a ascensão do nazismo e a eclosão da Segunda Guerra Mundial. O livro explora temas complexos como a arte, a filosofia, a religião e a política, ao mesmo tempo em que oferece uma análise profunda da sociedade alemã na primeira metade do século XX.

A escrita de Mann é complexa e elegante, com uma profundidade psicológica e filosófica que reflete a riqueza da tradição literária alemã. É uma leitura desafiadora, mas também profundamente recompensadora, que oferece uma reflexão inquietante sobre a natureza da criatividade, a busca pelo conhecimento e as consequências do pacto com o diabo.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/07/2018

Glória E Decadência
Fausto protagoniza uma popular lenda germânica sobre um pacto com o demônio. Ela tem servido de base para diversos textos literários e o mais famoso é a peça teatral escrita e reescrita por Goethe durante sessenta anos.

Thomas Mann retoma o assunto para apresentar a vida do compositor Adrian Leverkühn a partir da perspectiva de seu amigo, o filólogo Serennus Zeitblom, tendo como cenário a Alemanha durante a primeira metade do século XX.

Em linhas gerais, "Doutor Fausto" apresenta sua infância pobre do protagonista, sua firme decisão de abandonar a Universidade, trocando a teologia pela música além de sua obsessão pelo sucesso, capaz de levá-lo a um acordo sinistro tendo como requisito sua rejeição ao amor. Sua intrepidez irá conduzi-lo para um final amargo, marcado pela solidão e a demência causada pela sífilis, incurável antes do advento da penicilina.

Na realidade, o romance também é uma alegoria sobre a queda e ascensão do Nazismo. A atitude de Leverkühn, afastando-se da religiosidade em favor da racionalidade de sua música, reflete a mudança da própria Alemanha, que declinou de seus valores morais em troca da hipocrisia do Terceiro Reich. Com claras referências biográficas ao filósofo Friedrick Nietzsche e ao compositor Arnold Schönberg, o romance também examina temas comuns à obra de Mann como o temor pelo bloqueio criativo e o papel da dor e do isolamento na vida de um artista.

Outro ponto característico é o tom irônico do escritor que pode ser especialmente apreciado através de uma série de personagens que, girando em torno de Leverkühn, não passam de estereótipos burgueses. Também merece destaque, a cena do pacto diabólico cuja ambiguidade tanto aponta para o sobrenatural como para os primeiros delírios de um sifilítico.

Não é exagero a crítica comparar "Doutor Fausto" a "Ulysses", de James Joyce, quanto a sua profundidade e riqueza. De fato, o romance é uma leitura desafiadora e complexa, produto de uma minuciosa pesquisa realizada por um escritor que encarna a própria cultura alemã de seu tempo. Especialmente recomendado para quem aprecia e conhece música clássica, a narrativa se redimensiona diante dessa perspectiva.

Cinco estrelas, um dos melhores livros que já li.
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Janaskoobmania 06/12/2023

Iniciei a leitura sem conhecimento prévio do tema a ser abordado pelo autor, Quando percebi o quanto a leitura seria difícil, busquei na internet algumas resenhas sobre o livro para melhor compreender e aproveitar a leitura. E vejo o quanto isso me ajudou a aproveitar melhor o conteúdo do livro, e me ajudou a entender alguns termos utilizados por Mann durante sua escrita.
Uma das maiores dificuldades que tive com a leitura foi minha falta de conhecimento sobre música, motivo esse que, certamente, me impediu de aproveitar e apreciar o tema.
O livro conta a história de Adrian, um músico que morreu ainda jovem, considerado um grande gênio da música e também de conhecimentos sobre diversos temas, que Mann aborda de forma magistral, como: política, arte, religião, sobre o bem e o mal, vida e morte, e sobre o holocausto que, pra mim, foi uma das passagens mais tocante do livro.
A história é narrada por um amigo de Adrian, que o conheceu na infância. Desconfio que o narrador amava Adrian muito mais do que ele mesmo declara, pois nos deixa transparecer na forma em que fala sobre Adrian.
O personagem principal parece ser uma pessoa extremamente avessa ao contato com outras pessoas, deixando transparecer que prefere estar só do que em um grupo de amigos, as vezes parecia ser um misantropo. Ainda assim, encontra no narrador uma amizade, que talvez ele nem tenha percebido que tinha.
É através do narrador que conhecemos a história e a vida de Adrian.
Adrian desde cedo já apresenta uma genialidade para os estudos. Quando cresce decide estudar teologia, depois muda de ideia e segue para a música, mesmo de forma tardia, Adrian se mostra um talento para compor.
O pacto Fausto aparece como uma insatisfação de Adrian para o que ele estava produzindo, o diálogo dele com o vulgo Diabo é bastante interessante e curioso. Uma das coisas, mesmo óbvia, me surpreendeu no pacto de Adrian é que ele não poderia amar, e aqui é dado uma justificativa bastante interessante (quem ler saberá. Rsrs).
Confesso que em muitos momentos fiquei confusa, perdida, sem entender do que se falava, tive que me obrigar a continuar a leitura pois, disso eu tinha certeza, que no final Mann traria algo que me conquistaria e faria valer a pena a insistência. Nesse aspecto, pelos livros que já li dele, sei que Mann sempre nos trás algo surpreendente e cativante que nos marca e faz valer a conquista da persistência. Sei que estou distante de compreender a magnitude da obra de Mann, mas o pouco que me é descortinado, pela minha ignorância, já me deixa contente e satisfeita com a leitura. Esse é mais um autor que se tornou um dos meus preferidos.
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Maria. 06/05/2021

4 estrelas pela fanfic gay Adrian x Serenus que eu criei na minha cabeça
nat 25/05/2021minha estante
gay feia




Ana Paula Avila 30/04/2023

Uma obra de arte
Neste romance de formação, narrado por Serenus, Thomas Mann nos conta a história de Adrian Leverkühn, um estudante de teologia convertido à música, que faz um pacto mefistofélico para alcançar o sucesso em troca da sua alma.
Além da história da vida de Adrian, vamos acompanhar a história da Alemanha durante a Primeira Guerra mundial (que acontece enquanto Adrian ainda vive), e a Segunda Guerra Mundial (que acontece enquanto Serenus escreve a biografia de Adrian após sua morte).
Com capítulos inteiros falando sobre o mundo da música, instrumentos musicais, partituras e afins, a leitura não teria sido tão prazeirosa se eu não tivesse aproveitado para ouvir algumas obras maravilhosas que são mencionadas no livro.
Além de muita música, também encontramos nessa obra citações e personagens inspirados em vários escritores e compositores importantes como Nietzsche, Schoenberg, Wagner e Beethoven.
Este é um livro que merece muita dedicação e tempo, para que o resultado seja extraordinariamente prazeiroso e recompensador.
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