A Carne

A Carne Júlio Ribeiro




Resenhas - A Carne


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Clara1914 04/01/2024

A CARNE em Caps Lock*
Costumo estudar a época do romance em questão, por isso decidi lê-lo.

Me choca como a sua narração está aquém em relação aos bons autores brasileiros da época, como Aluísio Azevedo (isso porque comparar essa literatura com a do Bruxo, me parece uma loucura). Construções extremamente prosaicas (gargalhei com uma frase com o verbo chupar); narrador se pretende onisciente, mas muda de opinião já aos 45 do segundo tempo do romance; em 160 páginas, o autor consegue apresentar personagens que não são aproveitados, ser extremamente repetitivo. Ao contrário do que vi por aí, o suicídio de Barbosa não foi comovente e não fez sentido, uma vez que ele hesitou a maior parte do tempo em relação aos seus sentimentos por Lenita.

A parte boa é que a mulher é apresentada como capaz de ser tão inteligente como os homens, embora seja uma "fêmea no cio". Apostar em sexo, nudez, deve ter sido muito hypado na época... Inovador até.

Cheio de preconceitos, generalismos, a parte boa não compensa a parte ruim. Enquanto registro da História da Literatura, vale, mas é uma obra que envelheceu muito mal.

*O título se refere a tentativa esdrúxula do autor de causar impacto com a palavra CARNE durante vários momentos do romance. Não é nem um pouco sutil.
Samara 18/09/2024minha estante
Envelheceu muito mal? É um livro antigo, vc quer o quê?


Clara1914 11/10/2024minha estante
Você já leu um livro bom do século XIX? E do século XVIII? Nem todos envelhecem mal, Samara. Outros autores lançaram livros NO MESMO ANO que não eram tão terríveis.


Samara 13/10/2024minha estante
Temos uma opinião diferente, achei esse livro bem avançado pro seu tempo. E se trata de um livro naturalista.




lola 05/07/2022

tesão com árvore e estátua?
coisa mais bizarra que eu já li a minha vida toda (mentira). m0rt3 ao naturalismo. só dei 2 pq tem livro de influenciador na minha lista e tinha que ser levemente melhor
Samara 13/07/2022minha estante
Eu amei esse livro, pq n gostou


lola 22/07/2022minha estante
meus comentários foram só um exagero, eu esqueço que as pessoas leem isso e só jogo umas coisas rasas aqui pra lembrar de cara o que pensei enquanto lia o livro kdsnfkjsd mas a opinião eu mantenho, realmente não curti. me causou uma estranheza e um desconforto muito grande pq todos os trechos pra mim são muito esquisitos, as sensações descritas são bem bizarras.
a crítica é mais direcionada ao conteúdo mesmo, porque não gostei da história. meu problema com a forma é só não ser fã de naturalismo, não tenho nada em específico a apontar na escrita do júlio ribeiro


Samara 04/08/2022minha estante
Eu sou fã do naturalismo, realmente é estranho o que é descrito




Pandora 04/12/2012

Esse livro é minha mais nova aquisição, infelizmente não posso caracterizar esse livro como uma coisa fofa, “titininha” como diz minha irmã. "A Carne" é um romance publicado no final do século XIX de temática naturalista, então aqui o que vemos não é uma história movida pelo amor e sim pelas necessidades físicas dos personagens, seus anseios sexuais, especialmente os da audaciosa Lenita.

Alias, sobre Lenita, a narrativa aparentemente conta a história dela, uma moça que recebeu uma educada muito mais ampla que a maioria dos homens de sua época (o que se dirá das mulheres). Lenita perde sua mãe no berço e seu pai a educa como educaria a um filho homem, ao perder seu pai aos 22 anos, Lenita se ver emocionalmente abalada e muda-se para a fazenda de uma espécie de avô, o velho Barbosa, onde conhece Manuel Barbosa e o resto, bem, não vou contar a história toda.

Mas, não comprei esse romance por causa da história de Lenita, não que essa história não seja interessante, mas o que me chama atenção neste livro é que Julio Ribeiro traça um retrato muito interessante da escravidão, muito diferente do usual. Ele mostra escravos que não se conformavam com a escravidão e inúmeras características das relações senhor/escravo que foram ignoradas pela História e hoje estão sendo reencontradas.

