O Contrário de Roma

O Contrário de Roma Fernando Mendes




Resenhas - O Contrário de Roma


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Iris Albuquerqu 20/11/2013

Somos todos loucos!
O Contrário de Roma é realmente o contrário do que eu imaginava.
A forma envolvente e meio ilógica que o autor escolheu para contar algo, inicialmente muito interessante, me fez pensar e viver um pouco num conflito de uma terrinha que se dividia fronteiras com mais três terras, lugares até bem conhecidos no Brasil.
Depois de conhecer um pouco sobre alguns ilustres moradores de Romaria, me perdi no decorrer da discrição do protagonista por uma moça até então desconhecida, porém que toma conta de seus pensamentos de uma forma louca e constante.
O interessante é que você lê em forma coloquial, que confunde um pouco para quem não está acostumado, porém se dá uma pitada de comédia na trama.
Por um momento achei a parte que fala da moça, ou da obsessão por ela, um pouco cansativa e, talvez seja isso mesmo. Uma obsessão para quem sente é interessante, mas para quem não vive é maçante. Mas, depois dessa parte, a história volta a ter meu interesse, pois volta a continuar o que faltava do início, embora a parte de Vela seja importante para entender o que se prossegue, que explica muito bem sobre o outro tipo de fé. É quando começo a entender o início do livro. Isso sim é a parte da questão!
E mais uma vez a loucura toma conta de tudo. Porém, o narrador é mais claro, pelo menos pra mim. Essa parte cansativa tem um pouco do cansaço que vivemos em sermos tão redundantes ao falar de algo ou alguém que gostamos, não é mesmo? Falar sobre um sentimento novo e muitas vezes complexo que, nos faz pensar e talvez, falar mais que o normal.
No entanto, se você persiste em ler até o fim, se surpreenderá com a forma divertida que o autor expressa seu sentimento e suas emoções, nos deixando participar mais de tudo, principalmente de suas dúvidas, nos surpreendendo com os acontecimentos que a vida (ou seria o destino?) nos faz passar. A cada novidade, a cada descoberta, uma certeza: somos todos loucos!


site: http://irisalbuquerquebalancho.blogspot.ch/
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Yas 03/10/2012

Surpreendente!
Uma coisinha que eu achei desse livro: Indispensável. É uma leitura bem rápida, e mesmo alguns errinhos ortográficos não foram o bastante para tirar o brilho da história. Apesar de fino é uma leitura que me fez pensar bastante e em alguns momentos, até desejar por mais. Fiquei um pouco perdida no começo, sem entender algumas partes. Mas logo consegui retomar o meu caminho e, enfim, gostar da leitura. O que é mais legal no livro, é a forma que o autor escreve, bem divertida.

Um jovem rapaz tipicamente carioca, se apaixona perdidamente pela imagem de uma mulher que nunca havia conversado. Logo esta começa a aparecer em seus sonhos e invadir seus pensamentos. Adorei a ideia da capa, que apesar de bem simples, diz muito sobre a história. Logo ele começa a chamar a tal mulher de "vela" e, por isso a capa.

Adorei também as metáforas usadas, ou como, o autor tenta o mínimo possível ofender as feministas. Mesmo eu estando com um pé um pouco atrás, por conta de algumas resenhas negativas, me surpreendi bastante com o livro. Mas como eu disse em outras resenhas. Você sempre pode se surpreender, acabar gostando ou não do livro. Eu achei uma leitura Super Prazerosa e por isso Super Recomendado.

“Mas pensar demais em algo nem sempre é inevitável. Que o diga os tantos que ficam obcecados sem nem nota. Alias acho que você não tem como ficar obcecado se você notar, porque você notando você vai querer se parar. Se você esta obcecado, você não acha que tem que parar, logo você não esta notando aquilo que faz como algo ruim” Pág 29


"Essa sensação de não saber acaba sendo uma sensação de espera obrigatória. O que você faz quando não consegue achar uma solução?" Você espera. Pag 89
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Fala Urupês? 09/09/2013

O Contrário de Roma - Fernando Mendes
magine-se entrando na cabeça de um adolescente cheio de opiniões, entediado e com muitas, muitas dúvidas. Esta é a estória dos pensamentos, seguidos da vida deste garoto, qual é mesmo o nome dele? Quando fui fazer esta resenha percebi que não sabia responder esta pergunta, então voltei lá e procurei, procurei e nada! Tenho quase certeza que o tal garoto não tem um nome, e achei isso genial! Quem precisa de um nome quando cria um personagem tão inquieto, cheio de questionamento e com um humor levemente negro? No meu ver o nome seria desnecessário e caso ele o possua me passou muito despercebido.

