Edy 22/09/2013
A Realidade como ela é
Neste livro, muitas das pobrezas espirituais humanas se fazem reveladas, para nosso deleite - ou nossa surpresa!
Aqui, neste livro, as raízes da crise mundial econômica que se iniciou em 2008 são analisadas, uma a uma, demonstrando que o evento que entrará para os livros de história tem muito mais complexidade e mostra muito mais maldade do que pensamos. Chama a atenção, por que não dizer choca, a nossa fraqueza enquanto civilização, em cada uma das localidades onde a crise se faz sentida: Da Grécia á Irlanda, da Finlãndia á Califórnia: não somente os poderosos são protagonistas nessa bancarrota planetária: os comuns, os do mundo, as pessoas do cotidiano, as quais, na Finlândia, explodem seus próprios carros para ficarem com os seguros deles, cotado em moeda mais forte que a do financiamento, este atrasado; os gregos, que não trabalham, querem todas as regalias do Estado, mas não querem, de forma alguma, pagar tributos; dos americanos, em especial em uma pequena cidade da Califórnia, que se vê refém de um jogo de sindicatos que conseguem aumentar os salários de bombeiros e policiais, e, desta forma, levar a quebradeira das pequenas cidades do Estado, fechando bibliotecas, espaços públicos, desocupando cargos da administração pública, levando à decretação de falência de pequenos condados (digna de nota uma entrevista com Shwarzenegger, em meio a um passeio tresloucado de bicicleta, cortando sinais de trânsito, fazendo ultrapassagens arriscadas,. que ao final faz revelações bombásticas do motivo que o levou a renunciar).
Enfim, pode-se pensar que este seria um reles livro tratando sobre macroeconomia, mas, na verdade, este é uma obra com alma, feita com dedicação, esmero, que fala da natureza egoísta humana, do pobre ao rico, numa civilização planetária que o que está em jogo não é a sobrevivência, mas, sim, o conforto de cada um, quando a urgência desde já, sera a acomodação do todo!