O que a História academica apenas começa a retratar a partir da década de 80 do século XX a literatura já retratava com muita competência em pleno século XIX... E para além do “queijo” da Lenita, esse livro traz um retrato da escravidão e de como ela era vivenciada no campo e, como se trata de um discurso de época , ainda podemos analisar a visão que a sociedade branca tinha do negro, ou seja, para quem se interessa por história afro-brasileira, essa sem dúvida é uma leitura recomendada e vamos nessa \o/!!!

Originalmente publicada em Maio de 2010 em http://elfpandora.blogspot.com.br/2010/05/carne-julio-ribeiro.html
Wander Blaesing 14/08/2013minha estante
Genial análise deste livro!


Pandora 15/08/2013minha estante
Obrigada Wander!!!!




R...... 13/11/2014

Romance publicado em 1888, escandaloso para a época por romper com conceitos idealizados na literatura, apresentando o homem na visão naturalista. O sujeito está passivo ao ambiente e apresenta vícios e defeitos que lhes são inerentes.
Os capítulos 14 e 18 caracterizam bem a obra, onde o amor é expresso em um apelo carnal que explode em desejos que são lascivos e naturais. Barbosa e Lenita, vivem um relacionamento assim, entregues à uma urgência de satisfação, rompendo com conceitos estabelecidos. A história se passa em uma fazenda e o autor descreve um cenário rústico, mostrando escravidão, desejo de libertação, busca de realizações e descoberta de prazeres e desejos aguçados por aquele meio. Lenita, uma jovem que exprime um espírito de independência e busca um sentido de vida vai tendo experiências que lhe despertam sensações e prazeres até então não aflorados, com uma entrega total a eles. Assim é com sua postura como caçadora e como amante de Barbosa, um homem maduro e casado, que também se entrega a seus instintos como realização na vida. O capítulo é avassalador, rompendo com idealismo ao mostra os amantes entregues ao desejo carnal como animais no cio.
O capítulo 18 é o último e mostra o apelo materialista da obra, com a concepção de Barbosa do fim de tudo sem a satisfação e realização dos instintos que lhe davam sentido a vida. A separação o leva ao suicídio e a morte lhe chega em meio a reflexões que vai fazendo de sua postura e escolhas.
R...... 13/11/2014minha estante
....Barbosa tardiamente conclui que a satisfação carnal não é tudo na vida.


Edna 18/01/2017minha estante
Pior que é verdade.




Peagá 07/02/2010

Naturalismo ao extremo
O mais bacana do livro é o realismo e o naturalismo com que foi escrito. É uma visão do mundo tão concreta que chega a ser agressiva, inclusive no que diz respeito aos pensamentos humanos. Por ser tão realista, o livro não escapa de ser bastante sensual, erótico. Só não ficou bem o autor repetir o título do livro a toda hora, em letras garrafais.
Edna 18/01/2017minha estante
E põe extremo nisso. Estou com vontade de ler novamente este livro.




spoiler visualizar
Samara 13/07/2022minha estante
Olha, se vc pegar outras obras naturalistas verá que as mulheres são descritas como vilãs e que se guiam por seus próprios instintos. Ou seja, para o naturalismo, mais cedo ou mais tarde, o instinto feminino vai aflorar para todas as mulheres.




Eric 18/09/2016

O Naturalismo sempre buscou mostrar o lado insalubre das sociedades por meio de diversas degradações da moral humana. O sexo e a violência são marcas fundamentais que predominam em diversas obras dessa fase, tais como: O Cortiço e a própria A Carne. Permeado de denúncias às hipocrisias da burguesia brasileira, a obra de Júlio Ribeiro não poupa romantismos em sua narrativa, retratando as tentações mundanas do homem como fator inseparável da sua carne e coloca em discussão os limites do sexo em frente às convenções sociais tão glorificada como a família e a igreja.

Após perder o pai, Lenita vai morar na fazenda de um coronel muito próximo. Enclausurada, afogada em literatura e conversas tediosas com o patriarca da casa, a moça passa a tentar sobreviver ao tédio. O tempo corre e uma estranha indisposição toma conta de seus dias, depois de tanta investigações, descobre que sua necessidade era de um homem, o qual iria saciar seus desejos sexuais. A ausência do sexo masculino faz com que Lenita crie prazeres mórbidos como as torturas de animais e de escravos. Todavia, o filho do coronel volta de uma viagem, homem divorciado e dono de um físico atraente e maduro, encanta Lenita e juntos passam a viver um secreto caso de amor e sexo, o qual abordará temas como o amor livre e o novo papel da mulher na sociedade.