Me diverti muito neste livro, a linguagem é bastante trivial, as vezes puxando para o mineiro, outros para capixaba e outras para o "carioquês", pois a cidade - Romaria - faz fronteira com estes três estados e cuja história é bem peculiar.

Um lugar onde o povo se divide sobre qual estado pertence e a personalidade dos personagens foi criada de acordo com o lugar que "acreditam" fazer parte. Ponto para o autor, pois eles foram bem construídos e engraçadíssimos

No final o livro fica um pouco mais lento, pois o namoro cai um pouco na mesmice de namoros adolescentes, mas o autor consegue termina-lo de uma forma simples e fofa. Deixando no ar um sentimento bom de que o tempo investido no livro - no máximo duas horas pois ele é curtinho - foi bem investido. O autor é um pensador, um questionador e isso por si só já vale muito.

site: http://falaurupes.blogspot.com.br/2013/08/o-contrario-de-roma-fernando-mendes.html
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Rafaella 02/12/2013

Antes de começar a resenha propriamente dita, devo avisar que essa é minha primeira resenha, então como sou nova nisso ainda não sei se ficará boa, mas tentarei ao máximo para que sim.

Avisado isso então, vamos ao que interessa. O livro “O Contrário de Roma” do autor nacional Fernando Mendes, lançado na Bienal do Livro do Rio deste ano (2013) foi lido por mim e outros resenhistas para o Book Tour de divulgação, feito pelo próprio autor por meio do Facebook.

“O Contrário de Roma” conta a história de um personagem que mora em Romaria, uma cidade localizada entre Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Formada em meados do século dezoito após um encontro entre mensageiros da igreja e trabalhadores mineiros que passavam pela estrada real. O que seria apenas um encontro seguiu-se uma pequena discussão entre “capixabas e mineiros, devotos... e Mineiros” a respeito que todos são iguais perante a Deus e todos estão cumprindo Suas ordens, portanto não haveria razão para crer que nenhuma pessoa é inferior a outra. Após essa fala, dita por um mineiro, houve um momento de silêncio e os dois grupos seguiram juntos para o Sul. “Entre eles se dizia que naquele lugar nasceria uma comunidade que seria tão sacra e tão próspera quanto a própria Roma em seu ápice, com a realeza dos que vem da Guanabara, a riqueza extraída pelos de Minas, e a fé dos do Espírito Santo. Assim nasceu a cidade de Romaria”. (pág. 22)

Entretanto, não se deixe enganar pelas minhas parcas palavras, a construção da cidade não foi assim tão repentina, levou alguns vários anos, mas o ponto de partida foi esse. Passado alguns anos, após o sentimento de união que levou os três estados se juntarem e formarem uma única cidade, seus habitantes passaram a questionar e disputar a quem a cidade pertencia, e em meio a divergências de opinião e formas de comportamento dos habitantes da cidade e do nosso próprio personagem/narrador (sim, a história é escrita em primeira pessoa), ele conhece uma pessoa que o faz mudar um pouco seu ponto de vista e nesse momento “ele precisa precisa se relacionar com essa pessoa, com pessoas perto dessa pessoa, e, portanto, com a sociedade que tanto critica.”.

Nossa, eu já escrevi tanto e ainda nem comecei a resenha propriamente dita, mas vamos lá. “O Contrário de Roma” é um livro que fala de amor sim (acho que pelo próprio título percebe-se isso), mas é mais do que isso. É um livro que fala de fé, de religião, é um livro de questionamento, de não acreditar nem seguir fielmente aquilo que nos é dito para fazer, que sempre existe um outro modo de enxergar as coisas. Como é um livro narrado em primeira pessoa, ficamos enxergando o modo de o nosso narrador enxergar as coisas, a forma que ele pensa, o modo que ele age diante de uma sociedade dividida, em que algumas pessoas definem os outros perante sua naturalidade.

Também é um livro que trata muito de pré-conceitos, em momentos que mostram as diferenças entre os capixabas, que são bastante religiosos, que seguem fielmente a Deus; os mineiros que são pessoas trabalhadoras e os cariocas; pessoas preguiçosas e que só querem saber de festejar. Visão dos moradores de Romaria, não a minha. Além disso, existe uma intercalação entre esses termos, existem os capixabas mais capixabas, os menos capixabas, os capixabas um pouco carioca, e por aí vai.

Enfim, chegando à parte do romance, em um dia que nosso narrador está pescando no rio, ele vê um rosto se movimentando na ponte em que ele está e depois sumindo em direção a igreja. É a partir daí que o romance se inicia, primeiramente o personagem fica meio obcecado com relação a essa garota que ele passa a chamar de Vela. Essa parte pode ficar um pouco cansativa, pois ele só fala nela, e sonha com ela, e pensa em não pensar nela, mas é algo digamos que normal, e ele não fica obcecado por querer, ele mesmo entende que “Se você está obcecado, você não acha que tem que parar, logo você não está notando que faz como algo ruim.”. A partir do momento em que ele começa a falar com a Vela e conviver com ela, e posteriormente, namorar, essa parte de estar obcecado passa e o ritmo melhora.

