Catrina e o Reino de Todos os Olhos

Catrina e o Reino de Todos os Olhos Richard Diegues




Resenhas - Catrina e o Reino de Todos os Olhos


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Psychobooks 23/04/2013


- Premissa e apresentação da história

Catrina e o Reino de Todos os Olhos, faz parte de uma série intitulada "O Universo de todos os olhos". O livro no gênero infantojuvenil é o segundo da série. Nele, conhecemos (ou revisitamos, para aqueles que já leram o primeiro livro da série) o "Reino de Todos os Olhos" por meio de Loire e de suas divagações em relação a tudo que a cerca e às peculiaridades do lugar. Ela vive em um castelo em companhia de dois irmãos que lutam por sua atenção: O gigante Ogres e Gamon, o príncipe herdeiro cuja característica física é uma das mais originais que já vi. Gamon é todo branco, inclusive os olhos e enfatiza isso usando apenas roupas brancas.

Em paralelo conhecemos Catrina. Catrina é uma menina de 10 anos que está presa à cama de um hospital, prestes a sofrer uma cirurgia superdelicada contra o câncer que tomou conta de seus ossos das pernas. Após a apresentação da história, a narrativa começa a se desenhar. Como todo livro infantojuvenil fantástico é preciso que a protagonista se desenlace de seu mundo real para cair no mundo fantástico. Então é chegada a hora da:

- Separação

Richard Diegues desde as primeiras linhas do enredo mostra a que veio. Seu texto é objetivo, possui uma fluência absurda na escrita e seu vocabulário é super-rico. O momento da separação e da inserção de Catrina no mundo fantástico foi uma das mais interessantes e emocionantes que já tive o prazer de ler. A separação é a primeira fase da "Jornada do Herói" e ela foi apresentada com muito cuidado, com a emoção nos dois mundo sendo devidamente medidas e os preparativos para as mudanças sendo apresentados de forma clara.

Com a mistura dos dois mundos começa então a jornada de Catrina. Richard me perdeu um pouco nesse momento.

- Mundo Fantástico + Rapidez de acontecimentos

Com a chegada de Catrina ao mundo fantástico, a narrativa toma outro ritmo e os acontecimentos começam a se desenrolar.

Há uma objetivo por trás da ida da menina ao Reino, ele fica claro por algumas explicações de Ogres e deve ficar ainda mais óbvio para quem já leu o primeiro livro. Como não conhecia muitos personagens e não estava ambientada no universo, me vi em vários momentos sem entender algumas peculiaridades do local, bem como a reação de alguns personagens, e mesmo as leis que regem por lá.

A narrativa é feita em terceira pessoa, com três histórias paralelas acontecendo e indo uma em direção a outra. O desenrolar é meio óbvio e mais uma vez senti falta de conhecer mais profundamente algumas histórias.

Catrina encontra alguns obstáculos em sua caminhada que sinto que poderiam ter sido mais bem explorados, para que o leitor visualizasse melhor o mundo fantástico idealizado pelo autor e se sentisse mais familiarizado com tudo.

Há durante o enredo a apresentação de alguns personagens que aparentemente têm um papel importante, mas que são logo descartados com o passar de algumas páginas.

- Apresentação do texto

Essa rapidez na narrativa que causou estranheza para mim, com certeza agradará muito outros leitores.

Richard passa de um ponto de vista para o outro por meio dos capítulos, sempre narrando a história em terceira pessoa.

No começo de cada capítulo, sempre tem a apresentação da história que leremos com um subtítulo que parece mais um enigma; quando o lemos não entendemos muito do que está por vir, mas ao final do capítulo seu significado fica claro:
"como se desvelam lendas
em lugares ruins
enquanto é feito o que se
deve ser feito"
Página 99

- Vale a pena, Alba?

Eu gostei muito da história.
A Catrina me envolveu muito, adorei a sua caracterização. Quanto ao restante dos personagens, senti falta de uma conexão maior, mas como já disse, acredito que esse problema é sanado com a leitura completa da série.

A história é rica e inocente. Apesar da narrativa acelerada, o enredo é lúdico e passa sua mensagem.
Recomendo a leitura!

- Potencial da série

O universo criado por Richard é desses onde pode-se visualizar várias situações.

Conversamos uma vez para um entrevista ao "Papo Fantástica" onde ele afirmou que sua ideia é explorar exatamente essa amplitude de possibilidades na série, indo desde o gênero infantojuvenil até chegar ao terror.

Link: http://www.psychobooks.com.br/2013/04/resenha-catrina-e-o-reino-de-todos-os-olhos.html
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Heidi Gisele Borges 09/01/2013

Mundo de Fantas http://mundodefantas.blogspot.com.br
Um acordo foi feito, uma Lei foi quebrada...

É o aniversário de Loire e ela recebe de presente um livro e uma Gema Pensante. Ambos especiais, mas o livro, ou melhor, o diário era muito mais especial. E em sua capa havia um nome: Catrina.