A obra naturalista traz diversas críticas a burguesia, Julio Ribeiro usa a imagem da mulher independente para combater o ideal de mulher do seu tempo: a esposa, mãe e educadora dentro dos âmbitos familiares. Além disso, o autor traz uma grande crítica sobre como o sexo não passa de uma simples necessidade orgânica de todos os seres, ao retratar uma Lenita que gosta de transar para sanciar as tentações da carne, o autor acaba quebrando com o ideal de máquina de procriar e submissão da mulher em relação ao homem.

Por outro lado, uma característica importante dos naturalista é a zoomorfização do ser humano e isso esta muito bem encaixada na história. Júlio Ribeiro coloca a moral do homem ao mesmo patamar dos animais irracionais. Mais claramente , quando Lenita começa a refletir sobre suas tentações, o autor sempre vai referir aos sexos como fêmea e macho e aos desejos dela provenientes do cio, dessa forma, a narrativa propõe que homem é um ser animalesco, que vai agir de acordo com seus interesses, não observando o que tem ao seu redor.

O caráter abolicionista do autor também está bem explícito, ao ser denfensor do republicanismo, Júlio denúncia os sistema escravata da seu tempo. Além de posicionar os escravos como verdadeiros bichos, o autor ainda retrata as torturas que eles sofriam nas diversas fazendas.

Apesar de tantos pontos positivos, A Carne tem seus lados negativos. O romance curto foi mal desenvolvido na historia em si, o autor trouxe divagações, por vezes repetitivas, de Lenita, as quais já estava óbvio para o leitor. Além disso, existe dois momentos do livro que são bem enrolados e chatos demais que poderiam muito bem ser excluídos ou substituídos por algo que enriqueceria melhor a narrativa, isso fez com que a leitura travasse e não trouxe novidades alguma.

Enfim, apesar desses pequenos problemas, A Carne vale a pena ser lido, um livro bem interessante dos clássicos nacionais, o qual traz críticas tão atuais como eram no século XIX.
Samara 14/02/2017minha estante
Adorei sua resenha, bem esclarecedora