A história em si, é bem parada, e o romance é bem comum, nada muito mirabolante, daqueles contos de fada em que todos são perfeitos. Nossos personagens são normais e vivem um relacionamento normal com todos seus bons e maus momentos.

Como já foi dito, o livro é contado em primeira pessoa e a narrativa é lenta, não possui muitos diálogos, mas em geral, isso não a torna arrastada, é uma leitura bastante fluida, e os capítulos são curtos, o que ajuda bastante a manter um ritmo. Durante a história nosso narrador, em vários momentos, para de contar os fatos que estão acontecendo para fazer algumas ressalvas ou divagar sobre várias questões. Algumas dessas partes foram bastante interessantes, entretanto em algumas eu me perdia, e quando voltava para a narração dos fatos, eu me perdia.

Repararam que em nenhum momento eu me referi ao personagem/narrador pelo nome? E que Vela foi apenas um apelido que ele deu para a garota? Sim, os nomes deles não são mencionados, e eu achei isso genial, e também durante o livro todo, os aspectos físicos deles não são quase dito. Isso nos faz perceber que nem tudo precisa ser caracterizado e nem toda a história se faz de personagens perfeitos, eles são apenas pessoas comuns no meio de pessoas comuns e que não precisam ter nome para terem uma história.

Resumidamente, o livro é bem legal, e apesar de não ter ação é uma leitura fluida, nos faz questionar e pensar sobre várias questões, foi um livro que eu queria sim continuar lendo para saber o que acontecia, mas não me fez devorar as páginas, talvez por não ser meu tipo de leitura. A romance é até bem previsível, mas não deixa de ser fofo. Foi um livro agradável de ser lido e valeu a pena e agradeço ao Fernando Mendes por ter disponibilizado o livro para o Book Tour. Recomendo.



site: https://www.facebook.com/vamosfalardelivros?
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Autora Nadja Moreno 05/01/2014

Conversante
O Contrário de Roma é um livro leve e gostoso. Dá para ler de uma só vez! E tem um lance muito interessante: pareceu, para mim, mais um diário ou um caderno de memórias do que um livro propriamente dito. Por conta do "estilo conversante" que o autor adota. Ele não narra simplesmente - o livro é em primeira pessoa - ele conversa com o leitor. A ponto de escrever algo e usar um capítulo na sequencia comentando, se justificando e até se desculpando por algo que escreveu. Achei muito bacana, dá uma sensação de que o livro é uma carta de um amigo...

No início o livro conta a história de Romaria, uma cidadezinha que faz divisa com 3 estados e este fato gera um sem número de situações e de problemas. Durante várias páginas eu pensei que o tema central do livro era a própria cidade de Romaria e seus habitantes, até porque o título faz lembrar um pouco o nome da cidade... até esqueci que era um livro sobre o amor - o verdadeiro sentido do título, muito criativo, por sinal.

Quando o narrador (que não sei o nome) conhece sua Vela (apelido dado à moça mais linda da cidade, única referência nominal que temos dela) aí sim as questões do coração surgem. Quando ele a vê, passa por um estado de êxtase tão grande que me fez rir. Acho que aquela história toda de "amor à primeira vista", se acontece, deve ser de fato dessa forma. Uma coisa que te tira do chão assim, sem mais nem menos e de forma irreparável.

A estória de amor em si é bem banal, simples, quotidiana. Sem muitas salvas para o enredo, mas, como eu disse acima, palmas para o autor que conseguiu escrever o comum de uma forma nova. Somente o final que achei meio brusco... virei a página e fiquei com a sensação de que arrancaram algumas folhas! Mas não, tinha acabado mesmo... tive a sensação de que acabou o livro, mas não o assunto.

A capa da edição que eu li lembra a cidade de Romaria, diferente da outra capa que é a vela... Ambas são simples mas dão o tom do enredo. A diagramação é comum, em folhas brancas e encontrei alguns erros de grafia (alguns são propositais, com comentários do autor em seguida, mas além destes encontrei alguns outros que não deviam estar ali de fato).

Este livro chegou em minhas mãos através do book tour promovido pelo autor com a ajuda de alguns blogs literários. Recomendo para quem gosta de uma leitura leve e despretensiosa. Ah, e que gosta de dar alguns sorrisos ao longo da leitura, claro.

site: http://escrev-arte.blogspot.com.br
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