A Lei do Cão

A Lei do Cão Don Winslow




Resenhas - A Lei do Cão


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Ryllder 21/11/2021

Blood and guts
O mundo do narcotráfico, suas rivalidades, violência e brutalidade, retratado por quem pesquisou e conhece profundamente o assunto.É ficção, mas poderia não ser. Não existe uma luta do bem contra o mal aqui, mas um mal menor, usando de métodos muitas vezes tão sujos quanto os 'vilões', tentando sobrepujar um comércio que movimenta bilhões de dólares, uma guerra que já começa sem vencedores.
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San... 11/08/2012

Um livro, de certa maneira, apaixonante. Fala sobre narcotraficantes mexicanos, sobre escolhas, sobre posicionamentos. Mostra o envolvimento de agências governamentais americanas na luta contra o narcotráfico, a corrupção, a violência, as conveniências, os perigos. O enredo muitas vezes é violento, denso, retratando cruamente o sacrifício de inocentes, o código de honra existente entre assassinos, a face do que seja a lei do cão.
Também mostra o quanto a vida de quem combate tudo isso se torna estéril, o quanto se perde numa luta que não tem fim.
Recomendo.
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KASTRUP 04/07/2011

Sem perdão.....
Bom demais,

A trama se passa na fronteira mexicana com os Estados Unidos , onde o narcotráfico, a CIA, os corruptos Federales se entrelaçam na exploração e tráfico de drogas.
Veja a relação simbiótica entre um agente da CIA, uma prostituta, um padre e um traficante.
Não deixe de ler, vale a pena.
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Ciro 24/04/2012

Para os leitores de Forsyth e Ludlum
Livro excelente. Não deixa nada a desejar aos grandes autores (Forsyth, Ludlum).
História de pura ação, clímax constante.
O livro contrapõe a história de um "barão" das drogas, e de um agente da DEA, tentando detê-lo, contextualizados na história do combate às drogas dos EUA, e das operações em solo de países da América Central e do Sul desde a década de 1970. Assim como os autores acima citados, não há grande esforço em desenvolver o lado psicológico dos personagens, mas a complexidade da trama e o interesse do tema são suficientes.
Impossível comentar mais sem spoiler.
Livro excelente, recomendável.
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Tiago641 15/03/2016

Sensacional
perfeito, uma obra prima, um dos melhores livros que já li, penso que deveria ser mais conhecido.
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HARRY BOSCH 19/06/2018

Cão chupando manga
É uma obra que impressiona, pois o autor conseguiu unir de forma magistral, traição , desejos e vingança..
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Valéria Ribeiro 18/10/2024

Nesse gênero, o melhor livro que já li
"A Lei do Cão" é um romance policial do autor americano Don Winslow, lançado em 2007. O livro se destaca por seu estilo ágil (muito ágil), misturando violência, humor ácido e uma crítica à guerra contra as drogas. Winslow cria uma narrativa brutal, envolvente e cheia de reviravoltas, marcada por personagens profundos e diálogos rápidos.

A história acompanha a luta do agente da DEA (Drug Enforcement Administration), Arthur Kelller, contra os carteis de narcotraficantes. Nessa batalha, ele se envolve com o padre Juan Parada, com o irlandês Sean Callan, com a prostituta Nora, com a máfia e com os chefões do narcotráfico. Ao longo da narração, todos eles se encruzam e interferem nos destinos uns dos outros.

Percorrendo México, Colômbia, Guatemala, Hon Kong, Estados Unidos, a narrativa descortina o caminho percorrido pelas drogas, desde sua produção até chegar ao mercado consumidor, bem como os interesses da política, da igreja, dos carteis, todos ocultos e, muitas vezes conflitantes, no combate às drogas. Acompanhamos, também, as sangrentas disputas internas entre as facções rivais pelo controle do comércio bilionário de cocaína e as ocultas e conflitantes disputas entre as agências americanas nesse combate.

Durante a leitura, o leitor tem contato com uma realidade estarrecedora: o envolvimento de um Estado em diversos assuntos internos de outros Estados soberanos, sempre com a justificativa do “interesse maior”. Entende como o dinheiro ilícito e sangrento financiou governos, influenciou eleições, corrompeu as forças de repressão, a igreja, os governos. Nessa realidade a perda de vidas humanas é apenas uma consequência (homens, mulheres e crianças).

Além disso, ao misturar personagens reais e fictícias, Winslow faz uso de eventos históricos no desenvolvimento da trama: o terremoto que assolou a Cidade do México em 1985, a aprovação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), o assassinato do cardeal Juan Posadas OCampo, o financiamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com dinheiro estatal e das drogas, o financiamento estatal dos Contras na Nicarágua para que combatessem a Frente Sandinista de Libertação Nacional, entre outros.

O livro não é apenas um thriller; é também uma crítica mordaz à política de drogas e às fronteiras entre legalidade e criminalidade. Winslow sugere que, no mundo do tráfico, não há mocinhos ou vilões, apenas sobreviventes. Ele questiona as fronteiras morais e a hipocrisia da sociedade, explorando temas como a amizade incondicional, o amor livre e as consequências da guerra contra as drogas.

Com personagens muito bem construídos, cenas cinematográficas de ritmo alucinante, a narrativa envolve o leitor e faz percorrer mais de seiscentas páginas sem perceber. Em seu nicho, esse foi o melhor livro que já li.
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