Carina 10/03/2015

Racional x Animal
É um livro em que existe o estudo, a sua valorização. Porém, na verdade, todo esse racionalismo quando entra em cena a vontade do corpo, perde todo seu significado e as pessoas entram de cabeça em suas satisfações efêmeras, e depois tentando ser racionais percebem a ausência de um sentimento puro. E mais uma vez tomam atitudes no calor dos acontecimentos acreditando ser a saída racional, correm na irracionalidade.
20/06/2016minha estante
Relata-se, por meio de uma leitura bastante coloquial, naturalista e simples em proporções físicas, o romance avassalador de Manuel Barbosa, homem maduro e culto e Lenita, moça de 22 anos, inteligente e muito bonita. Haja vista o período em que o romance foi escrito, 1888, aborda temas como o divórcio, a escravidão, o novo papel da mulher (passiva x ativa).
Para Moisés (1928) a literatura fornece um tipo singular de experiência que trabalha imaginação, que produz formas de vida possível e diferente da nossa; enriquecendo a maneira de ver e analisar a realidade, uma vez que a literatura, de certa forma nos ensina caminhos de maneira brilhante, possibilitando uma forma de conhecer melhor ao mundo e aos homens, nos permite entender que a literatura liberta, das amarras sociais, políticas e econômicas. Assim, serve como instrumento de cunho político, moral, social e econômico. Ela nos desperta até nas coisas que estão mais escondidas, quebra paradigmas, tabus, por isso, é incômoda, por fazer enxergar o que comumente negligenciamos. Sendo assim, ao escrever a obra, Ribeiro choca a sociedade ?perfeita? e ?presa a padrões? mostrando a hipocrisia da mesma; explicita o desejo sexual de Lenita que ao contrário das outras moças da época, não idealiza o amor e tinha repulsão ao casamento; considerava uma instituição sociológica, hipócrita que se prendia a padrões em nome da boa aparência social.
Lenita era rodeada de pretendente, mas nunca quis casar-se. Quando Lenita teve vontade de satisfazer sua carne, suas paixões, sua natureza humana; sempre deixou claro que não queria casar pelas consequências do casamento, como por exemplo, a responsabilidade de cuidar de outras pessoas que dependam dela, ?filhos?. Ela compreendia que o casamento era uma necessidade fisiológica. Ribeiro assim como Freud (2011) critica as instituições sociais e compreende a natureza humana, agressiva e sexual, sendo as instituições, assim como a religião, reguladores, opressores, por intermédio do sentimento de culpa, reprimimos nossas vontades que acarreta no mal-estar em nome da boa aparência social. Quando Lenita recebe a picada da cobra confessa a Barbosa que o deseja, ele também a deseja, no entanto, não tem coragem de assumir por ser casado, pois mesmo estando separado da esposa (que morava na França) socialmente era casado, pois na época não era permitido o divórcio. Na obra em análise pode-se notar que a mulher deixa de ser passiva e se torna independente e ativa. Lenita, primeiro passa a desejar a estátua ?fitou com atenção à estátua: aqueles braços, aquelas pernas, aqueles tendões retesados, aquela virilidade, aquela robustez, impressionaram-na de modo estranho.? (p. 21). Depois ela que teve a iniciativa de se relacionar com Barbosa. Encontravam-se em segredo (todas as noites), acaba por engravidar, todavia não diz nada a Barbosa. No fim da obra, Lenita escreve uma carta destinada a Barbosa, na qual conta detalhadamente sobre sua viagem a São Paulo e o motivo de sua partida, estava grávida e necessitava de um pai para registrar a criança, se envolveu com um antigo pretendente, qual de dispôs a assumir o filho. Barbosa ao ler a carta fica arrasado e acaba por suicidar-se. Lenita, apesar de ser ativa e ter ideias revolucionárias, como afirma o coronel , quando ela se questiona acerca dos castigos e da reificação dos escravos, para enriquecimento do coronel, como forma de ascensão, passa a fazer parte da instituição que outrora ela tanto odiava, evidenciando que ela não amava Barbosa, somente o desejava, necessidade natural e fisiológica e que casara somente por interesse, um pai, para seu filho. Já Barbosa evidencia sua perversidade, sendo egoísta, e sem pensar nas consequências, acaba por suicidar-se, por conta de Lenita ter ferido seu ego, esquecendo ele, que tinha família e que sua morte traria sofrimento aos familiares, sobretudo ao pai que ele dizia amar.




Lane 01/10/2013

A CARNE
O autor deste livro – Julio Ribeiro - é patrono da Academia Brasileira de Letras, e é reconhecido por ser um representante do movimento naturalista, este romance é a sua obra mais famosa.

O Naturalismo foi um movimento literário que desvelou a realidade, pois tentava explicar material e cientificamente os fenômenos da vida e do comportamento humano. Ler uma obra naturalista é como ler uma obra contemporânea, só que escrita em outra época.

Para alguns não há muita diferença, entretanto o principio do naturalismo não é somente descrever a realidade. O cotidiano, os fatos corriqueiros são compartilhados com uma perspectiva óbvia de mergulhar o leitor na incerteza que é a vida. O diferencial no naturalismo é mostrar a impossibilidade do porvir.

Desta forma, portanto, podemos considerar que é algo ruim de ser ler, no entanto devo afirmar que é ao contrário. O que nos impulsiona a ler uma obra naturalista são as ofertas do descobrimento. As experiências antigas sempre nos intrigaram e no naturalismo percebemos que as preocupações, as desilusões, o instinto humano, as fraquezas, os perfis psicológicos debilitados são coisas desde sempre.

“A Carne” é uma obra densa e atual que nos faz encarar com lucidez a vida.

Por ter sido escrita em 1888, foi considerada polêmica pela igreja e sociedade, pois levantava questões moralistas. Questões estas, que até bem pouco tempo ou se duvidar ainda hoje em dia são discutidas.
O divórcio, os anseios sexuais femininos, o amor livre, o sadismo, a violência, a razão e a emoção são questões desenvolvidas com ousadia pelo autor nesta obra.

Os sentimentos dentro da história são constantemente demarcados de forma individual sem causar estranhamento ao leitor, porém toda a atmosfera da leitura é de uma batalha interna, e mesmo com tanta descrição realista sobre o comportamento humano é possível verificar sensibilidade na obra.

