cecilia.0 15/06/2024
O mocinho é só o mocinho porque ele tá contando a história
Li uma outra edição, mas o que importa é o conteúdo.
Foi um livro muito bem escrito, o que não esperávamos menos da nossa rainha do suspense, mas confesso que não entendi o que me prendeu no livro. As paisagens, a maneira como o personagem vagava pelas estradas e lembranças e nos contava sobre o Campo do Cigano e como ele era mal assombrado, tudo aqui me prendia no livro enquanto eu ia para o trabalho de trem (ou voltava).
O desgraçado lazarento nos conta tudo do início, como conheceu a moça, a paixão pelo Campo do Cigano, como sua mãe "não gosta" dele, de como é o dono da coitalandia e pobre. Pow! Casou com uma menina rica.
É chatamente impressionante como o livro prende você a um cenário chato, envolto em suspense e em coisas estranhas acontecendo, naquela casa "mal assombrada" que o casal insistiu em comprar (com o dinheiro da moça por insistência do chatonildo), como a última cigana continua a dizer ao casal que se afaste, que coisas ruins esperam por eles.
Mortes e revelações só vêm a acontecer no final do livro, trazendo a tona a verdade sobre toda aquela maldição. Bem antes disso o Campo do Cigano tinha essa fama, mas se dava por ser uma estrada sinuosa que acontecia muitos acidentes. Mas tudo que aconteceu aquele jovem casal, de pedras atiradas até finalmente a morte, foi armado.
Nossa jovem moça rica, que só queria se sentir amada e viver feliz, errou em confiar em quem?
Na finalização do livro acontece muitas mortes, deixando um vazio em quem está lendo e em quem ficou vivo, por perceber que não valeu a pena nada.
Eu me senti incrivelmente triste por nossa protagonista, me senti chorosa e querendo rebobinar o livro e salva-la.
Um livro muito bom, mas o vazio que ficou em mim me impede de dar 5 estrelas