Barbara Sant 20/07/2012Terça Sobrenatural #31 – Jenna Black – ShadowspellOie Gente!
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que essa resenha foi feita de uma maneira diferente. Normalmente eu leio o livro todo antes de começar a resenhar, mas dessa vez fui fazendo aos pouquinhos.
Por isso, algumas vezes, vocês me verão dizer uma coisa antes e depois surtar porque a personagem fez algo totalmente contradizente depois. rs
Hoje tem mais uma continuação de série em uma mistura que sempre me mantem dividida entre o amor e ódio: YA Sobrenatural.
Vocês sabem que eu adoro sobrenatural e que eu não sou muito chegada em YA, certo?
Simplesmente não vejo graça em reviver uma fase da vida tão cheia de confusão que deu graças a Deus quando ela acabou. rs
É diferente do infanto-juvenil, que sempre me lembra de épocas divertidas, mesmo com todos os problemas que aconteciam naquela época.
Já o YA me remete à uma época que não vive. Simplesmente não tive tempo para todo esse sofrimento e burradas que as personagens femininas vivem nos livros YA.
Então não consigo me conectar com eles, entendê-los e senti-los.
Mas, vez ou outra, eu topo com um livro YA que, mesmo sem essa empatia, acabo gostando e me divertindo muito.
Com Glimmerglass, da americana Jenna Black, está sendo assim, já que no primeiro livro a Dana, personagem central da série, não age como uma palerma completa.
Ceeerrttooo, já me contaram que no terceiro livro ela apronta umas burradas, mas eu resolvi que não vou sofrer por antecipação.
Preciso dizer que adoro as capas dessa série. Esses pontinhos brilhantes, representando a magia, a deixam encantadora.
Dessa vez também reparei que o papel estava mais grosso, dando uma textura bem legal ao livro.
Agora, vamos falar da estória em si:
Em Shadowspell Dana está em Avalon há algum tempo e depois de todas as confusões que acabou envolvida no primeiro livro, o pai resolveu que ela precisa ficar escondida para sua própria segurança.
Como uma pessoa normal enlouqueceria com isso, ela faz um acordo com o pai: só sairá de casa acompanhada por Flinn vem ni mim, gostosão! e um outro guarda-costas, para manter sua segurança.
Ela vai seguindo as ordens até que… chega o aniversário da Kimber.
Certo, certo, nada de ruim aconteceu no aniversário, mas depois da primeira burrada, é claro que ela ia fazer outras, né?
Bom, a autora foi bem valente e mais ou menos na metade do livro, tomou uma decisão que me deixou completamente WTF*, MQD**?
Sério, fiquei um tempão tentando entender de onde ela tirou aquela ideia e como ela ia desfazer aquilo por que, meu bem, era melhor ela desfazer aquilo bem rapidinho e onde é que ela ia parar.
Eu só não entendi a reação da Dana ao acontecimento, que, apesar de todas as lágrimas, parecia bem alegrinha.
A Dana é uma das poucas personagens de YA que me lembram da minha própria realidade aos 16 anos. Ao contrário da maioria, eu tinha muito mais coisas a fazer do que resolver com que roupa ia ao shopping ou que tipo de olhar 43 era aquele que o gatinho da sala estava me passando.
E como ela é assim também, tem muito mais responsabilidades do que uma garota de 16 anos normal, em vários momentos acabamos esquecendo a idade real dela.
Até que ela vem e faz uma burrada completa, deixando bem claro que ela ainda precisa de muita orientação.
E é justamente essa dualidade dela que me agrada. Certo, ela pisa na bola, mas a maior parte do tempo ela consegue agir como uma pessoa com um cérebro funcional.
O Keane continua, que não faz exatamente o meu estilo por ter acabado de sair das fraldas risos, deixou a mulherada caidinha nesse livro e fez até uma nova amiga. se é que todas aquelas caretas e resmungos podem ser chamados de amizade.
Dessa vez aparece um novo personagem (eu sinto muito, eu sei que está errado, mas se é um homem eu não consigo chamar de uma personagem) que balança as estruturas de Avalon.
Ele está bastante interessado na Dana, com um pequeno detalhe: ele é uns 200 mil anos mais velho que ela. isso é o que eu acho de síndrome da Lolita!
E aí a coisa toda desanda e ela faz burrada depois de burrada.
Certo, ela não faz burradas sozinha e o palerma do Ethan consegue se meter em encrenca por conta própria, mas ao invés dela pedir ajuda das pessoas mais experientes e tentar descobrir uma outra solução, ela vai lá e pimba, cai em uma armadilha terrível, terrível, terrível.
O que eu achei legal com a opção que a autora tomou mesmo isso tendo feito da Dana uma quase completa bocó é que a decisão que ela teve que tomar foi uma decisão adulta, com a realidade das meninas/mulheres de 16 anos de hoje em dia, e não aquelas pobres e inocentes virgens intocadas, puras e castas de outros YA que encontramos por aí.
Mas acho que já chega de falar, né, gente?
Vou só dizer que mesmo não concordando com as opções da personagem, eu gostei do livro.
Texto retirado do In Death. Leia mais em: Terça Sobrenatural #31 - Jenna Black - Shadowspell - In Death http://indeath.com.br/2012/07/terca-sobrenatural-31-jenna-black-shadowspell/#ixzz21BwIYZew
Under Creative Commons License: Attribution