Os personagens preenchem toda a história, e a narrativa é toda em 3ª pessoa com um narrador onisciente [comum nas obras naturalistas], entretanto este consome avidamente o leitor durante toda a leitura desta obra, ele se esvoaça em detalhes, alguns prolongados e cansativos e outros breves e irritadiços, e nem sempre inteligíveis, ainda que ele se destaque compondo e ao mesmo tempo sobressaltando na história.


Embora a obra tenha sido escrita em outro século, ela não possui o tradicionalismo que comumente observamos em romances históricos, não obstante a sua linguagem é arcaica e há muitos trechos com descrições enigmáticas.

A trama toda cria expectativas no leitor, porém o seu valor vai muito além de apenas ler um clássico.

“A Carne” é um grito de revolta entre a carne e a mente, entre escolha e consequência, entre viver e morrer... Entre ser livre e se prender.

O tom singular que é exibido neste romance é de que o amor não é a coisa mais importante na vida, e isto nos surpreende de uma maneira perspicaz por causa do alento e do perigo que o mesmo representa dentro da história.

A pós-leitura deste livro me produziu uma intensidade cognitiva intensa, ainda que eu o tenha achado bem reflexivo, contudo a minha maior admiração por ele é porque ele não possui o toque típico do sentimentalismo piegas que constantemente vemos por aí. Ele é cru em todos os aspectos.

Apesar de tudo, eu creio que não sei descrever o tipo de emoção que senti quando terminei de lê-lo, não que não houvesse interação minha e a obra, só que [não foi pelo final] o sabor dele em mim foi forte, e cada um de nós sabe exatamente os embates de luta que tem com a sua própria mente.

Avaliei com 4 estrelas.
Edna 18/01/2017minha estante
Verdade, ele é cru, nos mexe profundamente, li esse livro há quase quinze anos atrás, más o que lembro é denso.




Raquel Lima 14/02/2009

Um clássico naturalista
Como todos os romances naturalista, ele tem uma descrição seca da vida, do natural. Existe uma passagem que o autor descreve o cio de uma vaca com a cobertura do touro que causou grande furor na sua época, considerado imoral pela sociedade da época. Bem interessante como romance que marcou época na literatura nacional.
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Maria José 04/01/2010

Romântico/Naturalista
O romance se passa em meados de 1888. Ao ler, remonta-se ao tempo dos escravos e ao tempo em que a mulher não podia exercer seus direitos de pessoa humana e pessoa pensante. Esta é a particularidade da personagem principal, Lenita, que contradizia tudo o que se poderia esperar de uma mulher daquela época.
São Paulo, naquela época, possuía uma média de 60 mil habitantes, e algumas de suas obras monumentais já haviam se estabelecido, com a cooperação de empresas européias.
Em pouco mais de 200 anos, tem-se estampado de como os conceitos e atitudes humanos mudaram, bem como a legislação com relação aos direitos humanos, de proteção ambiental, direitos e deveres civis.
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Cardoso 28/01/2010

Detestei, oh! leitura chatinha ;/
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Vitoria293 22/10/2024

Meu romance erótico favorito!
Temos aqui uma exploração interessante da sexualidade da mulher em 1888, além disso, é obviamente além de um reflexo dos "experimentos" do papai Sadi e papai Masoch, uma obra quase documental mostrando como mesmo a razão humana em seu nivel mais elevado, jamais poderia escapar de seus instintos primitivos. Amo este livro e pretendo o reler muitas vezes ainda
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Pedróviz 11/01/2012

Grande mensagem
Júlio Ribeiro, através dos personagens Helena (Lenita) e Manuel Barbosa, nos mostra uma bela cena da eterna luta entre a razão e os instintos.

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Yussif 17/05/2012

A obra A carne de Júlio Ribeiro é um romance naturalista publicado em 1888 que aborda temas até então ignorados pela literatura da época, como divórcio, amor livre e um novo papel para a mulher na sociedade. O livro conta a história da garota Lenita, cuja mãe morrera em seu nascimento e teve a instrução ministrada pelo pai de uma forma acima do comum. Lenita era uma garota especial, inteligente e cheia de vida. No entanto, aos 22 anos, após a morte de seu pai, tornou-se uma jovem extremamente sensível e teve sua saúde abalada.
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