Ao abri-lo, Loire encontra a frase: “Este é um diário particular e não pode ser lido sem que a dona tenha deixado”, estas são Palavras de Proibição e quebrar a Lei poderá trazer grandes riscos. Mas Loire, que mora no Castelo Trino, fora levada para o Reino de Todos os Olhos a fim de casá-la com Gamon, usa a sua lógica, que funciona: se Ogres, que lhe dera o diário, estava lendo, então ele conhecia Catrina e ela deveria ter lhe dado permissão.

Em algumas conversas surge a dúvida de como o diário foi parar naquele Reino, sendo que mesmo que alguém viesse do Reino dos Homens não poderia levar objetos de um mundo ao outro. Deveria haver uma troca.

"foi feito um Acordo de Troca, no qual um objeto foi enviado para o lado de lá e outro para o de cá".


Então os Reinos começam a se cruzar de forma mais intensa quando Catrina, uma menina deitada em uma cama de hospital, está bastante doente e ainda assim não perde a alegria, vai para a mesa de cirurgia.

Catrina e o Reino de Todos os Olhos (Tarja Editorial, 186 páginas, R$32) é de uma delicadeza que quase senti o sabor das palavras. Os capítulos são intercalados, ora se passa no Reino de Todos os Olhos, ora no Reino dos Homens, onde está Catrina. E cada capítulo é iniciado com uma frase que resume de forma poética o que será encontrado ali.

Me encantou o fato de Catrina acariciar o Pluma e Brio, os animaizinhos que a acompanham por algum tempo no Reino de Todos os Olhos. São poucos os personagens em outros livros que vejo ter tal reação. Geralmente não é colocado esse lado humano. Afinal, quem resiste a bichinhos tão foufos?

Só tive a sensação de que poderia ter sido mais explorada a história. Quero saber mais sobre todos, até mesmo sobre a Gema Pensante, os animais. Espero que nos outros títulos fale um pouco mais.

A série é composta por vários livros – que nem o próprio autor sabe dizer ao certo, afinal as histórias nunca acabam –, que se entrelaçam, mas não têm necessidade de serem lidos numa sequência. Até o momento foram lançados 3 títulos Tempos de AlgóriA, Catrina e o Reino de Todos os Olhos e Resvalamentos - A Chave dos Reinos.

A história de Catrina e o Reino de Todos os Olhos se desenrola em meio a aventuras, saudades, medos, dragões, amores e Reinos. Tem uma linguagem simples, sem ser pobre, que os pais podem ler para seus filhos. E os maiores podem ler sem medo de achar que é infantil demais... não é bacana essa visão dupla? Recomendo.

*****
Outras resenhas: Mundo de Fantas
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Cristiano Rosa 22/10/2012

Diário CT: Catrina e o Reino de Todos os Olhos
Emocionante, envolvente e mágica. Assim é a trama de Catrina e o Reino de Todos os Olhos, do escritor Richard Diegues. A publicação da Tarja Editorial possui uma capa de beleza única, que antes de ler a obra já conquista, depois então, cada ilustração tem maior sentido, trazendo vida aos personagens conhecidos pelo leitor e deixando nossa imaginação para cada cena ainda mais rica.

A obra tem 186 páginas e é dividida em quatro partes – com seis capítulos cada uma – somadas um epílogo e um conto extra no final. O Reino de Todos os Olhos já foi cenário de outro livro do autor, Tempos de Algória.

Esse reino citado faz parte do Universo de Todos os Olhos, que ainda engloba o Reino dos Sonhos, o Reino dos Pesadelos e o Reino dos Homens, e é nesses quatro que o enredo do livro se desenrola.

Catrina é uma menina que está muito doente e vai passar por uma cirurgia, deixando Amanda, sua mãe, muito apreensiva. Loire é uma garota que está de aniversário e ganha um diário de presente. Cada uma em seu reino, mas algo as une.

A relação entre elas é o diário, pois ele foi escrito pela protagonista que dá nome ao livro, e pelas leis do reino e atitudes não pensadas de um personagem, as duas são colocadas em caminhos que se cruzam. Mas para chegar ao objetivo, muitas coisas acontecem; obstáculos, surpresas, fronteiras e monstros surgem e mostram que nada é possível de se conquistar sem esforço e dedicação.

É impossível não se envolver com o encanto da narrativa, com a fantasia leve que permeia as páginas e a magia em cada novo lugar e criatura que aparece na história. A saga de Catrina em busca de sua missão emociona, sua jornada conquista o leitor pela simplicidade e, ao mesmo tempo, sua bondade gera ensinamentos a todos os envolvidos.

Gigantes, fadas, sapos, duendes, dragões, carneiros e mais outros personagens enriquecem a galeria de coadjuvantes da trama, que se desenrola inicialmente de forma paralela, sempre com uma frase de pensamento na abertura de cada capítulo. No início de cada parte da obra também há uma ilustração, que acrescenta na leitura instigando a sua visualização naquela passagem.

O final surpreende, deixa o leitor sem palavras e mostra que não há barreiras que separem completamente o mundo real do mundo dos sonhos. Fica o desejo de dormir e acordar em um reino, entre seres mágicos e lugares encantados, onde se possa crescer com sabedoria e aprender que imaginar é o nosso maior poder, e que com ele podemos ser mais felizes.

Fonte: http://www.blogcriandotestralios.com/?p=19123
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